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Qual a última HQ que você leu?

Devon_

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Old Man Logan

Não conhecia, curti a ambientação e a história. E, só pra variar, escritor forçando a barra do fator de cura de Logan.

8/10

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jcsilva87

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Thanos: Revelação Infinita
Gibizaço. Não tem quem escreva o Thanos melhor que o Starlin.
 

M3troid

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Asilo Arkham

Eu meio que me arrependi de ter comprado isso. Enquanto a história em si é boa, a arte é confusa (na falta de um termo melhor).
E ainda tem quadros que mal dá pra ler por conta da fonte.
 

doutordoom

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Asilo Arkham

Eu meio que me arrependi de ter comprado isso. Enquanto a história em si é boa, a arte é confusa (na falta de um termo melhor).
E ainda tem quadros que mal dá pra ler por conta da fonte.

Inicialmente, não é fácil apreciar esse tipo de arte, mas quando você assimila, passa a admirar muito.
 

jcsilva87

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Se a série for metade do que eu tenho visto nesses encadernados, vai ser foda.
 

Asteriques

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Old Man Logan

Não conhecia, curti a ambientação e a história. E, só pra variar, escritor forçando a barra do fator de cura de Logan.

8/10

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Forçando a barra?
Você nunca deve ter lido Wolverine Max
 


Asteriques

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Nunca.... melhor eu ficar longe então :klol

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Não que eu esteja falando mal do Max, mas o fator de cura dele é mais forte do que vc pensa. Por isso eu acho que não chega a ser um problema no Old Man
 

M3troid

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Mais forçado do que ele ter virado um esqueleto e ter se regenerado assim mesmo? :klol
 

doutordoom

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Não que eu esteja falando mal do Max, mas o fator de cura dele é mais forte do que vc pensa. Por isso eu acho que não chega a ser um problema no Old Man
Fator de cura dele virou piada. Tinha lógica e virou algo mágico. Não se regenera a partir dos próprios ossos.

E o final de Velho Logan não faz sentido nenhum. Aquilo é uma porcaria sem tamanho.

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luizsidi

Bam-bam-bam
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Ghost in the Shell: uma das piores e mais confusas que já li. Se fosse livro, teria desistido.

Que m**** são aquelas notas de rodapé?! As opiniões do autor não agregam em nada, e ainda atrapalham. Divagações Nível globo.com.

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Helghast Trooper

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Ghost in the Shell: uma das piores e mais confusas que já li. Se fosse livro, teria desistido.

Que m**** são aquelas notas de rodapé?! As opiniões do autor não agregam em nada, e ainda atrapalham. Divagações Nível globo.com.

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Quando li o manga tb achei bem ruinzinho, parece meio comedia com aquelas caretas q a motoko faz, parece ate ranma as vezes.

Por isso mamoru oshii recebe praise ate hj pelo que ele fez no filme, mudou de agua pro vinho e virou um dos anime movies mais classicos junto com akira.
 

Maze

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Ghost in the Shell: uma das piores e mais confusas que já li. Se fosse livro, teria desistido.

Que m**** são aquelas notas de rodapé?! As opiniões do autor não agregam em nada, e ainda atrapalham. Divagações Nível globo.com.

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Tomando como base o filme, o mangá está sendo bem diferente do que eu esperava (passei um pouco da metade). Cada capítulo funciona de forma quase independente, lembrando um seriado de história fechada por episódio.
A história, na maior parte do tempo não é muito didática, parece até que omite certos pontos. Me peguei várias vezes voltando algumas páginas para reler e tentando encontrar algum detalhe que poderia ter deixado passar. Cara, as nota de rodapé em sua grande maioria são uma curiosidade que pouco acrescenta ou é um detalhamento absurdo sobre algo. Na verdade, fica claro que o escritor é dessas "japas obcecados" - na falta de melhor termo, pois ele entra nos mínimos detalhes de praticamente TODOS os temas que aborda, indo ao extremo de supor até possíveis produtos químicos, diferenciação de calibres de balas, suposições sobre alma e complexos eletrônicos e por ai vai. Por um lado acho bacana essa intenção de, literalmente, dissecar o assunto e levar aquilo ao mais próximo da realidade, porém acho que exagera, ficando por diversas vezes maçante.
 

luizsidi

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Tomando como base o filme, o mangá está sendo bem diferente do que eu esperava (passei um pouco da metade). Cada capítulo funciona de forma quase independente, lembrando um seriado de história fechada por episódio.
A história, na maior parte do tempo não é muito didática, parece até que omite certos pontos. Me peguei várias vezes voltando algumas páginas para reler e tentando encontrar algum detalhe que poderia ter deixado passar. Cara, as nota de rodapé em sua grande maioria são uma curiosidade que pouco acrescenta ou é um detalhamento absurdo sobre algo. Na verdade, fica claro que o escritor é dessas "japas obcecados" - na falta de melhor termo, pois ele entra nos mínimos detalhes de praticamente TODOS os temas que aborda, indo ao extremo de supor até possíveis produtos químicos, diferenciação de calibres de balas, suposições sobre alma e complexos eletrônicos e por ai vai. Por um lado acho bacana essa intenção de, literalmente, dissecar o assunto e levar aquilo ao mais próximo da realidade, porém acho que exagera, ficando por diversas vezes maçante.
acho q n combina pois, Além de tudo, ele não domina muitos assuntos dos quais tenta dissecar.

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luizsidi

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Tomando como base o filme, o mangá está sendo bem diferente do que eu esperava (passei um pouco da metade). Cada capítulo funciona de forma quase independente, lembrando um seriado de história fechada por episódio.
A história, na maior parte do tempo não é muito didática, parece até que omite certos pontos. Me peguei várias vezes voltando algumas páginas para reler e tentando encontrar algum detalhe que poderia ter deixado passar. Cara, as nota de rodapé em sua grande maioria são uma curiosidade que pouco acrescenta ou é um detalhamento absurdo sobre algo. Na verdade, fica claro que o escritor é dessas "japas obcecados" - na falta de melhor termo, pois ele entra nos mínimos detalhes de praticamente TODOS os temas que aborda, indo ao extremo de supor até possíveis produtos químicos, diferenciação de calibres de balas, suposições sobre alma e complexos eletrônicos e por ai vai. Por um lado acho bacana essa intenção de, literalmente, dissecar o assunto e levar aquilo ao mais próximo da realidade, porém acho que exagera, ficando por diversas vezes maçante.
acho q n combina pois, Além de tudo, ele não domina muitos assuntos dos quais tenta dissecar.

