Noveykhuarenttaiceiz
Bam-bam-bam
- Mensagens
- 2.541
- Reações
- 8.990
- Pontos
- 353
O que foi o apagão de 2001? A conta de luz subiu? Pode acontecer de novo?
https://economia.uol.com.br/faq/o-que-foi-o-apagao-de-2001-risco-racionamento-energia-eletrica.htm
O que foi o apagão de 2001?
O termo se refere a um corte programado de energia elétrica, para reduzir o consumo no país em 20% e, assim, evitar um colapso no abastecimento em todo o território nacional. O governo determinou o racionamento por parte de consumidores residenciais e industriais no Distrito Federal e em mais 16 estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Quanto tempo durou?
Previsto para começar em 1º de junho de 2001, o apagão foi antecipado pelo governo para 17 de maio e durou nove meses. A partir desta data, cerca de um terço da iluminação pública das ruas foi apagada.
O racionamento obrigatório para as indústrias e o comércio começou em 1º de julho daquele ano. Para as famílias, as restrições foram obrigatórias a partir de 4 de junho.
"Independentemente das críticas, algumas justas, sobre erros na condução da política energética e de falta de previsão no uso dos reservatórios de água, o fato é que houve drástica redução das chuvas na região Sudeste, que representa 70% da capacidade de armazenagem de águas de todo o país", disse FHC ao anunciar o racionamento em um discurso de rádio e televisão.
Quando acabou?
O fim do apagão também foi anunciado pelo presidente da República em um discurso no rádio e na televisão, no dia 19 de fevereiro de 2002. "Você apagou a luz e iluminou o Brasil", disse FHC em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.
Como foi o racionamento?
O apagão reduziu a iluminação pública de ruas, monumentos, peças de publicidade e fachadas de prédios públicos federais. Durante a noite, foi proibida a realização de atividades esportivas, shows, festas, exposições e rodeios. Também não podiam funcionar parques de diversão e circos.
A população também passou por algumas mudanças comportamentais, como troca de equipamentos e adoção de lâmpadas mais econômicas.
Como funcionavam as atividades essenciais?
Os serviços indispensáveis à população, como hospitais e delegacias, ficaram de fora do racionamento. O racionamento buscava justamente assegurar energia para o funcionamento dessas atividades. Naquela época, era baixa a quantidade de geradores em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), o que aumentava a preocupação com a prestação desses serviços..
Qual foi o impacto nas contas de energia?
A conta de luz sofreu uma série de alterações, com previsão de bônus, multa e até corte de energia para quem não cumprisse as determinações de reduzir em 20% o consumo de energia elétrica. Conforme a medida provisória que tratava do apagão, a referência para os consumidores seria a média mensal dos meses de maio, junho e julho de 2000. A meta era de 100% da média mensal para contas de até 100 kWh. Para qualquer valor acima dessa faixa, a meta de redução consumo era de 20%.
A conta ficou mais cara?
Isso dependia do quanto as pessoas iriam consumir de kWh (quilowatt-hora) por mês. Para quem consumisse até 100 kWh, por exemplo, não havia necessidade de redução -mas isso não significava que quem consumisse 80 kWh poderia aumentar o consumo até essa faixa. Acima dos 100 kWh, era obrigatório racionar o consumo em 20%. Para as contas de energia que fossem superiores a 200 kWh, havia uma cobrança de 50% a mais sobre o que excedesse esse nível. Para contas acima de 500 kWh, a sobretaxa era de 200%.
Como funcionava a cobrança?
O consumo entre 101 kWh e 200 kWh não tinha cobrança de tarifa extra, mas era necessária a redução de 20% do consumo médio verificado em maio, junho e julho de 2000 (um ano antes do racionamento). Para o consumo compreendido entre 201 kWh e 500 kWh, incidiria uma sobretaxa de 50% apenas para quem não atingisse a meta de consumo. Nas contas acima de 500 kWh, a sobretaxa para o descumprimento da meta era de 200%.
O que acontecia com quem não cumprisse a meta?
Os consumidores que descumprissem a meta mensal fixada estavam sujeitos à suspensão do fornecimento de energia elétrica, a partir da leitura de consumo do mês de junho de 2001. No primeiro descumprimento, havia apenas uma advertência por escrito. Se houvesse reincidência, o corte de energia poderia acontecer após 48 horas da entrega da conta que indicasse o descumprimento da meta. O corte tinha duração máxima de três dias na primeira suspensão do fornecimento. Nas suspensões subsequentes, a interrupção do fornecimento variava de quatro a seis dias.
Ah eu me lembro disso.
Mas o que pegou forte também foi o impacto nas indústrias.
Estava trabalhando pela primeira vez na indústria, na empresa havia 3 turnos de produção. A empresa tinha ao todo uns 500 funcionários. Com a limitação praticamente imposta de consumo de energia a solução foi eliminar o 3° turno e reduzir o pessoal do 2° turno. Foram demitidos uns 150. Em algumas funções havia revezamento para operadores trabalharem tipo dia sim e dia não, porque alguns equipamentos que demandavam muita energia não poderiam ser ligados todos os dias.
Mesmo depois que a coisa aparentemente havia se estabilizado, a empresa continuou com produção baixa e houve mais uma redução de pessoal e desta vez dancei, pois era estagiário ainda e cortaram todos os estagiários.
Tempos mágicos.... Para quem é saudosista poderá reviver a emoção