Guedes acalmando corações:
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado (15) ao blog que entende a "angústia" do presidente Jair Bolsonaro com o presidente do BNDES, Joaquim Levy. Para Guedes, é natural Bolsonaro se sentir "agredido", uma vez que Levy escolheu para o banco "nomes ligados ao PT".
Mais cedo, neste sábado, Bolsonaro disse que Levy está com a "cabeça a prêmio". Acrescentou que, se Levy não demitir o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto, ele, Bolsonaro, demitirá Levy "sem passar pelo Paulo Guedes".
Questionado se houve falta de sintonia com Bolsonaro no episódio, Guedes negou: "Pelo contrário, existe sintonia. Eu entendo a angústia do presidente. É algo natural ele se sentir agredido quando o presidente do BNDES coloca na diretoria do banco nomes ligados ao PT".
Marcos Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Guedes lembrou ao blog que Bolsonaro apresentava como promessa de campanha "abrir a caixa-preta" do BNDES. O governo, ressaltou, já tem seis meses e isso ainda não aconteceu.
Bolsonaro costuma dizer que houve problemas em empréstimos do BNDES para Cuba, Venezuela e os chamados "campeões nacionais", como Joesley Batista.
"Ninguém fala em 'abrir a caixa-preta' e ainda nomeia um petista. Então, fica clara a compreensão da irritação do presidente", disse Guedes ao blog.
"O grande problema é que Levy não resolveu o passado nem encaminhou uma solução para o futuro", ressaltou.
O "passado", segundo Guedes, seria abrir a "caixa-preta". Em relação ao "futuro", conforme o ministro, seria tratar de temas como privatizações, infraestrutura, saneamento e ajudar a reestruturação de estados e de municípios.
Até agora, na avaliação da equipe econômica, o BNDES não tem cumprido esses objetivos.
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