Fonte:
http://multiversoficcional.blogspot.com.br/2014/03/porque-o-peter-parker-de-andrew.html
Acho que isso aqui define bem o meu pensamento. E olha, não falo sem conhecimento de causa, tenho aqui em casa toda a coleção Spiderman Collection e todas as histórais clássicas. Todos os meus amigos "nerds" fãs do Aranha concordo comigo, quando eu vi esse tópico me admirou gente com conhecimento do personagem admirando o Tobey do Maguire, sério mesmo...
Mas enfim, o user Doom é um cara que não dá o braço a torcer, vi em outros tópicos, então não vai adiantar tentar mudar o pensamento, o cara traz o quadrinho original aqui e o cidadão finge que nem vê... Enfim. Pra quem compartilha o meu pensamento, fica aí o porquê.
Eu não dou o braço a torcer?
Por que você não admite que simplesmente confundiu o conceito de inocente?
E se o problema sou eu, então porque essas pessoas abaixo concordam comigo?
Ele esta sim, so discordo dele no que tange a acao, isso pra mim e so um detalhe num filme, e nao o determinante, na verdade jamais pagaria um ingresso de cinema so para ver isso.
Se fosse assim eu acharia MoS o melhor filme de heroi ja feito, principalmente pq gosto muito do heroi e sempre quis ver uma luta nivel DB. Mas nao, MoS em um filme 7.5 devido ao seu roteiro truncado.
Aqui abriu todas as imagens.
De qualquer forma, a versão do Raimi pegou bem na questão de "problemas reais" que sempre assombraram o personagem, como também a frustração por ser um cara inteligente mas impopular, a fragilidade da tia may, o emprego que consiste em tirar fotos que serão usadas contra si mesmo, talvez a parte que o filme pule demais seja a frustração do mesmo em relacionamentos, o próprio relacionamento com a Betty mostrado acima termina por causa do ódio dela do aranha.
Mas eu não discordo que o Peter do Raimi e Maguira é banana demais, existia uma inconsistência na visão do Stan Lee e do Ditko para o personagem, o Dikto entregava uma arte muito agressiva, muitas vezes o Stan Lee mudava completamente o sentido original com os diálogos, o que por sua vez foi um dos motivadores para a eventual briga entre os mesmos já que existiam inclusive discussões sobre a visão política do personagem entre os mesmos, enfim o Peter era um cara frustrado, então ele vai demonstrando um crescimento emocional ganhando coragem para fazer coisas que normalmente não faria, o que por sua vez resulta somente em frustração para o personagem, pois toda fase do Stan Lee e do Ditko girava em torno da questão de que o personagem (e nada representa isso melhor do constante arte do Peter dividido com o Aranha) nunca vai poder aproveitar a vida como gostaria porque é o aranha e ele nunca vai poder deixar de ser o aranha porque é a responsabilidade dele.
Eu só acho que essa é uma comparação bem estranha, o significado das cantadas do Peter atual do cinema é completamente diferente das cantadas da época sendo demonstrada nesses quadrinhos, então eu pessoalmente não acho que comparar timidez nesse caso é algo muito valido por exemplo, pelo menos o primeiro filme atual (já que não acho que verei o segundo sem ser forçado) pegou bem a parte piadista que é uma característica marcante do personagem, de resto eles até pegaram um sentimento de frustração ao invés de só vitimismo e de genialidade que faltou na versão do Raimi, eu só acho que os outros aspectos refletem muito mais um jovem comum do que qualquer outra coisa, muito provavelmente eles deveriam ter puxado mais para a versão ultimate que é mais ou menos um compromisso entre as duas coisas, eles não tentam reviver o Peter clássico porque ele muito provavelmente é um personagem muito difícil até para a audiência "nerd" se identificar hoje em dia.
o Andrew Garfield é otimo como Spiderman e pessimo como Peter Parker.
Peter Parker é um falido, nao o hipster descolado, da pra notar que é dedo da Sony Pictures pra fazer o publico mirim se identificar.
a primeira tentativa deles foi o Spiderman Emo, agora o alvo da vez é o publico hipster.
se a moda amanha for country music, teremos um reboot Spiderman com calça de couro, chapéu e laço.
essa descaracterizacao em função de popularização ganhou do caso da Vampira dos filmes Xmen, com aquela tosca da Anna Paquim, q faz uma Vampira tao depressiva rejeitada q é incapaz de desferir sequer um soco q lembrasse a Vampira da HQ.
