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Kise Ryota

Exploiter Lixoso
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Então vc está bem por fora....The Last Of Us,God Of War,Spiderman,Horizon,Days Gone e tantos outros tem tudo aquilo que eu citei :filminhos,gráficos realistas e Gameplayer foda.

Daí eu não joguei Spiderman e days gone (e eu tiraria o spidey por ser da insomniac). Os outros 3 eu joguei e achei games bem medíocres.

São 3 exemplos de jogos da cultura da Sony, onde o foco é a história/narrativa, depois vem a parte técnica e, por fim, vem o gameplay.

Por isso eu citei copiar a nintendo e colocar o gameplay antes e tudo (pq eu entendo que, em games, é isso que realmente importa), depois vem o resto. Os estúdios da Sony pensam primeiro na história, na narrativa, e depois socam alguma mecânica simples pra se ter minimamente um jogo. A nintendo pensa primeiro no game em si. Ficam brincando com mecânicas/protótipos até que encontram algo que seja divertido JOGAR, e aí sim, a partir daí eles pensam no restante do jogo (em que tipo de mundo será, se terá história e qual será, qual será o visual, etc).

Pra mim é assim que um jogo deve ser feito. É muito simples de entender na verdade. A você pode agradar outro tipo de produto e filosofia, direito seu. Agora, é óbvio que EU irei preferir que a MS siga a filosofia da Nintendo ao invés da dos estúdios da Sony.

Tem também a from software, que pensa antes de tudo no gameplay. É um outro bom exemplo a ser seguido IMO. Quando penso em sekiro, lembro de gameplay. Lembro de eu jogando (ou morrendo). E, ainda assim, lembro da história, da imersão naquele mundo e em sua atmosfera foda. Quase não lembro de cutscenes, e certamente não lembro de nenhuma cutscene com QTE LOL

Enfim, cada um fica com a sua opinião e escolha o tipo de produto que mais lhe agrade. E fica a minha torcida pra MS nunca copiar a mediocridade da Sony nesse ponto. Que ela se inspire em filosofias que produzam verdadeiros games (pra mim).
 

XINTSUAI2

Mil pontos, LOL!
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Eu gostei dos jogos da MS, recore gostei muito, control tb. Mas que não tem o mesmo peso dos jogos da Sony não tem.

Esse senua vai ser exclusivo do Xbox? Esse jogo eu achei bem legal, mas tb não é um jogo que faria alguém comprar um Xbox.

Enviado de meu Redmi Note 7 usando o Tapatalk
Control é da Remedy e tem um rumor apontando para sua compra pela Sony em breve.

control-ps4-xbox-one-configurable.jpg
 
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Majima-San

Ei mãe, 500 pontos!
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São jogos para seu público né...Nem todo mundo quer jogar jogos coloridinhos e com temática mais infantil...assim como a Nintendo tem o seu público muitos se afastam dessa temática e preferem jogar um Days Gone com média 8,0 e narrativa mais séria,visuais mais sérios e realistas ,porque isso também faz parte da imersão.Os caras querem viver aquele personagem e aquele mundo....mas muitos pararam no tempo e acham que os games não evoluíram além da jogabilidade...a palavra imersão define muitos aspectos de um game para públicos diferentes.

Jogos com boa jogabilidade existem até em indies com pixel ART,mas a Sony procura trazer uma experiência audiovisual que pode ser identificada até por jogadores mais casuais e eles se impressionam mais com esse tipo de game.

Não pode olhar a coisa só pelo nosso gosto...é ótimo que tenha games para todos os gostos mas também admitir que poderia melhorar em certos aspectos.


A Microsoft puxar o caminho da Nintendo seria o trajeto mais fácil. Os jogos da empresa têm gameplay simples e direto ao ponto, que pedem investimentos criativos discretos, e muito do que se colhe em seus pomares é amplamente difundido mesmo em estúdios indies, às vezes inclusive ainda distantes da madurez. É exatamente isso que você disse. O material humano para emulá-los é de relativa fácil obtenção. As primeiras aulas de game design duma escola sobre o tema são sua cartilha. As aulas mais profundas, pelo estilo da empresa, mais casual e pick up and play, não chegam a ser postas em prática.


Citando alguns exemplos para demonstrar como seria um caminho mais sem pedras para a Microsoft seguir, nessa geração por exemplo, a Nintendo produziu de material inhouse esses títulos:

  • ARMS
  • 1,2 Switch
  • Alguns Labos
  • Mario Odyssey
  • Zelda BOTW
  • Splatoon 2
  • Ring Fit Adventures
  • Xenoblade Chronicles 2
  • Mario Kart 8
  • Super Mario Maker 2
  • Super Mario Wii Deluxe.


Poucos jogos se destacam em profundidade de gameplay. Splatoon 2, embora uma troça de menor orçamento, tem o gameplay inferior a Uncharted, The Last of Us ou Gears 5. Se The Last of Us, ou Uncharted 4 fossem constituídos somente pela fração multiplayer, mesmo sem as respectivas excepcionais campanhas, já teriam o design e o gameplay muito mais apurados e profundos que Splatoon 2. O bulk do design de Days Gone e inFAMOUS é superior também, incluindo o gameplay. Halo 5 domina-o facilmente idem.

Falando dos remasters, Mario Wii tem gameplay e level desing inferiores a Puppetter, Tearway, Little Big Planet ou Ori. Mario Kart 8 tem jogabilidade simples, não haveria grandes desafios pra se chegar a algo do mesmo nível. Ir pelo caminho traçado pelos Forzas é bem mais cascudo, ambicioso e desafiador. O game é excelente, destaca-se muito no Track Design/Fan Service e na ponderação do multiplayer, mas escolher galgar a trilha traçada pelos Forzas demanda muito mais tempo, suor, bile e sangue. Dá pra ver isso, né? Seria mais fácil técnica, artística e criativamente seguir o caminho Mario Kart ao invés do Forza, como eu disse.


Os LABOs eu não joguei, mas o gameplay é ligado ao brinquedo físico, não veria retorno se a Microsoft seguisse esse template. Não tem a cara da empresa. Ring Fit idem para o elemento físico, contando a parte virtual somente ele tem o gameplay inferior, compatibilizando a qualidade com as diferenças de gênero, a Gravity Rush 2, RIGS, Farpoint, Firewall ou Cuphead. Todos esses títulos ou têm orçamento proporcionalmente igual a Ring Fit, considerando-se as diferenças de tecnologia do hardware onde rodam, ou mesmo discretamente menor.

ARMS tem uma mecânica basal boa, como sempre vindo dum elemento simples e de recompensa imediata, mas tem o gameplay inferior a Killer Instinct por exemplo. Não haveria nenhuma dificuldade prática, técnica, criativa ou orçamental para a Microsoft seguir o caminho de ARMS.


1.2 Switch é um demo, seria injusto compará-lo a qualquer outra coisa. Mas, como demo duma tecnologia, ele tem o gameplay inferior aos “Demos de uma tecnologia” dos concorrentes, como PS VR Worlds ou The Playroom para PS VR.

Mario Maker 2 tem design geral e gameplay inferior a Dreams, mesmo em early access. Acho que fica bem fácil de ver qual projeto demanda maior talento, qual é mais difícil de fazer, qual é mais complicado pra sair do papel, mais ambicioso, expansivo e elevado.


Xenoblade Chronicles 2 já entra na categoria “jogão”, é uma excrescência dentro da Nintendo (fora das séries Metroid e Zelda). Jogo de homem, complexo, expansivo, ambicioso e imenso. Gameplay delicioso e cheio de nuances, World Design único, estrutura geral gigante, complexa, intrincada, que demanda tempo pra fazer, que pede talentos mais raros. Game muito mais difícil de fazer que os demais first parties inhouse da Nintendo que citei até então. Acho que você está pegando o que eu estou querendo dizer. Perceba o quão mais difícil de fazer ele é. Mas veja que mesmo ele não contradiz o fato de que seria mais fácil pra Microsoft seguir os passos da Nintendo, tema que veio ao tópico, já que há nas plataformas concorrentes algo do mesmo nível/superior a Xenoblade 2, como Horizon ou The Outer Worlds. Dá pra ver facilmente que títulos do mesmo nível de profundidade e que pedem um maior volume de talentos muito mais raros estão atualmente no rol da concorrência. De qualquer forma, Xenoblade não é o template dos games Nintendo, não tem sua simplicidade de design e gameplay, o jogo pertence a outra escola de design, a dos “expansionistas”.

