Amigos
esse teste eu tb tenho a revista e li aqui a reportagem
aconteceu, como já foi dito, em um circuito especial PLANO, construído para esse fim,
andar a 300km/h REAIS durante uns 5 minutos na estrada comum é impossível...
vejam os videos de 300 km/h no youtube, nessa velô o piloto fica só uns 5 ou 10 segundos, daí já tem de reduzir de novo... isso sem contar que não são 300 km/h reais, mas no velocímetro... alguns em descidas...
O teste da revista buscou uma fadiga extrema para testar de uma maneira diferente os motores da motos e aferir as velocidades finais.
Se for repetido poderá, sim, apresentar resultados diversos, não teve caráter científico, não serve pra condenar nenhum modelo/marca, porém serve como uma referência, um indício...
Não vejo problema na srad por esse ocorrido no teste. Houve modelos que apresentaram problemas pq o teste não usou o combustível recomendado pelo próprio fabricante (gasolina de alta octanagem), daí eu concluo que diversas variáveis influenciaram o teste.
A SRAD é uma bela moto, tem suas características próprias... conheço uns 30 fiéis proprietários de srad que optam por esse modelo há uns 15 anos, desde coxinhas até pilotos de motovelocidade regional... assim como conheço proprietários de blade, r1... zx 10 conheço menos... BMW só conheço 1 até agora... cada moto tem seus prós e contras...
Se existisse uma marca e modelo que apresentasse supremacia aos demais, seria um sucesso de vendas!
Só devo dizer que a bmw hj é a referência da categoria... mesmo assim possui contras: preço, custo de manutenção, número de concessionárias... porém suas qualidades (prós) superam e MUITO essas limitações.
Essa situação de uma marca e modelo ser referência sempre aconteceu, houve uma época onde a R1 era a referência, uma época onde a srad revolucionou, a blade tb... isso sempre vai existir.
Procuro não apelar para o radicalismo e nem para o generalismo.
A Aprilia RSV4R desde o surgimento deste modelo apresentou várias rupturas na biela que tiveram como consequência um recall em todas as unidades vendidas para troca do motor. Foi justamente isso que aconteceu com ela. Aos 190km/h um rolamento da biela possivelmente quebrou.
A KTM apresentou problemas semelhantes no teste de longa duração da revista (34.000 km). No teste de Nardò teve outros motivos. Segundo a KTM seu modelo é o único que necessita de gasolina de 98 octanas para trabalhar sem problemas. A BMW tb exige isso porém possui um sensor anti-detonação que adequa a injeção à qualidade do combustivel. Por isso a KTM apresentou danos causados pela pressão das válvulas de escape contra a sede, afundando em 0,3 mm o cilindro dianteiro. A KTM foi substituída e a nova KTM foi abastecida com gasolina de 98 octanas e não apresentou defeitos.
No caso da Suzuki o combustível pode ter alguma pequena relação, mas não relevante na análise dos danos. Na srad a biela do 3º cilindro se rompeu. A suzuki descarta problemas na lubrificação, rolamentos, virabrequim, cilindros, cabeçote, tudo parecia normal. Como trata-se de um problema que nunca aconteceu antes, analisaram o combustível e chegaram à conclusão que a octanagem não é a ideal, a Suzuki informa que em uma prova dura como essa, seria recomendável uma gasolina com octanagem maior que a normal que foi pensada para um uso menos severo.
A R1 perdeu a junta do cabeçote, apresentava temperaturas superiores a 100º muito mais rapidamente que as demais motos e tiveram que completar a água.
A MV Agusta teve a caixa de câmbio trocada.
Por fim, preciso esclarecer o seguinte: se um motor é feito para usar gasolina de 90 octanas ele suporta o uso de gasolina com maior ou menor octanagem.
Porém, se ele usar gasolina de octanagem inferior e for levado ao limite irá apresentar com bastante prejuízo o problema conhecido como "batida de pino"
ao contrário do que quase todos pensam, não é que o motor não irá render menos por andar com uma gasolina mais "fraca", ocorre é a batida de pino, ou seja, a queima da mistura ar/combustível acontece fora do tempo, ou seja, a vela produz a faísca para detonação antes dos pistões completarem o seu curso dentro dos cilindros. Isso é resultado da desregulagem do ponto de ignição que, se não for corrigida a tempo, pode empenar os pistões e exigir uma usinagem do motor. O ruído metálico irregular ocorre no momento da detonação.
Imagina um motor no seu limite máximo... com batida de pino... acaba quebrando...
na bmw existe um sensor... mais um ponto pra bmw!
disse isso tudo aqui para ajudar a entender que a srad pode ter sido prejudicada por fatores externos
mas e as demais: cbr, kawa, bmw...?
Ponto pra elas! nesse teste de Nardò elas conseguiram passar imunes... Porém gostaria de ver esse teste repetido a cada ano, pois assim poderíamos ter uma base para comparar...
o que esse teste alterou em mim com relação à srad? nada! continuo achando ela uma excelente moto. Mas tb curto muito a blade, a kawa e a bmw... as outras não curto muito, não. Mas adorei o teste!
nunca irei pilotar uma moto por 5 minutos a 300 km/h... muito menos com gasosa comum...
qdo vou pilotar de verdade (pista ou estradas em velocidades mais altas) só uso a podium na minha Haya... só uso gasosa comum para o dia-a-dia (comprar pão, ir no banco, ir no trabalho...)
Veja essa explicação pra detonação (causada, por exemplo, por combustível de qualidade normal em um motor levado ao extremo que exige combustível de alta octanagem): A detonação causa prejuízos ao produzir um deslocamento mais rápido dos gases da combustão, que se chocam contra os extremos da câmara e geram calor. Se a detonação persiste por algum tempo, a elevação de temperatura dos componentes pode levar a uma trinca no cabeçote, um furo na cabeça do pistão ou à fundição do cilindro.
(Texto de Alvaro do suzukionline)
Abraços