#01 – Fire Emblem: Awakening (3DS) - Fevereiro
Meu primeiro Fire Emblem. Não gostei muito não. História bem podrinha (diálogos medíocres), evolução mais ou menos (personagens são muito desbalanceados, sistema de casamento é bem meh), mas o combate em si é bacana. Joguei umas 40 horas no total.
Tempo de jogo: 40 horas
Nota: 6
#02 - Mario Tennis GBC (virtual console 3DS) - Junho
Sempre ouvi falar muito desse jogo e, como curtia muito a versão de N64, decidi testar. 20 horas depois digo que valeu a pena. Jogo extremamente simples e extremamente bem feito. Não tem como achar ruim. Pena que os novos jogos não tenham o modo RPG, se fizessem algo mais bem elaborado poderia sair uma obra-prima.
Tempo de jogo: 20 horas
Nota: 8
#03 - Sonic 1 (versão do 3DS) - Julho
Meu Sonic menos querido de mega drive, mas ainda assim um ótimo jogo. Level design, animações, músicas, é tudo clássico nesse jogo. Meu 3DS diz que eu joguei 3 horas, mas parecem ter sido menos.
Tempo de Jogo: 3 horas
Nota: 8
#04 - Sonic 2 (versão do 3DS) - Julho
Dispensa comentários. Um dos jogos mais clássicos de todos os tempos. Música, gráficos e jogabilidade perfeitos. Um dos level design mais icônicos de todos os tempos. Uma verdadeira viagem nostálgica pra quem jogou na época. Super Sonic é legal, embora quebre o jogo. Única dificuldade é enfrentar Metal Sonic e Robotnik Zord, já que o jogo te acostuma a não se importar em levar danos, por causa dos anéis, e aí no último mestre se vira aí nerdão. Salvei duas vezes, uma com Sonic e Tails, virando Super Sonic desde a primeira tela, e outra só com o Tails, aproveitando melhor o jogo, sem atravessar as fases como Super Sonic.
Tempo de jogo: 7 horas
Nota: um dos melhores jogos de todos os tempos.
#05 - Quackshot (emulador no 3DS) - Agosto
Joguei pouco quando criança, porque que não tinha nas locadoras mais próximas de casa, mas sempre achei que era um jogão. Nunca havia conseguido passar do barco viking. Rejogando, posso dizer que a dificuldade do jogo é maratonística - a dificuldade está na ausência de save e não no level design em si, que é bem facinho na verdade. Ótimas animações, gráficos das telas medianos, músicas genéricas, jogabilidade precisa, exceto o hitbox dos mestres, que é estranho. Muitos elementos do jogo são pouco utilizados, como o Donald nervoso e o uso das outras armas. É um bom jogo, mas eu esperava mais pra falar a verdade. Se o jogo tivesse um sistema de save e tivesse mais elementos de exploração, que exigissem mais o uso de todas as armas, etc, poderia ser melhor, do nível de um Mario World, por exemplo. Salvei duas vezes, a segunda sem usar savestate entre as telas.
Tempo de jogo: 6 horas
Nota: 7
#06 - Mario 64 DS (no 3DS) - 17/08/2017
Primeira vez que eu peguei as 150 estrelas. As 30 estrelas adicionais, boa parte, parece fan-made, os personagens extras são desnecessários e os controles, digitais e não-analógicos, são desengonçados, mas é Mario 64 né, um dos melhores e mais importantes jogos de todos os tempos. E ainda tem uns minigames bacanas. Deveriam fazer um port desta versão pro 3DS, com o uso do analógico.
Tempo de jogo: umas 15 horas
Nota: 9
#07 -The Legend of Zelda: Breath of the Wild - 15/09/2017
Depois de 6 meses, 240 horas, 120 shrines, 510 koroks e todas as memórias e side quests, terminei o melhor jogo da geração. A Nintendo tinha como mote repensar a estrutura linear da série Zelda, voltando ao básico de ter um vasto mundo a ser explorado livremente - e conseguiu com louvor, criando o melhor jogo de aventura/exploração de todos os tempos.
O tutorial é uma aula de game design. Nas cerca de 7 horas que explorei o Great Plauteau, não senti que o jogo estivesse restringindo as mecânicas para direcionar meu aprendizado, como se eu fosse um bebê e o jogo meu pai me ensinando a andar (como é típico nos jogos atuais), mas sim livre para experimentar o que o jogo tinha a me oferecer. E o jogo tem muito a oferecer.
O foco é a exploração de Hyrule. Ao invés de se ver direcionado por uma main quest linear, recheada de quest marks (como se você fosse o empregado do jogo), BotW te guia a partir da sua própria curiosidade. O que será que tem naquela estranha montanha cortada ao meio na região central? E naquela suspeita árvore no topo daquela outra montanha?
