O Campo Profundo do Hubble (The Hubble Deep Field, em inglês) é uma imagem de uma pequena região na constelação de Ursa Maior composta de várias observações do Telescópio Espacial Hubble. Cobre uma área de 2,5 minutos de arco, equivalente ao tamanho angular de uma bola de tênis de 65 mm a uma distância de cem metros. A imagem é formada por 342 exposições separadas tiradas com a Wide Field and Planetary Camera 2 do telescópio Hubble durante dez dias entre 18 e 28 de dezembro de 1995.
A imagem abrange uma área tão pequena do céu que contém apenas algumas estrelas da Via Láctea em primeiro plano; assim, quase todos os três mil objetos da imagem são galáxias, algumas das quais estão entre as mais jovens e mais distantes já conhecidas. Ao revelar um número tão grande de galáxias jovens, o Campo Profundo do Hubble tornou-se um marco no estudo do começo do universo, com seu artigo científico tendo recebido mais de 800 citações até 2008.
Três anos depois da criação do Campo Profundo do Hubble, uma região do hemisfério sul celestial foi fotografada de maneira similar e chamada de Campo Profundo Sul do Hubble. As similaridades entre as duas regiões fortaleceu a crença que o universo é uniforme em grande escala e que a Terra ocupa uma região típica do universo (o princípio cosmológico). Uma pesquisa mais ampla, mas menos profunda, também foi feita como parte das pesquisas dos Grandes Observatórios Astronômicos.
Em 2004, uma imagem mais profunda conhecida como Campo Ultra Profundo do Hubble foi construída depois de onze dias de observação. A nova imagem era na época a imagem astrônomica mais sensível já feita através da luz visível, permanecendo assim até 2012 com a publicação do Campo Extremamente Profundo do Hubble.
A imagem final revelou uma panóplia de galáxias distantes, ténues. Conseguiu-se identificar cerca de 3000 galáxias, com galáxias irregulares e em espiral nitidamente visíveis, embora algumas galáxias do campo estejam a escassos pixels de distância umas das outras. Ao todo, o Campo Profundo do Hubble, também conhecido pela sigla HDF (do inglês The Hubble Deep Field)
parece revelar menos de 10 estrelas; a maioria dos objectos no campo são galáxias distantes.
NO HDF encontram-se cerca de 50 objectos como um ponto azul. Muitos deles parecem estar associados com galáxias nas proximidades que, em conjunto, formam cadeias e arcos: possivelmente serão regiões de actividade intensa de formação de estrelas. Outros poderão ser quasars distantes. Inicialmente os astrónomos descartaram a hipótese de alguns destes pontos serem anãs brancas, devido a serem demasiado azuis para serem consistentes com as teorias de então sobre a evolução deste tipo de estrela. No entanto, trabalhos mais recentes revelaram que muitas anãs brancas tornam-se pregressivamente mais azuis com a idade, sustendo a ideia de que o HDF pode conter anãs brancas
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