Isso é bizarro, mas não é novidade, já que sempre houve mulheres com severos comprometimentos psiquiátricos e Síndrome de Estocolmo.
Mais bizarro ainda, e algo com que realmente temos de nos preocupar, é o esforço em normalizar esse tipo de aberração, principalmente por parte da grande imprensa e dos meios de comunicação tradicionais.
Podem ver que a reportagem em momento algum adotou qualquer abordagem crítica em relação à atitude da mulher,pelo contrário: ela é construída de uma forma tendente a sensibilizar o leitor de que o BANDIDO é uma pessoa normal, que apenas cometeu algum deslize. Não há em nenhum momento menção à ficha criminal do " bonito"( que, seguramente, vira algumas páginas, para ele estar preso), ou alguma pergunta crítica feita à maluca, do PORQUÊ de realmente estar se submetendo a isso( há apenas o depoimento dela própria se justificando diante de possíveis ressalvas de conhecidas, sendo que, pela forma como apresentadas, estas ressalvas acabam soando como atos de intransigência).
Então você liga a novela e vê a personagem principal inspirada numa famosa marmita de traficante, cuja história é contada em tons de heroísmo.
Olha depois os jornais, principalmente da Rede Globo, e observa um esforço tremendo de desmoralização das instituições responsáveis pela segurança pública, em especial da polícia militar, com chamadas que atribuem a policiais toda e qualquer consequência ruim decorrente da luta contra o crime, principalmente mortes por bala perdida, ainda que não haja comprovação da origem do projétil ( não raro, das armas de traficantes).Além de reportagens como aquela em que se tentou humanizar e demonstrar extrema piedade por um notório um estuprador de criancinhas.
Mas o fato é que essa insanidade toda não se trata de algo aleatório. Isso é na realidade materialização de diretriz ideológica, com influência desde meados do séc XX, e que enxerga na exaltação da criminalidade um mecanismo de desestabilização do status quo vigente.
O pensamento de esquerda, sobretudo constante nas doutrinas da escola crítica cultural( Escola de Frankfurt) aborda os bandidos como "lumperproletariado", ou seja: como importantes vetores, na tentativa de gerar um ambiente de desordem, sem o qual a sociedade ideal,pela qual militam, não pode se estabelecer. É preciso que toda a organização atual, estabelecida a partir de um modelo por si só propagador de opressões, entre em ruína, para que depois se construa uma sociedade justa.
Quem acha que isso tudo é algo conspiracionista, recomendo que busque se informar a respeito, por exemplo, através dos vídeos do ex-agente da KGB, Yuri Bezmenov, nas palestras que deu na década de 80, explicando os esforços da agência de espionagem e propaganda soviéticas no sentido do incentivo das políticas de subversão em países ocidentais, sobretudo os EUA.
Esse esforço subversivo, empreendido há décadas, hoje é capaz de colher frutos, como a quase completa alienação da classe jornalística. Por isso que hoje, dos bancos de faculdades de jornalismo, dificilmente sai alguém que não seja um militante de bandidolatria.