Opinião do Borgo (apesar de extremista)
Na boa, o Doom está certo quanto ao Peter.
Não, de boa.
O Doom falou que o Peter do Tobey era exatamente o Peter do quadrinhos, eu discordei, começamos a discutir o porquê da discordância...
E conforme evoluiu a discussão eu achei referências de pessoas que também são fãs do Aranha e que possuem o mesmo feeling que eu.
Achei até interessante que eu nem havia lido a matéria do cara e tive várias sacadas parecidas.
Quem concorda concorda, quem não, não. Simples, ninguém vai mudar o pensamento de ninguém, mas pelo menos agora tem um materialzinho ali em cima mais elaborado.
Eu jamais disse que era exatamente igual.
Cantada na Betty, explosão com o Flash... Tudo lá. Conforme eu disse, o Peter do Raimi não é de fazer piadas e não tem a evolução do personagem ao longo dos anos. Evolução essa pelo fato dele se tornar um super herói (tudo bem descrito pelo Irregular Hunter abaixo).
É bem por aí mesmo. Criaram um fator de identificação para o novo Peter com os adolescentes comuns. Se simplesmente colocassem o Peter Ultimate lá ninguém estaria reclamando agora. O propósito da Marvel com o Universo Ultimate foi justamente atualizar o personagem sem perder sua essência.
O que causou o debate foi o seu extremismo:
Pra ser melhor que os filmes do Raimi, é só cagar no chão e jogar uma mascara do Aranha.
O personagem do Tobey, da Kirsten... Ou qualquer um daqueles atores não me lembram em nada os quadrinhos clássicos do aranha (digo isso porque eu parei de acompanhar após a saga do clone).
Esse Aranha hipster pelo menos é engraçado e divertido, igual as histórias clássicas, não tem aquela cara de cu chorão do tobey. E a Emma Stone em termos de simpatia com a Kirsten, nem se compara...
Fui assistir achando que era um lixo e o filme é bom. Nada de especial, afinal a história já foi contada 300x, mas vale a pipoca.
O seu extremismo é absurdo ao ponto de dizer que os personagens do Raimi nada tem a ver com os personagens originais. Isso enquanto você faz confusão com o conceito de inocente.
Eu também coloco imagens que mostram como o Peter clássico se comportava passivamente e você ignora. Eu não ignoro o que você coloca, só falo que demonstram a evolução do personagem ao longo dos anos, afinal de contas ele passa de Nerd motivo de gozação pra um garoto com poderes. A coisa mais normal do mundo seria ele revidar como passa a acontecer. Conforme coloquei em post anteriores (não vou procurar, fique a vontade de voltar algumas páginas e ler novamente), o Peter do Raimi é essencialmente o Peter no início de carreira antes de evoluir como pessoa por conta de seus poderes (conforme o Irregular Hunter explicou).
E se é pra ter pontos de vista, vamos lá:
Crítica
por Pablo Villaça
Dirigido por Sam Raimi. Com: Tobey Maguire, Willem Dafoe, Kirsten Dunst, James Franco, Rosemary Harris, Cliff Robertson, J.K. Simmons, Bill Nunn e Bruce Campbell.
Sempre que alguém fala sobre o Homem-Aranha, acaba argumentando que este é o super-herói mais `real` dos quadrinhos – o que o torna tão querido pelos fãs. É mais fácil estabelecer uma ligação com um jovem inseguro que não sabe como conversar com a garota que ama do que se identificar com um alienígena do planeta Krypton ou com um milionário que construiu uma caverna equipada com computadores de última geração.
