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Asilo Arkham
Eu meio que me arrependi de ter comprado isso. Enquanto a história em si é boa, a arte é confusa (na falta de um termo melhor).
E ainda tem quadros que mal dá pra ler por conta da fonte.
Forçando a barra?Old Man Logan
Não conhecia, curti a ambientação e a história. E, só pra variar, escritor forçando a barra do fator de cura de Logan.
8/10
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Nunca.... melhor eu ficar longe entãoForçando a barra?
Você nunca deve ter lido Wolverine Max
Não que eu esteja falando mal do Max, mas o fator de cura dele é mais forte do que vc pensa. Por isso eu acho que não chega a ser um problema no Old ManNunca.... melhor eu ficar longe então
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Fator de cura dele virou piada. Tinha lógica e virou algo mágico. Não se regenera a partir dos próprios ossos.Não que eu esteja falando mal do Max, mas o fator de cura dele é mais forte do que vc pensa. Por isso eu acho que não chega a ser um problema no Old Man
E o final de Velho Logan não faz sentido nenhum.
Ghost in the Shell: uma das piores e mais confusas que já li. Se fosse livro, teria desistido.
Que m**** são aquelas notas de rodapé?! As opiniões do autor não agregam em nada, e ainda atrapalham. Divagações Nível globo.com.
Enviado de meu SM-A720F usando Tapatalk
Tomando como base o filme, o mangá está sendo bem diferente do que eu esperava (passei um pouco da metade). Cada capítulo funciona de forma quase independente, lembrando um seriado de história fechada por episódio.Ghost in the Shell: uma das piores e mais confusas que já li. Se fosse livro, teria desistido.
Que m**** são aquelas notas de rodapé?! As opiniões do autor não agregam em nada, e ainda atrapalham. Divagações Nível globo.com.
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acho q n combina pois, Além de tudo, ele não domina muitos assuntos dos quais tenta dissecar.Tomando como base o filme, o mangá está sendo bem diferente do que eu esperava (passei um pouco da metade). Cada capítulo funciona de forma quase independente, lembrando um seriado de história fechada por episódio.
A história, na maior parte do tempo não é muito didática, parece até que omite certos pontos. Me peguei várias vezes voltando algumas páginas para reler e tentando encontrar algum detalhe que poderia ter deixado passar. Cara, as nota de rodapé em sua grande maioria são uma curiosidade que pouco acrescenta ou é um detalhamento absurdo sobre algo. Na verdade, fica claro que o escritor é dessas "japas obcecados" - na falta de melhor termo, pois ele entra nos mínimos detalhes de praticamente TODOS os temas que aborda, indo ao extremo de supor até possíveis produtos químicos, diferenciação de calibres de balas, suposições sobre alma e complexos eletrônicos e por ai vai. Por um lado acho bacana essa intenção de, literalmente, dissecar o assunto e levar aquilo ao mais próximo da realidade, porém acho que exagera, ficando por diversas vezes maçante.
acho q n combina pois, Além de tudo, ele não domina muitos assuntos dos quais tenta dissecar.Tomando como base o filme, o mangá está sendo bem diferente do que eu esperava (passei um pouco da metade). Cada capítulo funciona de forma quase independente, lembrando um seriado de história fechada por episódio.
A história, na maior parte do tempo não é muito didática, parece até que omite certos pontos. Me peguei várias vezes voltando algumas páginas para reler e tentando encontrar algum detalhe que poderia ter deixado passar. Cara, as nota de rodapé em sua grande maioria são uma curiosidade que pouco acrescenta ou é um detalhamento absurdo sobre algo. Na verdade, fica claro que o escritor é dessas "japas obcecados" - na falta de melhor termo, pois ele entra nos mínimos detalhes de praticamente TODOS os temas que aborda, indo ao extremo de supor até possíveis produtos químicos, diferenciação de calibres de balas, suposições sobre alma e complexos eletrônicos e por ai vai. Por um lado acho bacana essa intenção de, literalmente, dissecar o assunto e levar aquilo ao mais próximo da realidade, porém acho que exagera, ficando por diversas vezes maçante.
