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[OPINIÃO]Capitalismo sem consumidor

4 Ton Mantis

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https://www.cartacapital.com.br/revista/964/capitalismo-sem-consumidor

As reformas e o teto de gastos vão destruir o mercado interno


Carlos Ezequiel Vannoni/Fotoarena
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Quem vai comprar os produtos e serviços das empresas?

A expansão do mercado interno de consumo de massa é um dos vetores do crescimento econômico. No período recente, a renda das famílias cresceu em decorrência da geração de empregos e das transferências de renda da Seguridade Social.

Entre 2003 e 2014, em plena vigência da Consolidação das Leis Trabalhistas, modernizada pela Constituição de 1988, mais de 22 milhões de empregos formais foram criados.

O estoque de empregos com carteira assinada subiu de 28 milhões para 50 milhões. A taxa de desemprego caiu de 13% para 4,8%. O salário mínimo cresceu mais de 70% acima da inflação e a informalidade declinou de 60% para 46%.

A renda das famílias também aumentou em decorrência das transferências de renda da Seguridade Social, que beneficia diretamente cerca de 40 milhões de famílias (Previdência, Assistência Social e Seguro-desemprego).

Se cada um desses beneficiários tiver mais dois integrantes na família, a Seguridade Social beneficiou cerca de 140 milhões de brasileiros, transformando-se assim num dos maiores e mais bem-sucedidos programas de proteção social de países não desenvolvidos no mundo.

Mais de dois terços desses benefícios correspondem ao piso do salário mínimo e, portanto, obtiveram ganhos reais expressivos.

A combinação de aumento do emprego, recuperação do salário mínimo, formalização do trabalho e transferência de renda da seguridade ampliou o ganho das famílias e ativou o mercado interno de consumo, o que aqueceu a produção e o investimento privado.

O crescimento econômico proporcionou a melhora nos fundamentos macroeconômicos. O aumento da arrecadação e a redução do endividamento abriram espaços para a ampliação do gasto público. O gasto social federal total per capita experimentou aumento real de quase 60% entre 2003 e 2014 (passou de 1.967 dólares para 3.132).

O processo virtuoso foi interrompido pela austeridade econômica. A conspiração que aviltou a democracia tem por propósito destruir esse importante vetor de crescimento, de redistribuição de renda e de combate à desigualdade.

As classes dirigentes contrariam recomendações do próprio FMI, que em recente documento sobre a “explosão da desigualdade” sentenciou: “Para ter crescimento mais duradouro, será necessário gerar crescimento mais equitativo”.

O paradoxo escancarado das reformas ditas de “modernização” e “exigidas pelo mercado” é que configuram um capitalismo sem consumidor. Elas são um tiro no pé do próprio “mercado”.

O mercado interno de consumo tem sido atacado em três frentes. Em primeiro lugar, a reforma trabalhista rebaixará os salários e ampliará a insegurança laboral. Cerca de 50% dos empregos no Brasil são informais, e esse patamar tende a se elevar substancialmente.

Os empregos com carteira assinada serão substituídos por modalidades com pouca estabilidade e poucos direitos, como o “autônomo exclusivo”, empreendedor individual, trabalho intermitente, emprego de curta duração e pessoa jurídica.

A terceirização também reduz o salário, amplia a rotatividade e introduz bases precárias, em termos de direitos e garantias. O princípio de que “o negociado prevalece sobre o legislado” acarretará retrocesso em direitos, contratações em patamares inferiores aos estabelecidos pela legislação e limitação da atuação da Justiça do Trabalho.

O fato, combinado com o fim da contribuição sindical, vai “destruir a espinha central dos sindicatos”, propósito cultivado por Margaret Thatcher.

A segunda frente de ataque é a destruição da Seguridade Social, imposta pelo rolo compressor da reforma da Previdência.

