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Espero que tu seja personagem, se não a vergonha é maior ainda.Será que o Elon Musk vai lutar pela liberdade de expressão dos Estados Unidos ou vai ficar com o rabinho entre as pernas?
Biden sanciona lei que pode banir TikTok nos EUA
Projeto de lei ordena que rede social seja vendida para uma empresa de confiança dos americanos em até meados de janeiro de 2025. Se isso não acontecer, a plataforma será retirada do ar no país. A ByteDance, dona do TikTok, diz que vai contestar decisão no tribunal.www.google.com
nesse caso exemplo vai da interpretação/algoritmo
nesse caso exemplo vai da interpretação/algoritmo
imagine você no Japão falar que tem um projeto de combustível barato e premas se tá comentando com alguém no bar sua cerveja acaba e você fala da o caneco ae, enche mais.
Se você tá com um chinês ou americano ou ambos, quais a possibilidades de interpretação?
"Sugere marcas de cerveja", "sugere combustível a base de álcool", "vamos acessar os diretorios do cel" "vamos ver se encontramos algum pdf" "so mais um bebado querendo dar o caneco"
agora imagine milhares de microfones/câmeras ativos e um algoritmo tratando tudo e enviando para um server e o que chama mais atenção eles botam humano para zoiar.
Ps..
não to bebado
algo que não seja "arms" ou x86/64 é menos vulnerável, se tem comunicação básica com torre de dados/web pode bem um bruce wayne da vida real de algum governo te ouvindo.
algo que não seja "arms" ou x86/64 é menos vulnerável, se tem comunicação básica com torre de dados/web pode bem um bruce wayne da vida real de algum governo te ouvindo.
Também tio google não é santo, povo acredita bem no almoço de gmail/drive "gratis", cansado de ver pcs/cels com coisas confidenciais de empresa em cel de peão. Facilidade de acessar de onde quiser morrendo na mão de alguém remotamente ou fisicamente quando roubado, nesse caso tá é facilitando confiando no spy
Povo de hoje não a preocupado com segurança nem pessoal, que dirá de terceiros como empresa, geração Z de hoje em dia ta é cagando pra trabalho e quando acha um ta nem ai pro pdf da empresa, nego poe em drive publico, fica usando conversores online mandando pra chineses/russos.
quando as regras é seguidas é bonita de se ver, não sei falar dos japas, mas você sabe br, fala que se quiser trabalhar vai ter que manter o cel off num armário é guerra civil e se manda embora e fala algo é "preconceito" e "processinho".
quando as regras é seguidas é bonita de se ver, não sei falar dos japas, mas você sabe br, fala que se quiser trabalhar vai ter que manter o cel off num armário é guerra civil e se manda embora e fala algo é "preconceito" e "processinho".
Mas voltando indefere o aplicativo ou aparelho, sempre haverá telemetria a pessoa alimentando passivamente ou ativamente, pode ser você postando no fórum, vendo X ou TikTok sempre vai ter o "rastro" podendo ir ou não para alguém.
Ps fecha a aba das mina de kabuchiko na outra aba
Vou me intrometer no debate
www.publico.pt
imagine um br que trabalha em uma montadora italiana de veículos, tem acesso a informação das plantas de montagem. imagine o algoritmo vendo os emails ele falando pelo mic e o Br nem ae, "meu cel é seguro não empresa que manda nele", mas claro desde que nao use para falar de coisas da empresa. Nego hj assina acordo e nem lê. Dai um china copia e começa a caça as bruxas, chefe acha a bruxa "ain eu num sabia, onde eu concordei com issu"
Pessoal superestima o peso da propaganda na capacidade de mudar a opiniao de alguém
Ou seja
A pesquisa comprova que até os robôs respeitam mais a liberdade de expressão do que Alexandre de Moraes!
www.bloomberg.com
Melhor superestimar do que subestimar. A melhor defesa? É a defesa, oras. Kk
Interessante esse estudo que vc trouxe, sobre a influência russa no twitter nas eleições de 2016. Mas são anos de estudos que argumentam sobre a importância da propaganda nas sociedades. Seguramente acho um grande erro desprezar o poder da propaganda.
E ali eu estava me referindo mais a subversão da sociedade como um todo. Na troca dos valores e etc... "a decadência do ocidente" basicamente passa por isso, só n percebem a influência (pelo menos uma parcela) do soft power dos inimigos geopolíticos nessas questões quem não quer.
Mas no campo eleitoral, a propaganda/influência estrangeira tb pode fazer a diferença dependendo do cenário.
When the Great Power Gets a Vote: The Effects of Great Power Electoral Interventions on Election Results
Abstract. What are the electoral consequences of attempts by great powers to intervene in a partisan manner in another country’s elections? Great powers fracademic.oup.com
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O que o TikTok nos diz sobre o soft power da China
What TikTok Tells Us About China’s Soft Power
Today on The Big Take DC podcast: Tiktok’s super power is its algorithm. The US wants to make sure American users’ personal data is out of China’s hands.
Hoje no podcast The Big Take DC: O superpoder do Tiktok é seu algoritmo. Os EUA querem garantir que os dados pessoais dos usuários americanos estejam fora do alcance da China.
A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei com um ultimato para a controladora do TikTok, ByteDance: vender o aplicativo ou ser banido dos EUA.
Hoje, no podcast Big Take DC, Dan Flatley e Alex Barinka cobrem as preocupações de segurança nacional por trás deste projeto de lei e as potenciais consequências geopolíticas e da indústria tecnológica.
Ouça o podcast Big Take DC todas as semanas.
Clientes de terminal: execute {NSUB BIGTAKEPOD <GO>} no desktop para se inscrever.
Aqui está uma transcrição levemente editada da conversa:
David Gura: A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei na semana passada que proibiria o TikTok, a menos que seus proprietários chineses vendessem a plataforma. E muitos dos 170 milhões de usuários americanos do aplicativo… não estão satisfeitos com isso:
Usuário do TikTok: Oh, governo dos EUA, você cometeu um grande erro.