Compreendo a reação. A verdade é que sou um cara chato pra quadrinhos e tenho opiniões bem impopulares. Mas tenho bons motivos pra considerar Fables mediano, eis eles(baseados nos 2 primeiros arcos que li apenas):Fables mediano!!!!
FABLES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
É o fim!!!
Compreendo a reação. A verdade é que sou um cara chato pra quadrinhos e tenho opiniões bem impopulares. Mas tenho bons motivos pra considerar Fables mediano, eis eles(baseados nos 2 primeiros arcos que li apenas):
Um, a construção de mundo e personagens são mal exploradas.
Entendo que o objetivo foi trazer personagens do mundo fantasioso para o mundo cotidiano e comum, quase slice of life. O problema é que o autor não chega a aproveitar o potencial e as origens de seus personagens, fica apenas na autoindulgência superficial. Um arco inteiro focado em mistério policial que poderia muito bem ser feito com personagens mundanos ao invés de personagens fantásticos dos contos. Argumentar que essa era a intenção do autor não melhora o problema, apenas confirma que os personagens dos contos são ínuteis para o enredo e, o autor apenas os usou por capricho. O segundo arco explorou melhor a questão, mas continuava lá.
Dois, a escrita é fraca e expositiva.
O Final do primeiro arco parecia um episódio de Scooby-Doo quando o Lobo explica como resolveu o caso só por “lógica e intuição”. Tudo muito plausível, claro! Até as motivações de Rosa e João foram estúpidas, sem falar do Barba Azul, que não tinha nada a ganhar com o acordo (Não creio ele perderia generosa quantia da fortuna pelo simples prazer de matá-la logo após o casamento). E como um passe de mágica e de modo muito conveniente , a situação complexa envolvendo dinheiro, casamento e falsa morte é resolvida, e todos ficam felizes para…
E a coisa piorou no arco da fazenda. Além das refêrencias banais e diálogos ruins, há o maldito cliffhanger; como leitor não encontrei motivo para o uso, meter um tiro na cabeça da Branca foi apenas um mero dispositivo narrativo para o autor avançar, amarrar o arco e seguir adiante. A explicação para sobrevivência de Branca tornou tudo pior: Basicamente deixou implícito que um personagem é imortal se for lembrado pelos humanos, então porquê os três porquinhos morreram? Eles eram tão lembrados e antigos quanto o conto de Branca, deveriam ser imortais, mesmo com a cabeça decapitada. Branca teve a cabeça detonada por um rifle de precisão e alta velocidade e sobreviveu, por que eles não poderiam também?
Três, os contos e fábulas originais são de natureza trágica.
Ao longo dos anos foram atenuados para o público infantil, mas nunca deixaram de ter a essência moral e crítica sutil. Em Fables isso se perde, em troca temos referências e piadinhas ruins sobre os contos. Todos os arquétipos dos personagens são jogados ao ralo.
Há inúmeros exemplos de contos modernos que usaram de contos antigos como referências e continuaram tão profundos e bem feitos quanto; Nárnia que fez uso da teologia Cristã e O Senhor dos Anéis da mitologia Nórdica são os maiores exemplos.
Sei… Fables é voltado ao humor e coditiano, mas ainda sim não é desculpa pra jogar fora toda a riqueza das origens dos contos.
Último, o preço.
Existem obras com escrita e arte melhores que 50, 60 temers podem comprar em terras tupi-guarani.
Foi mal o wall text, mas acho que consegui deixar claro o porquê de Fables ser mediano, do meu ponto de vista.
Claro, dá pra ignorar o que escrevi e apenas aproveitar Fables como leitura divertida pra matar tempo.
ACABEI GUERRAS SECRETAS!
ESPETACULAR. Melhor mega saga já feita para Marvel.
To correndo atrás pra comprar esses dois volumes disponíveis atualmente
Melhor coisa do Pérez que eu já li.
Sem tempo agora. Depois irei ler com calma. Mas alguns problemas aí você está considerando sem levar em conta que esses arcos iniciais nada mais são do que o início de uma longa história.
@Irregular Hunter:
ACABEI GUERRAS SECRETAS!
Depois comentarei em detalhes, mas se o Universo Marvel acabasse ali naquela história eu me daria por satisfeito. ESPETACULAR. Melhor mega saga já feita para Marvel.
