Malaquias Duro
Ei mãe, 500 pontos!
- Mensagens
- 12.993
- Reações
- 47.881
- Pontos
- 553
Servidores ganham 67% mais
Chamado “prêmio salarial” do funcionalismo brasileiro é o mais alto numa amostra de 53 países
PUBLICADO EM 22/11/17 - 03h00
Brasília. Os servidores públicos federais ganham no Brasil 67% a mais do que um empregado no setor privado em função semelhante, com a mesma formação e experiência profissional. O chamado “prêmio salarial” do funcionalismo brasileiro é o mais alto numa amostra de 53 países pesquisados pelo Banco Mundial (Bird). No relatório “Um ajuste justo – Propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, o banco avalia que os salários elevados recebidos pelos servidores contribuem para aumentar a desigualdade no Brasil.
Para aproximar os salários do setor público aos pagos pelo resto da economia, o Banco Mundial recomenda o congelamento dos reajustes. Para o banco, se o prêmio dos salários federais fosse reduzido pela metade, a economia seria de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Os servidores estaduais também têm salários mais altos. A diferença é de 31% em relação aos trabalhadores da iniciativa privada – patamar muito alto comparado a países semelhantes da região e ao nível da renda per capita. A média internacional do prêmio salarial dos servidores é de 16%.
O banco fez simulações que apontam que o congelamento dos salários do funcionalismo público reduziria o prêmio salarial de 67% para 36%, até 2021, e 16% até 2024. “Esse grande prêmio salarial perpetua a desigualdade, porque beneficia as pessoas mais ricas”, diz o economista-chefe do Banco Mundial no Brasil, Antonio Nucifora.
Como os salários dos servidores são financiados por meio de tributação, os altos vencimentos do setor público acabam constituindo uma forma de redistribuição de renda dos mais pobres e da classe média aos mais ricos, aponta o relatório. O alinhamento dos salários iniciais aos pagos pelo setor privado e a introdução de um sistema mais meritocrático de aumentos salariais reduziriam os custos e aumentariam a produtividade no setor público.
Os funcionários públicos federais estão no topo da distribuição de renda do país, diz o relatório. Das dez atividades com salários mais elevados, seis estão no setor público – o que não se observa, com frequência, em países da OCDE e economias emergentes. De acordo com o relatório, o setor público paga, em média, salários 67% superiores (R$ 44 mil por ano) aos pagos pelo setor privado formal (R$ 26 mil por ano), e quase três vezes mais do que recebem os trabalhadores informais (R$ 16 mil por ano).
O Bird constatou ainda que a massa salarial também é elevada em relação a outros países. Ela subiu de 11,6% do PIB em 2006 para 13,1% do PIB em 2015.
Aposentadorias ‘generosas’ complicaram mais os gastos
Brasília. Os servidores que entraram no setor público antes de 2003 foram “agraciados com pacotes de aposentadorias muito mais generosos”, o que vai continuar a impactar as contas governamentais, gerando um “grande déficit” pelas próximas duas décadas. A conclusão também está no estudo do Banco Mundial (Bird).
O documento diz que os gastos com a aposentadoria e servidores no Brasil são “bem altos”, chegando a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), e superam os de todos os 53 países listados no estudo, entre eles Chile, México e Turquia.
O relatório aponta que, se o Brasil não cortar gastos com a Previdência em geral, terá uma despesa de 150% do PIB em 2080, algo perto de R$ 9 trilhões.
Meirelles diz que acordo para reforma já está fechado
Brasília. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na terça-feira (21) que o governo vai aguardar que as alterações na proposta da reforma da Previdência sejam finalizadas pelo relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), mas afirmou que, “em linhas gerais”, o acordo “já está feito”. “Estamos ainda na fase final de ajuste”, acrescentou o ministro, sem dar mais detalhes. “Não adianta fazer anúncios prematuros. O importante é que as informações corretas sejam dadas. Estamos definindo tudo antes de falarmos o que diz o substitutivo do relator”, acrescentou.
O ministro disse que a equipe econômica ainda não tem cálculo sobre a economia que o novo texto da reforma da Previdência trará aos cofres públicos, em comparação com a redução de gastos prevista no projeto original. “A economia com a reforma tem que ser substancialmente superior a 50% da economia estimada inicialmente. Não temos o número ainda porque estamos em fase final de ajustes ao texto”, afirmou Meirelles.
“Vamos conversar com os parlamentares e aguardar as negociações finais para a aprovação do texto”, afirmou o ministro.