E isto é fato. Aliás, eu havia decidido que não escreveria sobre este `apelo universal` do Homem-Aranha justamente por achar que seria desnecessário, já que todos ouviram (ou leram) este tipo de constatação antes. Porém, fui obrigado a voltar atrás em minha resolução quando, em certo momento do filme inspirado nas aventuras do personagem, vi Peter Parker oferecer um lanche a Mary Jane Watson, sua amada, desde que este custasse, no máximo, sete dólares. Ora, ali está um sujeito capaz de `voar` sobre os céus de Nova York e que passa a vida enfrentando supervilões e, no entanto, ele não tem dinheiro suficiente para pagar um jantar para a garota que está tentando conquistar... Como ignorar isso? Como não simpatizar com um super-herói que vai de ônibus para o trabalho?
Felizmente, o roteirista David Koepp e o cineasta Sam Raimi foram respeitosos o bastante para manter, em O Homem-Aranha, todos os elementos que ajudaram a transformar o fotógrafo Peter Parker em um dos personagens mais adorados da Marvel. É fascinante, por exemplo, vê-lo desenhar o próprio uniforme em seu quarto. É comovente testemunhar seu sofrimento ao perceber que, de uma certa maneira, acabou sendo responsável pela morte de uma pessoa a quem amava. Apesar de produzir teias poderosas, de ser capaz de escalar paredes lisas e de possuir um `sexto sentido` invejável, Peter é um jovem como outro qualquer. E este é, sem dúvida, o maior atrativo do filme comandado por Raimi e também a maior virtude do desempenho de Tobey Maguire.
Enquanto isso, Willem Dafoe assume o papel de Norman Osborn com uma seriedade mais do que apropriada: mesmo depois que seu personagem se transforma no vilão Duende Verde, o ator consegue evitar a tentação do exagero (que derrubou o competente Tommy Lee Jones em Batman Eternamente) e, com isso, confere um peso dramático significativo ao milionário (o que também se aplica ao ótimo Magneto vivido por Ian McKellen em X-Men). De certa forma, Norman é apenas mais uma vítima do Duende Verde – e seu carinho pelo filho, Harry, leva o espectador a torcer para que, de uma forma ou de outra, ele consiga se livrar de sua `maldição` (e, em certo momento, Dafoe tem um `monólogo` brilhante em frente a um espelho). Minha única ressalva diz respeito ao Duende em si, que praticamente se limita a soltar risadinhas sádicas sempre que aparece – com exceção de uma única cena, quando conversa com o Homem-Aranha de uma forma tão displicente que se torna impossível não admirá-lo.
Aliás, o mesmo se aplica ao editor do Clarim Diário, J. Jonah Jameson, que aparece em pouquíssimas cenas: seu mau humor e sua `frieza profissional` são retratados de forma tão inspirada pelo ator J.K. Simmons, que somos imediatamente levados a simpatizar com o personagem (que, justiça seja feita, ao menos mantém a ética ao não revelar suas fontes quando é pressionado pelo vilão). Pra finalizar, Kirsten Dunst cria uma Mary Jane Watson adorável e que foge do estereótipo da `mocinha em apuros`: apesar de estar sempre precisando da ajuda do Homem-Aranha, MJ é uma garota humilde que luta para vencer como atriz e que tem de enfrentar a violência do próprio pai.
Agora vejam que interessante: estamos falando de um filme de ação protagonizado por heróis e vilões grandiosos e, no entanto, até agora discuti apenas os personagens – o que é um ótimo sinal, já que evidencia o cuidado de Sam Raimi com o universo criado por Stan Lee e Steve Ditko. Mas os fãs do gênero podem ficar tranqüilos: O Homem-Aranha também funciona muito bem quando seu herói parte para a ação. Além disso, a direção de arte do filme é maravilhosa, funcionando como um curioso contraponto a Batman (que também era fantástico neste aspecto), já que o modernismo desta Nova York cinematográfica, com seus painéis eletrônicos e seu visual tecnológico, é diametralmente oposto ao pesadelo gótico visto no trabalho de Tim Burton (e, coincidência ou não, ambas as histórias trazem um confronto entre o herói e o vilão durante um evento público enfeitado por balões gigantescos).