Amanhã respondo tudo.Nunca!!!!
Ah, pera. Tu fala da versão recente.
Prossiga.
Ah, sim. Porque o final de Old Man Logan não faz sentido?
Compreendo a reação. A verdade é que sou um cara chato pra quadrinhos e tenho opiniões bem impopulares. Mas tenho bons motivos pra considerar Fables mediano, eis eles(baseados nos 2 primeiros arcos que li apenas):
Um, a construção de mundo e personagens são mal exploradas.
Entendo que o objetivo foi trazer personagens do mundo fantasioso para o mundo cotidiano e comum, quase slice of life. O problema é que o autor não chega a aproveitar o potencial e as origens de seus personagens, fica apenas na autoindulgência superficial. Um arco inteiro focado em mistério policial que poderia muito bem ser feito com personagens mundanos ao invés de personagens fantásticos dos contos. Argumentar que essa era a intenção do autor não melhora o problema, apenas confirma que os personagens dos contos são ínuteis para o enredo e, o autor apenas os usou por capricho. O segundo arco explorou melhor a questão, mas continuava lá.
Dois, a escrita é fraca e expositiva.
O Final do primeiro arco parecia um episódio de Scooby-Doo quando o Lobo explica como resolveu o caso só por “lógica e intuição”. Tudo muito plausível, claro! Até as motivações de Rosa e João foram estúpidas, sem falar do Barba Azul, que não tinha nada a ganhar com o acordo (Não creio ele perderia generosa quantia da fortuna pelo simples prazer de matá-la logo após o casamento). E como um passe de mágica e de modo muito conveniente , a situação complexa envolvendo dinheiro, casamento e falsa morte é resolvida, e todos ficam felizes para…
Barba Azul era um rico aristocrata, assustador por ser muito feio, com uma horrível barba azul. Ele já se tinha casado seis vezes, mas ninguém sabia o que tinha acontecido com as esposas, que desapareceram. Quando o Barba Azul visitou um de seus vizinhos e pediu para casar com uma de suas filhas, a família ficou apavorada. O Barba Azul acabou por convencer a filha caçula. Os dois casaram-se e foram viver no castelo do nobre.
Pouco tempo depois, o Barba Azul avisou que iria viajar por uns tempos; ele entregou todas as chaves da casa para sua esposa, incluindo a de um pequeno quarto que ele a havia proibido de entrar. Logo que ele se ausentou, a mulher começou a sofrer de grande curiosidade sobre o quarto proibido. Após alguns dias pensando no que havia lá, a mulher resolveu bisbilhotar o que havia no quarto, ela descobriu o macabro segredo do marido: o chão do quarto estava todo manchado de sangue, e os corpos das ex-esposas do Barba Azul estavam pendurados na parede. Apavorada, ela trancou o quarto, mas não viu que o sangue havia sujado a chave.
Quando o Barba Azul retornou, ele percebeu imediatamente o que sua esposa tinha feito. Cego de raiva, ele ameaçou-a, mas ela conseguiu escapar e trancar-se junto da irmã, na torre mais alta da casa. Quando o Barba Azul, armado com uma espada, tentava derrubar a porta, chegaram dois irmãos das mulheres. Os irmãos mataram o nobre enlouquecido e salvaram suas parentes.
A mulher do Barba Azul ficou com a fortuna do marido morto: com parte do dinheiro, ela ajudou sua irmã a casar com seu amado; outra parte ela deu aos seus irmãos. Ela guardou o dinheiro restante, até se casar com um cavalheiro que lhe fez esquecer do suplício que passara.
E a coisa piorou no arco da fazenda. Além das refêrencias banais e diálogos ruins, há o maldito cliffhanger; como leitor não encontrei motivo para o uso, meter um tiro na cabeça da Branca foi apenas um mero dispositivo narrativo para o autor avançar, amarrar o arco e seguir adiante. A explicação para sobrevivência de Branca tornou tudo pior: Basicamente deixou implícito que um personagem é imortal se for lembrado pelos humanos, então porquê os três porquinhos morreram? Eles eram tão lembrados e antigos quanto o conto de Branca, deveriam ser imortais, mesmo com a cabeça decapitada. Branca teve a cabeça detonada por um rifle de precisão e alta velocidade e sobreviveu, por que eles não poderiam também?