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gajo666

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Fala pessoal, beleza?
Então, fugindo um pouco do foco do tópico, além das versões impressas que compro com grande frequência (como bom colecionador), também tenho o hábito de ler algumas coisas em "scans"... geralmente coisas que não saíram por aqui ou são difíceis de se encontrar...

Onde os colegas costumam procurar esse tipo de material (scans)? A idéia da pergunta é verificar se os colegas tem fontes diferentes das minhas, aumentando assim a possibilidade de encontrar títulos diferentes e acesso a outros acervos...
 

Irregular Hunter

O BATMAN da internet
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Action Comics #975:

Gostei bastante, a revelação da identidade do Clark falso foi bem interessante, a parte dele conversando com o Chris foi uma analise bem divertida do personagem.

Inumanos VS X-MEN #6:

Então...

Eles realmente querem convencer o leitor que nesse tempo todo nenhum mutante, inclusive o Fera que estava por meses junto dos Inumanos, nunca acharam conveniente falar sobre a neblina assassina de mutantes? A historia termina literalmente com um botão vermelho de reset de staus quo.

Terrível.
 

Tacrovy

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Mulher Gato / Ed Brubaker


Muito bom esse run do brubaker com a selina, além de ser o tipo de personagem que o brubaker gosta de trabalhar, urbano/crimes e ainda somos presenteados com a arte do Darwin Cook, sobre o run vemos a selina lidando com Gotham e seus perigos, ainda mais devido um certo acontecimento, ainda somos apresentados a outros personagens, um detetive que achei legal pra caramba, o bruba escreve umas edições dele, recomendo a leitura, pena que não é o run completo.

Lobo Sem limites / Keith giffen

História do lobo aí, arte fodastica, pqp cada quadro uma pintura, sobre a história típica história sem escrúpulos com momentos divertidos com o lobo, não esperem nada de desenvolvimento na trama, aquele tipo de hq que tu vai ler soltando um barro, tem bons momentos, mas nada mais.

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Ultima Edição:

Psyclapse

Ser evoluído
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Beautiful Darkness. Resumindo sem dar spoilers: É praticamente uma fábula com alguns elementos de horror misturados no meio. Algumas páginas possuem ilustrações lindíssimas em aquarela.

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Também lí Beauty que, assim como o Beautiful Darkness, é uma fábula adulta. A trama é muito boa, também tem algumas ilustrações ótimas mas tem um problema: É longa demais. Depois de um tempo, você começa a sentir que a história enche muito a linguiça quando poderia ter sido resumida e terminada mais cedo. Ao contrário de BD, tive que dar uma pausa nesse e voltar depois.
 

Gabᧉ

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Minhas leituras do último mês, coloquei minha avaliação resumida na caixa de spoiler pra evitar post grande (mas não há spoilers):

Ruim
The Boys (Apenas o volume 1)
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Pegue referências e piadas ruins com teor de humor negro sobre superheróis, sangue jorrando e muita violência; adicione cinco personagens fodões sem personalidade vestindo preto, por fim, misture tudo em um enredo infantil e sem sutileza que tenta chocar, mostrar a depravação humana. Pronto, a receita para o paladar do mainstream adolescente, mas com nenhuma substância ou profundidade. Olha que me venderam isso como sendo o segundo melhor trabalho do Garth Ennis depois de Preacher. Ah, vá… fuck boys!

Mediano

Fables #1-10 (Dois volumes)
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Ideia boa, execução fraca. Que sentido há em criar um mundo de fantasia se o foco narrativo está em histórias de mistério policiais e derivadas que o torna desnecessário. Há momentos interessantes, como no segundo volume que foi melhor apresentado, mas ainda sim é mediano e a tentativa de simpatia nos painéis finais do arco da revolução é forçada. No fim, ironicamente, os contos não são muito melhores que os filmes da Disney.

Saga #1-12 (Dois volumes)
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Sério, esperava algo fodástico de uma série com 8 Eisner e 1 Hugo na conta, então quebrei a cara. Saga é a desorientado, personagens apáticos e diálogos ruins, mas o que incomoda mesmo é a grande quantidade de coisas inúteis e convenientes no roteiro. Fico imaginando o autor: “Vou meter isso na história vai ser legal, aquilo ali também” e no fim: “Putz, tenho que dá um jeito de amarrar isso e aquilo logo pra seguir a diante”. Resumindo, não há planejamento e nem uma direção concisa sobre o enredo e esse amontoado de lixo só atrapalha no foco da narrativa.
O lado positivo fica por conta da arte (embora falhe no background), não é espetacular, mas é o suficiente pra eu ficar de olho nos próximos trabalhos da Fiona. A mesclagem de fantasia com sci-fi também tem mérito, apesar de ter visto isso em outras obras. A obra tem potencial, mas devido a muitos erros fica entre ruim e mediano e não vou conferir o resto pra saber se melhora.

Bom
Blacksad (5 volumes)
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Coisa fina: Ambientação, aquarelas de encher os olhos, arte sequencial fluída e dinâmica. Infelizmente o enredo destoa da arte, é enxuto e muito bem narrado, mas as motivações, personagens e situações não são muito convincentes.
Blacksad é bem executado, prato cheio pra quem curte o gênero noir, no meu caso foi só um “ok, é bom”. Porém vale a leitura pela arte.



Fodástico
Chaperon Rouge (One-shot)
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Conto clássico com arte foda, sombria e intensa. A primeira vista algo comum, mas a grande sacada é que a arte brinca com o espaço negativo, jogos visuais e vários simbolismos(nada óbvio) que obriga o leitor a ser ativo e focado interpretando a todo momento o que é mostrado. Todavia o autor também deixa espaço pra uma leitura superficial e depretenciosa que pode ser vista como um simples ilustração de um conto conhecido. Mas é daqueles trabalhos que vai além do que os olhos podem ver.
 

Gabᧉ

Ei mãe, 500 pontos!
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Fables mediano!!!!
FABLES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


É o fim!!!
Compreendo a reação. A verdade é que sou um cara chato pra quadrinhos e tenho opiniões bem impopulares. Mas tenho bons motivos pra considerar Fables mediano, eis eles(baseados nos 2 primeiros arcos que li apenas):

Um, a construção de mundo e personagens são mal exploradas.
Entendo que o objetivo foi trazer personagens do mundo fantasioso para o mundo cotidiano e comum, quase slice of life. O problema é que o autor não chega a aproveitar o potencial e as origens de seus personagens, fica apenas na autoindulgência superficial. Um arco inteiro focado em mistério policial que poderia muito bem ser feito com personagens mundanos ao invés de personagens fantásticos dos contos. Argumentar que essa era a intenção do autor não melhora o problema, apenas confirma que os personagens dos contos são ínuteis para o enredo e, o autor apenas os usou por capricho. O segundo arco explorou melhor a questão, mas continuava lá.