(Maiores detalhes sobre as escolas de design nesse post abaixo)


Antes de começar, gostaria de compartilhar com o OP a minha classificação dos gameplays e designs. Não se apegue às nomenclaturas, elas nem são oficiais, são só nomes que eu dei para estilos e coisas que eu percebo, de formas a ficar fácil de entender.

Bem, você tem basicamente dois grandes grupos de designers nessa indústria:

1) Os tradicionalistas:

Shigeru Miyamoto, Yu Suzuki pré-Shenmue, Yuji Naka etc. Esses caras sugam da década de 80 conceitos que eles mesmos criaram, e têm uma alta tendência a escrever seus games formulaicamente, puxando muito para a repetição das "filosofias" que deram certo, de forma a tornar seus games "enjoyable". Na visão deles, videogames são um "produto", e não podem nem devem aspirar ser nenhuma outra coisa qualquer. Como diz o próprio Miya, "Eu me vejo como um criador de produtos para as pessoas aproveitarem (enjoy, como ele diz, o que poderia ser melhor traduzido como 'curtir'). É por isso que eu sempre chamo meus jogos de produtos, ao invés arte ou de qualquer outra coisa". O resultado são jogos sempre muito simples, às vezes com doses cavalares de sofisticação.

A filosofia do design passa pelas etapas fixas de:

a) Primeiro, crie uma ideia que vai nortear o ambiente geral do game, extremamente simples. Um astronauta num jardim, um passeio de carro com a namorada no banco da frente, uma viagem de férias a um hotel mal assombrado, um rapto de namorada etc.
b) Segundo, concentre em uma ação primária única e também simples, que vai ser o norte do game. Exemplo, a capacidade de sugar inimigos de Kirby. Ou o duo isolado de pulo + corrida de Sonic.
c) Terceiro, repita o que funciona, com novos desafios sendo acrescentados de maneiras diferentes, em cima da ação primária única.
d) Quarto, crie algumas poucas ações secundárias, e ensine o jogador a usá-las lentamente.
e) Quinto, vá misturando aos poucos, e criando situações de desafio e recompensa.



Isso não significa que esses caras não aproveitem de novas tecnologias, eles até tendem a criar alguma tecnologia para, dentro das mesmas 5 premissas de design, tornar seus produtos mais "enjoyable". Exemplo, um controle de movimento, ou gráficos 3d de última linha para evoluir a imersão num game onde a ação primária é uma geringonça pendurada nas costas que atira água. Mas a premissa de design é a mesma, os games são formulaicos, The Legend of Zelda Skyward Sword, embora use controles de movimento (uma tecnologia nova), é absolutamente o mesmo jogo, em termos de design, que Legend of Zelda A Link to the Past. Zelda Wind Waker, embora use gráficos 3D lindos (uma nova tecnologia), é o mesmo game, em termos de filosofia de design, que ALTTP, um game 2D.


Eu gosto de dizer que essa filosofia resulta num tipo de game que "esvazia a cabeça", você vai aproveitar, curtir, inclusive até mesmo esquecer que está jogando videogame enquanto na verdade está com o joystick na mão. Esses games mais comumente são do tipo casual e, se eu fosse usar um termo popular e fácil de entender para descrever esse tipo de jogo, eu usaria o termo "joguinho".



2) Os expansionistas (ou vanguardistas):

Hideo Kojima, Yoko Taro, Fumito Ueda, Hironobu Sakaguchi, Kazunori Yamauchi, Hidetaka Miyazaki, Yasumi Matsuno, Yu Suziki pós Shenmue. Esses caras, às vezes inspirados por algum trabalho seminal de algum tradicionalista, que geralmente o dragam para o mundo dos videogames, têm uma grande tendência a escrever seus jogos de forma não-formulaica, autoral, e acham que videogames podem ser influenciados por outros elementos da esfera da cultura além do puro lúdico, como artes visuais, experiências sensoriais de terror ou contemplação, literatura etc. Na cabeça deles, dá pra videogame ser alguma outra coisa qualquer, além de um "produto para curtir", como diz o Miyamoto. A filosofia de design segue as seguintes etapas, às vezes não fixas, resultando num produto complexo, que pode tender ao sofisticado ou ao intrincado, a depender do tipo de game:

a) O game concept pode conter uma premissa madura e complicada, que requer dedicação do jogador para captar (como Metal Gear Solid, Vagrant Story, Xenogears, Final Fantasy Tactics, Silent Hill), ou mesmo um pouco mais simples, mas de cunho subjetivo e evanescente (Shadow of the Colossus, ICO, The Last Guardian, Demon's Souls).
b) Crie múltiplas ações, menus, cascatas, parâmetros, dados, elementos de gameplay, pontos de análise, mecânicas de ação que se entrelaçam, e dê esse arsenal ao jogador, para, num Level Design do tipo labiríntico e complexo, ele interaja com o ambiente. Ou, no subtipo mais simples, gamefique coisas que teoricamente não seriam lúdicas, como carregar uma menina pela mão, um bebê num pod que chora quando você tropeça em pedras com fisicalidade no cenário, ou gamefique o apêgo do personagem a um animal de trinta metros de altura que a princípio te odeia, ou gamefique escalar um Colosso para achar seu ponto fraco.
c) Entrelace gameplay a ambiente e história, de forma a elevá-lo. O gameplay nunca será o mesmo após o contato com um lore extenso, ou com pistas que você junta via descrições de itens, ou usando gadgets e geringonças que recebem um tutorial extremamente detalhado e contextualizado por uma ligação de CODEC.
d) Não tenha medo de trabalhar outras coisas além da ludicidade em seus games. Terror, apego, trabalho, dedicação para entender uma mecânica de gameplay, contemplação, horror etc.

Ao contrário dos tradicionalistas, a evolução tecnológica é imperativa para o êxito dos vanguardistas, e eu diria até que são os vanguardistas que verdadeiramente evolem os videogames.


Eu gosto de dizer que essa filosofia resulta num tipo de game que "enche a cabeça", você vai imergir naquele mundo, e vai precisar se dedicar para entendê-lo, e a diversão virá do desafio mental, físico, espiritual, ou da característica artística. É o mesmo prazer que vem por exemplo de assistir a um filme do David Lynch, onde nem todo mundo vai sentir que isso é divertido. Ou é o mesmo prazer que vem de assistir a um filme de terror. Minha esposa, que é casual em cinema, me pergunta como eu acho divertido assistir O Exorcista. Esses games mais comumente são do tipo hardocre e, se eu fosse usar um termo popular e fácil de entender para descrever esse tipo de jogo, eu usaria o termo "jogão".

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Segundo, leia esse quote aqui dum post que fiz. Peço que você clique no link, porque ele contém algumas imagens, e às vezes elas não aparecem na aba do Quote. E perdão por te fazer ler tanto texto (se é que você vai ler), mas isso é fundamental para você entender o quanto o design dos criadores que eu batizo de "expansionistas” eleva o gameplay de seus jogos em comparação ao design dos tradicionalistas. O quanto que em geral é melhor, superior e elevado. Vá lá, por favor, não se canse:



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Terceiro, desculpe escarafunchar isso, mas, conhecendo o OP por causa dessa nossa discussão aqui:




... eu preciso traçar uma antologia da sua vida gamística, que explica o porquê dele cometer o erro escabroso de aventar que Kojima não sabe fazer gameplay. Estou chutando, óbvio, mas provavelmente acertei.


