François
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Produtora: Konami
Lançamento: Setembro de 2008
Plataforama: PlayStation 3, X-Box 360 e PC (a análise é feita baseada na versão PS3)
Gênero: Survivor Horror
Olá, amigos outerspacianos, estou aqui para apresentar-lhes minha análise do último jogo da série mais assustadora dos video-games. Silent Hill Homecoming, gerou muita desconfiança por conta dos vídeos que apresentaram gráficos medianos, elementos reciclados, além da mudança dos produtores, saindo de um estúdio nipônico, como de costume, para um estúdio americano. Mas na prática não é bem assim. É o que veremos nessa análise.
Silent Hill Homecoming te coloca no papel de Alex Shepherd, morador da cidade de Shepherd's Glen, que está a procura de seu irmão desaparecido/fujão.
Gráficos
Estão, tecnicamente, aquém do que os consoles da nova geração podem fazer, o que é surpreendente, considerando o histórico da série, que tem em seu acervo o Silent Hill 3, um dos jogos mais bonitos da geração PS2, que em alguns momentos se mostra até mais belo que o SH dessa geração. Entretanto, não se pode dizer que SHH está feio, a arte do jogo está digna de um SH, só que dessa vez com mais luz do que de costume.
A modelagem dos personagens humanos deixa um pouca a desejar (ainda mais para quem viu a modelagem de Douglas Cartland, no SH3), já a modelagem e design dos montros estão bem legais. O cenário é belo, nada espetacular nem diferente do que já conhecemos, mas, belo.
Som
Como sempre, fenomenal. Aqui, diferente dos gráficos, não houve queda de qualidade, a trilha sonora, os efeitos, as vozes, todas estão com a qualidade Silent Hill (excepecional) de sempre.
Enredo
O enredo sempre foi o que determinou se um SH é bom ou não, não posso deixar de mencionar aqui a genial trama do Silent Hill 2, a melhor da série, na minha opinião.
Os Silent Hill anteriores, até o 4, foram feitos pelos estúdios da Konami do Japão, o SHH, por sua vez, foi feito por um estúdio americano e a diferença é notável. Mas não é uma diferença para pior como muitos pintam, apenas é diferente.
O enredo de SHH continua trazendo os elementos de suspense e surpresa, característicos dos outros games da série, o que te motiva sempre a jogar mais e mais, em busca de revelações. Isso permaneceu intácto, porém, houve várias coisas que deduzi antes de chegar à revelação, o que é um ponto fraco. Por exemplo, não demorou nada para eu entender o papel do Pyamid Head no jogo, ficou muito previsível.
O protagonista da vez é Alex Shepherd, que está procurando seu irmão, pela sua cidade natal, chamada Shepherd's Glen. Durante suas aventuras, Alex descobre várias coisas "interessantes", sobre sua cidade, seu irmão, seus pais, conhecidos e até sobre ele mesmo. Assim como sempre foi (tirando SH 4).
Jogabilidade
Esse é o item mais controverso. A jogabilidade mudou, isso é verdade, mas não de tal forma como alguns disseram, chegando a comparar a mudança com a que ocorreu no Resident Evil 4 e no Alone In The Dark next'gen.
A mim, a mudança ocorrida no jogo (que é mais uma marca do estúdio americano) foi natural e necessária, nada que afetasse a alma da série. A mudança consiste, basicamente, nas táticas de combate e no uso de algumas armas para abrir passagem.
Agora, você tem três comandos básicos para combate com arma branca: Ataque forte, ataque rápido e, por último mas não menos importante, a defesa. Para usá-los, você deve segurar o tradicional botão de combate (R2) para se aprontar. É muito importante que você conheça os movimentos e a velocidade de seu inimigo, para saber a arma e o tempo certo de atacar. Isso deu uma dinâmica muito interessante ao jogo, sem cortar o clima que caracteriza a série, foi uma evolução muito bem vinda, na minha opinião. Porém, tem um ponto fraco, a rapidez da faca vence qualquer coisa, desequilibrando um pouco as coisas, mas eu só joguei na dificildade média, espero que no difícil não seja assim.
O combate com arma de fogo também mudou, agora a visão muda para você mirar manualmente, nada da mira automática de sempre.
