Carlos diz que foi o próprio Bolsonaro quem postou polêmico vídeo da hiena
29 de outubro de 2019 | 23h09
BRASÍLIA - O vereador
Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) disse na noite desta terça-feira, 29, que foi seu pai, o presidente
Jair Bolsonaro, quem postou nas redes sociais o vídeo no qual ele se compara a um leão atacado por "hienas" -- sendo uma delas o Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao
Estado,
o presidente afirmou que a publicação do filme foi “um erro” e pediu desculpas. Embora tenha assumido a responsabilidade, Bolsonaro declarou que o vídeo “apareceu” e ninguém de sua equipe percebeu “com atenção” os símbolos ali contidos, nos quais hienas representavam o Supremo, a Organização das Nações Unidas (ONU), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o PSL e siglas de oposição, como o PT e o PC do B, além da imprensa.
“O presidente pediu desculpas sobre a publicação do vídeo QUE ELE MESMO O FEZ”, escreveu Carlos no Twitter. “Qualquer um que tente plantar uma narrativa contrária age de má fé e com interesses terrivelmente anti-republicanos. Para bom entendedor, meia palavra basta!”.
Ao ser questionado sobre a polêmica, antes da postagem de Carlos, o presidente em exercício, general Hamilton Mourão, disse não ter assistido ao vídeo. Afirmou, porém, que quem postou “tem acesso às redes sociais dele
(Bolsonaro)”. Mourão não citou o nome de Carlos. “Não sei quem foi. Obviamente, ele
(presidente), quando viu, tirou”, comentou o general, em referência ao fato de o filme ter sido apagado duas horas depois de sua publicação.
O Presidente pediu desculpas sobre a publicação do vídeo QUE ELE MESMO O FEZ. Qualquer um que tente plantar uma narrativa contrária age de ma fé e com interesses terrivelmente anti-republicanos. Para bom entendedor meia palavra basta! — Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro)
October 30, 2019
“Sem problema algum admitiria que teria sido eu!”, insistiu Carlos. “Como não foi, sejamos inteligentes diante das falas feitas no JN (Jornal Nacional) e quais propósitos teriam diante da conhecida “CPMI das Fake News”
A repercussão negativa do vídeo surpreendeu Bolsonaro que, antes mesmo de mandar retirar o filme do ar, entrou em contato com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para se retratar e avisar que o conteúdo da postagem seria apagado.