1) O OP começou a jogar videogame do Atari ao SNES, mais provavelmente no NES. Ou seja, era criança quando entrou em contato com os primeiros tradicionalistas.

2) No SNES, o OP pulou os "proto-jogões" (os primeiros games do tipo "jogão" de minha nomenclatura surgiram, em consoles, no PS1, conforme meu post do Quote explica bem), como Final Fantasy VI e Tactics Ogre. Ele se ateve aos tradicionalistas naquela plataforma.

3) Quando chegou na quinta geração, ao invés de ir de PS1, o OP foi de N64. Ao invés de estar jogando isso:

Visualizar anexo 93492


ou isso:


Visualizar anexo 93491


Ele estava jogando isso:

Visualizar anexo 93490



d) Na sexta geração, o OP foi naturalmente de Gamecube, ao invés de PS2, e, ao invés de estar jogando isso:

Visualizar anexo 93493

Ou isso:

Visualizar anexo 93494

Estava jogando isso:

Visualizar anexo 93495


Aqui, o OP pode ter entrado em contato com algum game do tipo "jogão", Baten Kaitos, Resident Evil Remake, Eternal Darkness, mas sua "imaginação moral" já estava formada, porque ele já era adulto.

e) Em algum momento, provavelmente via PC, o OP jogou alguns dos primeiros jogões históricos (MGS, Gran Turismo, Vagrant Story) via emulador, anos depois de eles surgirem.


O grande problema das pessoas que seguiram essa linha durante a vida gamística é que, além de não saber muito bem definir o que é gameplay (por exemplo, para essas pessoas, caminhar enquanto se scaneia o terreno em busca de irregularidades que deformam o piso e podem fazer as cargas que o personagem carrega se danificarem não é gameplay), achar que bom gameplay representa exclusivamente os tipos de virtude que os tradicionalistas enfatizam. Mas o gameplay dos expansionistas é muito mais profundo, elevado e superior, e eu estou falando do gameplay mesmo, e não do resto que compõe um jogo, que é também bem melhor.

Agora por exemplo, estou jogando Dishonored 2. Game de 2016. Corvo Attano grizalho, é um Joel mais magricela, mas tão deprê quanto.

Isso é um jogão. É uma obra que deriva dos expansionistas. Dishonored 2 é um dos melhores Immersive Sims dos últimos anos. Tem que explorar cada greta, em busca de lore, quadros na parede, loot e oportunidades de infiltração.

Level Desing mágico. Como o design dos expansionistas atrela gameplay a visual, ambientação e lore, a cidade de Karnaca fica tão bem construída, que dá pra sentir o cheiro de entranha de peixe nos esquinões. Você executa suas habilidades de diversas formas, enquanto tem um enriquecimento de múltiplas mecânicas com contexto, e todo o gameplay, por estar atrelado a lore e ambiente, é denso, expansivo, complexo, pesado e de “encher a cabeça”, ao invés de simples, lúdico, para distrair ou “esvaziar a cabeça”.

Visualizar anexo 93507Visualizar anexo 93508

Estou fazendo uma run com foco em stealth (que eles chamam de Low Chaos), salvando a cada 3 passos, e dando load se sou visto, mas, embora eu tenha uma fila imensa de jogaços pra terminar até eu morrer, estou tramando fazer um New Game+ com uma run baseada em Battle (High Chaos). Sair chacinando todo mundo da geral nessa imundiça, incluindo Civilian e NPCs centrais da história, só pra ver se o excelente gameplay permanece de pau duro se eu escolher virar o Rambo.


E qual foi, em 2016, ano de Dishonored 2, o último game que sintetiza as virtudes de design dos tradicionalistas que tinha sido lançado?

Esse:

Visualizar anexo 93510

Na cabeça daqueles que cresceram seguindo a linha dos tradicionalistas, Mario 3D World tem o gameplay melhor que Dishonored 2, mas na verdade ele é bem inferior, mais simples, evolui pouco os videogames e não é o caminho que devemos seguir.

Outrossim, Chrono Cross e Vagrant Story têm o gameplay MUITO superior a Banjo Kazooie, embora não divirtam tanto. Da mesma forma, MGS3 tem o gameplay muito superior à Animal Crossing e Metal Gear Solid 1 tem o melhor gameplay de sua geração, muito superior a Zelda Ocarina of Time ou Mario 64, por exemplo, e somente é equiparável ao gameplay de Final Fantasy Tactics ou o próprio Vagrant Story.

Finalizando então, antes responder à pergunta do tópico, a gente tem que entender o principal problema dos jogadores de videogame, que é o complexo de inferioridade.

O tipo de coisa que faz os expansionistas é, para aqueles que cresceram na cultura dos tradicionalistas (que são em geral os que seguiram usando consoles Nintendo isoladamente por boa parte do tempo), tida como “arrogante”, “pretensiosa”, “emaconhada”, às vezes “chata” ou “não-divertida”. Mas na verdade, é algo de qualidade bem superior.

Não tem dúvida que Kojima é o maior, e que ele representa o tipo de evolução de gameplay que os videogames precisam, além do mero “produto para curtir” do grande Miyamoto, para qualquer outra coisa mais elevada, complexa, e valorosa.

Eu diria que essa fatia do mercado com “complexo de inferioridade” está atrapalhando a evolução dos videogames, ao tratar toda e qualquer coisa mecanicamente mais elevada, complexa e de valor, com desdém.

Gameplay é o ponto mais forte de Kojima, e felizmente ele pode morrer amanhã, que ele deixou alguns descendentes expansionistas, de formas que eu espero estar com 60 anos com um capacete de VR imerso numa experiência gamística realmente evoluída que não se restrinja à diversão curta e fugaz de apertar botão pra pular buraco.


Por fim, os dois maiores cascorões, Mario Odyssey e BOTW. Mario Odyssey não tem o gameplay ou o level design superiores a Astro Bot. Zelda está no mesmo nível aproximado de gameplay que God of War ou Bloodborne, melhor em algumas coisas, pior em outras. Acredito que a própria Obsidian tenha cacife para chegar em algo do mesmo nível aproximado.

Dito isso, veja o quão menos rochoso e acidentado seria, inclusive do ponto de vista de recrutamento de talentos e orçamento, se a Microsoft seguisse esse caminho de games mais simples da Nintendo. Entretanto, ela provavelmente falharia colossalmente do ponto de vista financeiro, já que esse filão já está preenchido pela própria empresa que ela aventaria seguir modelo.


O que eu vejo a Microsoft escolhendo seguir até o pré-2019 me pareceu um meio termo entre a linha mais Hardcore da Sony e a linha mais casual e pick up and play da Nintendo, incluindo visuais, tom e gameplay. Está tudo ali mais ou menos no meio. É isso que ela tentou fazer, se localizar no meio das duas, olhou o mercado adequadamente e tentou se diferenciar num meio termo. O que aconteceu historicamente foi isso: a Microsoft uma vez foi representante do espectro hardcore, na primeira metade do XBox 360 (Halo Bungie, Gears Epic, Alan Wake etc), mas, com o sucesso obtido com os games mais casuais para Kinect na segunda metade, ela entrou num comichão incontrolável pra tentar capturar esse público pra sua plataforma no princípio do One, com o apetrecho vindo por default e o foco em perfumarias. Até que a moda passou, e ela teve que ir para outras praias.

Na minha opinião, ela deve tentar seguindo um meio termo entre ambos, já que os dois espectros têm ocupantes muito fortes. Seguir o template da Nintendo é certamente mais barato, simples e demandará investimentos menores em talento, engines e designs, mas vai dar menos retorno. Menos retorno inclusive que se ela tentar de novo capturar o outro espectro oposto.

O GamePass é pra mim uma boa fôrma. Ela pode querer testar a aceitação de diferentes tipos de jogos ali, em obras pequenas, e ir traçando a alma de seu consumidor core.
 

Mr Bones

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Control é da Remedy e tem um rumor apontando para sua compra pela Sony em breve.

