"They weren’t directly linked. Castro was produced by many social conditions that existed in Cuba. But I think the mob became a symbol for the revolution of exploitation by outside forces, particularly the United States. Part of the narrative of the revolution was that the island was not able to control its own destiny and that all of the most valuable commodities were owned by corporations from the United States. In the eyes of Castro, the mob, the U.S. government, and U.S. corporations were all partners in the exploitation of Cuba."
Ou seja, a máfia se tornou o "Americanos querem conquistar nosso país" do Castro. Tem alguns posts aqui na OS que falam que muitos políticos criam um inimigo externo - que não é que existe, mas é de tal forma maximizado que justifica se agir acima da lei para se combater e, na verdade, é o que todo ditador usa, um inimigo a ser culpado e usado como justificativa para qualquer coisa. Seja os comunistas que justificaram o golpe de 64 seja os mafiosos que justificaram a revolução de 59.
O governo, a máfia e as corporações dos EUA estavam querendo explorar Cuba. Igual vivem dizendo ainda hoje. Adivinha, os países mais explorados pelos EUA, mas que seguem os ideais de liberalismo e se tornam parecidos com os EUA são os melhores para se viver. Enquanto isso, Cuba, Venezuela, Etiópia, Vietnam, Coréia do Norte, todo mundo vive mal e tenta fugir. Tem algo errado nessa lógica.
Aliás, melhor ser explorado pelos EUA e virar um Chile ou não ser explorado e virar Cuba e Venezuela?
"
The mob is even rumored to have been instrumental in launching his career by financing his early development as a singer. He was very close to Lucky Luciano, who came from the same town in Sicily as Sinatra’s relatives and ancestors. Cuba was crucial because of the mob’s plan to create a chain of important hotels and nightclubs. Sinatra was going to be used as a lure to make it all happen. He was like the mob’s mascot in Havana."
A mafia criou Frank Sinatra em uma tentativa de dominar Cuba. Hmm... Assim como a Ditadura criou Roberto Carlos para alienar a juventude com o iê iê iê e dominar o país. A narrativa é bem legal. Nessa mesma onda a esquerda criou o funk?
Bom, pelo texto em inglês, ligeiramente floreado pelo escritor que quer vender sua obra, realmente havia máfia em Cuba e eles investiam em cassinos, hotéis e cia como forma de lavar dinheiro. Obviamente isso tbm envolvia pagar propina e apoiar políticos. Realmente, há fatos aí.
Mas o resto é propaganda. O inimigo externo para justificar todo tipo de atrocidade e crime cometidos pela revolução e governo logo após.
Cuba não era um país industrializado, mas um prestador de serviços (algo a frente do tempo), simplesmente americanos com dinheiro iam lá, passavam férias agradáveis e deixavam seu dinheiro lá, voltando para casa depois. A população se beneficiava disso? Sim, tanto que a vida urbana do país parece ser fabulosa (para todos, não só para os turistas) e a alternativa era viver no campo trabalhando nas plantations. TV, universidades, um presidente negro democraticamente eleito, votos para homens e mulheres... Cuba não era um inferno dominado por gangster. O país possuía uma educação de nível superior a outros países da américa latina. Olha, estou pra dizer que viver na Cuba de 1940 seria melhor que viver na Cuba de 1960. Mas é opinião minha.
Como está Cuba hoje? As pessoas vivem de turismo e de trabalhar nas plantations. Há uma máfia governamental lá que pode prender ou sumir com as pessoas. E elas passam fome em maior percentual que 60 anos atrás, pelo que parece. Essa máfia não passa fome.
A situação piorou para todos - exceto essa minoria que governa o país - e é algo visível.
Se tivessem tido esse poder todos, os mafiosos malvados criaram - mesmo que não por bondade - hotéis, escolas, hospitais, radios, TVs, uma vida urbana sofisticada, luxos capitalistas de todo tipo para o povo (sim, você não precisa ser bonzinho, mas precisa de empregados que saibam ler, que não estejam doentes, que tenham o que comer, que não sejam assaltados na rua, mas isso beneficia o povo, pouco importa a razão), algo que o regime cubano não fez.
Eles tem a mais avançada medicina do mundo, mas não tem dinheiro para remédios. Tbm não tm grandes empresas de medicina ou medicamentos. Ficaram décadas como resort de férias dos russos (olha só que coisa, não vamos ser resort dos EUA capitalistas opressores, vamos ser resort dos russos socialistas opressores). As pessoas ou viviam ou de serviços (para os turistas) ou nas plantations. Hoje elas vivem de serviços e nas plantations.
Cuba tinha
uma
das melhor
es taxa
s de alimentação da américa latina:
Em 1956, a ONU reconheceu Cuba como o segundo país na América Latina com as menores taxas de analfabetismo (apenas 23,6%). As taxas do Haiti eram de 90%; e Espanha, El Salvador, Bolívia, Venezuela, Brasil, Peru, Guatemala e República Dominicana, 50%. Em 1957, a ONU reconheceu Cuba como o melhor país da América Latina em número de médicos per capita (1 por 957 habitantes), com o maior percentual de casas com energia elétrica, depois do Uruguai; e com o maior número de calorias (2870) ingeridas per capita.
E hoje, passam fome.
Tem algo errado aí.
O que quero dizer é que o povo cubano trocou alguns dos melhores índices da américa latina por alguns dos piores índices da mesma américa. A diferença é o regime ditatorial que tá lá, roubando tudo do povo cubano que não consegue fugir.