Senado
Só em 2018. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira que não haverá tempo para votar a reforma da
Previdência entre os senadores neste ano.
Chamado “prêmio salarial” do funcionalismo brasileiro é o mais alto numa amostra de 53 países
PUBLICADO EM 22/11/17 - 03h00
Brasília. Os servidores públicos federais ganham no Brasil 67% a mais do que um empregado no setor privado em função semelhante, com a mesma formação e experiência profissional. O chamado “prêmio salarial” do funcionalismo brasileiro é o mais alto numa amostra de 53 países pesquisados pelo Banco Mundial (Bird). No relatório “Um ajuste justo – Propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, o banco avalia que os salários elevados recebidos pelos servidores contribuem para aumentar a desigualdade no Brasil.
Para aproximar os salários do setor público aos pagos pelo resto da economia, o Banco Mundial recomenda o congelamento dos reajustes. Para o banco, se o prêmio dos salários federais fosse reduzido pela metade, a economia seria de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Os servidores estaduais também têm salários mais altos. A diferença é de 31% em relação aos trabalhadores da iniciativa privada – patamar muito alto comparado a países semelhantes da região e ao nível da renda per capita. A média internacional do prêmio salarial dos servidores é de 16%.
O banco fez simulações que apontam que o congelamento dos salários do funcionalismo público reduziria o prêmio salarial de 67% para 36%, até 2021, e 16% até 2024. “Esse grande prêmio salarial perpetua a desigualdade, porque beneficia as pessoas mais ricas”, diz o economista-chefe do Banco Mundial no Brasil, Antonio Nucifora.
Como os salários dos servidores são financiados por meio de tributação, os altos vencimentos do setor público acabam constituindo uma forma de redistribuição de renda dos mais pobres e da classe média aos mais ricos, aponta o relatório. O alinhamento dos salários iniciais aos pagos pelo setor privado e a introdução de um sistema mais meritocrático de aumentos salariais reduziriam os custos e aumentariam a produtividade no setor público.
Os funcionários públicos federais estão no topo da distribuição de renda do país, diz o relatório. Das dez atividades com salários mais elevados, seis estão no setor público – o que não se observa, com frequência, em países da OCDE e economias emergentes. De acordo com o relatório, o setor público paga, em média, salários 67% superiores (R$ 44 mil por ano) aos pagos pelo setor privado formal (R$ 26 mil por ano), e quase três vezes mais do que recebem os trabalhadores informais (R$ 16 mil por ano).
O Bird constatou ainda que a massa salarial também é elevada em relação a outros países. Ela subiu de 11,6% do PIB em 2006 para 13,1% do PIB em 2015.
Aposentadorias ‘generosas’ complicaram mais os gastos
Brasília. Os servidores que entraram no setor público antes de 2003 foram “agraciados com pacotes de aposentadorias muito mais generosos”, o que vai continuar a impactar as contas governamentais, gerando um “grande déficit” pelas próximas duas décadas. A conclusão também está no estudo do Banco Mundial (Bird).
O documento diz que os gastos com a aposentadoria e servidores no Brasil são “bem altos”, chegando a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), e superam os de todos os 53 países listados no estudo, entre eles Chile, México e Turquia.
O relatório aponta que, se o Brasil não cortar gastos com a Previdência em geral, terá uma despesa de 150% do PIB em 2080, algo perto de R$ 9 trilhões.
Meirelles diz que acordo para reforma já está fechado
Brasília. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na terça-feira (21) que o governo vai aguardar que as alterações na proposta da reforma da Previdência sejam finalizadas pelo relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), mas afirmou que, “em linhas gerais”, o acordo “já está feito”. “Estamos ainda na fase final de ajuste”, acrescentou o ministro, sem dar mais detalhes. “Não adianta fazer anúncios prematuros. O importante é que as informações corretas sejam dadas. Estamos definindo tudo antes de falarmos o que diz o substitutivo do relator”, acrescentou.
O ministro disse que a equipe econômica ainda não tem cálculo sobre a economia que o novo texto da reforma da Previdência trará aos cofres públicos, em comparação com a redução de gastos prevista no projeto original. “A economia com a reforma tem que ser substancialmente superior a 50% da economia estimada inicialmente. Não temos o número ainda porque estamos em fase final de ajustes ao texto”, afirmou Meirelles.
“Vamos conversar com os parlamentares e aguardar as negociações finais para a aprovação do texto”, afirmou o ministro.
Senado
Só em 2018. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira que não haverá tempo para votar a reforma da
Previdência entre os senadores neste ano.