A exigência de 65 anos de idade e 40 anos de contribuição (aposentadoria “integral”) menospreza a realidade do mercado de trabalho anterior à reforma trabalhista (80% do trabalhador urbano não consegue cumprir sequer os 25 anos de contribuição para ter acesso à aposentadoria parcial).

Mais grave é a situação do trabalhador rural e, no caso da assistência social, da população deserdada (deficientes e famílias com renda familiar per capita de um quarto do salário mínimo), cuja idade exigida pelo governo, para fazer jus aos benefícios, passará de 65 para 68 anos.

As restrições do acesso à proteção na velhice vão se agravar exponencialmente com a reforma trabalhista e a terceirização. Longos períodos em trabalhos precários, intermitentes e temporários dificultam a acumulação de anos de contribuição necessários para ter direito aos benefícios.

O desinteresse dos jovens, o desalento do trabalhador diante de um objetivo inatingível e as doenças crônicas tendem a interromper as contribuições, o que poderá ter efeitos devastadores sobre as receitas da Previdência.

Finalmente, também é ataque mortal contra o mercado interno de consumo a asfixia que o chamado “Novo Regime Fiscal” impõe ao gasto social, ao criar por 20 anos um teto para o crescimento das despesas não financeiras.

E ao ampliar de 20% para 30% a Desvinculação de Receitas da União (DRU). Por seus efeitos multiplicadores, o gasto social é importante vetor da demanda agregada, que simultaneamente impulsiona o crescimento e reduz as desigualdades.

Ainda não sentimos os efeitos das “reformas modernizadoras”, mas sofremos os efeitos perversos da falta de consumidores. A explosão do desemprego, a queda da renda do trabalho e a elevação da pobreza extrema contribuem para destruir o mercado interno.

Podemos perceber o impacto da austeridade na estagnação econômica, que será agravada quando as reformas mostrarem todo o seu efeito demolidor e que pode perdurar.

O Brasil ainda não conseguiu enfrentar adequadamente as desigualdades sociais do século XIX. E, pelo andar da carruagem, não conseguiremos enfrentar tampouco as desigualdades sociais do século XXI.

Nenhum projeto será economicamente bem-sucedido se não priorizar a luta contra as desigualdades. Mas, no Brasil, os instrumentos para alcançar esse propósito têm sido destruídos.

Mais uma vez, as autoproclamadas “elites” brasileiras atravancam o avanço de nosso incipiente processo civilizatório. Esse capitalismo sem consumidor empurrará o País para trás. Vai devolvê-lo ao beco sem saída do colonialismo primário-exportador.


Eduardo Fagnani
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Professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (Cesit) e coordenador da rede Plataforma Política Social
 

Aoshi

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Vou dar a real.

Sei que o texto eh todo esquerdinha e coisa e tal, mas eu penso parecido em relação a reforma trabalhista.

Eu acho que se realmente haver um decréscimo na auferição de renda, haverá redução nas vagas de emprego, tendo em vista a falta de consumo.

Mas,segundo alguns especialistas que não são especialistas aqui do fórum juram de pé junto que essa reforma não vai prejudicar o trabalhador, vamos aguardar para ver como o mercado vai se comportar (ps: não tenho nenhum problema em dizer que eu espero que eu morda a língua)
 

PCdubaum

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Nem li e nem lerei.

Li os comentários e pelo que pude extrair pelo post do @Aoshi, já tá a galera achando que a economia é consumo, consumo e consumo.

@Aoshi , se estávamos em uma época de consumo forçado por crédito fácil, só não caia na pegadinha, outras coisas vão reduzir o consumo.
 

GriffithWasRight

Ser evoluído
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Foi só eu ler "As reformas e o teto de gastos vão destruir o mercado interno" que eu já sei que o texto vai tar cheio de falácias esquerdistas.

Enviado de meu Mega Drive usando Sega Channel
 


Sgt. Kowalski

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O autor desse textão é o primeiro a esquerda nessa foto.

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é necessário comentar mais?
 

Aoshi

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Nem li e nem lerei.