Três, os contos e fábulas originais são de natureza trágica.
Ao longo dos anos foram atenuados para o público infantil, mas nunca deixaram de ter a essência moral e crítica sutil. Em Fables isso se perde, em troca temos referências e piadinhas ruins sobre os contos. Todos os arquétipos dos personagens são jogados ao ralo.
Há inúmeros exemplos de contos modernos que usaram de contos antigos como referências e continuaram tão profundos e bem feitos quanto; Nárnia que fez uso da teologia Cristã e O Senhor dos Anéis da mitologia Nórdica são os maiores exemplos.
Sei… Fables é voltado ao humor e coditiano, mas ainda sim não é desculpa pra jogar fora toda a riqueza das origens dos contos.
Último, o preço.
Existem obras com escrita e arte melhores que 50, 60 temers podem comprar em terras tupi-guarani.
As of 2012, Fables has won fourteen Eisner Awards.
While Fables only advertises winning fourteen Eisner Awards on their covers, the following Eisner awards have also been won by members of their staff for their work on Fables:
- Best New Series in 2003
- Best Serialized Story in 2003, 2005 and 2006 ("Legends In Exile", "March of the Wooden Soldiers" and "Homelands")
- Best Anthology in 2007 (Fables: 1001 Nights of Snowfall)
- Best Short Story in 2007 ("A Frog’s Eye View," by Bill Willingham and James Jean, in Fables: 1001 Nights of Snowfall)
- Best Penciller/Inker or Penciller/Inker Team in 2007 (Mark Buckingham and Steve Leialoha)
- Best Painter/Multimedia Artist (Interior) in 2007 (Jill Thompson)
- Best Cover Artist in 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, and 2009 (James Jean)
Fables: War and Pieces was nominated for the first Hugo Award for Best Graphic Story.[26]Fables: The Dark Ages, Fables: Witches and Fables: Rose Red were also nominated.
- Best Writer in 2009 (Bill Willingham)
- Best Lettering in 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, and 2011 (Todd Klein)
Prominent review site IGN has called it "the best comic book currently being produced" in 2006.[27]
Foi mal o wall text, mas acho que consegui deixar claro o porquê de Fables ser mediano, do meu ponto de vista.
Claro, dá pra ignorar o que escrevi e apenas aproveitar Fables como leitura divertida pra matar tempo.
Nunca!!!!
Ah, pera. Tu fala da versão recente.
Prossiga.
Ah, sim. Porque o final de Old Man Logan não faz sentido?
A única pena é que realmente precisava de mais 2 ou 3 edições, ou pelo menos mais paginas por edição, eu sinto que tinha bastante potencial em relação aos eventos não contados.
De certa forma é um final, é a ultima historia do quarteto fantástico e do Dr. Doom.
Os dois arcos iniciais tem objetivo de apresentar todos os personagens da cidade das Fábulas e o mundo em que vivem. É importante para estabelecer quem é Bigby o Lobo, Branca de Neve, Garoto Azul, Barba Azul, Príncipe Encantado, Rosa Vermelha, João das Fábulas, Papa Moscas e mais um monte de personagens que serão desenvolvidos de forma excelente. É explicado a dinâmica organizacional dessas fábulas e cria-se o mistério em relação ao Adversário. O mistério policial difere da maioria que se vê por aí justamente porque dá ao leitor a possibilidade de desvendar o que acontece junto com o Bigby (a maioria das tramas desse tipo escondem tudo do leitor e simplesmente apresentam uma resolução indecifrável para qualquer um além do detetive da história).
Em suma, a intenção do autor era jogar esses personagens de fábulas em um ambiente mundano e estabelecer as relações entre eles para as futuras tramas. Ele faz isso com maestria. O que acontece é que você não gostou da premissa. Ok, mas ainda assim o autor é absolutamente competente em tudo que se propõe e não existe nada que deponha tecnicamente contra a qualidade da história e da apresentação dos personagens.
