Continuando a saga de 2018:
#3 - Batman Telltale (PS4)
Finalizado com platina
Tempo de jogo: ? (aproximadamente 10 horas)
É um jogo que não tem erro, curto muito adventures da Telltale e curto Batman, não tinha como achar ruim então.
Dito isso, Batman marca o início de fato da nova versão da engine Telltale Tool e isso você percebe logo de cara, especialmente na drástica melhora de iluminação, asism como melhoria nas texturas e até mesmo na física. Só que isso não vem de graça, a Telltale é um empresa relativamente pequena e que trabalha para muitas plataformas e múltiplos projetos em paralelo, com isso é esperado que o game engasgue em termos de performance, introduzir uma engine nova neste ambiente nunca é simples.
Ainda no aspecto técnico, mas indo mais para o lado artístico, a arte cai muito bem com o universo do Batman que ganha bastante com as melhorias da iluminação e sombras da nova versão da engine. A interpretação dos papeis continua extremamente bem feita, podemos até lamentar um pouco a não utilização de dubladores que fazem estes personagens em outras mídias (Mark Hamill caberia muito nem aqui), mas a boa utilização de nomes como Troy Baker mitiga muito este sentimento. Infelizmente o mesmo não pode ser dito da localização, muitos bugs com legendas desaparecendo, trocas constantes do português para inglês e uma boa quantidade de erros de tradução (alguns casos a legenda passa a informação contrária ao que o personagem diz de fato) mostram um trabalho bem desleixado e que não faz juz ao quanto os games vem evoluindo neste aspecto.
A história é bem feita, é a assinatura da Telltale e o que faz os games da produtora serem tão legais, o equilíbrio muito bem feito entre respeito a fonte original e a ousadia de contar uma história diferente do padrão, surpreendendo quem a experimenta sem ofender quem é fã da obra. Uma aula de como se adapta franquias famosas para games. Em termos de jogabilidade, quem joga games da Telltale sabem o que esperar, uma série de QTEs e escolha de diálogos em um game que brilha mesmo é na narrativa. Gostei bastante da introdução do sistema de investigação, está bem simplificado, mas lembra o que foi feito nos games de Sherlock Holmes (que é a franquia que melhor trata este elemento em games), mas não curti a forma como os combates foram implementados, tirar a possibilidade de fracasso imediato (como rola em games como Game of Thrones) em prol de uma "barra" de finalização tirou boa parte da tensão da cena, compreendo que o Bataman não pode sair por aí sendo derrubado por qualquer bandido aleatório, ainda sim o impacto não deixa de ser negativo.
Em suma, um game com seus defeitos, mas ainda assim comum grande resultado final, resultado que me deixa animado para o futuro com esta nova engine. Sei que tem gente que odeia, mas, para mim, que a empresa continua produzindo adventures de IPs famosas por mais uma boa quantidade de anos.
nota: 8,0