Primeiro, uma pergunta, por quê você fez seu processo de habilitação se não tinha como necessidade ou desejo de dirigir?
Mas respondendo a sua pergunta: prática. Eu também passei por isso, mesmo tendo pegado minha carteira na auto-escola, levei uma semana pra tomar coragem e tirar o carro da garagem pra dar uma voltinha sozinho. Fiquei nervoso pra c***lho, de embrulhar o estômago, dar tremedeira, ficar assustado, essas coisas. Mas eu me forcei a isso até pegar a prática, comecei dando umas voltinhas pela região em que eu moro, depois comecei a ir mais longe, para lugares que eu não conhecia, pro centro, etc e etc. Hoje eu dirijo em qualquer situação com plena calma, eu gosto de dirigir. Mas só porque eu me forcei a isso, se você não tentar vencer seu medo, você vai ficar sempre com esse cagaço, tenho duas tias habilitadas a anos que nunca nem tiraram o carro da garagem por medo, é foda. Carro/moto é sinônimo de liberdade. Experimente dar uma voltinha num local pouco movimentado num domingo de manhã cedo, no começo você vai ficar se cagando todo, mas vai perceber como é gostoso dirigir um carro. Fique calmo, respire, preste atenção nas coisas, e prioritariamente: aprenda a ter total controle do carro. Você nunca, nunca vai dirigir com calma se não tiver 100% de controle da embreagem, da frenagem, de como você tem que pegar no volante pra esterçar o veículo, noção de espaço, velocidade, saber usar os espelhos...eu mesmo, no começo, me cagava todo em parar em semáforo, morria de medo de deixar o carro apagar na hora do sinal verde, ficar nervoso, não conseguir sair do lugar e começar a surgir aquela fila toda buzinando pra você, e quando eu tentava, ficava com a embreagem já no ponto com o carro parado, o que é uma bobagem, cansa seu pé e destrói sua embreagem. Resumindo: tente. Você só vai perder esse medo bobo quando você se forçar a tentar. Está com a agenda livre hoje? Você tem um carro? Se tiver, hoje a noite, lá pras 20h, pegue seu carro e vá dar uma voltinha pelo bairro. Se não tiver seu veículo próprio, peça emprestado para sua mãe, pai, irmão, amigo de confiança.