Usuário TikTok: quando se trata de banimento, o aplicativo [bip] Renegade é o único momento que eles decidem curtir, unir forças e se unir?
Usuário do TikTok: eles parecem vilões do Scooby Doo que precisam se aposentar, e eu gostaria que sim.
Gura: Não é a primeira vez que legisladores se opõem a esse aplicativo super popular. O ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para proibi-lo em 2020, mas foi bloqueada no tribunal. E no ano passado, o Congresso adotou a ideia de regulamentá-lo. Mas as tentativas de proibi-lo completamente falharam.
Agora, preocupações renovadas colocam-no de volta no topo das mesas dos legisladores.
Hoje no programa é o governo dos EUA contra o TikTok.
Porque é que Washington está a escolher esta luta novamente… agora?
Terá realmente alguma hipótese de abordar as preocupações de segurança nacional relacionadas com a China que os preocupam?
E alguma versão dessa proposta poderia realmente funcionar?
Do escritório da Bloomberg em Washington, este é o podcast Big Take DC. Meu nome é David Gura. Saleha Mohsin está promovendo seu novo livro – lançado esta semana – chamado “Soldados de papel: como a armamento do dólar mudou a ordem mundial”.
Alex Barinka: Dependendo de para quem você pergunta, o algoritmo TikTok é uma ferramenta tecnológica extremamente sofisticada, única e poderosa que é capaz de discernir no que você está interessado com a piada interna do aplicativo, ele me conhece melhor do que eu sei eu mesmo… ou como alguns legisladores veem, é um dispositivo de espionagem incrivelmente sofisticado para coletar informações que eu nem sabia sobre mim mesmo.
Gura: Alex Barinka é repórter de tecnologia da Bloomberg e ela diz… exatamente o que deixa os usuários do TikTok loucos pelo aplicativo é o que preocupa tanto o governo. Sua viscosidade.
Os usuários adoram o aplicativo porque ele os alimenta com conteúdo que parece perfeitamente adaptado aos seus interesses... seja uma receita viral de massa feta... ou um vídeo de cachorrinho.
Barinka: Eles passam mais de uma hora no aplicativo todos os dias. É absolutamente um ativo invejável de se ter.
Gura: Esse ativo... os olhos cativos - e os dados - de milhões de usuários americanos... pertence, em última análise, a uma empresa de tecnologia chinesa chamada ByteDance, proprietária do TikTok. O que deixa muitos legisladores dos EUA desconfortáveis.
Vimos políticos, saindo de briefings com o FBI e o Departamento de Justiça, dizendo, essencialmente: “Confie em nós. Este aplicativo é um problema.” Mas… “Não podemos compartilhar os detalhes.”
Barinka: Em grande parte, os legisladores e as autoridades lançaram muitas hipóteses, e não muitas evidências específicas.
Gura: Então procurei Dan Flatley, repórter de segurança nacional da Bloomberg.
Dan, quero perguntar a você sobre o coro de críticas ou a preocupação que ouvimos dos legisladores. O que dizem eles sobre os riscos específicos que consideram que isto representa para a segurança nacional?
Dan Flatley: Bem, o risco número um é a segurança dos dados. Portanto, a empresa controladora da TikTok, ByteDance, está sediada na China, tem laços com o governo chinês, e há a preocupação de que o governo chinês possa, em alguma data futura, obrigar a ByteDance a entregar ao governo todos os dados que possui do TikTok. E então esses dados podem ser usados com outros tipos de dados que a China coletou, seja através de hacks ou outras formas de ataque cibernético, ou apenas dados que eles compraram no mercado aberto para traçar perfis de pessoas ou para chantagear pessoas ou para algum outro propósito que não conhecemos.
Agora, deve-se notar que a TikTok sempre contestou isso e basicamente disse que a TikTok Incorporated é uma empresa constituída nos Estados Unidos. Os dados estão isolados de qualquer governo. Mas isso fez muito pouco para amenizar as preocupações dos membros do Congresso que apenas vêem ali uma ameaça real.
E então, é claro, a ameaça secundária, hum, ou, ou talvez a ameaça principal, dependendo de como você encara isso, é se o aplicativo pode ser usado em algum tipo de operação de influência.
Gura: A ideia é: um governo estrangeiro, ou alguma outra entidade, poderia usar o aplicativo para transmitir certas perspectivas aos usuários dos EUA para promover propaganda ou desinformação.
Flatley: Falando com o pessoal do Congresso, um dos acontecimentos que realmente galvanizou muito apoio a esta iniciativa foi o rescaldo dos ataques de 7 de Outubro em Israel.
Gura: Desde 7 de outubro, os legisladores expressaram preocupação com o fato de o algoritmo do TikTok favorecer conteúdo pró-palestiniano na plataforma. Além disso:
Flatley: É um ano eleitoral. Portanto, há muito foco nos eleitores que o TikTok está alcançando. Este é um grupo demográfico muito cobiçado. Muitos potenciais eleitores jovens, muitos jovens e políticos estão interessados em alcançar esse tipo de eleitores.
Gura: É uma espécie de tempestade perfeita, que uniu os legisladores, do outro lado do corredor, neste raro momento de bipartidarismo.
Flatley: O que temos, pelo menos de acordo com as pessoas com quem conversei, foi um momento em que todas as partes estão meio preocupadas com a China. Alguns partidos querem adotar uma linha realmente dura. Há potencialmente mais preocupação por parte dos republicanos em questões tradicionais de segurança nacional no que diz respeito à China. Há uma preocupação maior por parte dos democratas com a desinformação e a desinformação. O TikTok meio que se encontrou bem no meio do diagrama de Venn.
Gura: Isso levou os legisladores a pisar no acelerador ao aprovar uma legislação para controlar o TikTok. Mas, ao contrário da maioria dos projetos de lei anteriores do TikTok, desta vez os legisladores não proibiram imediatamente.
Você poderia nos orientar sobre esse projeto de lei? Presumo que tenha cerca de uma dúzia de páginas, mas o que significa exatamente?