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Tomara mesmo. Remedy vai ser bem mais valorizada nas maos da Sony. Pois na cultura da Sony jogos focado na narrativa e single player tem espaço.

Se Remedy tiver orçamento e apoio como um ND, Guerrilha Games seria incrível. Se com orçamento e recursos limitado seus jogos sao excelentes, imagina se fosse um first party da Sony.
 


Slayer-X ®

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Teve um rumor da aproximação da Microsoft e Nintendo, pelo jeito alguém desistiu.
A Nintendo ainda fatura muito com seus consoles, Switch vende como água e vai continuar assim por muito tempo.
Não tem porque ela jogar a toalha. Deve ser mais parcerias de jogos com a MS que é muito bem vindo.

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Mr Bones

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Olhando a oferta de jogos multi, ha um grande número de experiencia multiplayer e jogos como serviços( GAAS). Tanto é que os jogos mais vendidos e jogados sao jogos multi( Fortinite, PUBG, COD, GTA Online, The Division, Destiny, Minecraft e outros). O que nao falta sao jogos nessa linha. Ja ha muito empresa fazendo este tipo de jogo.

Por isso a Sony se da bem com seus jogos. Pouquíssima empresas hoje investem em jogos AAA, foco em narrativa com forte componente emocinal, direção de arte que foca realismo e gráficos muito supeiror ao que voce ve na media do mercado, e 100% single player. Como tem pouco gente fazendo este tipo de jogos, ela acaba reinando. Hoje, ela esta muito acima da concorrência nesse tipo de jogo.

God of War, UC 4, Horizon, Spideman acho que todos venderam mais de 10 milhões de unidades. Ate jogos "medianos" como Days Gone vendeu muito bem. Como ha bem menos oferta de jogos nesse estilo, Sony encontrou seu oceano azul e acertou, pois criou um diferencial para sua plataforma e vende muito bem este tipo de jogo.
 
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LudwigVonMises

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Tomara mesmo. Remedy vai ser bem mais valorizada nas maos da Sony. Pois na cultura da Sony jogos focado na narrativa e single player tem espaço.

Se Remedy tiver orçamento e apoio como um ND, Guerrilha Games seria incrível. Se com orçamento e recursos limitado seus jogos sao excelentes, imagina se fosse um first party da Sony.

Eu não tenho fontes para postar agora, mas existe uma equipe da Sony focada em compartilhar o know-how dos estúdios entre eles, de maneira institucional. As descobertas e inovações técnicas de um estúdio são documentadas e compartilhadas com os outros.

A Remedy poderia muito bem se beneficiar disso.
 
D

Deleted member 219486

Eu não tenho fontes para postar agora, mas existe uma equipe da Sony focada em compartilhar o know-how dos estúdios entre eles, de maneira institucional. As descobertas e inovações técnicas de um estúdio são documentadas e compartilhadas com os outros.

A Remedy poderia muito bem se beneficiar disso.

Mesmo estúdios da Microsoft podem fazer isso, The Coalition com a Ninja Theory, acredito que eles devem ter o código fonte dos outros Gears para pegar o código específico de certas ações.
 

LudwigVonMises

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Mesmo estúdios da Microsoft podem fazer isso, The Coalition com a Ninja Theory, acredito que eles devem ter o código fonte dos outros Gears para pegar o código específico de certas ações.

Aparentemente, a Sony é muito mais competente neste quesito mas, nos últimos tempos, a Microsoft mostrou que está correndo atrás do prejuízo.
 

capixaba

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Mesmo estúdios da Microsoft podem fazer isso, The Coalition com a Ninja Theory, acredito que eles devem ter o código fonte dos outros Gears para pegar o código específico de certas ações.
Microsoft também faz isso, a Rare ajudou até o estúdio de pubg pra fazer a água. Na Sony deve ser mais fácil por conta de que os jogos seguem uma fórmula mais parecida.

Uma coisa interessante da MS agora é que ela terá a slipspace (engine da 343), não da pra saber ainda se será uma engine que possa ser usada em vários gêneros ou só fps.

Ps: Um dos motivos da MS trabalhar com estúdios mais próximos, criando hubs, é justamente para essa troca de informações.
 
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João Ritzel

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A Microsoft puxar o caminho da Nintendo seria o trajeto mais fácil. Os jogos da empresa têm gameplay simples e direto ao ponto, que pedem investimentos criativos discretos, e muito do que se colhe em seus pomares é amplamente difundido mesmo em estúdios indies, às vezes inclusive ainda distantes da madurez. É exatamente isso que você disse. O material humano para emulá-los é de relativa fácil obtenção. As primeiras aulas de game design duma escola sobre o tema são sua cartilha. As aulas mais profundas, pelo estilo da empresa, mais casual e pick up and play, não chegam a ser postas em prática.


Citando alguns exemplos para demonstrar como seria um caminho mais sem pedras para a Microsoft seguir, nessa geração por exemplo, a Nintendo produziu de material inhouse esses títulos:

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  • Xenoblade Chronicles 2
  • Mario Kart 8
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Poucos jogos se destacam em profundidade de gameplay. Splatoon 2, embora uma troça de menor orçamento, tem o gameplay inferior a Uncharted, The Last of Us ou Gears 5. Se The Last of Us, ou Uncharted 4 fossem constituídos somente pela fração multiplayer, mesmo sem as respectivas excepcionais campanhas, já teriam o design e o gameplay muito mais apurados e profundos que Splatoon 2. O bulk do design de Days Gone e inFAMOUS é superior também, incluindo o gameplay. Halo 5 domina-o facilmente idem.

Falando dos remasters, Mario Wii tem gameplay e level desing inferiores a Puppetter, Tearway, Little Big Planet ou Ori. Mario Kart 8 tem jogabilidade simples, não haveria grandes desafios pra se chegar a algo do mesmo nível. Ir pelo caminho traçado pelos Forzas é bem mais cascudo, ambicioso e desafiador. O game é excelente, destaca-se muito no Track Design/Fan Service e na ponderação do multiplayer, mas escolher galgar a trilha traçada pelos Forzas demanda muito mais tempo, suor, bile e sangue. Dá pra ver isso, né? Seria mais fácil técnica, artística e criativamente seguir o caminho Mario Kart ao invés do Forza, como eu disse.


Os LABOs eu não joguei, mas o gameplay é ligado ao brinquedo físico, não veria retorno se a Microsoft seguisse esse template. Não tem a cara da empresa. Ring Fit idem para o elemento físico, contando a parte virtual somente ele tem o gameplay inferior, compatibilizando a qualidade com as diferenças de gênero, a Gravity Rush 2, RIGS, Farpoint, Firewall ou Cuphead. Todos esses títulos ou têm orçamento proporcionalmente igual a Ring Fit, considerando-se as diferenças de tecnologia do hardware onde rodam, ou mesmo discretamente menor.

ARMS tem uma mecânica basal boa, como sempre vindo dum elemento simples e de recompensa imediata, mas tem o gameplay inferior a Killer Instinct por exemplo. Não haveria nenhuma dificuldade prática, técnica, criativa ou orçamental para a Microsoft seguir o caminho de ARMS.


1.2 Switch é um demo, seria injusto compará-lo a qualquer outra coisa. Mas, como demo duma tecnologia, ele tem o gameplay inferior aos “Demos de uma tecnologia” dos concorrentes, como PS VR Worlds ou The Playroom para PS VR.

Mario Maker 2 tem design geral e gameplay inferior a Dreams, mesmo em early access. Acho que fica bem fácil de ver qual projeto demanda maior talento, qual é mais difícil de fazer, qual é mais complicado pra sair do papel, mais ambicioso, expansivo e elevado.


