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Imóveis estavam em Área de Preservação Permanente; processos tramitavam na Justiça desde 2004 e já transitaram em julgado
Por determinação judicial, três casas foram demolidas na tarde desta quarta-feira (25) na praia de Naufragados, no extremo sul da Ilha de Santa Catarina.
Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), as ações civis públicas foram ajuizadas contra os réus João Isaías Correia, Cláudio Maurino de Jesus e José Júlio da Silveira.
Ainda de acordo com o Ministério Público, toda a praia é considerada APP (Área de Preservação Permanente) pelas legislações federal e municipal, além de unidade de conservação (APA). Portanto, qualquer construção precisa de autorização do órgão ambiental competente.
Todos os processos começaram a tramitar em 2004 e foram até o STJ (Supremo Tribunal de Justiça). Após o trânsito em julgado (ocorrido em 2016, 2019 e 2015, respectivamente para cada réu citado acima) os proprietários da casa tiveram o direito de defesa.
Eles entraram com todos os recursos disponíveis para reverter a decisão, mas não obtiveram sucesso. Por conta disso, foram intimados a providenciar a demolição e desocupação dos imóveis espontaneamente, mas não o fizeram.
Conforme o Ministério Público estadual, como os proprietários se omitiram da decisão judicial, os órgãos públicos fizeram as desocupações e demolições das três residências.
A ação foi cumprida em uma operação que envolveu MPSC, SMDU (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano), Polícia Militar Ambiental e Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis).
Combate às construções clandestinas
As ações foram ajuizadas pelo MPSC e visam combater o avanço das construções clandestinas em Florianópolis. Na praia de Naufragados, a 22ª Promotoria de Justiça tem atuado para obter o cumprimento de diversas decisões judiciais com o trânsito em julgado, de demolição e de retirada de construções ilegais existentes no local.
De acordo com o promotor de Justiça Felipe Martins de Azevedo, a área foi retirada dos limites do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro por meio de alteração da legislação estadual. No entanto, o local foi transformado na unidade de conservação estadual denominada “Área de Proteção Ambiental do Entorno Costeiro”. Consequentemente, as edificações continuam proibidas na região.
Morador chora ao ver casa sendo demolida
Uma das ações que mais chamou atenção e ganhou grande repercussão nas redes sociais foi a demolição da casa do pescador Cláudio Maurino de Jesus, conhecido como Cravo. Morador do local há 40 anos, ele chorou ao ver sua casa sendo demolida.
Neto da companheira de Cravo, morta há dois anos, Mathias Caggiani, reuniu parentes e amigos e estão realizando uma ‘vaquinha virtual’ para arrecadar fundos para construção de uma nova moradia para o pescador.
Segundo Mathias, Cravo tinha conhecimento da decisão judicial, mas continuou no espaço porque não tinha para onde ir. Ele diz que o pescador é uma pessoa muito boa e que sempre procurou preservar a área, recolhendo sempre o lixo deixado por visitantes ou jogado no mar.
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Esses tempos tentaram demolir uns beach clubs em Jurerê Internacional também, mas o STJ barrou.
Por determinação judicial, três casas foram demolidas na tarde desta quarta-feira (25) na praia de Naufragados, no extremo sul da Ilha de Santa Catarina.
Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), as ações civis públicas foram ajuizadas contra os réus João Isaías Correia, Cláudio Maurino de Jesus e José Júlio da Silveira.
Ainda de acordo com o Ministério Público, toda a praia é considerada APP (Área de Preservação Permanente) pelas legislações federal e municipal, além de unidade de conservação (APA). Portanto, qualquer construção precisa de autorização do órgão ambiental competente.
Todos os processos começaram a tramitar em 2004 e foram até o STJ (Supremo Tribunal de Justiça). Após o trânsito em julgado (ocorrido em 2016, 2019 e 2015, respectivamente para cada réu citado acima) os proprietários da casa tiveram o direito de defesa.
Eles entraram com todos os recursos disponíveis para reverter a decisão, mas não obtiveram sucesso. Por conta disso, foram intimados a providenciar a demolição e desocupação dos imóveis espontaneamente, mas não o fizeram.
Conforme o Ministério Público estadual, como os proprietários se omitiram da decisão judicial, os órgãos públicos fizeram as desocupações e demolições das três residências.
A ação foi cumprida em uma operação que envolveu MPSC, SMDU (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano), Polícia Militar Ambiental e Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis).
Combate às construções clandestinas
As ações foram ajuizadas pelo MPSC e visam combater o avanço das construções clandestinas em Florianópolis. Na praia de Naufragados, a 22ª Promotoria de Justiça tem atuado para obter o cumprimento de diversas decisões judiciais com o trânsito em julgado, de demolição e de retirada de construções ilegais existentes no local.
De acordo com o promotor de Justiça Felipe Martins de Azevedo, a área foi retirada dos limites do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro por meio de alteração da legislação estadual. No entanto, o local foi transformado na unidade de conservação estadual denominada “Área de Proteção Ambiental do Entorno Costeiro”. Consequentemente, as edificações continuam proibidas na região.
Morador chora ao ver casa sendo demolida
Uma das ações que mais chamou atenção e ganhou grande repercussão nas redes sociais foi a demolição da casa do pescador Cláudio Maurino de Jesus, conhecido como Cravo. Morador do local há 40 anos, ele chorou ao ver sua casa sendo demolida.
Neto da companheira de Cravo, morta há dois anos, Mathias Caggiani, reuniu parentes e amigos e estão realizando uma ‘vaquinha virtual’ para arrecadar fundos para construção de uma nova moradia para o pescador.
Segundo Mathias, Cravo tinha conhecimento da decisão judicial, mas continuou no espaço porque não tinha para onde ir. Ele diz que o pescador é uma pessoa muito boa e que sempre procurou preservar a área, recolhendo sempre o lixo deixado por visitantes ou jogado no mar.
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Esses tempos tentaram demolir uns beach clubs em Jurerê Internacional também, mas o STJ barrou.