Flatley: Essencialmente, ele descreve um processo pelo qual a TikTok seria forçada a se vender para uma empresa dos EUA ou para uma empresa localizada em um país amigável, o que chamaríamos de citação entre aspas. Então, qualquer um, exceto a China, essencialmente. Mas também não queres ser vendido à Rússia ou ao Irão.
Exigiria que o Tiktok fizesse a venda dentro de seis meses, caso contrário, enfrentaria uma proibição nos EUA e seria bloqueado nas lojas de aplicativos. Seria bloqueado para provedores de serviços de Internet. Você não seria capaz de obter nenhuma atualização. Essencialmente, ele simplesmente morreria de fome porque, você sabe, o back-end não seria mais capaz de acontecer.
Gura: Em outras palavras, este é um ultimato para ByteDance. O Congresso está dizendo: “Venda o TikTok para um novo proprietário ou… os EUA vão proibir o aplicativo”.
Barinka: Este projeto de lei avançou incrivelmente rápido.
Gura: O repórter técnico Alex Barinka novamente:
Barinka: Este projeto de lei avançou incrivelmente rápido. Desde a sua introdução até à sua votação. Ele se moveu a uma velocidade que nunca vimos antes ou não vimos nos últimos anos, com a composição do Congresso como está agora.
Gura: O TikTok viu isso acontecendo e se esforçou ao máximo para desacelerar. Enquanto os legisladores se preparavam para votar o projeto de lei, o aplicativo enviava alertas, instando milhões de usuários a ligar para seus representantes e “interromper o desligamento do TikTok”.
Os usuários do TikTok também criaram seus próprios vídeos. E essa campanha… se tornou viral.
Usuário do TikTok: Quer salvar o TikTok? Deixe-me dizer algumas coisas que você pode fazer.
Barinka: Tivemos legisladores chegando às escadarias do Capitólio na semana em que este projeto de lei foi votado, reclamando apenas do grande número de telefonemas que recebiam.
Usuário do TikTok: Essas pessoas vão nos ouvir porque querem manter seus empregos. Então, vamos nos certificar de enviar spam para suas caixas de entrada.
Barinka: Mas os legisladores também, especialmente aqueles que criticam o Tiktok, viram isso como apenas mais uma forma de o TikTok ter controle sobre as mentes e os corações dos usuários.
Gura: Legisladores como a congressista republicana Cathy McMorris Rodgers. Ela é a presidente do comitê da Câmara que apresentou o projeto.
Cathy McMorris Rodgers: Esta manhã, antes de nossa audiência, o TikTok usou sua influência e poder para forçar os usuários a entrar em contato com seus representantes se quisessem continuar usando o TikTok.
Gura: Ela basicamente cita aquela campanha telefónica como prova de que o TikTok precisa ser interrompido e implicou o Partido Comunista Chinês, ou PCC.
Rodgers: Esta é apenas uma pequena amostra de como o PCC transforma as aplicações que controla em armas para manipular dezenas de milhões de pessoas para promover a sua agenda.
Gura: O TikTok fez algumas coisas para garantir aos legisladores que os dados dos usuários americanos estão seguros. A empresa trabalha com a Oracle, uma empresa de tecnologia com sede nos EUA, para proteger os dados dos usuários americanos contra maus atores e governos estrangeiros.
Eles também estão adotando outra abordagem. Fazer lobby diretamente com os legisladores.
Barinka: Tive que revisar um dos panfletos que eles estão distribuindo aos legisladores que se defendem de algumas das reivindicações do Departamento de Justiça. Eles dizem coisas como: 'você acha que compartilhamos todas essas informações? Bem, isso é exatamente o que toda empresa de mídia social compartilha, como nome, endereço de e-mail, número de telefone. E, a propósito, o TikTok não pergunta seu nome verdadeiro, sua situação profissional ou seu status de relacionamento, como alguns outros aplicativos fazem.
Gura: É um lobby que na verdade se alinha com o que muitos críticos de tecnologia e defensores da privacidade estão dizendo.
Eles têm tentado pressionar ainda mais a questão:
Barinka: Para explodir isso e realmente dizer: “Ei, isso não deveria ser apenas sobre o TikTok. Isto deveria ser sobre uma política abrangente de privacidade de dados.” O TikTok nos bastidores tem atiçado essas chamas, dizendo: “Sim, adoraríamos uma política para todo o setor. Não nos destaque.
Gura: De acordo com Alex, os especialistas em privacidade acham que este é um ponto justo. Ela conversou com Calli Schroeder, que trabalha em uma organização de defesa da privacidade chamada EPIC:
Barinka: Ela disse, olha, se a internet é uma peneira, então banir o TikTok dos EUA é como tapar um daqueles pequenos buracos e você está deixando todo o resto aberto para que os dados vazem. Não apenas de rivais que sofreram uma série de violações de dados e situações ruins, mas também de coisas como corretores de dados, esses terceiros que aspiram hordas de informações da Internet e as vendem pelo lance mais alto.
Flatley: É muito incomum ver uma empresa específica nomeada em legislação como esta, e isso na verdade preocupa alguns membros do Congresso.
Você sabe, isso realmente resolve o problema ou é apenas uma espécie de band-aid? Ok, hoje é TikTok. Amanhã pode ser outra coisa. Precisamos aprovar uma legislação sempre que isso acontece?
Gura: Quer seja um problema apenas com o TikTok... ou com todo o ambiente de mídia social... os legisladores decidiram que há motivo para preocupação.
Mas agora que a Câmara aprovou esse projeto, ele vai para o Senado. E se conseguir se tornar uma lei… (o que, novamente, é um tiro no escuro), ainda há ENORMES dúvidas sobre como realmente implementá-lo. Isso está chegando.
A Câmara dos Representantes dos EUA deu um aviso à empresa-mãe da TikTok, ByteDance: Queremos que o aplicativo fique fora do controle chinês e não temos medo de forçar sua mão. Mas esse projeto ainda enfrenta alguns obstáculos.
Já desacelerou desde que chegou ao Senado... e mesmo que seja aprovado no Senado - o que é, novamente, um tiro no escuro - e o presidente o assinasse... não há indicação de que a ByteDance ou o governo chinês dariam isso sem lutar.