Xenoblade Chronicles 2 já entra na categoria “jogão”, é uma excrescência dentro da Nintendo (fora das séries Metroid e Zelda). Jogo de homem, complexo, expansivo, ambicioso e imenso. Gameplay delicioso e cheio de nuances, World Design único, estrutura geral gigante, complexa, intrincada, que demanda tempo pra fazer, que pede talentos mais raros. Game muito mais difícil de fazer que os demais first parties inhouse da Nintendo que citei até então. Acho que você está pegando o que eu estou querendo dizer. Perceba o quão mais difícil de fazer ele é. Mas veja que mesmo ele não contradiz o fato de que seria mais fácil pra Microsoft seguir os passos da Nintendo, tema que veio ao tópico, já que há nas plataformas concorrentes algo do mesmo nível/superior a Xenoblade 2, como Horizon ou The Outer Worlds. Dá pra ver facilmente que títulos do mesmo nível de profundidade e que pedem um maior volume de talentos muito mais raros estão atualmente no rol da concorrência. De qualquer forma, Xenoblade não é o template dos games Nintendo, não tem sua simplicidade de design e gameplay, o jogo pertence a outra escola de design, a dos “expansionistas”.

(Maiores detalhes sobre as escolas de design nesse post abaixo)





Por fim, os dois maiores cascorões, Mario Odyssey e BOTW. Mario Odyssey não tem o gameplay ou o level design superiores a Astro Bot. Zelda está no mesmo nível aproximado de gameplay que God of War ou Bloodborne, melhor em algumas coisas, pior em outras. Acredito que a própria Obsidian tenha cacife para chegar em algo do mesmo nível aproximado.

Dito isso, veja o quão menos rochoso e acidentado seria, inclusive do ponto de vista de recrutamento de talentos e orçamento, se a Microsoft seguisse esse caminho de games mais simples da Nintendo. Entretanto, ela provavelmente falharia colossalmente do ponto de vista financeiro, já que esse filão já está preenchido pela própria empresa que ela aventaria seguir modelo.


O que eu vejo a Microsoft escolhendo seguir até o pré-2019 me pareceu um meio termo entre a linha mais Hardcore da Sony e a linha mais casual e pick up and play da Nintendo, incluindo visuais, tom e gameplay. Está tudo ali mais ou menos no meio. É isso que ela tentou fazer, se localizar no meio das duas, olhou o mercado adequadamente e tentou se diferenciar num meio termo. O que aconteceu historicamente foi isso: a Microsoft uma vez foi representante do espectro hardcore, na primeira metade do XBox 360 (Halo Bungie, Gears Epic, Alan Wake etc), mas, com o sucesso obtido com os games mais casuais para Kinect na segunda metade, ela entrou num comichão incontrolável pra tentar capturar esse público pra sua plataforma no princípio do One, com o apetrecho vindo por default e o foco em perfumarias. Até que a moda passou, e ela teve que ir para outras praias.

Na minha opinião, ela deve tentar seguindo um meio termo entre ambos, já que os dois espectros têm ocupantes muito fortes. Seguir o template da Nintendo é certamente mais barato, simples e demandará investimentos menores em talento, engines e designs, mas vai dar menos retorno. Menos retorno inclusive que se ela tentar de novo capturar o outro espectro oposto.

O GamePass é pra mim uma boa fôrma. Ela pode querer testar a aceitação de diferentes tipos de jogos ali, em obras pequenas, e ir traçando a alma de seu consumidor core.
Ou seja, por muito pouco os jogos da Nintendo não entram no terreno dos indies...tirando Mário e Zelda que sentimos que realmente tem um grande investimento para o HW que o suporta,a maior parte da política e decisões da Nintendo é pura e simplesmente econômica..(já vem desde o Wii) e ainda vende porque tem uma comunidade que vê alguma magia seilá de onde nisso...não importa o Hardware,o orçamento do jogo,se tem dublagem ou não em 2019...aí tentam supervalorizar outros aspectos em vez de fazer uma avaliação mais crítica e honesta.Ou a Nintendo é muito esperta e as outras que são burras em investir tanto com jogos AAA que se aproximam cada vez mais do realismo e cumprem com o seu papel de evoluir....porque se assim também não for, vamos parar de falar em nova geração ,novas tecnologias ,maior simulação,qual o salto que teremos e esperamos e etc.
 
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Eu não tenho fontes para postar agora, mas existe uma equipe da Sony focada em compartilhar o know-how dos estúdios entre eles, de maneira institucional. As descobertas e inovações técnicas de um estúdio são documentadas e compartilhadas com os outros.

A Remedy poderia muito bem se beneficiar disso.
É o Ice Team, fica na Naughty Dog.

 

Sega&AMD

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Ou seja, por muito pouco os jogos da Nintendo não entram no terreno dos indies...tirando Mário e Zelda que sentimos que realmente tem um grande investimento para o HW que o suporta,a maior parte da política e decisões da Nintendo é pura e simplesmente econômica..(já vem desde o Wii) e ainda vende porque tem uma comunidade que vê alguma magia seilá de onde nisso...não importa o Hardware,o orçamento do jogo,se tem dublagem ou não em 2019...aí tentam supervalorizar outros aspectos em vez de fazer uma avaliação mais crítica e honesta.Ou a Nintendo é muito esperta e as outras que são burras em investir tanto com jogos AAA que se aproximam cada vez mais do realismo e cumprem com o seu papel de evoluir....porque se assim também não for, vamos parar de falar em nova geração ,novas tecnologias ,maior simulação,qual o salto que teremos e esperamos e etc.

na verdade essas politicas da Big N já estão influenciando o mercado desde 2013 (tomamos um cheque mate e nem vimos) e vem tirando indiretamente a M$ do eixo desde 2010. Realmente não vai demorar muito até alguém dizer que não compensa fazer triplo A, já que é comprovadamente possível fazer alguém pagar 60 dolares em jogo de status/hierarquia indie.
 

capixaba

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O documentário da Compulsion é muito bom pra quem tem interesse em saber mais do estúdio e como a MS ta lidando com os estúdios.

Reconheceram os erros do we happy few e todoa os problemas que envolveram o jogo, principalmente na cobrança de quem financiou, uma parcela querendo uma coisa e outra querendo algo diferente.
Falaram da pressão por ser parte da XGS, não por conta da Microsoft que pelo que disseram ta dando liberdade total, mas por não ter mais a desculpa de ser um estúdio indie, agora tem tudo na mão, recurso disponível, a única dor se cabeça é fazer um bom jogo ( o Fargo da Inxile comentou algo semelhante recentemente).

Outra coisa que parecia dar dor de cabeça é a sombra de Bioshock no estúdio.

Mais um estúdio que elogia a postura atual da MS de dar liberdade e deixar os estúdios tocarem o barco na produção. O Thomas da Moon comentou a mesma coisa no Era, de que a MS não se meteu em nada na produção dos dois Ori, não pediu pra acrescentar nada, nem alterar.

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capixaba

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Intetessante este novo projeto da Moon. Sera que é em parceria com a Microsoft?

Se for deve ser só pro gamepass, o Thomas acredita bastante nesse projeto como algo que vai revolucionar a indústria, até recusaram a venda pra MS por acreditar muito nesse jogo que deve ser um RPG.
Se não for Exclusivo não é por falta de tentativa da MS, se depender da MS ela deve financiar qualquer coisa da Moon.


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Água Mineral

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Ja comprei.... E nao me arrependo nem um pouco. Ter os dois consoles me permite ter a experiência completa. Tanto single player, como multiplayer, onde os exclusivos da Microsoft estao acima da concorrência.

Mas se para vc ter esta lacuna nao precisa melhorar, esta Ok. Eu ja acho que precisa melhorar. E e a unica coisa que falta no Xbox hoje. Ou melhor nessa geração. Ate comecou bem, mas depois desistiu. Ryse, QB, Sunset, Recore.

Ate mesmo Halo ficou a desejar. Fizeram apenas um jogo. No Xbox 360 tivemos 4 jogos Halo. Tivemos 4 Gear. Entre franquias criadas e financiadas nem se compara a esta: Mass Effect, Alan Wake, Blue Dragon, Lost Odyssey, FH, Gear, Kameo, PDZ, PGR 3 e PGR4, Lost Planet, Dead Rising, Crackdown, etc...