Dois, a escrita é fraca e expositiva.
O Final do primeiro arco parecia um episódio de Scooby-Doo quando o Lobo explica como resolveu o caso só por “lógica e intuição”. Tudo muito plausível, claro! Até as motivações de Rosa e João foram estúpidas, sem falar do Barba Azul, que não tinha nada a ganhar com o acordo (Não creio ele perderia generosa quantia da fortuna pelo simples prazer de matá-la logo após o casamento). E como um passe de mágica e de modo muito conveniente , a situação complexa envolvendo dinheiro, casamento e falsa morte é resolvida, e todos ficam felizes para…
E a coisa piorou no arco da fazenda. Além das refêrencias banais e diálogos ruins, há o maldito cliffhanger; como leitor não encontrei motivo para o uso, meter um tiro na cabeça da Branca foi apenas um mero dispositivo narrativo para o autor avançar, amarrar o arco e seguir adiante. A explicação para sobrevivência de Branca tornou tudo pior: Basicamente deixou implícito que um personagem é imortal se for lembrado pelos humanos, então porquê os três porquinhos morreram? Eles eram tão lembrados e antigos quanto o conto de Branca, deveriam ser imortais, mesmo com a cabeça decapitada. Branca teve a cabeça detonada por um rifle de precisão e alta velocidade e sobreviveu, por que eles não poderiam também?

Três, os contos e fábulas originais são de natureza trágica.
Ao longo dos anos foram atenuados para o público infantil, mas nunca deixaram de ter a essência moral e crítica sutil. Em Fables isso se perde, em troca temos referências e piadinhas ruins sobre os contos. Todos os arquétipos dos personagens são jogados ao ralo.
Há inúmeros exemplos de contos modernos que usaram de contos antigos como referências e continuaram tão profundos e bem feitos quanto; Nárnia que fez uso da teologia Cristã e O Senhor dos Anéis da mitologia Nórdica são os maiores exemplos.
Sei… Fables é voltado ao humor e coditiano, mas ainda sim não é desculpa pra jogar fora toda a riqueza das origens dos contos.

Último, o preço.
Existem obras com escrita e arte melhores que 50, 60 temers podem comprar em terras tupi-guarani.

Foi mal o wall text, mas acho que consegui deixar claro o porquê de Fables ser mediano, do meu ponto de vista.
Claro, dá pra ignorar o que escrevi e apenas aproveitar Fables como leitura divertida pra matar tempo.
 

Red Baron

O Barão Vermelho
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Li essa obra fantástica do Mestre Moebius e Stan Lee:

surfista2.jpg


Uma pena a história ser curta :ksnif
 

doutordoom

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Compreendo a reação. A verdade é que sou um cara chato pra quadrinhos e tenho opiniões bem impopulares. Mas tenho bons motivos pra considerar Fables mediano, eis eles(baseados nos 2 primeiros arcos que li apenas):

Um, a construção de mundo e personagens são mal exploradas.
Entendo que o objetivo foi trazer personagens do mundo fantasioso para o mundo cotidiano e comum, quase slice of life. O problema é que o autor não chega a aproveitar o potencial e as origens de seus personagens, fica apenas na autoindulgência superficial. Um arco inteiro focado em mistério policial que poderia muito bem ser feito com personagens mundanos ao invés de personagens fantásticos dos contos. Argumentar que essa era a intenção do autor não melhora o problema, apenas confirma que os personagens dos contos são ínuteis para o enredo e, o autor apenas os usou por capricho. O segundo arco explorou melhor a questão, mas continuava lá.

Dois, a escrita é fraca e expositiva.
O Final do primeiro arco parecia um episódio de Scooby-Doo quando o Lobo explica como resolveu o caso só por “lógica e intuição”. Tudo muito plausível, claro! Até as motivações de Rosa e João foram estúpidas, sem falar do Barba Azul, que não tinha nada a ganhar com o acordo (Não creio ele perderia generosa quantia da fortuna pelo simples prazer de matá-la logo após o casamento). E como um passe de mágica e de modo muito conveniente , a situação complexa envolvendo dinheiro, casamento e falsa morte é resolvida, e todos ficam felizes para…
E a coisa piorou no arco da fazenda. Além das refêrencias banais e diálogos ruins, há o maldito cliffhanger; como leitor não encontrei motivo para o uso, meter um tiro na cabeça da Branca foi apenas um mero dispositivo narrativo para o autor avançar, amarrar o arco e seguir adiante. A explicação para sobrevivência de Branca tornou tudo pior: Basicamente deixou implícito que um personagem é imortal se for lembrado pelos humanos, então porquê os três porquinhos morreram? Eles eram tão lembrados e antigos quanto o conto de Branca, deveriam ser imortais, mesmo com a cabeça decapitada. Branca teve a cabeça detonada por um rifle de precisão e alta velocidade e sobreviveu, por que eles não poderiam também?

Três, os contos e fábulas originais são de natureza trágica.
Ao longo dos anos foram atenuados para o público infantil, mas nunca deixaram de ter a essência moral e crítica sutil. Em Fables isso se perde, em troca temos referências e piadinhas ruins sobre os contos. Todos os arquétipos dos personagens são jogados ao ralo.
Há inúmeros exemplos de contos modernos que usaram de contos antigos como referências e continuaram tão profundos e bem feitos quanto; Nárnia que fez uso da teologia Cristã e O Senhor dos Anéis da mitologia Nórdica são os maiores exemplos.
Sei… Fables é voltado ao humor e coditiano, mas ainda sim não é desculpa pra jogar fora toda a riqueza das origens dos contos.

Último, o preço.
Existem obras com escrita e arte melhores que 50, 60 temers podem comprar em terras tupi-guarani.

Foi mal o wall text, mas acho que consegui deixar claro o porquê de Fables ser mediano, do meu ponto de vista.
Claro, dá pra ignorar o que escrevi e apenas aproveitar Fables como leitura divertida pra matar tempo.

Sem tempo agora. Depois irei ler com calma. Mas alguns problemas aí você está considerando sem levar em conta que esses arcos iniciais nada mais são do que o início de uma longa história.


@Irregular Hunter:

ACABEI GUERRAS SECRETAS!