Infelizmente, nem tudo é perfeito em O Homem-Aranha: apesar da primeira hora de projeção ser fascinante, já que mostra Peter descobrindo seus poderes, a outra metade da história cai um pouco no lugar-comum, não permitindo que os personagens continuem a `crescer` (é sintomático, por exemplo, que o Homem-Aranha jamais se torne tão simpático quanto Peter Parker, já que seu bom humor – uma das características mais marcantes do herói – praticamente não existe no roteiro de Koepp). Da mesma forma, incomoda bastante o fato da máscara do personagem jamais se mover durante suas falas, como se sua mandíbula estivesse paralisada (a máscara do Duende Verde também não é muito funcional, diga-se de passagem, embora ao menos permita que vejamos os olhos de Dafoe).
É importante observar, também, que a trilha composta por Danny Elfman é decepcionante - o que é uma surpresa, já que seus trabalhos anteriores (especialmente em parceria com Tim Burton e com o próprio Sam Raimi) sempre foram exemplares. O que faltou, desta vez, foi um tema para o personagem – algo que pudéssemos assobiar na saída do cinema.
O Homem-Aranha é um ótimo filme, mas não tão consistente quanto X-Men ou o primeiroSuperman. Peter Parker é, sem dúvida, um personagem fabuloso e adorável. Falta, agora, fazer o mesmo com seu heróico alter-ego. E é por isso que mal posso esperar pela continuação.
15 de Maio de 2002
Crítica
por Pablo Villaça
Dirigido por Sam Raimi. Com: Tobey Maguire, Kirsten Dunst, Alfred Molina, James Franco, J.K. Simmons, Rosemary Harris, Donna Murphy, Daniel Gillies, Dylan Baker, Bill Nunn, Willem Dafoe, Cliff Robertson, Ted Raimi, Bruce Campbell.
Michael Chabon é um vencedor do prêmio Pulitzer por seu livro As Incríveis Aventuras de Kavalier e Clay, além de ser autor do romance que deu origem ao ótimo Garotos Incríveis. Alvin Sargent é um senhor de 73 anos de idade conhecido principalmente por seus roteiros envolvendo relações familiares, como a comédia Lua de Papel e o drama Gente como a Gente. O que estes dois têm em comum? O primeiro ajudou a elaborar o argumento de O Homem-Aranha 2, enquanto o segundo foi o responsável pela versão final do roteiro. Sim, é espantoso, mas a pura verdade: em uma indústria que privilegia sempre os profissionais jovens, supostamente mais em sintonia com o público-alvo das superproduções, um dos maiores lançamentos do ano foi escrito por um veterano que tem mais de 70 anos de idade. O resultado? Um filme ambicioso e maduro que, ao mesmo tempo em que impressiona com suas seqüências de ação, jamais deixa de lado o desenvolvimento de seus personagens.
Sem cometer o erro comum de simplesmente repetir a história do longa original, substituindo apenas os vilões e os cenários, O Homem-Aranha 2 dá continuidade à trama de seu antecessor (cujos principais momentos são relembrados nos ótimos créditos iniciais, que homenageiam o universo dos quadrinhos): cada vez mais esgotado pelas responsabilidades que acompanham seus poderes, Peter Parker vê sua vida desmoronar, já que, além de não ter dinheiro para pagar o aluguel, sua amada Mary Jane (Dunst) anuncia que irá se casar com outro homem; seu melhor amigo Harry Osborn (Franco) quer matar o Homem-Aranha; sua tia May (Harris) está prestes a ser despejada; e seu professor favorito ameaça reprová-lo por seu fraco desempenho durante as aulas. Como se não bastasse, seus poderes vêm falhando cada vez mais e um novo vilão, o Doutor Octopus (Molina), ameaça destruir a cidade. Não é à toa que o rapaz começa a avaliar a possibilidade de abandonar sua carreira de herói.
Demonstrando o mesmo cuidado do original em conferir maior dimensão aos seus personagens, O Homem-Aranha 2 é um exemplo raro de filme de super-herói que investe mais nos diálogos do que na ação: Peter Parker está constantemente avaliando suas escolhas e as conseqüências que estas podem trazer para as vidas das pessoas que ama e, revelando a insegurança típica de um homem jovem (outro mérito do roteiro), está sempre pedindo conselhos para os adultos que o cercam, de sua tia May ao cientista Otto Octavius, passando até mesmo por um médico. Com isso, Peter torna-se um herói vulnerável, muito mais próximo do espectador do que a maior parte dos demais ícones da Marvel.