Não sei quais parâmetros você usa para definir a escrita como fraca e expositiva, mas vou lembrar que essa é uma série que ganhou o prêmio máximo dos quadrinhos (Eisner) como melhor nova série, melhor história "serializada" durante três anos e que ainda rendeu a Bill Willingham o prêmio de melhor escritor em 2009. Fora outros prêmios como melhor antologia de histórias e história curta. Dito isso e separando a qualidade do texto e dos diálogos criados pelo Willingham da narrativa por ele desenvolvida: Textos e diálogos da série são apenas funcionais e esse é o maior ponto fraco do autor, principalmente quando comparamos com gênios nesse quesito como Moore e Gaiman. Obviamente ele passa longe de ser ruim, mas de fato nunca demonstra força nesses quesitos. Por outro lado, a narrativa dele é primorosa e ele domina como poucos a habilidade de contar uma história.
Nesse início de série a proposta de Willingham é muito ambiciosa. Ele precisa:
Levando em consideração os pontos acima, é mais do que necessário entender que a narrativa inicial precisa ser expositiva em algum nível. Era inevitável para a trama a seguir, principalmente quando o mistério policial precisa ser algo que pode ser deduzido pelo leitor (novamente reitero: Contrariando a maioria das tramas do tipo) e ainda expõe tão bem os personagens ali envolvidos para que se possa desenvolver as tramas futuras.
- Contar uma história onde todas as fábulas mais conhecidas de nosso mundo convivem em um único universo;
- Apresentar os personagens principais (novamente fábulas conhecidas) e definir não só uma personalidade condizente com o imaginário popular, mas também demonstrar que a história de todos eles continuaram além dos contos originais e dentro do universo de Fábulas, estabelecendo cada um como personagem multidimensional;
- Ao criar um universo mágico é essencial definir uma lógica interna que permita dar profundidade e coerência a trama a ser desenvolvida. Esse é um desafio para qualquer escritor e a maioria absoluta deles falham. Bill Willingham ao longo dos anos define e estabelece todas as regras do universo de fábulas com completa maestria através dos pilares mostrados nesses dois primeiros volumes. Semelhante ao que ele fez só consigo lembrar agora de Neil Gaiman com Sandman e Tolkien com Senhor dos anéis.
Essa comparação com final de episódio de Scooby-Doo é muito usada de forma pejorativa contra várias obras. Todavia, é preciso entender que é um recurso narrativo comum que existia antes de Scooby-Doo e continua existindo depois do desenho. Não é um recurso pobre desde que usado de forma adequada na trama. Nesse ponto Bill Willingham coloca o leitor atento em relação a resolução do mistério, mas ao mesmo tempo desenvolve uma relação inesperada entre os personagens que participam da cena. Daqui em diante percebemos que todo o mistério é uma questão pequena dentro do universo criado pelo autor, ao mesmo tempo que a trama não só cumpriu o objetivo de apresentar os personagens de forma instigante, como também dará a todos eles papeis fundamentais no futuro. É delicioso perceber como o Bill Willingham vai subvertendo expectativas dos leitores e ainda cria um universo mágico e ainda assim com uma lógica interna absurdamente bem construída.
O Barba Azul é um assassino psicopata. Foi perdoado por seus crimes graças a anistia dada a todas as Fábulas depois de fugirem do Adversário. Ainda assim, ele continua um assassino. Vamos relembrar o conto dele:
100% coerente com a trama, não é? Barba Azul é o mesmo personagem desse conto e ele não pode matar ninguém graças as regras da Cidade das Fábulas. Logo, gastar uma quantia irrisória da fortuna dele (que é absurdamente grande) é um pequeno preço para satisfazer seus desejos doentios. Você ao longo do tempo percebe o quanto o autor insere bem os contos originais na trama de Fábulas. Outra dúvida é sobre como o Barba Azul ainda está vivo visto que foi morto no conto original. Essa resposta estará logo abaixo.
O Resto da trama é coerente com a personalidade do João do Pé de Feijão. Se insistir na leitura vai entender melhor e ver que esse personagem é puro carisma apesar de ser um detestável ser humano em busca de ficar rico a qualquer custo. Outro bom uso da mitologia do João do Pé de Feijão.