Aqui está meu colega Alex Barinka.
Barinka: O TikTok agora é valioso para a China, provavelmente porque é valioso para a ByteDance. Sabemos, de acordo com nossas fontes, que eles pretendem vender quase US$ 18 bilhões em produtos no aplicativo nos EUA em seu primeiro ano de operação da loja TikTok.
Então, quando se trata de aumento econômico e de ter uma empresa-mãe na ByteDance que possui alguns dos maiores aplicativos do mundo, isso se torna muito, muito, muito importante.
Gura: O governo chinês deixou claro que teria de estar envolvido em qualquer venda potencial do TikTok. Mas não está claro quem os EUA esperam ter esse tipo de dinheiro disponível.
Barinka: O projeto de lei em si não especifica que tipo de venda ou desinvestimento deixaria os legisladores felizes. Então, eu meio que aproveitei meu antigo chapéu de reportagem de negócios. Eu costumava cobrir fusões e aquisições para nós na Bloomberg, principalmente em tecnologia. E acho que há três opções específicas que realmente vejo.
Gura: A primeira opção é que a ByteDance venderia o TikTok para uma empresa norte-americana, ou uma que seja mais amigável com os Estados Unidos.
Barinka: O problema com isso é que, sob a administração atual, o regulador antitruste tem sido muito, muito duro com as Big Tech. Então, quando você pensa nos nomes que poderiam pagar um cheque de US$ 35 a US$ 40 bilhões de dólares, que é o valor que a Bloomberg Intelligence avalia os negócios da TikTok nos EUA... a lista é curta. É Meta. É o alfabeto. É a Apple. É a Amazônia. São todos os nomes que o regulador antitruste teria dificuldade em não se envolver e bloquear esse tipo de acordo.
Gura: Então restam as outras duas opções:
Uma delas é a venda a investidores privados. (Então, um grupo de capitalistas de risco.) Investidores que o manteriam sob controle privado.
A outra é… os investidores compram e depois colocam-no no mercado.
Steven Mnuchin, ex-secretário do Tesouro, já disse que estaria interessado em reunir um grupo de investidores para comprar o aplicativo.
Não importa quem o compre, o projeto especifica que o presidente teria que assinar a venda. É claro que, para chegar a este ponto, o projeto teria que se tornar lei.
Barinka: Agora, enquanto estamos gravando isso, é março. O projeto de lei, se aprovado, daria basicamente seis meses para que o Tiktok fosse vendido ou bloqueado. Se isso for aprovado, digamos, em maio, o que seria muito rápido para o projeto de lei passar pelo Senado, isso colocaria o prazo em novembro, e novembro deste ano é época de eleições. Portanto, esse cronograma será muito importante à medida que os legisladores analisam esse projeto de lei e potencialmente continuam a ouvir os usuários que estão olhando para suas cédulas, pensando em quem vão votar e em quem pode tentar roubar esse aplicativo que eles amam. de suas mãos.
David Gura: O que tornaria as coisas complicadas para o presidente Joe Biden, cuja campanha se juntou ao TikTok pela primeira vez este ano:
Barinka: Eles têm postado dezenas de vídeos e claramente tentam atingir um público lá. Para o Partido Democrata, os jovens têm sido extremamente importantes. Na primeira eleição de Biden, a participação dos jovens atingiu níveis recordes. Nas últimas eleições intercalares, alguns especialistas dizem que os jovens democratas bloquearam a profetizada onda vermelha. Portanto, quando você olha para o que Biden tem a perder, são esses eleitores.
Gura: Funcionários da Casa Branca disseram que querem ver algumas mudanças no projeto de lei, mas o presidente Biden disse que iria sancioná-lo. O que poderia alienar alguns eleitores jovens.
Já houve reação contra legisladores que atacaram o TikTok... especialmente aqueles que usaram o aplicativo no passado, como um congressista da Carolina do Norte...
Barinka: Jeff Jackson está atualmente na Câmara dos Representantes dos EUA, mas está concorrendo a procurador-geral em seu estado. Ele tem sido um dos exemplos de político de maior sucesso no TikTok e também votou a favor deste projeto. E depois que isso aconteceu, ele acabou de ser criticado no aplicativo.
Alex Barinka: Ele perdeu mais de 100.000 seguidores de seus 2,5 milhões. E ele teve que lançar alguns vídeos de resposta, basicamente tentando justificar sua decisão.
Jeff Jackson: Peço desculpas. Não lidei bem com essa situação de cima a baixo, e é por isso que fiquei completamente torrado neste app nas últimas 48 horas…
Gura: Usuários do TikTok? Eles não aceitaram o pedido de desculpas de Jackson.
Usuário TikTok: Parabéns, Jeffrey Jackson. Estou oficialmente dando a você este prêmio pelo vídeo mais idiota que já vi na internet.
Gura: Tudo isso quer dizer que os legisladores estão em uma situação difícil. Não apenas os democratas, que têm medo de alienar os jovens eleitores num ano eleitoral. Os republicanos também. O ex-presidente Trump se manifestou e disse que é contra o projeto… embora uma vez tenha tentado proibir o TikTok por ordem executiva. Agora ele diz que esse projeto daria muito poder ao Meta.
Barinka: Você deve se lembrar que depois da insurreição de 6 de janeiro, o Facebook removeu Donald Trump da plataforma. Ele ficou fora da plataforma por dois anos. Então, talvez haja um pouco de animosidade entre Trump e Meta, dono do Facebook, mas é incrivelmente fascinante e honestamente colocou muitos republicanos em apuros.
Gura: E isso nos leva ao último detalhe deste quadro legislativo muito complicado.
Se a ByteDance e o governo chinês se recusassem a vender o TikTok, o governo dos EUA pediria às empresas americanas de tecnologia – como a Apple e o Google – que o banissem de suas lojas de aplicativos. Esse tipo de proibição pode gerar problemas com a Suprema Corte.
