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Estou pensando em começar a me desfazer de algumas coisas, mas o medo de me arrepender é grande. O meu problema maior é na questão da manutenção dos consoles mesmo.
Pois é brother, a venda foi assim como com muitos, eu tava com a mulher gravida do primeiro filho e precisei de dinheiro. Eu tinha consoles nas caixas novos e muitos jogos, alguns com aqueles selos com notas e caixas de acrílico. Não vendi porque não gosto de colecionar jogos e consoles (isso é o que mais gosto na vida, depois dos meus queridos). Só que antes mesmo disso acontecer, uma coisa me incomodava, eu não sei você e os outros aqui, e por isso falo que auto conhecimento é importante, mas eu no caso quando coleciono eu preciso ter não todos os jogos de um sistema, não. Mas de certa forma é pior que isso, eu gosto de colecionar
todos os sistemas que me agradam (há aqueles que lhes sacia colecionar apenas o sistema que ele mais gosta), e todos os jogos que considero mais importantes daquele sistema. Então vejamos, pus a me fazer contas, do playstation , por exemplo, seriam entre 300-400 jogos. Do pc, do snes, do pc engine, do mega, do saturno, do neo geo, etc. eu queria ter tudo de melhor de cada um e vi que já naquela época altura do campeonato era
impossível a médio/longo prazo, atingir minhas metas. Sugaria tempo demais e recursos demais, seria um verdadeiro estorvo (fora o medo de roubarem as coisas). Aí o tempo passou e comecei a sentir falta daquelas coisas que vendi, eu não estava feliz, sem nada do que eu gostava e tava melhor financeiramente. Fiz as contas de novo, e dessa vez, me auto conhecendo melhor, resolvi planejar o
possível: ter todos os consoles/sistemas que gosto (em um bom estado apenas, sem muitas firulas) e as telas que gosto, como
um monitor profissional bvm (vi muito colecionador de jogos de respeito jogando em telas ruins, esse um momento também decisivo em que vi que não era como aquelas pessoas, eu gostava de conhecer o que há de melhor para usufruir mais do que eles, porque alguém que tem uma coleção daquelas pode muito bem ter o monitor que quiser, e eu, antes de ter os jogos, teria as telas, me importa muito a beleza do que estou jogando. Exprimir o jogo com a máxima qualidade que ele possa me entregar. Me dei conta que prateleiras de jogos muito grandes são, até como ostentação, de certa forma, um obstáculo, a partir do momento que embora impressionantes, dificultam o acesso, a visibilidade, cada caixinha com aquelas letras pequeninas. Decidi homenagear meus jogos favoritos com artes em quadros relativamente pequenos, colados na parede. Muito barato, agradável, cultural embora com muito menos informações, mas é artístico, é facilmente ostentável, visível, não exige abrir uma caixa, é mais simples e transmite sua mensagem, remete. Tem suas vantagens e vejo que é o que há de melhor, novamente, depois de ter os jogos em si), vi também
uns monitores de pc, uma wega, etc. Isso além de muito mais usufruível, era
possível no médio/longo prazo e não me estorvaria, pois teria uma data pra acabar. Claro exigiria sacrifícios, mas nada que fosse um ciclo sem fim. Montei sistemas multijogos em computadores e dediquei um computador para cada tela. Nesses sistemas, alguns deles há manuais dos jogos inclusive pra você olhar. Não é como ter o jogo, mas é o que tem de melhor depois disso, quando você não tem, rsrs. Sempre que dá saudade tenho os consoles pra mim ver, eu quero vê-los não os quero dentro de suas caixas, não. Quero vê-los todos os dias, como meus filhos. Todos os dias usufruo deles, mesmo não tendo tempo pra jogar. Eles estão expostos no meu quarto. Limpo muito bem eles, mantenho um aspecto, uma atmosfera agradável dentro do meu quarto, que remete a outros tempos. A maioria deles acho que estão funcionando, mas eu não sismo muito com isso. Eu já mandei consertar alguns no passado e me deu um incômodo realmente, eu tive que enviar por correios , é trabalhoso, é custoso, tem que ser paciente. Mas ainda não é o fim do mundo também ver disso, quando for do interesse, mas sem pressa, sem estresse, se pifar pifou. Vê na hora que der. Aí faço um esforço, arrumo o que tenha por arrumar, vejo um everdrive com o tempo e poderei ter todas as bilbiotecas neles tambem. Agora,, mais dificil que colecionar jogos, eu não vi nada parecido. Por isso então eu disse, me arrependi sim, de ter vendido aquilo que gostava e podia manter, agora do resto não. O resto era impossível, eu só não enxergava porque não queria aceitar. Isso se chama auto conhecimento do bolso, um gamer só consegue se conhecer depois que conhece a exata dimensão real do seu pocket. Senão ficamos loucos