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A internet é de todos mas, segundo o TikTok, não é bem assim… Documentos internos, revelados no último fim de semana mostram que o TikTok censurou rostos e corpos considerados feios (por quem?!), pessoas com deficiência e ambientes pobres, como favelas, na sua estratégia para atrair novos usuários. Em sua defesa, rede social disse que essas políticas não estão mais sendo usadas, mas não negou que foram usadas.
Até meados de 2019, os moderadores eram orientados a esconderem vídeos que mostrassem cenas do mundo real, que não combinam com a estética da plataforma, e também a censurar discurso político até nas transmissões ao vivo do TikTok.
Múltiplas fontes que trabalharam no TikTok disseram ao The Intercept que a empresa impôs restrições ideológicas a seus atualmente mais de 800 milhões de usuários. A ordem era vender a imagem de “criatividade” e “alegria”, principalmente no "For You".
Um vídeo nesta página de sugestões "Para Você" ajuda contas a atrair visualizações e seguidores. Usuários fora do padrão não deveriam ser promovidos lá pela moderação.
O que não podia no For You do TikTok?
De acordo com os documentos, são censurados vídeos:
As instruções pedem que os moderadores observem paredes descascadas e “decorações de mau gosto”, a critério do funcionário. Esse "filtro" fazia com que os usuários mais pobres e feios tivessem suas audiências derrubadas artificialmente.
O que disse o TikTok
Um porta-voz do TikTok, Josh Gartner, disse que “a maioria” das orientações reveladas pelos documentos internos “ou não estão mais em uso, ou em alguns casos nunca foram utilizadas”. Contudo, não sinalizou quais foram utilizadas e por quanto tempo.
O porta-voz também apontou que esses documentos parecem ser iguais ou semelhantes aos revelados pelo site alemão Netzpolitik, em dezembro de 2019. Na época, a empresa alegou que as diretrizes eram uma tentativa de impedir o bullying.
O Wall Street Journal informou que o TikTok não usaria mais os seus moderadores na China, país de origem, para monitorar conteúdo no exterior. Um porta-voz do TikTok disse, em nota, que espera transferir esse trabalho para equipes locais em semanas.
O TikTok, de propriedade da empresa chinesa de tecnologia ByteDance, ficou conhecido por seus peculiares vídeos de 15 segundos, e é a mais recente rede social a sofrer críticas. Não é a primeira vez que a polêmica sobre as regras de moderação aparecem…
Foi o The Guardian que informou pela primeira vez sobre tais diretrizes políticas, em setembro de 2019. Na ocasião, um porta-voz disse que as regras não estavam mais em uso desde maio de 2019, antes do início dos protestos em Hong Kong e outros levantes.
Tecnoblog
Até meados de 2019, os moderadores eram orientados a esconderem vídeos que mostrassem cenas do mundo real, que não combinam com a estética da plataforma, e também a censurar discurso político até nas transmissões ao vivo do TikTok.
Múltiplas fontes que trabalharam no TikTok disseram ao The Intercept que a empresa impôs restrições ideológicas a seus atualmente mais de 800 milhões de usuários. A ordem era vender a imagem de “criatividade” e “alegria”, principalmente no "For You".
Um vídeo nesta página de sugestões "Para Você" ajuda contas a atrair visualizações e seguidores. Usuários fora do padrão não deveriam ser promovidos lá pela moderação.
O que não podia no For You do TikTok?
De acordo com os documentos, são censurados vídeos:
- que “difamam funcionários públicos”;
- que podem ameaçar a “segurança nacional”
- gravados em favelas e que mostram miséria;
- com pessoas com barrigas de chopp;
- com pessoas com "sorrisos tortos";
- com pessoas com falhas congênitas;
- com pessoas com “forma corporal anormal”;
- com pessoas com “aparência facial feia”;
- com pessoas com “muitas rugas”;
- com pessoas com “problemas nos olhos”;
As instruções pedem que os moderadores observem paredes descascadas e “decorações de mau gosto”, a critério do funcionário. Esse "filtro" fazia com que os usuários mais pobres e feios tivessem suas audiências derrubadas artificialmente.
O que disse o TikTok
Um porta-voz do TikTok, Josh Gartner, disse que “a maioria” das orientações reveladas pelos documentos internos “ou não estão mais em uso, ou em alguns casos nunca foram utilizadas”. Contudo, não sinalizou quais foram utilizadas e por quanto tempo.
O porta-voz também apontou que esses documentos parecem ser iguais ou semelhantes aos revelados pelo site alemão Netzpolitik, em dezembro de 2019. Na época, a empresa alegou que as diretrizes eram uma tentativa de impedir o bullying.
O Wall Street Journal informou que o TikTok não usaria mais os seus moderadores na China, país de origem, para monitorar conteúdo no exterior. Um porta-voz do TikTok disse, em nota, que espera transferir esse trabalho para equipes locais em semanas.
O TikTok, de propriedade da empresa chinesa de tecnologia ByteDance, ficou conhecido por seus peculiares vídeos de 15 segundos, e é a mais recente rede social a sofrer críticas. Não é a primeira vez que a polêmica sobre as regras de moderação aparecem…
Foi o The Guardian que informou pela primeira vez sobre tais diretrizes políticas, em setembro de 2019. Na ocasião, um porta-voz disse que as regras não estavam mais em uso desde maio de 2019, antes do início dos protestos em Hong Kong e outros levantes.
Tecnoblog