Barinka: Há um argumento jurídico realmente interessante que veio à tona. Em 1965, houve um caso no Supremo Tribunal dos EUA em que os juízes votaram por unanimidade que a Primeira Emenda protege o direito dos americanos de ver e ver a propaganda comunista.
Houve um momento em que os correios procuravam bloquear o envio de propaganda comunista chinesa através dos Correios, e isso estava protegido pela Primeira Emenda.
Gura: Alex ressalta que esse tipo de censura à liberdade de expressão seria bastante draconiano.
Vale ressaltar: o principal concorrente do TikTok é o Instagram Reels, produto de vídeo de propriedade da Meta. Portanto, uma proibição do TikTok daria ao Meta muito poder sobre o mercado – como Trump apontou.
Alex diz que também há um argumento convincente de que a proibição do TikTok prejudicaria outras empresas de tecnologia americanas... fazendo com que os EUA ficassem mal.
Barinka: As maiores empresas de mídia social do mundo são empresas americanas. E se a América vier à mesa e disser: vamos arrancar esta joia, esta joia global do TikTok e forçá-la a ser propriedade de outra empresa americana, como isso se parece no cenário mundial?
Gura: Tudo isso é bastante sem precedentes. O Congresso nunca forçou uma empresa internacional a vender parte dos seus negócios.
E meu colega Dan diz que talvez eles também não consigam fazer isso desta vez. O Senado é famoso por retardar o processo legislativo…
Flatley: Não tenho bola de cristal e já tive problemas antes de tentar prever o que o Congresso iria fazer. Mas a menos que o Senado aja rapidamente sobre isso, não há indicação de que esteja no momento. Isto vai ficar atolado em meses e meses de negociações e nada poderá acontecer.
Gura: Acho que é uma aposta segura, no que diz respeito à clarividência do Congresso, acho que é muito bom... [risos]
Eu nem li, talvez se sair o filme eu veja.
olhardigital.com.br
Seria muito bom se as pessoas mudassem de opiniões politicas e de valores apenas se expondo a visões diferentes/propaganda;Melhor superestimar do que subestimar. A melhor defesa? É a defesa, oras. Kk
Interessante esse estudo que vc trouxe, sobre a influência russa no twitter nas eleições de 2016. Mas são anos de estudos que argumentam sobre a importância da propaganda nas sociedades. Seguramente acho um grande erro desprezar o poder da propaganda.
E ali eu estava me referindo mais a subversão da sociedade como um todo. Na troca dos valores e etc... "a decadência do ocidente" basicamente passa por isso, só n percebem a influência (pelo menos uma parcela) do soft power dos inimigos geopolíticos nessas questões quem não quer.
Mas no campo eleitoral, a propaganda/influência estrangeira tb pode fazer a diferença dependendo do cenário.
When the Great Power Gets a Vote: The Effects of Great Power Electoral Interventions on Election Results
Abstract. What are the electoral consequences of attempts by great powers to intervene in a partisan manner in another country’s elections? Great powers fr
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O que o TikTok nos diz sobre o soft power da China
What TikTok Tells Us About China’s Soft Power
Today on The Big Take DC podcast: Tiktok’s super power is its algorithm. The US wants to make sure American users’ personal data is out of China’s hands.
Hoje no podcast The Big Take DC: O superpoder do Tiktok é seu algoritmo. Os EUA querem garantir que os dados pessoais dos usuários americanos estejam fora do alcance da China.
A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei com um ultimato para a controladora do TikTok, ByteDance: vender o aplicativo ou ser banido dos EUA.
Hoje, no podcast Big Take DC, Dan Flatley e Alex Barinka cobrem as preocupações de segurança nacional por trás deste projeto de lei e as potenciais consequências geopolíticas e da indústria tecnológica.
Ouça o podcast Big Take DC todas as semanas.
Clientes de terminal: execute {NSUB BIGTAKEPOD <GO>} no desktop para se inscrever.
Aqui está uma transcrição levemente editada da conversa:
David Gura: A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei na semana passada que proibiria o TikTok, a menos que seus proprietários chineses vendessem a plataforma. E muitos dos 170 milhões de usuários americanos do aplicativo… não estão satisfeitos com isso:
Usuário do TikTok: Oh, governo dos EUA, você cometeu um grande erro.
Usuário TikTok: quando se trata de banimento, o aplicativo [bip] Renegade é o único momento que eles decidem curtir, unir forças e se unir?
Usuário do TikTok: eles parecem vilões do Scooby Doo que precisam se aposentar, e eu gostaria que sim.
Gura: Não é a primeira vez que legisladores se opõem a esse aplicativo super popular. O ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para proibi-lo em 2020, mas foi bloqueada no tribunal. E no ano passado, o Congresso adotou a ideia de regulamentá-lo. Mas as tentativas de proibi-lo completamente falharam.
Agora, preocupações renovadas colocam-no de volta no topo das mesas dos legisladores.
Hoje no programa é o governo dos EUA contra o TikTok.
Porque é que Washington está a escolher esta luta novamente… agora?
Terá realmente alguma hipótese de abordar as preocupações de segurança nacional relacionadas com a China que os preocupam?
E alguma versão dessa proposta poderia realmente funcionar?
Do escritório da Bloomberg em Washington, este é o podcast Big Take DC. Meu nome é David Gura. Saleha Mohsin está promovendo seu novo livro – lançado esta semana – chamado “Soldados de papel: como a armamento do dólar mudou a ordem mundial”.
Alex Barinka: Dependendo de para quem você pergunta, o algoritmo TikTok é uma ferramenta tecnológica extremamente sofisticada, única e poderosa que é capaz de discernir no que você está interessado com a piada interna do aplicativo, ele me conhece melhor do que eu sei eu mesmo… ou como alguns legisladores veem, é um dispositivo de espionagem incrivelmente sofisticado para coletar informações que eu nem sabia sobre mim mesmo.
Gura: Alex Barinka é repórter de tecnologia da Bloomberg e ela diz… exatamente o que deixa os usuários do TikTok loucos pelo aplicativo é o que preocupa tanto o governo. Sua viscosidade.