Depois comentarei em detalhes, mas se o Universo Marvel acabasse ali naquela história eu me daria por satisfeito. ESPETACULAR. Melhor mega saga já feita para Marvel.
 
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Irregular Hunter

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Sem tempo agora. Depois irei ler com calma. Mas alguns problemas aí você está considerando sem levar em conta que esses arcos iniciais nada mais são do que o início de uma longa história.


@Irregular Hunter:

ACABEI GUERRAS SECRETAS!

Depois comentarei em detalhes, mas se o Universo Marvel acabasse ali naquela história eu me daria por satisfeito. ESPETACULAR. Melhor mega saga já feita para Marvel.

A única pena é que realmente precisava de mais 2 ou 3 edições, ou pelo menos mais paginas por edição, eu sinto que tinha bastante potencial em relação aos eventos não contados.

De certa forma é um final, é a ultima historia do quarteto fantástico e do Dr. Doom.
 

doutordoom

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Um, a construção de mundo e personagens são mal exploradas.
Entendo que o objetivo foi trazer personagens do mundo fantasioso para o mundo cotidiano e comum, quase slice of life. O problema é que o autor não chega a aproveitar o potencial e as origens de seus personagens, fica apenas na autoindulgência superficial. Um arco inteiro focado em mistério policial que poderia muito bem ser feito com personagens mundanos ao invés de personagens fantásticos dos contos. Argumentar que essa era a intenção do autor não melhora o problema, apenas confirma que os personagens dos contos são ínuteis para o enredo e, o autor apenas os usou por capricho. O segundo arco explorou melhor a questão, mas continuava lá.

Os dois arcos iniciais tem objetivo de apresentar todos os personagens da cidade das Fábulas e o mundo em que vivem. É importante para estabelecer quem é Bigby o Lobo, Branca de Neve, Garoto Azul, Barba Azul, Príncipe Encantado, Rosa Vermelha, João das Fábulas, Papa Moscas e mais um monte de personagens que serão desenvolvidos de forma excelente. É explicado a dinâmica organizacional dessas fábulas e cria-se o mistério em relação ao Adversário. O mistério policial difere da maioria que se vê por aí justamente porque dá ao leitor a possibilidade de desvendar o que acontece junto com o Bigby (a maioria das tramas desse tipo escondem tudo do leitor e simplesmente apresentam uma resolução indecifrável para qualquer um além do detetive da história).

Em suma, a intenção do autor era jogar esses personagens de fábulas em um ambiente mundano e estabelecer as relações entre eles para as futuras tramas. Ele faz isso com maestria. O que acontece é que você não gostou da premissa. Ok, mas ainda assim o autor é absolutamente competente em tudo que se propõe e não existe nada que deponha tecnicamente contra a qualidade da história e da apresentação dos personagens.


Dois, a escrita é fraca e expositiva.

Não sei quais parâmetros você usa para definir a escrita como fraca e expositiva, mas vou lembrar que essa é uma série que ganhou o prêmio máximo dos quadrinhos (Eisner) como melhor nova série, melhor história "serializada" durante três anos e que ainda rendeu a Bill Willingham o prêmio de melhor escritor em 2009. Fora outros prêmios como melhor antologia de histórias e história curta. Dito isso e separando a qualidade do texto e dos diálogos criados pelo Willingham da narrativa por ele desenvolvida: Textos e diálogos da série são apenas funcionais e esse é o maior ponto fraco do autor, principalmente quando comparamos com gênios nesse quesito como Moore e Gaiman. Obviamente ele passa longe de ser ruim, mas de fato nunca demonstra força nesses quesitos. Por outro lado, a narrativa dele é primorosa e ele domina como poucos a habilidade de contar uma história.

Nesse início de série a proposta de Willingham é muito ambiciosa. Ele precisa:

  • Contar uma história onde todas as fábulas mais conhecidas de nosso mundo convivem em um único universo;
  • Apresentar os personagens principais (novamente fábulas conhecidas) e definir não só uma personalidade condizente com o imaginário popular, mas também demonstrar que a história de todos eles continuaram além dos contos originais e dentro do universo de Fábulas, estabelecendo cada um como personagem multidimensional;
  • Ao criar um universo mágico é essencial definir uma lógica interna que permita dar profundidade e coerência a trama a ser desenvolvida. Esse é um desafio para qualquer escritor e a maioria absoluta deles falham. Bill Willingham ao longo dos anos define e estabelece todas as regras do universo de fábulas com completa maestria através dos pilares mostrados nesses dois primeiros volumes. Semelhante ao que ele fez só consigo lembrar agora de Neil Gaiman com Sandman e Tolkien com Senhor dos anéis.
Levando em consideração os pontos acima, é mais do que necessário entender que a narrativa inicial precisa ser expositiva em algum nível. Era inevitável para a trama a seguir, principalmente quando o mistério policial precisa ser algo que pode ser deduzido pelo leitor (novamente reitero: Contrariando a maioria das tramas do tipo) e ainda expõe tão bem os personagens ali envolvidos para que se possa desenvolver as tramas futuras.


O Final do primeiro arco parecia um episódio de Scooby-Doo quando o Lobo explica como resolveu o caso só por “lógica e intuição”. Tudo muito plausível, claro! Até as motivações de Rosa e João foram estúpidas, sem falar do Barba Azul, que não tinha nada a ganhar com o acordo (Não creio ele perderia generosa quantia da fortuna pelo simples prazer de matá-la logo após o casamento). E como um passe de mágica e de modo muito conveniente , a situação complexa envolvendo dinheiro, casamento e falsa morte é resolvida, e todos ficam felizes para…

Essa comparação com final de episódio de Scooby-Doo é muito usada de forma pejorativa contra várias obras. Todavia, é preciso entender que é um recurso narrativo comum que existia antes de Scooby-Doo e continua existindo depois do desenho. Não é um recurso pobre desde que usado de forma adequada na trama. Nesse ponto Bill Willingham coloca o leitor atento em relação a resolução do mistério, mas ao mesmo tempo desenvolve uma relação inesperada entre os personagens que participam da cena. Daqui em diante percebemos que todo o mistério é uma questão pequena dentro do universo criado pelo autor, ao mesmo tempo que a trama não só cumpriu o objetivo de apresentar os personagens de forma instigante, como também dará a todos eles papeis fundamentais no futuro. É delicioso perceber como o Bill Willingham vai subvertendo expectativas dos leitores e ainda cria um universo mágico e ainda assim com uma lógica interna absurdamente bem construída.

