Prince of Persia - The Forgotten Sands
Depois de ficar duas semanas revisitando a trilogia Sands of Time lançada nos anos 2000, pela primeira vez eu desbravei o título esquecido da franquia. Lançado em 2010, The Forgotten Sands foi lançado para coincidir com a adaptação cinematográfica, lançada no mesmo ano. O jogo serve de ponte entre The Sands of Time e Warrior Within, trazendo consigo o enredo mais fraco de toda franquia. Após os eventos de Sands of Time, mais precisamente sete anos depois, Prince está indo ao encontro de seu irmão Malik, para aprender mais sobre o reinado do irmão. Ao chegar no reino de Malik, que estrá sofrendo um ataque, os irmãos decidem se encontrar na cidade para contra-atacarem. Ao se isolarem numa câmara de tesouros, Prince e Malik descobrem um medalhão que dá origem à um novo tipo de areia, que desperta um exército de monstros, conhecido como o Exército de King Solomon. Acontece que o medalhão fora dividido em duas partes, ambos carregados pelos irmãos, e Malik começa a ser dominado por uma grande sede de poder, e vai usar ela para acabar com a batalha em seu reino. Cabe ao Prince não apenas salvar seu irmão, como seu reino e, talvez, o mundo.
Lançado em torno de quaisquer expectativa ou hype, The Forgotten Sands é um jogo que ficou no limbo, boa parte disso deve-se à franquia Assassins Creed, que na época, já estava em sua terceira entrada, o excelente Brotherhood, roubando totalmente os holofotes de TFS para ele. O que é uma pena, já que, na minha opinião, esse jogo é bom. Bem melhor do que eu esperava, pra dizer a verdade. Talvez seja porque eu não tive nem tinha hype pra esse jogo na época. O mais curioso é que eu fui ver a adaptação do jogo nos cinemas e esqueci completamente desse jogo. Assim como os fãs da franquia, majoritariamente referindo-se à The Forgotten Sands como o pior da franquia, e ele está bem longe disso.
O enredo é bobo, rushado e não acrescenta em nada para a franquia, mas o Prince está carismático como sempre, e ele conta com a melhor jogabilidade da franquia. É sério. Os movimentos em parkour e os momentos em plataforma acontecem de uma forma extremamente suave, com os controles rápidos e intuitivos. Mecânicas como congelar fontes de água para usar de plataformas e um poder de reconstruir cenários para atravessar de um lugar para o outro só enriquecem mais a jogabilidade, e a união de todos esses elementos não tira o dinamismo da jogatina. O sistema de combate mudou, não existe mais sistemas de combos, nem botão de defesa, nem nada, o jogo é quase que um hack'n slash agora, e embora simples, ele funciona bem, também conta com um sistema de habilidades e poderes para diminuir a repetição. É divertido, mas eu senti falta de um sistema de combos, como o de Warrior Within. A trilha sonora funciona, combina bastante com os cenários, e aliás, que cenários. São exuberantes e bem feitos, cheios de cores, e embora o jogo não tenha sido um marco gráfico para a época, os efeitos de luz são impressionantes, principalmente nos momentos finais do jogo.
Mas, o maior pecado desse jogo é sua duração e sua dificuldade, que é exageradamente fácil. Não sei se fui rápido demais, mas terminei tudo em menos de seis horas. Não encontrei todas as estátuas de pontos de upgrades, mas como é um jogo bem linear, encontrar elas não deve ser algo demorado, e mesmo contanto com uma árvore de habilidades, ainda é fácil completá-la só jogando os modos secundários como lutas contra hordas e survival modes. A câmera também costuma atrapalhar em momentos de lutas contra vários inimigos e ocasionalmente em momentos de plataformas.
The Forgotten Sands é um jogo divertido. Sua história não acrescenta em nada para a franquia, mas algumas mecânicas envolvendo a jogabilidade fazem valer o produto, mesmo com uma dificuldade rasa e curta duração. Recomendo, mas apenas para os fãs da franquia. Quem nunca jogou nada de
Prince of Persia, não vai se impressionar em quase nada presente por aqui.