Como já dito anteriormente, esse produto não se destina a limpeza de plásticos e sim é um cosmético destinado a clareamento de cabelos que a mulherada usa. Há vários outros similares, já utilizei um de embalagem marrom, não lembro mais o nome. A base desse produto é
Peróxido de Hidrogênio, mais conhecido como
Água Oxigenada.
A diferença entre usar esse produto e o
Retrobright é que o cosmético já está pronto para uso, já se encontra em forma cremosa, é só aplicar. Já o Retrobright é algo que lhe dará um pouco mais de trabalho no preparo e aplicação, mas o resultado será exatamente o mesmo caso siga alguns procedimentos de forma correta.
Outra diferença entre o método DIY com Retrobright e o cosmético comercial é que este é inevitavelmente mais caro.
Sobre o Retrobright, já uso o método há alguns anos, com muito boa eficácia. A fórmula clássica é:
100 ml de Água Oxigenada 40 volumes
cremosa.
1 colher de sopa de Vanish
1 colher de sopa de glicerina
Como dito antes, o que faz o trabalho de branqueamento é a água oxigenada em conjunto com raios ultra-violeta (UV). Não se trata de uma simples "limpeza", é um processo químico mais elaborado. Se usar somente a água oxigenada + UV, o processo funciona, mas é conveniente usar a glicerina pois ela vai tornar o composto mais cremoso e homogêneo, evitando que a água oxigenada se disperse pelo plástico podendo causar manchas. O Vanish na verdade também pode ser dispensado (até porque é um elemento relativamente caro), mas ele também ajuda no processo químico graças a sua ação efervescente.
A aplicação é bem básica, misture todos os ingredientes e use um pincel para aplicar no plástico. Evite contato direto na pele, cuidado com os olhos. Após aplicação, cubra as peças usando aquele filme plástico anti-scratch ou aquele PVC usado para cobrir alimentos. Esse plástico irá evitar um pouco o processo de evaporação e irá criar um "efeito estufa", que auxiliará na redução de tempo do processo. Deixe exposto ao sol durante algumas horas, geralmente 10 horas dá conta.
Algumas considerações minhas durante esse tempo usando Retrobright:
- Eu uso apenas meia colher de sopa de Vanish. Mais que isso a coisa cresce demais. Use um vasilhame de razoável tamanho, tipo de uns 500ml.
- É possível preparar a fórmula e guardar para posteridade, mas eu prefiro juntar várias peças e aproveitar todo o conteúdo de uma vez. Caso opte por guardar o preparo, coloque em um vasilhame não-metálico e escuro, para que não receba luz.
- Eu costumo deixar as peças de molho em solução de água e Vanish de um dia para o outro, para que seja removido o encardido proveniente de sujeira mesmo; assim o Retrobright fica dedicado a tirar o amarelado.
- Para evitar manchas/falhas, cuide para que a solução fique de forma homogênea nas peças; caso o dia esteja com sol escaldante, não as exponha direto ao sol, prefira a sombra. Lembre-se que não é o calor que ativa o processo e sim os raios U.V.
Sobre a volta do amarelado: Sim, o amarelado pode voltar após o período entre um ou dois anos após feito o Retrobright. Não há uma explicação técnica consolidada sobre isso, mas pessoalmente tenho notado que peças que estão
MUITO amareladas e submetidas ao Retrobright terão mais chances de amarelarem novamente; peças não tão amareladas ficarão brancas por definitivo. Depoimentos diversos em fóruns gringos também apontam para essa situação. Usar verniz incolor com proteção U.V
não resolve.
Sobre o uso de lâmpada U.V. ao invés do sol:
Lâmpadas U.V comuns, dessas usadas em efeitos luminosos, simplesmente
não servem para o processo Retrobright. O processo pode até funcionar um pouco, mas será muito, muito lento. Essas lâmpadas são do tipo
UV-A, para que o processo funcione é preciso que seja uma lâmpada do tipo
UV-C,
estes tipos de lâmpadas são normalmente usadas em sistemas de esterilização (são portanto, mais caras). O melhor mesmo é usar o sol, pois é grátis.