Os usuários adoram o aplicativo porque ele os alimenta com conteúdo que parece perfeitamente adaptado aos seus interesses... seja uma receita viral de massa feta... ou um vídeo de cachorrinho.
Barinka: Eles passam mais de uma hora no aplicativo todos os dias. É absolutamente um ativo invejável de se ter.
Gura: Esse ativo... os olhos cativos - e os dados - de milhões de usuários americanos... pertence, em última análise, a uma empresa de tecnologia chinesa chamada ByteDance, proprietária do TikTok. O que deixa muitos legisladores dos EUA desconfortáveis.
Vimos políticos, saindo de briefings com o FBI e o Departamento de Justiça, dizendo, essencialmente: “Confie em nós. Este aplicativo é um problema.” Mas… “Não podemos compartilhar os detalhes.”
Barinka: Em grande parte, os legisladores e as autoridades lançaram muitas hipóteses, e não muitas evidências específicas.
Gura: Então procurei Dan Flatley, repórter de segurança nacional da Bloomberg.
Dan, quero perguntar a você sobre o coro de críticas ou a preocupação que ouvimos dos legisladores. O que dizem eles sobre os riscos específicos que consideram que isto representa para a segurança nacional?
Dan Flatley: Bem, o risco número um é a segurança dos dados. Portanto, a empresa controladora da TikTok, ByteDance, está sediada na China, tem laços com o governo chinês, e há a preocupação de que o governo chinês possa, em alguma data futura, obrigar a ByteDance a entregar ao governo todos os dados que possui do TikTok. E então esses dados podem ser usados com outros tipos de dados que a China coletou, seja através de hacks ou outras formas de ataque cibernético, ou apenas dados que eles compraram no mercado aberto para traçar perfis de pessoas ou para chantagear pessoas ou para algum outro propósito que não conhecemos.
Agora, deve-se notar que a TikTok sempre contestou isso e basicamente disse que a TikTok Incorporated é uma empresa constituída nos Estados Unidos. Os dados estão isolados de qualquer governo. Mas isso fez muito pouco para amenizar as preocupações dos membros do Congresso que apenas vêem ali uma ameaça real.
E então, é claro, a ameaça secundária, hum, ou, ou talvez a ameaça principal, dependendo de como você encara isso, é se o aplicativo pode ser usado em algum tipo de operação de influência.
Gura: A ideia é: um governo estrangeiro, ou alguma outra entidade, poderia usar o aplicativo para transmitir certas perspectivas aos usuários dos EUA para promover propaganda ou desinformação.
Flatley: Falando com o pessoal do Congresso, um dos acontecimentos que realmente galvanizou muito apoio a esta iniciativa foi o rescaldo dos ataques de 7 de Outubro em Israel.
Gura: Desde 7 de outubro, os legisladores expressaram preocupação com o fato de o algoritmo do TikTok favorecer conteúdo pró-palestiniano na plataforma. Além disso:
Flatley: É um ano eleitoral. Portanto, há muito foco nos eleitores que o TikTok está alcançando. Este é um grupo demográfico muito cobiçado. Muitos potenciais eleitores jovens, muitos jovens e políticos estão interessados em alcançar esse tipo de eleitores.
Gura: É uma espécie de tempestade perfeita, que uniu os legisladores, do outro lado do corredor, neste raro momento de bipartidarismo.
Flatley: O que temos, pelo menos de acordo com as pessoas com quem conversei, foi um momento em que todas as partes estão meio preocupadas com a China. Alguns partidos querem adotar uma linha realmente dura. Há potencialmente mais preocupação por parte dos republicanos em questões tradicionais de segurança nacional no que diz respeito à China. Há uma preocupação maior por parte dos democratas com a desinformação e a desinformação. O TikTok meio que se encontrou bem no meio do diagrama de Venn.
Gura: Isso levou os legisladores a pisar no acelerador ao aprovar uma legislação para controlar o TikTok. Mas, ao contrário da maioria dos projetos de lei anteriores do TikTok, desta vez os legisladores não proibiram imediatamente.
Você poderia nos orientar sobre esse projeto de lei? Presumo que tenha cerca de uma dúzia de páginas, mas o que significa exatamente?
Flatley: Essencialmente, ele descreve um processo pelo qual a TikTok seria forçada a se vender para uma empresa dos EUA ou para uma empresa localizada em um país amigável, o que chamaríamos de citação entre aspas. Então, qualquer um, exceto a China, essencialmente. Mas também não queres ser vendido à Rússia ou ao Irão.
Exigiria que o Tiktok fizesse a venda dentro de seis meses, caso contrário, enfrentaria uma proibição nos EUA e seria bloqueado nas lojas de aplicativos. Seria bloqueado para provedores de serviços de Internet. Você não seria capaz de obter nenhuma atualização. Essencialmente, ele simplesmente morreria de fome porque, você sabe, o back-end não seria mais capaz de acontecer.
Gura: Em outras palavras, este é um ultimato para ByteDance. O Congresso está dizendo: “Venda o TikTok para um novo proprietário ou… os EUA vão proibir o aplicativo”.
Barinka: Este projeto de lei avançou incrivelmente rápido.
Gura: O repórter técnico Alex Barinka novamente:
Barinka: Este projeto de lei avançou incrivelmente rápido. Desde a sua introdução até à sua votação. Ele se moveu a uma velocidade que nunca vimos antes ou não vimos nos últimos anos, com a composição do Congresso como está agora.
Gura: O TikTok viu isso acontecendo e se esforçou ao máximo para desacelerar. Enquanto os legisladores se preparavam para votar o projeto de lei, o aplicativo enviava alertas, instando milhões de usuários a ligar para seus representantes e “interromper o desligamento do TikTok”.
Os usuários do TikTok também criaram seus próprios vídeos. E essa campanha… se tornou viral.
Usuário do TikTok: Quer salvar o TikTok? Deixe-me dizer algumas coisas que você pode fazer.
Barinka: Tivemos legisladores chegando às escadarias do Capitólio na semana em que este projeto de lei foi votado, reclamando apenas do grande número de telefonemas que recebiam.