Além disso, as armas além de servir para atacar, servem para te ajudar a abrir passagem, você pode usar a faca para cortar telas e outras superfícies maleáveis (adição tirada diretamente do filme), usar o machado para quebrar barricadas e usar o cano (sim, ele está presente) para estourar trancas de portões. Não é nada que se comprare à interação de Alone In The Dark, onde nenhuma porta permanece fechada, mas é uma boa adição. Só acho que eles abusaram muito disso, ficando muito repetitivo, eles deviam pensar em outras formas de abrir portas além dessas três.
O controle também mudou. Antes haviam dois modos de controlar o personagem, todos diferentes desse estilo atual. Um, chamado 2D, em que você usava o direcional para direita ou esquerda para virar o personagem e então apertava o direcional para frente para o personagem andar na direção escolhida. E outro, chamado 3D, em que o personagem virava e andava para a direção que você apontasse.
Agora você tem que usar os dois analógicos para se mover adequadamente (tendência da geração). Com o analógico esquerdo você move o personagem, mas sem virá-lo. Para virar, deve-se usar o analógico direito. Demorei para me adaptar e não gostei do fato de não poder mudar isso. Depois me acostumei e ficou tudo bem.
Outra adição, foi os comandos que aparecem no meio da luta, no mesmo esquema de God Of War, últimos Tomb Raider e Resident Evil 4. Errar um comando da tela pode custar sua vida.
Puzzles
Outro elemento de jogabilidade, muito importante em Silent Hill, são os puzzles. Ficaram bacanas, nada complicado nem demorado de se descobrir (alguém lembra do puzzle do piano de Silent Hill 1? Até hoje eu não entendi como se faz). Eles são interessantes, gostei de um que para passar você tinha que desvendar três charadas (escritas mesmo), uma era bobinha, do tipo "o que é o que é: tem asa, mas não voa, tem bico mas não bica", outra era tipo essa, mas tinha uma reflexão um pouco maior e a terceira só é óbvia para quem sabe jogar xadrês.
Monstros
Os monstros de Silent Hill sempre foram bizarros, mas sempre com um significado dentro da mente do personagem e dessa vez não é diferente. Cada monstro demanda uma tática e arma diferente para ser vencido.
Alguns têm "finish moves" bem interessantes, cuidado para não ser cortado ao meio ou ser decapitado.:
Chefes
Os chefes do jogo estão no mesmo nível dos anteriores, bem complicadinhos e bizarros ao extremo. Não tenho muito o que falar deles, para não estragar nenhuma surpresa. Só falo que meu chefe favorito é a Scarlet.
Clima
Eu acho esse o quesito mais importante para um jogo de terror e nele SHH não decepciona, sustos, medo, suspense, trilha sonora, tudo está a altura da série Silent Hill. Jogue no quarto dos seus pais e com a luz acesa... :
Pyramid Head
Outro assunto polêmico, eu mesmo desconifiava desse game por causa do PH. Mas não há nada errado, quem conhece o significado da alegoria do Pyramid Head, vai ver que há coerência na aparição e papel desempenhado por ele no jogo. Pyramid Head não é ponto negativo como muitos tentam apontar.
Influências do filme "Silent Hill"
Outro ponto polêmico. Muitos usam isso para diminuir a imagem do game, mas eu discordo. É evidente que os produtores trouxeram muitas coisas do filme, mas não jogaram esses elemenos no jogo de forma arbitrária, pelo contrário, conseguiram encaixá-los direitinho no contexto. Vamos listar alguns desses elementos:
- Dinâmica de combate: Já falei sobre isso.
- Faca cortado telas: Já falei sobre isso também, foi uma adição bem vinda.
- Pyramid Head: Explicação acima.
- Seguidores da Seita: São aqueles caras com máscaras de gás lá do filme. Eles estão no jogo, mas não foram simplismente jogados lá. Quem jogar vai ver que eles estão lá para desempenhar um papel importante no enredo, além de trazer um desafio a mais ao jogador: Vencer alguém tão inteligente e armado como você.
Imagens
Prós:
- Inovações na jogabilidade, especialmente nas batalhas
- Trilha sonora
- Montros e chefes
Contras:
- Muito curto
- Pouca exploração da cidade Silent Hill
- Mudar o controle sem dar opção de jogar à maneira antiga
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