Nao emplacou nenhuma grande IP nova nessa geração. Na do Xbox 360 Gear e Forza Horizon. E nessa??

Se para vc esta ok, otimo. Esta geração Microsoft acabou ficando abaixo da passada.

Salvou ela foi o One X ,Gamepass e a retro. Deu um UP muito bom neste fim de geração. Esta super bem posicionada para proxima gen, e as expectativas sao excelentes. Ate mesmo no quesito jogos Hellblade 2 passou um otima impressão. Ate parece teaser de jogo de estudio da Sony, feito nos minimos detalhes para causar impacto visual. Outro nivel!!

Por isso que falo que o mais espero da Microsoft é um console com DNA Xbox, poder acima de tudo. Para poder jogar os multi nele. Gamepass é tudo de bom man. Melhor coisa da geração. Pois poder so fara diferença nos multi. Ali spesc/números em si determina qual console o jogo ficara mais bonito. Nos multi todos ficam mais bonitos no One X.

Quanto parte para jogos exclusivos, focado num unico hardware, poder nao influencia muito. Mas sim dedicação, orçamento, tempo e nivel de perfeccionismo. Dai, filosofia da Sony permite mesmo num hardware quase 50% menos poderoso, ter jogos melhores visualmente e os benchmark desta geracao ate o momento.

Ja fui ranzinza e ficava tentando achar pelo em ovo para desmerecer os jogos da Sony. Mas desencanei. Fui la e comprei um PS. Hoje jogo os jogos mais bonitos e incriveis visualmente. Com um nivel de perfeccionismo surpreendente.
Comprou, gostou, boa! Não tem porque ficar chorando em tópico de Xbox.

Dono de Xbox vive satisfeito. Você apenas quer impor um fetiche seu, que é amante do PlayStation mas ainda pensa que é Caixista.
 

slashf

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A Microsoft puxar o caminho da Nintendo seria o trajeto mais fácil. Os jogos da empresa têm gameplay simples e direto ao ponto, que pedem investimentos criativos discretos, e muito do que se colhe em seus pomares é amplamente difundido mesmo em estúdios indies, às vezes inclusive ainda distantes da madurez. É exatamente isso que você disse. O material humano para emulá-los é de relativa fácil obtenção. As primeiras aulas de game design duma escola sobre o tema são sua cartilha. As aulas mais profundas, pelo estilo da empresa, mais casual e pick up and play, não chegam a ser postas em prática.


Citando alguns exemplos para demonstrar como seria um caminho mais sem pedras para a Microsoft seguir, nessa geração por exemplo, a Nintendo produziu de material inhouse esses títulos:

  • ARMS
  • 1,2 Switch
  • Alguns Labos
  • Mario Odyssey
  • Zelda BOTW
  • Splatoon 2
  • Ring Fit Adventures
  • Xenoblade Chronicles 2
  • Mario Kart 8
  • Super Mario Maker 2
  • Super Mario Wii Deluxe.

Poucos jogos se destacam em profundidade de gameplay. Splatoon 2, embora uma troça de menor orçamento, tem o gameplay inferior a Uncharted, The Last of Us ou Gears 5. Se The Last of Us, ou Uncharted 4 fossem constituídos somente pela fração multiplayer, mesmo sem as respectivas excepcionais campanhas, já teriam o design e o gameplay muito mais apurados e profundos que Splatoon 2. O bulk do design de Days Gone e inFAMOUS é superior também, incluindo o gameplay. Halo 5 domina-o facilmente idem.

Falando dos remasters, Mario Wii tem gameplay e level desing inferiores a Puppetter, Tearway, Little Big Planet ou Ori. Mario Kart 8 tem jogabilidade simples, não haveria grandes desafios pra se chegar a algo do mesmo nível. Ir pelo caminho traçado pelos Forzas é bem mais cascudo, ambicioso e desafiador. O game é excelente, destaca-se muito no Track Design/Fan Service e na ponderação do multiplayer, mas escolher galgar a trilha traçada pelos Forzas demanda muito mais tempo, suor, bile e sangue. Dá pra ver isso, né? Seria mais fácil técnica, artística e criativamente seguir o caminho Mario Kart ao invés do Forza, como eu disse.


Os LABOs eu não joguei, mas o gameplay é ligado ao brinquedo físico, não veria retorno se a Microsoft seguisse esse template. Não tem a cara da empresa. Ring Fit idem para o elemento físico, contando a parte virtual somente ele tem o gameplay inferior, compatibilizando a qualidade com as diferenças de gênero, a Gravity Rush 2, RIGS, Farpoint, Firewall ou Cuphead. Todos esses títulos ou têm orçamento proporcionalmente igual a Ring Fit, considerando-se as diferenças de tecnologia do hardware onde rodam, ou mesmo discretamente menor.

ARMS tem uma mecânica basal boa, como sempre vindo dum elemento simples e de recompensa imediata, mas tem o gameplay inferior a Killer Instinct por exemplo. Não haveria nenhuma dificuldade prática, técnica, criativa ou orçamental para a Microsoft seguir o caminho de ARMS.


1.2 Switch é um demo, seria injusto compará-lo a qualquer outra coisa. Mas, como demo duma tecnologia, ele tem o gameplay inferior aos “Demos de uma tecnologia” dos concorrentes, como PS VR Worlds ou The Playroom para PS VR.

Mario Maker 2 tem design geral e gameplay inferior a Dreams, mesmo em early access. Acho que fica bem fácil de ver qual projeto demanda maior talento, qual é mais difícil de fazer, qual é mais complicado pra sair do papel, mais ambicioso, expansivo e elevado.


Xenoblade Chronicles 2 já entra na categoria “jogão”, é uma excrescência dentro da Nintendo (fora das séries Metroid e Zelda). Jogo de homem, complexo, expansivo, ambicioso e imenso. Gameplay delicioso e cheio de nuances, World Design único, estrutura geral gigante, complexa, intrincada, que demanda tempo pra fazer, que pede talentos mais raros. Game muito mais difícil de fazer que os demais first parties inhouse da Nintendo que citei até então. Acho que você está pegando o que eu estou querendo dizer. Perceba o quão mais difícil de fazer ele é. Mas veja que mesmo ele não contradiz o fato de que seria mais fácil pra Microsoft seguir os passos da Nintendo, tema que veio ao tópico, já que há nas plataformas concorrentes algo do mesmo nível/superior a Xenoblade 2, como Horizon ou The Outer Worlds. Dá pra ver facilmente que títulos do mesmo nível de profundidade e que pedem um maior volume de talentos muito mais raros estão atualmente no rol da concorrência. De qualquer forma, Xenoblade não é o template dos games Nintendo, não tem sua simplicidade de design e gameplay, o jogo pertence a outra escola de design, a dos “expansionistas”.

(Maiores detalhes sobre as escolas de design nesse post abaixo)





Por fim, os dois maiores cascorões, Mario Odyssey e BOTW. Mario Odyssey não tem o gameplay ou o level design superiores a Astro Bot. Zelda está no mesmo nível aproximado de gameplay que God of War ou Bloodborne, melhor em algumas coisas, pior em outras. Acredito que a própria Obsidian tenha cacife para chegar em algo do mesmo nível aproximado.

Dito isso, veja o quão menos rochoso e acidentado seria, inclusive do ponto de vista de recrutamento de talentos e orçamento, se a Microsoft seguisse esse caminho de games mais simples da Nintendo. Entretanto, ela provavelmente falharia colossalmente do ponto de vista financeiro, já que esse filão já está preenchido pela própria empresa que ela aventaria seguir modelo.