Usuário do TikTok: Essas pessoas vão nos ouvir porque querem manter seus empregos. Então, vamos nos certificar de enviar spam para suas caixas de entrada.
Barinka: Mas os legisladores também, especialmente aqueles que criticam o Tiktok, viram isso como apenas mais uma forma de o TikTok ter controle sobre as mentes e os corações dos usuários.
Gura: Legisladores como a congressista republicana Cathy McMorris Rodgers. Ela é a presidente do comitê da Câmara que apresentou o projeto.
Cathy McMorris Rodgers: Esta manhã, antes de nossa audiência, o TikTok usou sua influência e poder para forçar os usuários a entrar em contato com seus representantes se quisessem continuar usando o TikTok.
Gura: Ela basicamente cita aquela campanha telefónica como prova de que o TikTok precisa ser interrompido e implicou o Partido Comunista Chinês, ou PCC.
Rodgers: Esta é apenas uma pequena amostra de como o PCC transforma as aplicações que controla em armas para manipular dezenas de milhões de pessoas para promover a sua agenda.
Gura: O TikTok fez algumas coisas para garantir aos legisladores que os dados dos usuários americanos estão seguros. A empresa trabalha com a Oracle, uma empresa de tecnologia com sede nos EUA, para proteger os dados dos usuários americanos contra maus atores e governos estrangeiros.
Eles também estão adotando outra abordagem. Fazer lobby diretamente com os legisladores.
Barinka: Tive que revisar um dos panfletos que eles estão distribuindo aos legisladores que se defendem de algumas das reivindicações do Departamento de Justiça. Eles dizem coisas como: 'você acha que compartilhamos todas essas informações? Bem, isso é exatamente o que toda empresa de mídia social compartilha, como nome, endereço de e-mail, número de telefone. E, a propósito, o TikTok não pergunta seu nome verdadeiro, sua situação profissional ou seu status de relacionamento, como alguns outros aplicativos fazem.
Gura: É um lobby que na verdade se alinha com o que muitos críticos de tecnologia e defensores da privacidade estão dizendo.
Eles têm tentado pressionar ainda mais a questão:
Barinka: Para explodir isso e realmente dizer: “Ei, isso não deveria ser apenas sobre o TikTok. Isto deveria ser sobre uma política abrangente de privacidade de dados.” O TikTok nos bastidores tem atiçado essas chamas, dizendo: “Sim, adoraríamos uma política para todo o setor. Não nos destaque.
Gura: De acordo com Alex, os especialistas em privacidade acham que este é um ponto justo. Ela conversou com Calli Schroeder, que trabalha em uma organização de defesa da privacidade chamada EPIC:
Barinka: Ela disse, olha, se a internet é uma peneira, então banir o TikTok dos EUA é como tapar um daqueles pequenos buracos e você está deixando todo o resto aberto para que os dados vazem. Não apenas de rivais que sofreram uma série de violações de dados e situações ruins, mas também de coisas como corretores de dados, esses terceiros que aspiram hordas de informações da Internet e as vendem pelo lance mais alto.
Flatley: É muito incomum ver uma empresa específica nomeada em legislação como esta, e isso na verdade preocupa alguns membros do Congresso.
Você sabe, isso realmente resolve o problema ou é apenas uma espécie de band-aid? Ok, hoje é TikTok. Amanhã pode ser outra coisa. Precisamos aprovar uma legislação sempre que isso acontece?
Gura: Quer seja um problema apenas com o TikTok... ou com todo o ambiente de mídia social... os legisladores decidiram que há motivo para preocupação.
Mas agora que a Câmara aprovou esse projeto, ele vai para o Senado. E se conseguir se tornar uma lei… (o que, novamente, é um tiro no escuro), ainda há ENORMES dúvidas sobre como realmente implementá-lo. Isso está chegando.
A Câmara dos Representantes dos EUA deu um aviso à empresa-mãe da TikTok, ByteDance: Queremos que o aplicativo fique fora do controle chinês e não temos medo de forçar sua mão. Mas esse projeto ainda enfrenta alguns obstáculos.
Já desacelerou desde que chegou ao Senado... e mesmo que seja aprovado no Senado - o que é, novamente, um tiro no escuro - e o presidente o assinasse... não há indicação de que a ByteDance ou o governo chinês dariam isso sem lutar.
Aqui está meu colega Alex Barinka.
Barinka: O TikTok agora é valioso para a China, provavelmente porque é valioso para a ByteDance. Sabemos, de acordo com nossas fontes, que eles pretendem vender quase US$ 18 bilhões em produtos no aplicativo nos EUA em seu primeiro ano de operação da loja TikTok.
Então, quando se trata de aumento econômico e de ter uma empresa-mãe na ByteDance que possui alguns dos maiores aplicativos do mundo, isso se torna muito, muito, muito importante.
Gura: O governo chinês deixou claro que teria de estar envolvido em qualquer venda potencial do TikTok. Mas não está claro quem os EUA esperam ter esse tipo de dinheiro disponível.
Barinka: O projeto de lei em si não especifica que tipo de venda ou desinvestimento deixaria os legisladores felizes. Então, eu meio que aproveitei meu antigo chapéu de reportagem de negócios. Eu costumava cobrir fusões e aquisições para nós na Bloomberg, principalmente em tecnologia. E acho que há três opções específicas que realmente vejo.
Gura: A primeira opção é que a ByteDance venderia o TikTok para uma empresa norte-americana, ou uma que seja mais amigável com os Estados Unidos.
Barinka: O problema com isso é que, sob a administração atual, o regulador antitruste tem sido muito, muito duro com as Big Tech. Então, quando você pensa nos nomes que poderiam pagar um cheque de US$ 35 a US$ 40 bilhões de dólares, que é o valor que a Bloomberg Intelligence avalia os negócios da TikTok nos EUA... a lista é curta. É Meta. É o alfabeto. É a Apple. É a Amazônia. São todos os nomes que o regulador antitruste teria dificuldade em não se envolver e bloquear esse tipo de acordo.
