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Todo movimento inicia em algum lugar. E não estou falando de terminologias como "Unchato", ou com estereotipos como "pew, pew" ou "atira, cover, atira", amplamente proliferado em discussões típicas de forums. Falo de crítica, como esta do usuário que abriu o tópico do Reddit, como as que debatemos aqui às vezes. Isso inicia assim. Alguém se toca de algo ruim, divide com os demais. Há um debate, e à medida que outras pessoas concordam, isso se espalha, nos foruns, nas redes sociais, e, na mesma proporção, se converte no mundo real - impacto sobre vendas, sobre avaliações no Metacritic e etc.
Mas quem filtra? Porque o hate do CoD é baseado em critica também, inválida muitas vezes, mas se tem que começar de algum lugar porque não começou dali? Porque os abaixo-assinados para Rockstar também não?
Por isso que falei de filtrar, a critica de BF faz efeito porque vai MUITO além do que você leu no fórum, ela não começou ali, ela aconteceu TAMBÉM ali e continuou na resenha da IGN, na nota do Metacritic e por aí vai, era algo simplesmente inevitável porque o problema não é preconceito, mas defeito. Internet é um ambiente ruidoso e MUITAS vezes tóxico, nada que você vê aqui deve ser aceito sem uma análise, que é justamente o que estamos fazendo aqui.
No início, eram DLC's com roteiro e cosméticos. Depois tivemos a CAPCOM e seu Street Fighter vendendo personagens em DLC's avulsos pra, somente tempos depois, lançar uma versão completa. Tivemos, concomitantemente, a entrada de jogos Free to Play nos consoles, trazendo microtransações internas para compras. E agora a EA consolida tudo isto, e agrega as Loot Boxes criadas em Overwatch. Se você não percebe uma linha de evolução aí, recomendo observar de novo.
Só que não é bem assim. Loot box existe em Ryse de 2013 da MESMA forma que é aplicada hoje (só que eram packs e não box, semântica), são QUATRO anos e NADA mudou no sistema de lá para cá. Porque isso não foi discutido lá como foi discutido agora? Por que não foi discutido lá em 2014 quando a versão do PC do jogo manteve os packs, mas tiraram a parte de pagar com dinheiro real? Porque, tirando que quando o assunto vira moda ele ganha atenção, o problema não estava nas caixas, mas no sistema de progressão, em Ryse você não era obrigado a gastar um centavo para progredir bem, joguei bem e não gastei um centavo sem ser penalizado por isso. Quem pagava apenas acelerava um processo natural, em BF 2, por outro lado, a progressão natural não é adequada.
Esse é o ponto, o problema de hoje não é algo que já era utilizado da mesma forma em 2013, isso é ilógico, mas de progressão, da não dependência. Microtransaction não precisa ser cosmética (é melhor que não seja se esta for a única forma de customizar seu personagem), basta que seja TOTALMENTE opcional, que você possa jogar como sempre e ir liberando o que você precisa. Esta é a análise que precisa ser feita, e é aí que BF 2 está se ferrando e outros games com loot box não estão.
Este ferro impede que outros sigam o mesmo caminho assim como impediram o always online no início da geração ,e lá havia MUITO mais indícios do que há agora, só que consumidor está cagando para indício, se for ruim ele não compra e ponto final.