O Barba Azul é um assassino psicopata. Foi perdoado por seus crimes graças a anistia dada a todas as Fábulas depois de fugirem do Adversário. Ainda assim, ele continua um assassino. Vamos relembrar o conto dele:

Barba Azul era um rico aristocrata, assustador por ser muito feio, com uma horrível barba azul. Ele já se tinha casado seis vezes, mas ninguém sabia o que tinha acontecido com as esposas, que desapareceram. Quando o Barba Azul visitou um de seus vizinhos e pediu para casar com uma de suas filhas, a família ficou apavorada. O Barba Azul acabou por convencer a filha caçula. Os dois casaram-se e foram viver no castelo do nobre.

Pouco tempo depois, o Barba Azul avisou que iria viajar por uns tempos; ele entregou todas as chaves da casa para sua esposa, incluindo a de um pequeno quarto que ele a havia proibido de entrar. Logo que ele se ausentou, a mulher começou a sofrer de grande curiosidade sobre o quarto proibido. Após alguns dias pensando no que havia lá, a mulher resolveu bisbilhotar o que havia no quarto, ela descobriu o macabro segredo do marido: o chão do quarto estava todo manchado de sangue, e os corpos das ex-esposas do Barba Azul estavam pendurados na parede. Apavorada, ela trancou o quarto, mas não viu que o sangue havia sujado a chave.

Quando o Barba Azul retornou, ele percebeu imediatamente o que sua esposa tinha feito. Cego de raiva, ele ameaçou-a, mas ela conseguiu escapar e trancar-se junto da irmã, na torre mais alta da casa. Quando o Barba Azul, armado com uma espada, tentava derrubar a porta, chegaram dois irmãos das mulheres. Os irmãos mataram o nobre enlouquecido e salvaram suas parentes.

A mulher do Barba Azul ficou com a fortuna do marido morto: com parte do dinheiro, ela ajudou sua irmã a casar com seu amado; outra parte ela deu aos seus irmãos. Ela guardou o dinheiro restante, até se casar com um cavalheiro que lhe fez esquecer do suplício que passara.

100% coerente com a trama, não é? Barba Azul é o mesmo personagem desse conto e ele não pode matar ninguém graças as regras da Cidade das Fábulas. Logo, gastar uma quantia irrisória da fortuna dele (que é absurdamente grande) é um pequeno preço para satisfazer seus desejos doentios. Você ao longo do tempo percebe o quanto o autor insere bem os contos originais na trama de Fábulas. Outra dúvida é sobre como o Barba Azul ainda está vivo visto que foi morto no conto original. Essa resposta estará logo abaixo.

O Resto da trama é coerente com a personalidade do João do Pé de Feijão. Se insistir na leitura vai entender melhor e ver que esse personagem é puro carisma apesar de ser um detestável ser humano em busca de ficar rico a qualquer custo. Outro bom uso da mitologia do João do Pé de Feijão.

E a coisa piorou no arco da fazenda. Além das refêrencias banais e diálogos ruins, há o maldito cliffhanger; como leitor não encontrei motivo para o uso, meter um tiro na cabeça da Branca foi apenas um mero dispositivo narrativo para o autor avançar, amarrar o arco e seguir adiante. A explicação para sobrevivência de Branca tornou tudo pior: Basicamente deixou implícito que um personagem é imortal se for lembrado pelos humanos, então porquê os três porquinhos morreram? Eles eram tão lembrados e antigos quanto o conto de Branca, deveriam ser imortais, mesmo com a cabeça decapitada. Branca teve a cabeça detonada por um rifle de precisão e alta velocidade e sobreviveu, por que eles não poderiam também?

Outra necessidade da trama é explicar sobre a imortalidade das fábulas. Elas existem a milênios e a aparência estaciona no ponto em que o conto de cada um acaba. Então, sim é lógico que elas sejam imortais no que tange morrer por velhice. Ainda assim, elas precisam ser afetadas pela morte de alguma forma, pois a trama principal em relação ao adversário deixa isso bem claro. Então a partir desses momentos que você citou duas regras são estabelecidas pelo autor (mais uma vez, trata-se de um universo mágico que precisa de regras bem definidas para fazer sentido):

  • Quando mais uma fábula é lembrada pelos mundanos, mais difícil é matar essa fábula. Branca de Neve é uma das fábulas mais populares de todas e somente isso garantiu a sobrevivência depois de ser atendida pelo maior médico de todos os universos de fábulas, o Doutor Swineheart (de acordo com um dos contos dos irmãos Grimm). Os três porquinhos pelo que me lembro foram executados e tiveram a cabeça decepada. Esse mesmo tipo de execução também daria conta da Branca de Neve.
  • Em histórias posteriores ficará claro que quando uma grande fábula é morta (por mais resistentes que elas sejam), o universo cria outras no lugar da que morreu. Então, novos três porquinhos aparecem. Enfim, é fascinante como essa regra dá coerência a existência das fábulas de acordo com o imaginário coletivo.

Três, os contos e fábulas originais são de natureza trágica.
Ao longo dos anos foram atenuados para o público infantil, mas nunca deixaram de ter a essência moral e crítica sutil. Em Fables isso se perde, em troca temos referências e piadinhas ruins sobre os contos. Todos os arquétipos dos personagens são jogados ao ralo.
Há inúmeros exemplos de contos modernos que usaram de contos antigos como referências e continuaram tão profundos e bem feitos quanto; Nárnia que fez uso da teologia Cristã e O Senhor dos Anéis da mitologia Nórdica são os maiores exemplos.
Sei… Fables é voltado ao humor e coditiano, mas ainda sim não é desculpa pra jogar fora toda a riqueza das origens dos contos.

Ahhhh... Você ainda não viu nada. Não só todas as fábulas apresentadas no universo do autor continuam com sua natureza trágica como ele dá continuidade a história de cada um de forma extremamente coerente. Os arquétipos não só serviram de base para a construção das personalidades das fábulas como também definem personagens multidimensionais. Com o tempo cada um dos principais participantes desses dois primeiros arcos terá sua história contada, assim como existirão justificativas muito bem feitas para que alguns personagens tenham sido esquecidos ou removidos dos contos originais.

Último, o preço.
Existem obras com escrita e arte melhores que 50, 60 temers podem comprar em terras tupi-guarani.

Vou colocar todos os prêmios de Fábulas aqui:

As of 2012, Fables has won fourteen Eisner Awards.