O que eu vejo a Microsoft escolhendo seguir até o pré-2019 me pareceu um meio termo entre a linha mais Hardcore da Sony e a linha mais casual e pick up and play da Nintendo, incluindo visuais, tom e gameplay. Está tudo ali mais ou menos no meio. É isso que ela tentou fazer, se localizar no meio das duas, olhou o mercado adequadamente e tentou se diferenciar num meio termo. O que aconteceu historicamente foi isso: a Microsoft uma vez foi representante do espectro hardcore, na primeira metade do XBox 360 (Halo Bungie, Gears Epic, Alan Wake etc), mas, com o sucesso obtido com os games mais casuais para Kinect na segunda metade, ela entrou num comichão incontrolável pra tentar capturar esse público pra sua plataforma no princípio do One, com o apetrecho vindo por default e o foco em perfumarias. Até que a moda passou, e ela teve que ir para outras praias.

Na minha opinião, ela deve tentar seguindo um meio termo entre ambos, já que os dois espectros têm ocupantes muito fortes. Seguir o template da Nintendo é certamente mais barato, simples e demandará investimentos menores em talento, engines e designs, mas vai dar menos retorno. Menos retorno inclusive que se ela tentar de novo capturar o outro espectro oposto.

O GamePass é pra mim uma boa fôrma. Ela pode querer testar a aceitação de diferentes tipos de jogos ali, em obras pequenas, e ir traçando a alma de seu consumidor core.
kkkkkkkkkkk

29356.jpg
 
D

Deleted member 101002

Ou seja, por muito pouco os jogos da Nintendo não entram no terreno dos indies...tirando Mário e Zelda que sentimos que realmente tem um grande investimento para o HW que o suporta,a maior parte da política e decisões da Nintendo é pura e simplesmente econômica..(já vem desde o Wii) e ainda vende porque tem uma comunidade que vê alguma magia seilá de onde nisso...não importa o Hardware,o orçamento do jogo,se tem dublagem ou não em 2019...aí tentam supervalorizar outros aspectos em vez de fazer uma avaliação mais crítica e honesta.Ou a Nintendo é muito esperta e as outras que são burras em investir tanto com jogos AAA que se aproximam cada vez mais do realismo e cumprem com o seu papel de evoluir....porque se assim também não for, vamos parar de falar em nova geração ,novas tecnologias ,maior simulação,qual o salto que teremos e esperamos e etc.
na verdade essas politicas da Big N já estão influenciando o mercado desde 2013 (tomamos um cheque mate e nem vimos) e vem tirando indiretamente a M$ do eixo desde 2010. Realmente não vai demorar muito até alguém dizer que não compensa fazer triplo A, já que é comprovadamente possível fazer alguém pagar 60 dolares em jogo de status/hierarquia indie.

Vcs não jogam por prazer.
Vcs tem uma ideia totalmente equivocada o que faz um jogo ser bom.
 

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Vcs não jogam por prazer.
Vcs tem uma ideia totalmente equivocada o que faz um jogo ser bom.

em que sentido ?

nos estamos falando de variedade de jogos e influência, e nada impede os concorrentes da nintendo de passar a fazer jogos não-realistas , essa industria não tem regra, quem influencia vence, antes a sony não cobrava pelo online agora cobra pois viu que o povo ta disposto a pagar, a nintendo vendendo jogo mais simples por 60$ pode SIM levar a industria a seguir esse caminho.
 
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em que sentido ?
É aquela dicotomia básica que os nintendistas adoram pregar, se o jogo tem gráficos fodões não pode ser divertidos tb. O Monopólio da alegria da Nintendo.
Como se BotW não ficaria sensacional e ainda melhor com um hardware current gen.

Agora na época do GameCube contavam até os galhos das árvores para comparar com a versão PS2 hehe.
 
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A Microsoft puxar o caminho da Nintendo seria o trajeto mais fácil. Os jogos da empresa têm gameplay simples e direto ao ponto, que pedem investimentos criativos discretos, e muito do que se colhe em seus pomares é amplamente difundido mesmo em estúdios indies, às vezes inclusive ainda distantes da madurez. É exatamente isso que você disse. O material humano para emulá-los é de relativa fácil obtenção. As primeiras aulas de game design duma escola sobre o tema são sua cartilha. As aulas mais profundas, pelo estilo da empresa, mais casual e pick up and play, não chegam a ser postas em prática.


Citando alguns exemplos para demonstrar como seria um caminho mais sem pedras para a Microsoft seguir, nessa geração por exemplo, a Nintendo produziu de material inhouse esses títulos:

  • ARMS
  • 1,2 Switch
  • Alguns Labos
  • Mario Odyssey
  • Zelda BOTW
  • Splatoon 2
  • Ring Fit Adventures
  • Xenoblade Chronicles 2
  • Mario Kart 8
  • Super Mario Maker 2
  • Super Mario Wii Deluxe.

Poucos jogos se destacam em profundidade de gameplay. Splatoon 2, embora uma troça de menor orçamento, tem o gameplay inferior a Uncharted, The Last of Us ou Gears 5. Se The Last of Us, ou Uncharted 4 fossem constituídos somente pela fração multiplayer, mesmo sem as respectivas excepcionais campanhas, já teriam o design e o gameplay muito mais apurados e profundos que Splatoon 2. O bulk do design de Days Gone e inFAMOUS é superior também, incluindo o gameplay. Halo 5 domina-o facilmente idem.

Falando dos remasters, Mario Wii tem gameplay e level desing inferiores a Puppetter, Tearway, Little Big Planet ou Ori. Mario Kart 8 tem jogabilidade simples, não haveria grandes desafios pra se chegar a algo do mesmo nível. Ir pelo caminho traçado pelos Forzas é bem mais cascudo, ambicioso e desafiador. O game é excelente, destaca-se muito no Track Design/Fan Service e na ponderação do multiplayer, mas escolher galgar a trilha traçada pelos Forzas demanda muito mais tempo, suor, bile e sangue. Dá pra ver isso, né? Seria mais fácil técnica, artística e criativamente seguir o caminho Mario Kart ao invés do Forza, como eu disse.


Os LABOs eu não joguei, mas o gameplay é ligado ao brinquedo físico, não veria retorno se a Microsoft seguisse esse template. Não tem a cara da empresa. Ring Fit idem para o elemento físico, contando a parte virtual somente ele tem o gameplay inferior, compatibilizando a qualidade com as diferenças de gênero, a Gravity Rush 2, RIGS, Farpoint, Firewall ou Cuphead. Todos esses títulos ou têm orçamento proporcionalmente igual a Ring Fit, considerando-se as diferenças de tecnologia do hardware onde rodam, ou mesmo discretamente menor.

ARMS tem uma mecânica basal boa, como sempre vindo dum elemento simples e de recompensa imediata, mas tem o gameplay inferior a Killer Instinct por exemplo. Não haveria nenhuma dificuldade prática, técnica, criativa ou orçamental para a Microsoft seguir o caminho de ARMS.


1.2 Switch é um demo, seria injusto compará-lo a qualquer outra coisa. Mas, como demo duma tecnologia, ele tem o gameplay inferior aos “Demos de uma tecnologia” dos concorrentes, como PS VR Worlds ou The Playroom para PS VR.

Mario Maker 2 tem design geral e gameplay inferior a Dreams, mesmo em early access. Acho que fica bem fácil de ver qual projeto demanda maior talento, qual é mais difícil de fazer, qual é mais complicado pra sair do papel, mais ambicioso, expansivo e elevado.


Xenoblade Chronicles 2 já entra na categoria “jogão”, é uma excrescência dentro da Nintendo (fora das séries Metroid e Zelda). Jogo de homem, complexo, expansivo, ambicioso e imenso. Gameplay delicioso e cheio de nuances, World Design único, estrutura geral gigante, complexa, intrincada, que demanda tempo pra fazer, que pede talentos mais raros. Game muito mais difícil de fazer que os demais first parties inhouse da Nintendo que citei até então. Acho que você está pegando o que eu estou querendo dizer. Perceba o quão mais difícil de fazer ele é. Mas veja que mesmo ele não contradiz o fato de que seria mais fácil pra Microsoft seguir os passos da Nintendo, tema que veio ao tópico, já que há nas plataformas concorrentes algo do mesmo nível/superior a Xenoblade 2, como Horizon ou The Outer Worlds. Dá pra ver facilmente que títulos do mesmo nível de profundidade e que pedem um maior volume de talentos muito mais raros estão atualmente no rol da concorrência. De qualquer forma, Xenoblade não é o template dos games Nintendo, não tem sua simplicidade de design e gameplay, o jogo pertence a outra escola de design, a dos “expansionistas”.