Li os comentários e pelo que pude extrair pelo post do @Aoshi, já tá a galera achando que a economia é consumo, consumo e consumo.

@Aoshi , se estávamos em uma época de consumo forçado por crédito fácil, só não caia na pegadinha, outras coisas vão reduzir o consumo.
Com certeza outras coisas vão reduzir o consumo.

Sei bem que o consumo foi impulsionado pelo crédito fácil, mas imagina agora que não vai ter crédito fácil e - possivelmente - um decréscimo na renda do trabalhador.

Como eu disse, eh possível.

Ninguém tem certeza de nada. Eu acho que vai diminuir, mas só o tempo irá dizer.

Mais uma vez, espero que eu morda a língua.
 

Ghim

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unicamp

dava para ter falado só isso


no mais, esse pessoal ou se faz de idiota ou é idiota mesmo. mas a real é a tática de sempre:
o governo começa a esquerdar e entao fica tudo uma maravilha, porque o governo de esquerda sacrifica o futuro para ter o presente. voce criar bolhas de crédito q sao totalmente insustentaveis e depois colapsa.
aí quando a coisa colapsa vem esse povo da unicamp com o papo de que na epoca da bolha de credito que era bom, pq tudo ia bem. e tem-se o ciclo.
governo começa a esquerdagem. tudo fica bem, mas é insustentavel.
economia colapsa
culpa-se azelites
"na epoca da bolha que era bom"
"no governo da esquerda as pessoas tinham emprego e dinheiro"
esquerda volta ao poder
recomece
 

sparcx86_GHOST

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eu dei uma passada de olhos
quem tiver de quebrar que quebre é a lei do mercado
se nao tiver consumidor infelizmente que arrumem outros clientes ou feche as portas
produtos e serviços no Brasil costumam ser cobrados em excesso então que parem de vender principalmente automoveis!
 

100 FISTS

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O autor desse textão é o primeiro a esquerda nessa foto.

seminario-pt-camara-previdencia-foto-gustavobezerraptnacamara.jpg


é necessário comentar mais?



O autor do texto esqueceu APENAS de comentar que quem destruiu o mercado interno foi a Dilma e o governo petista, com suas "PEDALADAS FISCAIS" que destruiram a economia brasileira.

O Temer só pegou carona na herança petista , até por que FOI ELEITO PELOS MESMOS LACRADORXS, e está sendo burro em seguir os mesmos passos da capivara ( aumentar impostos sem se importar com o mercado ).


Só pra lembrar o que os petistas falavam quando a crise era na época da dilma


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fusca0km

Bam-bam-bam
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Olha esse povo do fórum.
Nem se dão ao trabalho de ler e já julgam o conteúdo em cima de preconceitos contra o autor e a fonte.
:kzonzo
 

Edi (FZ2D)

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Olha esse povo do fórum.
Nem se dão ao trabalho de ler e já julgam o conteúdo em cima de preconceitos contra o autor e a fonte.
:kzonzo
Esse é o intelecto e tolerancia da extrema diteita da OuterSpace.

Enviado de um aparelho que transmite sonhos!!!
 

Flango Chines

Bam-bam-bam
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Vou dar a real.

Sei que o texto eh todo esquerdinha e coisa e tal, mas eu penso parecido em relação a reforma trabalhista.

Eu acho que se realmente haver um decréscimo na auferição de renda, haverá redução nas vagas de emprego, tendo em vista a falta de consumo.

Mas,segundo alguns especialistas que não são especialistas aqui do fórum juram de pé junto que essa reforma não vai prejudicar o trabalhador, vamos aguardar para ver como o mercado vai se comportar (ps: não tenho nenhum problema em dizer que eu espero que eu morda a língua)

Amigo, faça um favor a si e a todos e leia Mises.
"As seis lições".
Leitura rápida e com simplicidade.
Aprenda o que é inflação.
Aprenda o que significa o dinheiro.
Saia dessa bolha de Keynesianismo, por favor.
 
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