  • Best New Series in 2003
  • Best Serialized Story in 2003, 2005 and 2006 ("Legends In Exile", "March of the Wooden Soldiers" and "Homelands")
  • Best Anthology in 2007 (Fables: 1001 Nights of Snowfall)
  • Best Short Story in 2007 ("A Frog’s Eye View," by Bill Willingham and James Jean, in Fables: 1001 Nights of Snowfall)
  • Best Penciller/Inker or Penciller/Inker Team in 2007 (Mark Buckingham and Steve Leialoha)
  • Best Painter/Multimedia Artist (Interior) in 2007 (Jill Thompson)
  • Best Cover Artist in 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, and 2009 (James Jean)
While Fables only advertises winning fourteen Eisner Awards on their covers, the following Eisner awards have also been won by members of their staff for their work on Fables:

  • Best Writer in 2009 (Bill Willingham)
  • Best Lettering in 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, and 2011 (Todd Klein)
Fables: War and Pieces was nominated for the first Hugo Award for Best Graphic Story.[26]Fables: The Dark Ages, Fables: Witches and Fables: Rose Red were also nominated.

Prominent review site IGN has called it "the best comic book currently being produced" in 2006.[27]


É muito... Muito difícil você ver obras tão bem premiadas. E até onde eu li (estou quase no fim), é uma série que merece todos os elogios que recebeu ao longo dos anos.

Enfim, na minha opinião você desgostou da premissa da série e se precipitou na avaliação de dois arcos iniciais para um verdadeiro épico dos quadrinhos. Alias, leio Hqs faz quase 30 anos e na minha opinião Sandman é a melhor série já escrita. E dentro de tudo que eu li, Fábulas foi o que mais se aproximou de Sandman até hoje em relação a desenvolvimento de trama, personagens e criação de um mundo de ficção baseado em magia e elementos do imaginário coletivo.

Foi mal o wall text, mas acho que consegui deixar claro o porquê de Fables ser mediano, do meu ponto de vista.
Claro, dá pra ignorar o que escrevi e apenas aproveitar Fables como leitura divertida pra matar tempo.

É... Eu também produzo muitos wall texts he he he. Mas acredito que você vai perceber, se insistir na leitura e rever algumas conclusões precipitadas, que Fábulas é muito mais do que algo para matar o tempo. É uma obra prima.

Nunca!!!!
Ah, pera. Tu fala da versão recente.

Prossiga.


Ah, sim. Porque o final de Old Man Logan não faz sentido?

  1. Millar desenvolveu uma boa trama e cria toda uma expectativa para um final em que Logan vai enfrentar um inimigo que não pode ser vencido;
  2. O Hulk resolve comer o Wolverine INTEIRO???? Que idiotice é essa? Ele esqueceu do esqueleto de adamantium e do fator de cura???? É lógico que não dava pra comer o Logan daquele jeito como se fosse uma baleia engolindo um homem. Se era pra comer, era só desmembrar o Logan e chupar a carne dos ossos dele (que JAMAIS seriam digeridos na barriga do Hulk e poderiam até causar a morte).
  3. Pra fechar com chave de ouro essa idéia absurda do Millar (digna do Jeph Loeb), ele ainda esquece que o Hulk também tem fator de cura muito mais potente que o Wolverine. Simplesmente não dava pro Logan sair lá de dentro da forma que saiu.
Enfim, uma solução estúpida para uma história tão boa. Millar praticamente te chama de idiota ao finalizar a trama de forma tão preguiçosa e sem sentido. Só um fanboy fanático do WOlverine pra achar qualquer lógica essa resolução.

A única pena é que realmente precisava de mais 2 ou 3 edições, ou pelo menos mais paginas por edição, eu sinto que tinha bastante potencial em relação aos eventos não contados.

De certa forma é um final, é a ultima historia do quarteto fantástico e do Dr. Doom.

Faltou uma mensal do Hickman para explorar mesmo. Só a mini principal é muito pouco e deixa um gostinho de quero mais.

E o Hickman ao longo do tempo desenvolveu um final para Capitão América, Homem de Ferro, Vingadores, Dr. Estranho, Namor e Pantera Negra. Todos levados ao limite máximo. Ficaram de fora mesmo Hulk e Aranha. Ahhh... Que coisa linda o que Doom fez com o Ciclope com poder da Fênix ha ha ha
 
Ultima Edição:

Gabᧉ

Ei mãe, 500 pontos!
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Os dois arcos iniciais tem objetivo de apresentar todos os personagens da cidade das Fábulas e o mundo em que vivem. É importante para estabelecer quem é Bigby o Lobo, Branca de Neve, Garoto Azul, Barba Azul, Príncipe Encantado, Rosa Vermelha, João das Fábulas, Papa Moscas e mais um monte de personagens que serão desenvolvidos de forma excelente. É explicado a dinâmica organizacional dessas fábulas e cria-se o mistério em relação ao Adversário. O mistério policial difere da maioria que se vê por aí justamente porque dá ao leitor a possibilidade de desvendar o que acontece junto com o Bigby (a maioria das tramas desse tipo escondem tudo do leitor e simplesmente apresentam uma resolução indecifrável para qualquer um além do detetive da história).

Em suma, a intenção do autor era jogar esses personagens de fábulas em um ambiente mundano e estabelecer as relações entre eles para as futuras tramas. Ele faz isso com maestria. O que acontece é que você não gostou da premissa. Ok, mas ainda assim o autor é absolutamente competente em tudo que se propõe e não existe nada que deponha tecnicamente contra a qualidade da história e da apresentação dos personagens.



Não sei quais parâmetros você usa para definir a escrita como fraca e expositiva, mas vou lembrar que essa é uma série que ganhou o prêmio máximo dos quadrinhos (Eisner) como melhor nova série, melhor história "serializada" durante três anos e que ainda rendeu a Bill Willingham o prêmio de melhor escritor em 2009. Fora outros prêmios como melhor antologia de histórias e história curta. Dito isso e separando a qualidade do texto e dos diálogos criados pelo Willingham da narrativa por ele desenvolvida: Textos e diálogos da série são apenas funcionais e esse é o maior ponto fraco do autor, principalmente quando comparamos com gênios nesse quesito como Moore e Gaiman. Obviamente ele passa longe de ser ruim, mas de fato nunca demonstra força nesses quesitos. Por outro lado, a narrativa dele é primorosa e ele domina como poucos a habilidade de contar uma história.

