"(...) é largamente aceito (...)" ... até agora.
Temos que lembrar que as microtransations nasceram, nos consoles de videogames, como DLC's que, inicialmente, se resumiam a duas possibilidades: novas campanhas, ou itens cosméticos. Até aqui ninguém reclamava, porque, em tese, as campanhas realmente eram espécies de spinoffs que complementavam a original, mas não a alteravam. De tal forma que se você não comprasse, teria tido a experiência completa proposta. E os itens cosméticos idem, uma vez que não prejudicavam a experiência / jogabilidade.
A geração PS360 foi baseada neste formato. A geração PS2 / Xbox praticamente não teve isto. E de lá pra cá as coisas mudaram bastante, então não dá pra afirmar que é um formato "largamente aceito", uma vez que, primeiro, é relativamente recente e, dois, está em constante mutação.
Se as coisas tivessem ficado naquele formato anterior, eu, particularmente, jamais reclamaria. Ali, sim, é literalmente o "compra quem quer", porque você não sente que está sendo beneficiado de nenhuma forma em relação aos demais jogadores ao colocar mais dinheiro real no jogo, diferentemente de um game que traz itens bloqueados, e que exige pagamento em dinheiro para que você o desbloqueie em substituição ao seu esforço (e nem entro aqui no mérito se a progressão foi bem, ou mal trabalhada,
porque uma vez que há, como alternativa, gastar dinheiro pra substituir o esforço, então o esforço não foi pensado na diversão, mas sim como um entrave pra lhe fazer gastar dinheiro).
Não, sr.
@renbh , o problema no atual formato que traz itens bloqueados e desbloqueáveis por dinheiro não é amplamente aceito. Eu não aceito. E vejo muitos aqui que não aceitam. "
Ah, mas por que isso não repercutiu até agora?" Simples. A transição para o formato antigo (PS360) para o atual foi gradual. Não foi de uma hora pra outra. Começou com jogos gratuitos chegando às redes dos Playstations e Xbox, free to play, com microtransações para sobreviver (como Warframe, por exemplo). Mas como eram jogos gratuitos, ninguém reclamava. Mas a ideia, aos poucos, vinha, de leve, sendo inserida na cabeça do jogador. De tal forma que algumas franquias PAGAS começaram a trazer também microtransações, mas de leve, pra não assustar.
Só que a EA errou um pouco na medida. Fez sistema de progressão zoado, bloqueou personagens icônicos num jogo pago a preço cheio, de uma franquia imensamente famosa, e isso foi uma espécie de choque de realidade. É como se as pessoas estivessem despertado para o que se transformou, e estão se transformando os games.
E, honestamente, eu não concordo com estes caminhos. Tem outros tantos aqui que não concordam, e acho que é muito tendencioso alguém, com todo o respeito a tua opinião, chegar aqui e tentar ditar quais são os critérios criticáveis ou não, na postura da EA. Cada consumidor tem por padrão o direito de criticar o que achar errado, e se uma maioria dos consumidores também critica, eles possuem o incrível poder de simplesmente não consumir. E então, independentemente do que tu aches ou não criticável ou defensável, as empresas terão de rever, pois não há empresa sem consumidor.
Honestamente, caso você não trabalhe para alguma empresa de jogos que se sustente sobre formatos de microtransações, e seja tão somente consumidor, como eu ou como a maioria aqui, penso que você não deveria tentar justificar as práticas como as das microtransações atuais. Caso você trabalhe para alguma empresa como qualquer destas, sugiro rever alguns conceitos, pois este sistema de microtransações atuais, pelo menos pra mim, parece uma bolha, que cedo ou tarde irá estourar.