(Maiores detalhes sobre as escolas de design nesse post abaixo)





Por fim, os dois maiores cascorões, Mario Odyssey e BOTW. Mario Odyssey não tem o gameplay ou o level design superiores a Astro Bot. Zelda está no mesmo nível aproximado de gameplay que God of War ou Bloodborne, melhor em algumas coisas, pior em outras. Acredito que a própria Obsidian tenha cacife para chegar em algo do mesmo nível aproximado.

Dito isso, veja o quão menos rochoso e acidentado seria, inclusive do ponto de vista de recrutamento de talentos e orçamento, se a Microsoft seguisse esse caminho de games mais simples da Nintendo. Entretanto, ela provavelmente falharia colossalmente do ponto de vista financeiro, já que esse filão já está preenchido pela própria empresa que ela aventaria seguir modelo.


O que eu vejo a Microsoft escolhendo seguir até o pré-2019 me pareceu um meio termo entre a linha mais Hardcore da Sony e a linha mais casual e pick up and play da Nintendo, incluindo visuais, tom e gameplay. Está tudo ali mais ou menos no meio. É isso que ela tentou fazer, se localizar no meio das duas, olhou o mercado adequadamente e tentou se diferenciar num meio termo. O que aconteceu historicamente foi isso: a Microsoft uma vez foi representante do espectro hardcore, na primeira metade do XBox 360 (Halo Bungie, Gears Epic, Alan Wake etc), mas, com o sucesso obtido com os games mais casuais para Kinect na segunda metade, ela entrou num comichão incontrolável pra tentar capturar esse público pra sua plataforma no princípio do One, com o apetrecho vindo por default e o foco em perfumarias. Até que a moda passou, e ela teve que ir para outras praias.

Na minha opinião, ela deve tentar seguindo um meio termo entre ambos, já que os dois espectros têm ocupantes muito fortes. Seguir o template da Nintendo é certamente mais barato, simples e demandará investimentos menores em talento, engines e designs, mas vai dar menos retorno. Menos retorno inclusive que se ela tentar de novo capturar o outro espectro oposto.

O GamePass é pra mim uma boa fôrma. Ela pode querer testar a aceitação de diferentes tipos de jogos ali, em obras pequenas, e ir traçando a alma de seu consumidor core.

Rapaz... eu li tudinho com total atenção e, após alguma reflexão, concluí que não concordo com absolutamente nada. :klol
Mas valeu por trazer à pauta o seu ponto de vista. Tem algumas ideias pitorescas aí.
 

Tatu Caolho

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É aquela dicotomia básica que os nintendistas adoram pregar, se o jogo tem gráficos fodões não pode ser divertidos tb. O Monopólio da alegria da Nintendo.
Como se BotW não ficaria sensacional e ainda melhor com um hardware current gen.

Agora na época do GameCube contavam até os galhos das árvores para comparar com a versão PS2 hehe.

Gráficos bacanas são e sempre serão bem vindos em qualquer plataforma. E nintendista nenhum discorda disso. Agora naturalmente ninguém que curta uma boa diversão - proposta primeira dos jogos eletrônicos - vai abrir mão de um gameplay legal em detrimento EXCLUSIVAMENTE de gráficos fodões. Esse argumento invertido aí não faz o menor sentido pra quem busca primariamente a diversão. Quer dizer, até faz pra uma galera específica aí do upside down world. :klol
O cara quando compra um console da Nintendo já sabe exatamente o que vai encontrar. Essa é a filosofia desse público e sempre foi a minha também. Nunca comprei um console da Nintendo iludido e nunca me arrependi.

Agora num ponto concordo com você... um jogo como Zelda BOTW naturalmente se beneficiaria de um hardware mais parrudo rodando, por exemplo, a 60fps. Claro que seria melhor jogar o game assim. Isso é inegável, mas esse nunca foi um fator determinante pra nós, fãs da Nintendo, Xinta. E para aqueles que pregam o contrário, a título de ilustração, vejam que Horizon Zero Dawn (que também roda a 30fps) tem muito mais resolução, mas nem por isso chega perto do que um Zelda BOTW representou para essa geração. Aliás, me recordo que os jogos saíram na mesma janela de lançamento e desde o princípio eu tinha claro na cabeça que iria jogar Zelda primeiro em razão de priorizar uma experiência prazerosa antes de qualquer outra coisa.. Horizon eu conferi depois pegando o game emprestado com amigos.
 

Queiroga'

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Ou seja, por muito pouco os jogos da Nintendo não entram no terreno dos indies...tirando Mário e Zelda que sentimos que realmente tem um grande investimento para o HW que o suporta,a maior parte da política e decisões da Nintendo é pura e simplesmente econômica..(já vem desde o Wii) e ainda vende porque tem uma comunidade que vê alguma magia seilá de onde nisso...não importa o Hardware,o orçamento do jogo,se tem dublagem ou não em 2019...aí tentam supervalorizar outros aspectos em vez de fazer uma avaliação mais crítica e honesta.Ou a Nintendo é muito esperta e as outras que são burras em investir tanto com jogos AAA que se aproximam cada vez mais do realismo e cumprem com o seu papel de evoluir....porque se assim também não for, vamos parar de falar em nova geração ,novas tecnologias ,maior simulação,qual o salto que teremos e esperamos e etc.

O que a Nintendo entrega é elegância em game design, ou seja, a partir de mecânicas simples (easy to play), um gameplay profundo (hard to master).

Isso não é exclusividade da Nintendo. Alguns dos jogos mais populares de PS4 e Xone, como Fortnite, Minecraft e Overwatch, também seguem esse conceito. Eles não fazem sucesso porque possuem gráficos hiperdetalhados, dublagens de atores famosos ou narrativas que macaqueiam filmes de Hollywood, mas sim porque são ao mesmo tempo simples e profundos.

E a evolução do hardware é tão importante para esse tipo de jogo quanto para os jogos story-driven. Gráficos hiperdetalhados podem ser menos importantes, mas a evolução de física e IA são ideais para se criar coisas novas situações de gameplay emergente - veja o que a física fez para Zelda e uma IA avançada poderia permitir situações que simulem, em jogos single-player ,a profundidade de jogos multiplayer.

Você falou de "entrar no terreno dos indies" e é exatamente isso que a Microsoft precisa fazer, deixar suas desenvolvedoras pensarem como indies. Se ela partir do princípio de tentar imitar a filosofia de empresa x ou y, as chances de dar m**** são enormes...
 

Zé Dorguinha

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Pessoal querendo que a miçroosdt aproxime seus jogos da sony. Eu quero eh mais distância, no dia que a Microsoft começar a lançar os filminhos pra Xbox, eu saio da plataforma.

Agora querer mais variedade, aí tudo bem, e com a quantidade de estúdios adquirdp, isso vai chegar com o tempo.

Xbox agora eh a casa de Rpgs, teremos um da obsedian, inxile e playground já nesse estilo.

A próxima geracal promete para o Xbox, estarei day 1 no Xbox séries x.
 

Mr Bones

Lenda da internet
GOLD
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Lamentável, realmente. Manda tweet pro ******** lá pra "denunciar" o sacrilégio.
Enfim, espero que não sejam imbecis o suficiente de adotar GDDR6 pro sistema inteiro, porque tudo indica que a latência é ainda pior que a da GDDR5.
Vi este filme na epoca do PS4 quando diziam que latência da GDDR5 seria ruim. Mas na pratica foi o acertado.

Tanto e que na revisão de hardware meio geração Microsoft tambem foi tudo de GDDR 5.

Entao, provavel irem tudo de GDDR6. Mas enfim, se conseguirem mesmo resultado que o PS4 conseguiu esta otimo.
 
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