Outra necessidade da trama é explicar sobre a imortalidade das fábulas. Elas existem a milênios e a aparência estaciona no ponto em que o conto de cada um acaba. Então, sim é lógico que elas sejam imortais no que tange morrer por velhice. Ainda assim, elas precisam ser afetadas pela morte de alguma forma, pois a trama principal em relação ao adversário deixa isso bem claro. Então a partir desses momentos que você citou duas regras são estabelecidas pelo autor (mais uma vez, trata-se de um universo mágico que precisa de regras bem definidas para fazer sentido):
- Quando mais uma fábula é lembrada pelos mundanos, mais difícil é matar essa fábula. Branca de Neve é uma das fábulas mais populares de todas e somente isso garantiu a sobrevivência depois de ser atendida pelo maior médico de todos os universos de fábulas, o Doutor Swineheart (de acordo com um dos contos dos irmãos Grimm). Os três porquinhos pelo que me lembro foram executados e tiveram a cabeça decepada. Esse mesmo tipo de execução também daria conta da Branca de Neve.
- Em histórias posteriores ficará claro que quando uma grande fábula é morta (por mais resistentes que elas sejam), o universo cria outras no lugar da que morreu. Então, novos três porquinhos aparecem. Enfim, é fascinante como essa regra dá coerência a existência das fábulas de acordo com o imaginário coletivo.
Ahhhh... Você ainda não viu nada. Não só todas as fábulas apresentadas no universo do autor continuam com sua natureza trágica como ele dá continuidade a história de cada um de forma extremamente coerente. Os arquétipos não só serviram de base para a construção das personalidades das fábulas como também definem personagens multidimensionais. Com o tempo cada um dos principais participantes desses dois primeiros arcos terá sua história contada, assim como existirão justificativas muito bem feitas para que alguns personagens tenham sido esquecidos ou removidos dos contos originais.
Vou colocar todos os prêmios de Fábulas aqui:
É muito... Muito difícil você ver obras tão bem premiadas. E até onde eu li (estou quase no fim), é uma série que merece todos os elogios que recebeu ao longo dos anos.
Enfim, na minha opinião você desgostou da premissa da série e se precipitou na avaliação de dois arcos iniciais para um verdadeiro épico dos quadrinhos. Alias, leio Hqs faz quase 30 anos e na minha opinião Sandman é a melhor série já escrita. E dentro de tudo que eu li, Fábulas foi o que mais se aproximou de Sandman até hoje em relação a desenvolvimento de trama, personagens e criação de um mundo de ficção baseado em magia e elementos do imaginário coletivo.
É... Eu também produzo muitos wall texts he he he. Mas acredito que você vai perceber, se insistir na leitura e rever algumas conclusões precipitadas, que Fábulas é muito mais do que algo para matar o tempo. É uma obra prima.
Enfim, uma solução estúpida para uma história tão boa. Millar praticamente te chama de idiota ao finalizar a trama de forma tão preguiçosa e sem sentido. Só um fanboy fanático do WOlverine pra achar qualquer lógica essa resolução.
- Millar desenvolveu uma boa trama e cria toda uma expectativa para um final em que Logan vai enfrentar um inimigo que não pode ser vencido;
- O Hulk resolve comer o Wolverine INTEIRO???? Que idiotice é essa? Ele esqueceu do esqueleto de adamantium e do fator de cura???? É lógico que não dava pra comer o Logan daquele jeito como se fosse uma baleia engolindo um homem. Se era pra comer, era só desmembrar o Logan e chupar a carne dos ossos dele (que JAMAIS seriam digeridos na barriga do Hulk e poderiam até causar a morte).
- Pra fechar com chave de ouro essa idéia absurda do Millar (digna do Jeph Loeb), ele ainda esquece que o Hulk também tem fator de cura muito mais potente que o Wolverine. Simplesmente não dava pro Logan sair lá de dentro da forma que saiu.
Faltou uma mensal do Hickman para explorar mesmo. Só a mini principal é muito pouco e deixa um gostinho de quero mais.
E o Hickman ao longo do tempo desenvolveu um final para Capitão América, Homem de Ferro, Vingadores, Dr. Estranho, Namor e Pantera Negra. Todos levados ao limite máximo. Ficaram de fora mesmo Hulk e Aranha. Ahhh... Que coisa linda o que Doom fez com o Ciclope com poder da Fênix ha ha ha