Nesse início de série a proposta de Willingham é muito ambiciosa. Ele precisa:

  • Contar uma história onde todas as fábulas mais conhecidas de nosso mundo convivem em um único universo;
  • Apresentar os personagens principais (novamente fábulas conhecidas) e definir não só uma personalidade condizente com o imaginário popular, mas também demonstrar que a história de todos eles continuaram além dos contos originais e dentro do universo de Fábulas, estabelecendo cada um como personagem multidimensional;
  • Ao criar um universo mágico é essencial definir uma lógica interna que permita dar profundidade e coerência a trama a ser desenvolvida. Esse é um desafio para qualquer escritor e a maioria absoluta deles falham. Bill Willingham ao longo dos anos define e estabelece todas as regras do universo de fábulas com completa maestria através dos pilares mostrados nesses dois primeiros volumes. Semelhante ao que ele fez só consigo lembrar agora de Neil Gaiman com Sandman e Tolkien com Senhor dos anéis.
Levando em consideração os pontos acima, é mais do que necessário entender que a narrativa inicial precisa ser expositiva em algum nível. Era inevitável para a trama a seguir, principalmente quando o mistério policial precisa ser algo que pode ser deduzido pelo leitor (novamente reitero: Contrariando a maioria das tramas do tipo) e ainda expõe tão bem os personagens ali envolvidos para que se possa desenvolver as tramas futuras.




Essa comparação com final de episódio de Scooby-Doo é muito usada de forma pejorativa contra várias obras. Todavia, é preciso entender que é um recurso narrativo comum que existia antes de Scooby-Doo e continua existindo depois do desenho. Não é um recurso pobre desde que usado de forma adequada na trama. Nesse ponto Bill Willingham coloca o leitor atento em relação a resolução do mistério, mas ao mesmo tempo desenvolve uma relação inesperada entre os personagens que participam da cena. Daqui em diante percebemos que todo o mistério é uma questão pequena dentro do universo criado pelo autor, ao mesmo tempo que a trama não só cumpriu o objetivo de apresentar os personagens de forma instigante, como também dará a todos eles papeis fundamentais no futuro. É delicioso perceber como o Bill Willingham vai subvertendo expectativas dos leitores e ainda cria um universo mágico e ainda assim com uma lógica interna absurdamente bem construída.

O Barba Azul é um assassino psicopata. Foi perdoado por seus crimes graças a anistia dada a todas as Fábulas depois de fugirem do Adversário. Ainda assim, ele continua um assassino. Vamos relembrar o conto dele:



100% coerente com a trama, não é? Barba Azul é o mesmo personagem desse conto e ele não pode matar ninguém graças as regras da Cidade das Fábulas. Logo, gastar uma quantia irrisória da fortuna dele (que é absurdamente grande) é um pequeno preço para satisfazer seus desejos doentios. Você ao longo do tempo percebe o quanto o autor insere bem os contos originais na trama de Fábulas. Outra dúvida é sobre como o Barba Azul ainda está vivo visto que foi morto no conto original. Essa resposta estará logo abaixo.

O Resto da trama é coerente com a personalidade do João do Pé de Feijão. Se insistir na leitura vai entender melhor e ver que esse personagem é puro carisma apesar de ser um detestável ser humano em busca de ficar rico a qualquer custo. Outro bom uso da mitologia do João do Pé de Feijão.



Outra necessidade da trama é explicar sobre a imortalidade das fábulas. Elas existem a milênios e a aparência estaciona no ponto em que o conto de cada um acaba. Então, sim é lógico que elas sejam imortais no que tange morrer por velhice. Ainda assim, elas precisam ser afetadas pela morte de alguma forma, pois a trama principal em relação ao adversário deixa isso bem claro. Então a partir desses momentos que você citou duas regras são estabelecidas pelo autor (mais uma vez, trata-se de um universo mágico que precisa de regras bem definidas para fazer sentido):

  • Quando mais uma fábula é lembrada pelos mundanos, mais difícil é matar essa fábula. Branca de Neve é uma das fábulas mais populares de todas e somente isso garantiu a sobrevivência depois de ser atendida pelo maior médico de todos os universos de fábulas, o Doutor Swineheart (de acordo com um dos contos dos irmãos Grimm). Os três porquinhos pelo que me lembro foram executados e tiveram a cabeça decepada. Esse mesmo tipo de execução também daria conta da Branca de Neve.
  • Em histórias posteriores ficará claro que quando uma grande fábula é morta (por mais resistentes que elas sejam), o universo cria outras no lugar da que morreu. Então, novos três porquinhos aparecem. Enfim, é fascinante como essa regra dá coerência a existência das fábulas de acordo com o imaginário coletivo.



Ahhhh... Você ainda não viu nada. Não só todas as fábulas apresentadas no universo do autor continuam com sua natureza trágica como ele dá continuidade a história de cada um de forma extremamente coerente. Os arquétipos não só serviram de base para a construção das personalidades das fábulas como também definem personagens multidimensionais. Com o tempo cada um dos principais participantes desses dois primeiros arcos terá sua história contada, assim como existirão justificativas muito bem feitas para que alguns personagens tenham sido esquecidos ou removidos dos contos originais.



Vou colocar todos os prêmios de Fábulas aqui:




É muito... Muito difícil você ver obras tão bem premiadas. E até onde eu li (estou quase no fim), é uma série que merece todos os elogios que recebeu ao longo dos anos.

Enfim, na minha opinião você desgostou da premissa da série e se precipitou na avaliação de dois arcos iniciais para um verdadeiro épico dos quadrinhos. Alias, leio Hqs faz quase 30 anos e na minha opinião Sandman é a melhor série já escrita. E dentro de tudo que eu li, Fábulas foi o que mais se aproximou de Sandman até hoje em relação a desenvolvimento de trama, personagens e criação de um mundo de ficção baseado em magia e elementos do imaginário coletivo.



É... Eu também produzo muitos wall texts he he he. Mas acredito que você vai perceber, se insistir na leitura e rever algumas conclusões precipitadas, que Fábulas é muito mais do que algo para matar o tempo. É uma obra prima.



  1. Millar desenvolveu uma boa trama e cria toda uma expectativa para um final em que Logan vai enfrentar um inimigo que não pode ser vencido;
  2. O Hulk resolve comer o Wolverine INTEIRO???? Que idiotice é essa? Ele esqueceu do esqueleto de adamantium e do fator de cura???? É lógico que não dava pra comer o Logan daquele jeito como se fosse uma baleia engolindo um homem. Se era pra comer, era só desmembrar o Logan e chupar a carne dos ossos dele (que JAMAIS seriam digeridos na barriga do Hulk e poderiam até causar a morte).
  3. Pra fechar com chave de ouro essa idéia absurda do Millar (digna do Jeph Loeb), ele ainda esquece que o Hulk também tem fator de cura muito mais potente que o Wolverine. Simplesmente não dava pro Logan sair lá de dentro da forma que saiu.
Enfim, uma solução estúpida para uma história tão boa. Millar praticamente te chama de idiota ao finalizar a trama de forma tão preguiçosa e sem sentido. Só um fanboy fanático do WOlverine pra achar qualquer lógica essa resolução.




