Dathilot
Lenda da internet
- Mensagens
- 15.724
- Reações
- 12.746
- Pontos
- 1.654
Amigo Bolha;9299710 disse:Assim faz mais sentido,
a carta que postei é de 54, e ele claramente critica o conceito de Deus personificado como o das religiões, mas eu li rápido seu texto e não li essas citações.
Eu pessoalmente acho desnecessário crer em um Deus 'etéreo' ou em uma 'energia universal' pois isso para mim é ser redundante com o universo em si, mas isso você que disse é verdade.
A questão é que não há um desejo de ser redundante, em muitos casos o uso da palavra deus não implica em algo sobrenatural, mas no reconhecimento do surgimento, de um princípio ou condição para o surgimento da vida no universo e do o que nós seres humanos chamamos de ordem. É a inversão da ideia do design inteligente. Vida, consciência, inteligência e ordem do ponto de vista humano não são o princípio, mas resultados de interações que podem ser chamadas de lógicas e harmoniosas levando em conta toda a magnitude dos fenômenos universais e do nosso próprio sistema solar.
Para muitos deus é o universo, para muitos deus é o sol, para muitos deus é a natureza, para outros como eu, deus é o princípio da emergência que por si só sobrepuja o Chaos, a desordem, e a aleatoriedade. Situação que se repete com o surgimento da vida e constante evolução, já que estas são dependentes da informação que é condensada em nosso DNA.
Para aqueles apegados a uma visão natural e impessoal de deus qualquer lei que ao invés de limitar expande as possibilidades para o universo pode ser reconhecida como Deus ou interferente/integrante neste/deste(emergência), independentemente de o indivíduo encarar o universo como um entidade viva ou não.
A ideia de um universo consciente e inteligente não é infundada. Afinal nós seres humanos somos levemente inteligentes e somos conscientes, e a noção de divisão ou separação nossa com o universo como o próprio Einstein assinalou é apenas uma ilusão de nossos pequenos simuladores de realidade chamados cérebros. A inteligência e a consciência humana são primariamente fenômenos e qualidades do universo e apenas posteriormente nossos. O universo atualmente é desperto e nós seres humanos somos operários neste estado.
Einstein não via o universo como Deus como ele próprio disse, mas ele reconhecia no universo um princípio ou tendência que por muitas filosofias e religiões é tido como um sopro de vida. A tendência ao surgimento ou a própria interpretação do que nós seres humanos chamamos de ordem, que em si não é algo planejado, mas o princípio que a própria ciência reconhece como Auto-organização.