Esta curiosidade é saciada com as brilhantes mecânicas de escalada e paraglider. Ao invés de se ver obrigado a seguir um caminho pré-estipulado para subir as tais montanhas, você pode chegar como bem lhe der na telha. O jogo te explora a ser inventivo, ir para onde melhor lhe aprazer da forma que você bem entender. A experiência não está em passar por onde o jogo quer que você passe, mas sim em chegar aonde você quiser da forma como você quiser. A mecânica de escalada é tão intuitiva que, após jogar Breath of the Wild, é difícil se acostumar com a limitação de movimentos dos outros jogos.
O world map também é uma aula de como incentivar a curiosidade dos jogadores. Foi brilhantemente moldado, possuindo pontos de interesse em cada metro quadrado. O que diabos são estes labirintos, estas ilhas isoladas e esta floresta no mapa? Você vai querer ir para lá para descobrir, não será necessário uma quest mark de um NPC xarope pra isso.
A recompensa pela exploração pode ser questionada. Como os itens são quebráveis, achar uma espada ou um escudo fodões em um baú super escondido é meio decepcionante. Por isso o foco da exploração são os shrines. Há 120 no jogo e encontrar todos é a verdadeira main quest do BotW.
A recompensa dos koroks (há 900 no jogo!), por outro lado, é decepcionante, posto que a partir de certo ponto sequer servem para aumentar a sua capacidade de inventário. Poderiam diminuir o número total e melhorar as recompensas, dando roupas especiais e coisas do gênero. Infelizmente a ganância da prática predatória das DLC impediu isso - itens como a Korok Mask, amuleto de teletranspote e mesmo o Trial of Sword serviriam como uma luva para incentivar a busca pelas koroks seeds.
Só não xingo muito no twitter porque a verdadeira recompensa de explorar Hyrule é se divertir fazendo isso. E, de fato, é divertido pra c***lh0. A Nintendo acertou em cheio ao incluir um sistema de física plenamente integrado ao game design. É isto que tornou este Zelda um jogo profundo (permitindo diversas variações de gameplay) sem ser complexo (regras intuitivas de jogo, sem necessidade de tutoriais ou menus para explorar a profundidade do gameplay).
Os puzzles, matéria prima da série desde A Link of the Past, são relativamente escanteados. As dungeons e shrines parecem um jogo a parte do core de BotW, que é a exploração de Hyrule. Eu gostei dos dungeons, do fato dos próprios dungeons serem a mecânica principal de exploração deles, mas entendo quem reclama da pequena duração e da ausência de elementos homogenizadores mais claros (dungeon da floresta, do fogo, do gelo, etc). Já os shrines são desiguais, alguns exploram brilhantemente o sistema de física, em momentos que lembrar Portal, e outros possuem pouquíssima inspiração.
Os shrines de combate são os piores. Enfrentar 20 vezes o mesmo inimigo, apenas com pequenas alterações? Desperdiçaram a oportunidade de explorar melhor o sistema de combate do jogo (nada brilhante, mas devidamente funcional) ou mesmo fazer homenagens a jogos passados da série. Por que não nos pôr para enfrentar um Dodongo ou um Dark Link?
A história possui a simplicidade que se espera de um jogo da Nintendo. Serve sobretudo de contexto para o game design, sendo que a narrativa, não-linear, contada a partir de memórias encontradas pelo mapa, serve também como incentivo à exploração. E ainda assim conseguiram incluir cenas com um peso dramático raro mesmo nos jogos mais cinematográficos.
Breath of the Wild é um daqueles jogos que marcam a história dos videogames. Mais uma obra-prima para a conta da Nintendo, mais uma obra-prima a ser apreciada por nós, jogadores. Que sirva de paradigma para que futuros jogos confiem mais nos jogadores, dando mais liberdade pra eles.
#08 -Metal Gear Solid: The Phantom Pain - 15/10/2017
Não é um open world como prometido, a história é uma farofada que inventa vilões e coadjuvantes sem graça enquanto negligencia personagens que todos queriam saber mais detalhes (Liquid, Solid, Ocelot, Zero, Miller, etc, etc, etc), e possui um end game com um design no mínimo discutível (narrativa rushada, repetição de missões, etc), mas, ainda assim, é um excelente jogo. Jogabilidade intuitiva e responsiva, gameplay emergente baseado em sistemas e não em scripts, com incentivo ao uso da criatividade na resolução das missões (embora o sistema de pontuação, baseado na velocidade do término das missões, indique o contrário), recheado com bons momentos narrativos e uma rara coerência entre gameplay e história fazem deste o melhor MGS dos últimos 10 anos e um dos melhores jogos da geração passada.
Mais do que recomendado - e que venha Death Stranding.
Tempo de jogo: 125 horas (S em todas as missões)
#09 -Sonic 3 and Knuckles - 04/11/2017
Pior que o 2, mas ainda assim muito bom. Fazia anos que eu não salvava e eu joguei meio rushado, usando save state no início das telas das esmeraldas. Acho que encarar o 3 e Knuckles como jogos próprios é melhor pra experiência.
Nota: 8,5