Concordo que VR gera imersão, mas você está compreendendo equivocadamente o conceito de videogame ao acreditar que é sonho de todo gamer, ou então, que o videogame caminha à isso. Pegue o caso de side-scrolling platforms, que provavelmente é o exemplo mais característico daquilo que o videogame te proporciona. O que o VR agrega nesse tipo de jogo? nada. Mas o side-scrolling platformer é o tipo de jogo que te joga longe pra realidade, os saltos são irreais, já olhou o tamanho do Mario e quantas vezes a sua altura ele é capaz de pular? Mas é uma questão de um conjunto de regras que exigem do jogador um dominio de habilidades no manuseamento de um controle. É por fugir da realidade, vendo um personagem só se mover para frente ou pra trás, ou seja, extremamente limitado nesse sentido, que um side-scrolling mostra a força do conceito de um videogame. Games são sistemas no sentido lumahniano do termo, ou seja, eles geram operações únicas que o diferem de outros sistemas, eles geram um limite, contornos, que permitem que você veja claramente que o que está fazendo é diferente de todo o resto que você já conhece.
Certamente para vários tipos de jogos o VR será uma experiência gratificante, imersiva, que será incomparavel. Mas substituível em todos os sentidos? Eu pessoalmente acho que não. Aliás, se o VR for nesse sentido de se ater unicamente as experiências imersivas e não se cuidar dos aspectos lúdicos do que é característico do mundo dos videogames, verei muito mais o VR como simulador de realidades virtuais do que como um aparelho de um videogame.