Faltou uma mensal do Hickman para explorar mesmo. Só a mini principal é muito pouco e deixa um gostinho de quero mais.

E o Hickman ao longo do tempo desenvolveu um final para Capitão América, Homem de Ferro, Vingadores, Dr. Estranho, Namor e Pantera Negra. Todos levados ao limite máximo. Ficaram de fora mesmo Hulk e Aranha. Ahhh... Que coisa linda o que Doom fez com o Ciclope com poder da Fênix ha ha ha

Primeiro valeu pelo tempo gasto em ler e me responder. :kjoinha
E vou pedir desculpa antecipada por meter outro textão. Não pude evitar, gosto de discutir além do “gostei” ou “não gostei”.

Percebi um impasse ao comparar meus pontos com os seus.
Sua visão é abrangente e embasada pelo fato de olhar e conhecer a obra como um todo. Eu por outro lado fiz meu julgamento pela visão inicial da obra, sem conhecimento prévio do que acontece em seguida. Como eu disse antes, li apenas 2 volumes que não equivalem a nem 10% de Fables.

Fables pode melhorar com o tempo? Claro que sim, considerando que Fables é um run de 150 issues se o Bill Willingham piorasse com o tempo já poderia pedir aposentadoria. Mas como você bem destacou é no começo de uma obra que o autor apresenta a proposta e a forma de execução, e caso o leitor não goste (meu caso) ele abandona o barco.

Dito isso, vamos aos pontos:
"Os dois arcos iniciais tem objetivo de apresentar todos os personagens da cidade das Fábulas e o mundo em que vivem.[...]"
"Levando em consideração os pontos acima, é mais do que necessário entender que a narrativa inicial precisa ser expositiva em algum nível. Era inevitável para a trama a seguir, principalmente quando o mistério policial precisa ser algo que pode ser deduzido pelo leitor [...]"

Concordo. Ele apresentou a premissa e a forma de execução. Meu argumento foi que essa execução poderia ser melhor apresentada, focar em um mistério policial para apresentar personagens fantásticos não foi a melhor das decisões, consigo ver pelo menos cinco maneiras mais eficientes de fazer isso. Gostei da premissa, mas não da forma que foi apresentada.

Não é um recurso pobre desde que usado de forma adequada na trama. Nesse ponto Bill Willingham coloca o leitor atento em relação a resolução do mistério, mas ao mesmo tempo desenvolve uma relação inesperada entre os personagens que participam da cena. Daqui em diante percebemos que todo o mistério é uma questão pequena dentro do universo criado pelo autor, ao mesmo tempo que a trama não só cumpriu o objetivo de apresentar os personagens de forma instigante, como também dará a todos eles papeis fundamentais no futuro. [...]

Não tenho preconceito com técnicas narrativas desde que bem usadas e que tenha uma razão objetiva para o uso e não apenas por capricho do autor. Até clichês e conveniências são bem vindas dependendo do estilo da obra, como no caso de Scooby-Doo (amo a versão clássica). Mas não funciona pra Fables porque a obra já apresentou os seus limites da suspensão da realidade no começo.

Não sei quais parâmetros você usa para definir a escrita como fraca e expositiva, mas vou lembrar que essa é uma série que ganhou o prêmio máximo dos quadrinhos (Eisner) como melhor nova série, melhor história “serializada” durante três anos e que ainda rendeu a Bill Willingham o prêmio de melhor escritor em 2009. [...]

Vários parâmetros, mas vou me restringir a afirma que escrita ruim é aquela escrita prolixa, tenta dizer muito e de forma desnecessária, esquece de contar e abrir espaço a interpretação e subestima a inteligência do leitor.

Inclui storytelling e diálogos, porém reconheço a habilidade do Bill como narrador, sim, foi bem feita. Mas não é o ponto, The Sculptor do Scott por exemplo, também têm um dos melhores storytelling que já vi em quadrinhos, no entanto em ambas as obras o que mata é a direção que o roteiro toma e os diálogos.

Prêmios por si só não dizem nada, isso é falácia, apelo à autoridade. Conheço excelentes artista que nunca ganharam um prêmio, assim como conheço artistas excelentes e mediocres que ganharam. Observe que não estou desmerecendo Fables ou Bill, até porque não li a obra toda pra afirmar isso. Só estou dizendo que não é um argumento válido.

Em histórias posteriores ficará claro que quando uma grande fábula é morta (por mais resistentes que elas sejam), o universo cria outras no lugar da que morreu. Então, novos três porquinhos aparecem. [...]

De novo, não teria como eu saber disso com base em dois arcos. Aqui eu fiquei com uma dúvida: Os três porquinhos originais morreram então o mundo de Fables criou novos três porquinhos e, os gigantes e o dragão deixaram de existir nessa forma, isso não afetaria os contos deles (não me lembro agora de qual conto os gigantes faziam parte)?:kpensa

Ahhhh… Você ainda não viu nada. Não só todas as fábulas apresentadas no universo do autor continuam com sua natureza trágica como ele dá continuidade a história de cada um de forma extremamente coerente. [...]

Posso concordar contigo aqui, mas nos dois arcos inicias só vi piadas e referências ruins (a piada de bacon com ovos foi horrível), mesmo que tenham servidos como momentos de alívio cômico.

Concluindo, não gostei do que foi apresentado nos dois arcos iniciais e não arrasto leitura que não me dá prazer. Meu outro problema com Fables foi a arte, mas não vou entrar em detalhes senão vira outro textão. Posso mudar de opinião e dar outra chance a Fables no futuro? Sim, quem sabe, quando tiver com humor talvez olhe Fables de outra forma, no momento isso não é possível. Porém mesmo que Fables melhore da água pro vinho ainda vou continuar achando o começo mediano. Se você admite que a obra melhora com o tempo em algum nível, então admite que os arcos iniciais poderiam ser melhores.
 

jcsilva87

Ei mãe, 500 pontos!
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Thor 1
Peguei mais por ser escrito pelo Jason Aaron do que pelo personagem em si e não me decepcionei. Arte do Russel Dauterman também está muito boa.
 
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