Silent Hill 2 -
NOTA 10/10 -
Clássico Absoluto
Percebi somente agora que o James Sunderland está olhando para o jogador/tela, e não para ele mesmo
Após tomar tantos spoilers, resolvi finalmente jogar Silent Hill 2.
E ainda assim esse jogo me quebrou emocionalmente, do início até o fim.
O personagem principal está dentro de uma cidade suja e abandonada, com um nevoeiro denso envolvendo o ambiente cinzento, com uma música lenta e psicodélica tocando no fundo, emanando melancolia e mistério.
Não se sabe quem ele é, como ele chegou, porque ele está ali - o próprio personagem não tem certeza do que está fazendo.
Sim, é revelado no primeiro diálogo que a esposa dele morreu há 3 anos atrás, e ele recebeu uma carta que direcionava para a cidade de Silent Hill.
Mas fora isso, nada é revelado.
Não sabemos quem é James Sunderland, qual a sua história e como era sua relação com a esposa, porque eles foram até Silent Hill e o que eles pensavam dali.
É esse ponto, porém, que o jogo explora a partir desse ponto.
E é uma das melhores histórias que já vi em qualquer jogo, não apenas pela escrita, mas também pela narrativa, carregada tanto por texto, por aspectos visuais e pela trilha sonora, que é fantástica e passa a sensação de que você está realmente jogando na pele do personagem.
Até as partes mais ultrapassadas me parecem intencionais e alavancam a imersão.
Por exemplo, há muitas partes do mapa onde o ambiente é desnecessariamente grande.
Mas exatamente por essa razão, eu me senti confuso, perdido, como se estivesse realmente numa cidade abandonada.
O sistema de stamina me fez parar mais para procurar itens adicionais e descobrir um pouco mais da lore da cidade.
Os inimigos são poucos e tem apenas 1 padrão de ataque, mas isso torna as coisas mais fáceis para fugir, pois eu não tenho de lidar com diversos ataques diferentes na hora de fugir.
Os bosses não são elaborados, mas esbanjam criatividade artística, com designs muito únicos e com propósitos dentro da história.
Tudo isso pra mim não afeta o resto da experiência, e sim complementa essa obra prima dos videogames.
PS: Pyramid Head não me deu tanto medo quanto o resto do jogo.
O bicho é manco e lento.