Tive uma ex que namoramos por 13 anos, desses moramos juntos uma época... tenho contato até hoje com uma tia dela e a mulher outro dia veio "ai, que pena que vcs dois não deram certo e blablabla blablabla"... ae pensei, porra, essa filha da put* casou três vezes e não ficou mais que dois anos com qualquer dos maridos... só com a sobrinha dela eu fiquei TREZE FODENDO ANOS (sem trocadilhos... tá, pode fazer o trocadinho
) que é mais que o dobro de todos os casamento dela somados... se aquilo, que durou mais que a maioria dos casamentos (podem conferir estatísticas) não é "dar certo". E o pior que o "dar certo" na cabeça dela não é o "até que a morte os separe" e sim entrar no cartório e casar.
Porém eu realmente entendo o valor que dão ao casamento (sem esculachar chamando de pirâmide, apesar que é)... é um tipo de comprometimento a mais. É literalmente amarrar o relacionamento com uma corrente, pois tiveram que gastar grana pra fazer, chamar todo mundo pra testemunhar e se divorciar vai outra grana. É um tipo de penitência (literalmente é... sem figurismos). E muitas pessoas acham isso vantajoso. Alias, um dos motivos menores de eu e essa ex terminarmos foi justamente que ela estava empolgada em termos um casamento e eu não... na minha cabeça não mudaria nada, mas na dela sim. Às vezes ela está certa em querer isso, mas será que estava por deixar isso (e mais um monte de coisinhas pequenas e até efêmeras) pesarem mais que a própria união que tínhamos? Ai imagino que se casássemos no papel e religioso (sendo que esse último significava muito pra ela e nada pra mim, fora gastar dinheiro) e nossa relação continuasse a ter todos os outros problemas, será que eles deixariam de pesar pra ela ou se a desgraçada iria me encher o saco mais ainda?
Eu vejo, por exemplo, as gerações dos meus pais e avós casando tudo novinho (meus pais com 24 e meus avós com menos de 19) em épocas nas quais não existia legislação de União Estável, em que a cultura era muito mais religiosa e centrada na família... enfim, com outros valores, nos quais a galera ficava louca pra sair fazendo filhos desde novinhos, sem se preocupar em estudar mais que o primário (época dos meus avós) ou colegial (época dos meus pais) e que toda a rotina das pessoas tinha ritmos diferentes. Pra eles fazia sentido casar, tanto que meus pais e avós todos levaram muito a sério o "até que a morte os separe". Eram gerações menos auto-centradas... mas tb não dá pra colocar a culpa na nossa o ser, pq afinal fomos criados por ELES para sermos assim e vivemos num mundo que pune quem age de outra maneira.
Enfim... contexto. Só sei que já cansei de ouvir meus parentes mais velhos dizerem "vocês (nossa geração) que estão certos" e que se eles fossem mais espertos não teriam casado. E eu senti uma certa sinceridade neles dizendo isso