Ressucitando o tópico para perguntar: mais alguém animou (re)assistir o Saint Seiya clássico após a inclusão na Netflix?
A adição ao catálogo foi a "desculpa" que eu precisava para reatar o meu contato com a série, que assisti exaustivamente na época da Manchete. Depois dessa época, eu nunca mais consumi nada relacionado a Cavaleiros (nem saga de Hades), mas sempre tive uma vontade de rever tudo do início e, posteriormente, partir para os "novos" materiais.
Estou no episódio em que o Seiya chega na Casa de Leão (perto do 50). Algumas observações:
1) Jesus, como o áudio em japonês é
HORRÍVEL! Não apenas quanto à qualidade em si (
áudio baixo e chiado, provavelmente em decorrência das limitações da época), mas também em relação à dublagem, que é fraquíssima. Não creio que seja uma percepção emocionalmente influenciada pela minha memória da dublagem brasileira, já que recentemente revi Dragon Ball no original e não tive esse "choque". Os dubladores brasileiros são, de fato, bem melhores!
2) A série demora demais para "pegar no tranco". Além da quantidade
DESCOMUNAL de filler (em certas partes eu quase desisti de seguir em frente), a trama principal se desenvolve de uma forma extremamente lenta, truncada e maçante. Ainda bem que o Netflix tem aquele botão de pular de 10 em 10 segundos, senão, eu não ia suportar aquelas "reprises" de trechos completos e longos de episódios passados que insistem em enfiar com frequência no meio da trama (tipo Shiryu na cachoeira, Seiya treinando com Marin, "dancinhas" dos golpes etc). Além dos diálogos vazios e sem importância para a história.
3) No começo, o Kurumada não tinha muita ideia de como o arco principal se desenvolveria, né? Algumas coisas se mostram incongruentes muito rapidamente, tais como:
- O fato dos Cavaleiros Negros serem idênticos em aparência e voz aos Cavaleiros de Bronze. Deve haver alguma explicação mequetrefe para a existência de armaduras similares às originais, mas não tem como explicar a semelhança física de uma forma minimamente coerente com o universo da série, hahahaha.
- Como explicar esses cavaleiros "avulsos" que não possuem constelação alguma (Dócrates, Fogo, Geisty, etc)? Alguns são extremamente ridículos, ao nível de gerar o sentimento de vergonha alheia (os Cavaleiros Fantasma e toda a "saga" deles são uma PIADA, assim como os cavaleiros de Aço). O caso mais bizarro é o tal do Cavaleiro de Cristal: o cara não tem patente, armadura e, ainda assim, é mestre do Hyoga e relativamente temido no Santuário. Se existem 48 armaduras de bronze, porque não as utilizaram nessa parte do roteiro, ao invés de ficar inventando esse tipo de coisa?
- Porque Jabu e os cavaleiros secundários simplesmente desapareceram e não ajudam em nada?
- Porque o design da Armadura de Sagitário simplesmente é modificado sem qualquer tipo de explicação? Eu me recordo que as Armaduras de Bronze mudam em algum momento após serem reparadas, mas com a de Sagitário não aconteceu nada do tipo.
Apesar disso, estou gostando, hahaha! A parte das 12 casas é, realmente, muito boa.