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Eu entendo que quando ele conta a vida das pessoas, ele não tá falando que eu perdi minha filha, eu me separei da minha mulher, ou qualquer coisa assim. Mas sim que todos nos passamos por perdas, tristezas, frustações, que foram representadas por essas coisas na historia. O filme utiliza aquela ideia que todas as historias são sobre nós.
Claro que eu entendo o que você diz, porque no fim o filme ele passa uma mensagem, bem nihilista, só que aí isso é um reflexo da própria limitação do diretor do teatro como humano. No fim, se tornando um megalomaniaco egocêntrico (que pra mim é um comentário que todo criador de arte é um babaca sanguessuga), ele continua só conseguindo falar de si mesmo.
E o filme tem outros aspectos, como no processo de criação o diretor vai perdendo a própria humanidade em favor dessa obra, ele não propriamente sente as coisas, mas escreve sobre elas. Também tem todo o conceito, onde a vida influência a obra, que esta começa a influenciar a vida, e assim sucetivamente, discutindo o que é realidade e ficção. E mostrar isso em uma peça de teatro, onde as linhas de ficção e realidade só são separadas por um "corta", ficou muito interessante.
Eu gostei demais do filme, e como ele tem um tom interpretativo, eu admito que posso estar vendo coisas onde não tem para justificar que eu gostei.
Eu tinha ficado de responder sua análise, mas minha vida está muito corrida e não consegui voltar no tópico, até agora, kk.
Sua análise é realmente muito boa!
Entendo que, se a forma como o diretor vê a vida e dirige a peça de teatro for interpretada como crítica, se torna mais válido do que se a intenção foi demonstrar como uma verdade que abrange a todos.
Eu entendo que a forma como foi colocada no filme pende mais para a segunda opção e nisso, caí na prepotência e arrogância, a meu ver.
Eu entendo que a forma como foi colocada no filme pende mais para a segunda opção e nisso, caí na prepotência e arrogância, a meu ver.