Aliás, é curioso observar o surgimento de um tema recorrente na série: a admiração de Parker por certas figuras paternas é sempre frustrada pela transformação de seus ídolos em vilões: além do Norman Osborn vivido por Willem Dafoe e do Dr. Octavius de Alfred Molina, o rapaz também demonstra grande respeito pelo professor Curt Connors, que (segundo fui informado por vários leitores) posteriormente se converterá no Lagarto. Desta forma, torna-se fácil enxergar o protagonista como um jovem complexo, e não como uma figura fantasiosa – e o conceito de que seus poderes poderiam ser afetados por uma depressão é absolutamente brilhante.
Evitando repetir um problema que apontei em minha análise sobre o primeiro filme, O Homem-Aranha 2 resgata, também, o bom humor do herói, que leva a platéia ao riso em diversas ocasiões (merecendo destaque a cena que se passa em um elevador). Mas o cabeça-de-teia não é o único a provocar boas gargalhadas: J.K. Simmons, como o editor J. Jonah Jameson, mostra-se ainda mais à vontade no papel do que da última vez, e todas as suas participações rendem momentos inspirados. Além disso, Bruce Campbell, fazendo sua ponta habitual nos trabalhos do amigo Sam Raimi, não desperdiça a oportunidade e também comprova seu talento para a comédia. (Será que o excepcional Bubba-Ho-Tep não vai chegar mesmo ao Brasil?)
Já as seqüências de ação são irrepreensíveis e infinitamente melhores do que as do original: o confronto no metrô, em particular, merece aplausos por sua edição enérgica (mas nada `michaelbayana`, felizmente) e por sua criatividade, já que explora todas as oportunidades oferecidas pelas habilidades atípicas dos personagens, que chegam a caminhar nas laterais dos vagões. Outro bom momento é aquele que se passa em uma sala de cirurgia e no qual Sam Raimi parece reviver os tempos da série Evil Dead, incluindo a serra elétrica, os gritos histéricos das enfermeiras, a inclinação dos enquadramentos e, é claro, o desespero de uma vítima que, ao ser arrastada para a escuridão, arranha o chão em sua tentativa de evitar a morte.
Emprestando uma dimensão trágica ao Dr. Otto Octavius, Alfred Molina impede que o vilão seja apenas uma figura cartunesca: sem jamais deixar de ser ameaçador, o Doutor Octopus revela-se bem mais interessante do que o Duende Verde, beneficiando-se, ainda, do fato de que podemos ver seu rosto e suas expressões (algo que a máscara utilizada por Dafoe impedia). Enquanto isso, Tobey Maguire oferece um dos melhores desempenhos de sua carreira como o angustiado Peter Parker e o irônico Homem-Aranha: confesso, aliás, que sempre o considerei um ator limitado (com sua eterna expressão sonolenta), mas desta vez fiquei agradavelmente surpreso ao constatar que ele foi mais do que eficiente ao humanizar o personagem.
Embora o terceiro ato da trama apresente alguns problemas difíceis de ignorar (como a excessiva exposição da identidade do herói), O Homem-Aranha 2 é um filme que certamente vai agradar não só aos fãs dos quadrinhos, mas a todos aqueles que curtem o bom cinema.
2 de Julho de 2004
Mais fiel às histórias em quadrinhos criadas por Stan Lee e Steve Ditko, na década de 1960, o Peter Parker que Maguire levou às telas do cinema é o típico nerd sofredor: tímido, míope, com cabelo arrumadinho e respeitoso com todos. Já o personagem interpretado por Andrew Garfield foge do estilo. O rapaz é um verdadeiro fanfarrão e, mais relaxado, não perde tempo tentando domar as madeixas, anda com elas bagunçadas, mesmo, sobre as rodinhas de um skate.
Outra diferença é o uniforme usado pelo Homem-Aranha de Maguire e Garfield. Na primeira franquia, dirigida por Sam Raimi, o herói trajava um macacão no conhecido padrão azul e vermelho, com predominância da segunda cor no torso, e botas também vermelhas. A máscara possuia lentes espelhadas na cor branca na região dos olhos.
