Pra mim não tem problema algum ser open world.
Entretanto a maioria tem open worlds fracos,porque se preocupam mais com aspectos visuais e artifícios do que substância.
Fazem uma topografia bonitinha, misturam 300 características no liquidificador,mas tudo sem contexto.
É como eu sempre digo.Pouco interessa o tanto de habilidades que você coloca numa skill tree ou a quantidade de NPCs andando pelo mapa.
Isso não significa nada caso não haja um motivo para estar ali dentro do jogo,porque uma skill tree por si só não vai oferecer variabilidade nenhuma de gameplay,e tampouco a quantidade de diálogos que você tem com NPCs terá algum impacto ao decorrer do jogo (vide Mass Effect 3 que tem uma porrada de diálogos que no fim resultam apenas em 3 finais alternativos e não mudam absolutamente nada na estrutura do gameplay) ; bem como outras ferramentas que inserem nos jogos do gênero.
O que realmente interessa é se você sabe fazer,executar com o que você tem em mãos,criar um conteúdo que faça o jogador sentir o interesse em navegar pelo mapa.
Shadow of the Colossus tem um mapa aberto e vazio,porque o jogo quer que você tenha liberdade para aprender os controles,oferece liberdade,um momento de paz/distração para o jogador ; mas também como um desafio,que te força a procurar pelos Colossos ao invés de simplesmente marcar um ponto no mapa e fazer fast travel.
Não tem nada de tão complicado em sua premissa,no papel seria um conceito simplório.A própria execução é simples,eu não diria que ele é "O" exemplo de open world.Porém sua execução é excelente.
O recente Zelda é um jogo que pegou bastante dessa filosofia,e muito embora tenha reunido características de diversos jogos (tanto da série como de outras),ele soube fazer isso com maestria.
É difícil achar um jogo open world em que a física faça tanta diferença à ponto de interferir completamente no modo como você joga,oferecendo possibilidades que são realmente úteis.
Enquanto isso,um Far Cry 3 da vida tem um mapa grande,até tem uma boa interação com o mapa,mas isso não faz tanta diferença,quando a maioria das missões são repetitivas,com objetivos crus,e já pré definidos,colocando um pontinho no mapa e alertando sobre a importância da mesma.Quanto aos NPCs,você acaba de matar uma dúzia de inimigos,e com 5 minutos eles aparecem exatamente no mesmo local.
Não tem incentivo nenhum para explorar o mapa e não tem nada de interessante pra se fazer.
Outro é Fallout 3,que também tem um mapa consideravelmente grande,tem os elementos de RPG que interferem no modo como você interage com os NPCs,missões secundárias são boas,entre outros fatores ; mas à cada 1 minuto que você anda aparecem 300 missões para você fazer no PipBoy,sendo que a movimentação do personagem é extremamente lenta e desajeitada,com um sistema de combate que fica enjoativo depois de algumas horas de jogo.
Enfim,não vejo problemas em jogos open world,assim como não vejo na esmagadora maioria dos gêneros.
Eu só não curto como a maioria deles são.