Fracer
Bam-bam-bam
- Mensagens
- 3.362
- Reações
- 2.858
- Pontos
- 303
Famosa por construir linhas e estações em ritmo acelerado, a China fechou o ano de 2017 anunciando mais expansões em sistemas de metrô do país. No sul do país, o metrô da cidade de Cantão recebeu um total de 82 quilômetros de novos trilhos, incluindo três linhas novas e extensões em trechos existentes. No total, a cidade conta agora com quase 400 quilômetros de metrô. Em Wuhan foram adicionadas duas novas linhas e extensões que totalizaram 55,3 quilômetros de metrô novo em folha. Finalmente, em Guiyang, cidade do sudoeste do país que foi transformada na capital do "Vale do big data", pela concentração de empresas de tecnologia, ganhou sua primeira linha de metrô, de 12,8 quilômetros e 10 estações. O que o país já tem No ano de 1990, a China tinha 1,1 bilhão de habitantes e sistemas de metrô em apenas três cidades: a capital Pequim, Hong Kong e Tianjin. Até 2020, serão 38 cidades com metrôs, com sistemas em 60 novas cidades para os anos seguintes. Veja na imagem abaixo o ritmo de crescimento dos sistemas chineses.
As redes metroviárias de Pequim e Xangai tiveram crescimento assombroso, se tornando os dois maiores sistemas do mundo. Em 2016, Xangai totalizava 637 quilômetros de linhas, e Beijing, 599,4 quilômetros. O aumento das duas redes tem sido exponencial, se levarmos em conta seu tempo de operação: Pequim teve seu metrô inaugurado em 1979 e Xangai, em 1993. As duas cidades ultrapassaram em quilometragem os sistemas de cidades como Londres, o mais antigo, inaugurado em 1863, com 420 quilômetros, e Nova York, de 1904, com 331 quilômetros. As imagens abaixo ilustram a dimensão da expansão nas duas cidades:
O metrô de São Paulo, inaugurado cinco anos antes do sistema de Pequim, tem hoje 80,2 quilômetros de linhas.
Investimentos são maciços
De acordo com informações divulgadas pelo governo chinês em 2016, o país prevê investimentos de US$ 148 bilhões em metrôs até 2020 (cerca de R$ 463 bilhões). A título de comparação, em 2016, o governo de São Paulo investiu R$ 2,34 bilhões no metrô da capital paulista, o menor valor em cinco anos. Em 2015, o valor havia sido de R$ 3,3 bilhões, em valores do ano passado. O orçamento do Ministério dos Transportes do Brasil para 2015 foi de pouco mais de R$ 20 bilhões. A China priorizou o transporte sobre trilhos em suas cidades nas últimas décadas. Nesse período, a expansão urbana apresentou números recordes no país. Em 2017, a China registrou 102 cidades com mais de um milhão de habitantes. Nove cidades têm áreas urbanas que concentram mais de dez milhões de pessoas. Até pouco tempo, cidades imensas dependiam apenas do transporte sobre rodas para a mobilidade dos habitantes. A cidade de Hangzhou tinha mais de 9 milhões de habitantes em 2012, mas não contava com sistema de metrô. No fim do mesmo ano, ganhou suas primeiras estações.
Para o governo chinês, a construção frenética de sistemas de trilhos é uma corrida contra a asfixia de suas metrópoles. Nos últimos 20 anos, com o crescimento do país, centenas de milhões de chineses puderam comprar um carro pela primeira vez. Outros elementos que favorecem a rapidez são baixo custo de mão de obra, simplicidade de desapropriação de imóveis (em um país em que as propriedades pertence ao próprio governo) e a facilidade em driblar a burocracia.
As redes metroviárias de Pequim e Xangai tiveram crescimento assombroso, se tornando os dois maiores sistemas do mundo. Em 2016, Xangai totalizava 637 quilômetros de linhas, e Beijing, 599,4 quilômetros. O aumento das duas redes tem sido exponencial, se levarmos em conta seu tempo de operação: Pequim teve seu metrô inaugurado em 1979 e Xangai, em 1993. As duas cidades ultrapassaram em quilometragem os sistemas de cidades como Londres, o mais antigo, inaugurado em 1863, com 420 quilômetros, e Nova York, de 1904, com 331 quilômetros. As imagens abaixo ilustram a dimensão da expansão nas duas cidades:
O metrô de São Paulo, inaugurado cinco anos antes do sistema de Pequim, tem hoje 80,2 quilômetros de linhas.
Investimentos são maciços
De acordo com informações divulgadas pelo governo chinês em 2016, o país prevê investimentos de US$ 148 bilhões em metrôs até 2020 (cerca de R$ 463 bilhões). A título de comparação, em 2016, o governo de São Paulo investiu R$ 2,34 bilhões no metrô da capital paulista, o menor valor em cinco anos. Em 2015, o valor havia sido de R$ 3,3 bilhões, em valores do ano passado. O orçamento do Ministério dos Transportes do Brasil para 2015 foi de pouco mais de R$ 20 bilhões. A China priorizou o transporte sobre trilhos em suas cidades nas últimas décadas. Nesse período, a expansão urbana apresentou números recordes no país. Em 2017, a China registrou 102 cidades com mais de um milhão de habitantes. Nove cidades têm áreas urbanas que concentram mais de dez milhões de pessoas. Até pouco tempo, cidades imensas dependiam apenas do transporte sobre rodas para a mobilidade dos habitantes. A cidade de Hangzhou tinha mais de 9 milhões de habitantes em 2012, mas não contava com sistema de metrô. No fim do mesmo ano, ganhou suas primeiras estações.
Para o governo chinês, a construção frenética de sistemas de trilhos é uma corrida contra a asfixia de suas metrópoles. Nos últimos 20 anos, com o crescimento do país, centenas de milhões de chineses puderam comprar um carro pela primeira vez. Outros elementos que favorecem a rapidez são baixo custo de mão de obra, simplicidade de desapropriação de imóveis (em um país em que as propriedades pertence ao próprio governo) e a facilidade em driblar a burocracia.
https://en.wikipedia.org/wiki/Urban_rail_transit_in_China
Metrô maglev de Changsha
Metrô maglev de Pequim
Metrô maglev de Changsha
Metrô maglev de Pequim