Gura: Então restam as outras duas opções:
Uma delas é a venda a investidores privados. (Então, um grupo de capitalistas de risco.) Investidores que o manteriam sob controle privado.
A outra é… os investidores compram e depois colocam-no no mercado.
Steven Mnuchin, ex-secretário do Tesouro, já disse que estaria interessado em reunir um grupo de investidores para comprar o aplicativo.
Não importa quem o compre, o projeto especifica que o presidente teria que assinar a venda. É claro que, para chegar a este ponto, o projeto teria que se tornar lei.
Barinka: Agora, enquanto estamos gravando isso, é março. O projeto de lei, se aprovado, daria basicamente seis meses para que o Tiktok fosse vendido ou bloqueado. Se isso for aprovado, digamos, em maio, o que seria muito rápido para o projeto de lei passar pelo Senado, isso colocaria o prazo em novembro, e novembro deste ano é época de eleições. Portanto, esse cronograma será muito importante à medida que os legisladores analisam esse projeto de lei e potencialmente continuam a ouvir os usuários que estão olhando para suas cédulas, pensando em quem vão votar e em quem pode tentar roubar esse aplicativo que eles amam. de suas mãos.
David Gura: O que tornaria as coisas complicadas para o presidente Joe Biden, cuja campanha se juntou ao TikTok pela primeira vez este ano:
Barinka: Eles têm postado dezenas de vídeos e claramente tentam atingir um público lá. Para o Partido Democrata, os jovens têm sido extremamente importantes. Na primeira eleição de Biden, a participação dos jovens atingiu níveis recordes. Nas últimas eleições intercalares, alguns especialistas dizem que os jovens democratas bloquearam a profetizada onda vermelha. Portanto, quando você olha para o que Biden tem a perder, são esses eleitores.
Gura: Funcionários da Casa Branca disseram que querem ver algumas mudanças no projeto de lei, mas o presidente Biden disse que iria sancioná-lo. O que poderia alienar alguns eleitores jovens.
Já houve reação contra legisladores que atacaram o TikTok... especialmente aqueles que usaram o aplicativo no passado, como um congressista da Carolina do Norte...
Barinka: Jeff Jackson está atualmente na Câmara dos Representantes dos EUA, mas está concorrendo a procurador-geral em seu estado. Ele tem sido um dos exemplos de político de maior sucesso no TikTok e também votou a favor deste projeto. E depois que isso aconteceu, ele acabou de ser criticado no aplicativo.
Alex Barinka: Ele perdeu mais de 100.000 seguidores de seus 2,5 milhões. E ele teve que lançar alguns vídeos de resposta, basicamente tentando justificar sua decisão.
Jeff Jackson: Peço desculpas. Não lidei bem com essa situação de cima a baixo, e é por isso que fiquei completamente torrado neste app nas últimas 48 horas…
Gura: Usuários do TikTok? Eles não aceitaram o pedido de desculpas de Jackson.
Usuário TikTok: Parabéns, Jeffrey Jackson. Estou oficialmente dando a você este prêmio pelo vídeo mais idiota que já vi na internet.
Gura: Tudo isso quer dizer que os legisladores estão em uma situação difícil. Não apenas os democratas, que têm medo de alienar os jovens eleitores num ano eleitoral. Os republicanos também. O ex-presidente Trump se manifestou e disse que é contra o projeto… embora uma vez tenha tentado proibir o TikTok por ordem executiva. Agora ele diz que esse projeto daria muito poder ao Meta.
Barinka: Você deve se lembrar que depois da insurreição de 6 de janeiro, o Facebook removeu Donald Trump da plataforma. Ele ficou fora da plataforma por dois anos. Então, talvez haja um pouco de animosidade entre Trump e Meta, dono do Facebook, mas é incrivelmente fascinante e honestamente colocou muitos republicanos em apuros.
Gura: E isso nos leva ao último detalhe deste quadro legislativo muito complicado.
Se a ByteDance e o governo chinês se recusassem a vender o TikTok, o governo dos EUA pediria às empresas americanas de tecnologia – como a Apple e o Google – que o banissem de suas lojas de aplicativos. Esse tipo de proibição pode gerar problemas com a Suprema Corte.
Barinka: Há um argumento jurídico realmente interessante que veio à tona. Em 1965, houve um caso no Supremo Tribunal dos EUA em que os juízes votaram por unanimidade que a Primeira Emenda protege o direito dos americanos de ver e ver a propaganda comunista.
Houve um momento em que os correios procuravam bloquear o envio de propaganda comunista chinesa através dos Correios, e isso estava protegido pela Primeira Emenda.
Gura: Alex ressalta que esse tipo de censura à liberdade de expressão seria bastante draconiano.
Vale ressaltar: o principal concorrente do TikTok é o Instagram Reels, produto de vídeo de propriedade da Meta. Portanto, uma proibição do TikTok daria ao Meta muito poder sobre o mercado – como Trump apontou.
Alex diz que também há um argumento convincente de que a proibição do TikTok prejudicaria outras empresas de tecnologia americanas... fazendo com que os EUA ficassem mal.
Barinka: As maiores empresas de mídia social do mundo são empresas americanas. E se a América vier à mesa e disser: vamos arrancar esta joia, esta joia global do TikTok e forçá-la a ser propriedade de outra empresa americana, como isso se parece no cenário mundial?
Gura: Tudo isso é bastante sem precedentes. O Congresso nunca forçou uma empresa internacional a vender parte dos seus negócios.
E meu colega Dan diz que talvez eles também não consigam fazer isso desta vez. O Senado é famoso por retardar o processo legislativo…
Flatley: Não tenho bola de cristal e já tive problemas antes de tentar prever o que o Congresso iria fazer. Mas a menos que o Senado aja rapidamente sobre isso, não há indicação de que esteja no momento. Isto vai ficar atolado em meses e meses de negociações e nada poderá acontecer.
Gura: Acho que é uma aposta segura, no que diz respeito à clarividência do Congresso, acho que é muito bom... [risos]