O uniforme usado por Andrew Garfield no primeiro filme da franquia de Marc Webb apresentava esquema parecido de cores, mas era feito de material mais brilhante, com textura semelhante à de uma bola de basquete. A máscara tinha lentes espelhadas em amarelo nos olhos. Para o segundo filme, o uniforme mudou novamente. Garfield usa um traje mais parecido com o de Maguire, com menos brilho e lentes brancas.
http://veja.abril.com.br/noticia/ce...estaca-como-o-heroi-mais-rentavel-da-historia
Sim, eu disse que Andrew Garfield é bom, mas faltou ao diretor Marc Webb orientar o principal nome de seu elenco. Garfield é cool demais para o loser Peter Parker, mas ele se sai infinitamente melhor quando aparece mascarado. Vamos relembrar: Tobey Maguire e o herói uniformizado pareciam a mesma pessoa, embora seja da natureza do personagem extravasar quando usa a roupa azul e vermelha. Como Parker, Andrew Garfield faz o bom moço, o cara perfeito para a garota ideal, o hipster e protótipo românticonicholasparkiano, embriagado de amor 24 horas por dia. Corta. O mesmo Peter assume outra personalidade quando decide investigar o mistério por trás da morte de seus pais durante uma luta dentro de um avião, como na sequência inicial de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, que por sua vez lembra os prólogos das aventuras de James Bond. Sentiu como o filme é uma junção de ideias jogadas ao vento?
http://www.hollywoodiano.com.br/2014/05/o-espetacular-homem-aranha-2-a-ameaca-de-electro/
E tem mais aqui:
http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdefilmes/3761961
http://www.planocritico.com/critica-homem-aranha/
Tem outras coisas também, mas acho que é o suficiente. O texto que você postou tem erros básicos como chamar o Aranha de arrogante. Olha que absurdo:
Sério, isso é totalmente fora do personagem. Peter Parker não é e nem nunca foi um nerd babacão, tímido e submisso. Na visão do Stan Lee ele era TÃO arrogante que afinal de contas foi isso que culminou na morte do Tio Ben, momento crucial na construção da personalidade do herói.
Existe uma diferença muito grande entre ter uma atitude arrogante e ser arrogante. Conforme já foi dito por mim e em outros textos, o Peter evoluí nos quadrinhos. Ele deixa sim o poder subir a cabeça, afinal de contas isso é necessário para fazer valer a frase "com grandes poderes vem grandes responsabilidades". Nisso o texto acerta.
Depois da primeira atitude arrogante, Peter nunca mais volta a agir da mesma forma egoísta. Essa é a essência do personagem. Ele passa a revidar as provocações do Flash com o tempo, mas por diversas vezes é passivo. Mais uma vez, essa é a evolução do personagem ao longo dos anos nos quadrinhos. Ele faz brincadeiras com o Jameson, mas só vai desafiar o velho muitos anos depois.
A grande questão aqui é que estou dizendo que o Peter do Raimi tem a essência do Peter clássico. Obviamente não é exatamente igual, pois não mostra o desenvolvimento do Peter escolhendo mostrar somente o Peter de início de carreira. Não é o Peter perfeito, mas é a melhor caracterização já feita para o personagem.
Enquanto isso o Peter do Garfield se apresenta descolado e se afasta dos dramas vistos nas histórias clássicas e investe apenas superficialmente na essência do personagem. Torna-se mais um adolescente comum do que um nerd tímido, socialmente inepto e cheio de dramas mundanos. É um Peter apenas superficial, mas nunca uma descaracterização.
E você parece ser incapaz de entender tudo isso por mais que eu escreva. Isso porque sua visão das coisas é extremista conforme mostrei lá em cima.
Enfim, nossa discussão já não leva a mais nada, pois uma visão extremista sobre qualquer coisa sempre vai ignorar tudo que contrarie seu ponto de vista. Se quer continuar achando que o Peter do Raimi não tem nada a ver com o Peter clássico tudo bem. Mas saiba que você é exceção e não regra (e por favor, não diga de novo que eu estou falando que o Peter do Tobey é exatamente igual, pois já cansei de falar que não é).
No fim, nessas críticas todas estamos mais voltados a falar mal da atuação do Tobey do que da personalidade do Peter.