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Cineastas brasileiros eram genéricos.

Ashh

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Fui assistir hoje atarde um documentário produzido a poucos anos atrás, que se trata de uma cidade no interior de Pernambuco que é conhecida como Capital do Jeans,Toritama, uma cidade com um pouco mais de 40 mil habitantes.
O documentário foca em mostrar como é o dia-a-dia junto da economia de uma grande parcela da população voltada para o jeans, seja na costura ou na venda.

Nome do documentário:



1649278111236.png



Minha grande critica aos documentários brasileiros em geral é na forma em como são produzidos. O conteúdo abordado é sempre apresentado de forma paralitica, com: imagens; momentos; acontecimentos e barulhos, tudo mostrado de uma forma que poderia servir como método de tortura para quem assiste.



Sempre me questionei na forma que esse tipo de conteúdo é feito para ser desinteressante para o telespectador comum, gerando desinteresse para o gênero documentário de modo geral. Me fazendo pensar quem é o publico alvo que consome esse tipo de conteúdo. De alguns anos para cá fui percebendo que existem pessoas que conseguem fazer um bom conteúdo ser apresentado de uma forma que não faça o observador querer se suicidar, um grande exemplo é o Brasil Paralelo, eles apresentam o conteúdo de uma forma que faça a pessoa querer ver cada vez mais sobre o assunto que esta sendo abordado.





Esse estilo de produção paralitico também são encontrados nos filmes e séries. Os diretores sempre tentam colocar quem esta assistindo na pele do personagem, mas isso é feito de uma forma tão ruim que a única coisa que o telespectador quer é desligar a tv e fingir que nunca viu o filme. Como nem tudo é para sempre (graças a Deus), alguns diretores saíram dessa bolha de produção paralitica e se arriscaram em novas formas de produção, como:













 

Nicko

O Corretor de Seguros
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Num mundo dinâmico como o atual uma das piores coisas que vejo nos filmes brasileiros (principalmente os antigos) é o excesso de pausas e expressões.
Tudo bem era outra era, mas os gringos nunca deram valor pra isso...
Muito filme brasileiro fica mostrando a paisagem um tempão, a respiração do ator um tempão, ele olhando pra parede um tempão...
Quando você percebe foram 10 minutos de NADA....
E por isso dá sono e agente se irrita e muda de canal.
 

Darkx1

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Cinema BR, em sua enorme maioria, é uma porcaria.
Não é exatamente uma porcaria, o problema é que ele ta se apoiando apenas em comedia besteirol ou critica social.
Não tem um meio termo, a gente não mais filme de ação como Tropa de Elite, não temos filme de terror(pelo menos não conheço nenhum), romance meio que ficou no passado.
A nova tentativa que tão tentando engrenar é aquele filme do Lazaro Ramos, Medida Provisoria, que eu queria saber pra quem estão tentando vender.
 

ryutorrent

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Não é exatamente uma porcaria, o problema é que ele ta se apoiando apenas em comedia besteirol ou critica social.
Não tem um meio termo, a gente não mais filme de ação como Tropa de Elite, não temos filme de terror(pelo menos não conheço nenhum), romance meio que ficou no passado.
A nova tentativa que tão tentando engrenar é aquele filme do Lazaro Ramos, Medida Provisoria, que eu queria saber pra quem estão tentando vender.

Mas o que você falou é exatamente meu ponto.

O cinema BR não muda o tom, é tudo critica social ou enlatado da Globo. Sei que é dificil para um produtor BR arriscar em um tema mas nem por isso precisa ser na mesma nota sempre. Exemplo o ultimo filme do Lazaro Ramos.

O cinema como escape da realidade se torna inutil quando esse mesmo cinema não apresenta nada diferente do nossos dia a dia.

E esse é o cinema BR em sua essência.
 

Jack Reacher

Bam-bam-bam
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Num mundo dinâmico como o atual uma das piores coisas que vejo nos filmes brasileiros (principalmente os antigos) é o excesso de pausas e expressões.
Tudo bem era outra era, mas os gringos nunca deram valor pra isso...
Muito filme brasileiro fica mostrando a paisagem um tempão, a respiração do ator um tempão, ele olhando pra parede um tempão...
Quando você percebe foram 10 minutos de NADA....
E por isso dá sono e agente se irrita e muda de canal.

Povo acha que é diretor de Sundance com aqueles filmes que já nascem cult, daí não tem nada pra enfiar no roteiro e ficam copiando outros países e diretores, vulgo modinha.

Fora raros casos o cinema brasileiro é um lixo total.
 


Nego_Brown___

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Meu principal problema com filmes nacionais até o ano 2000 era a parte técnica.

Até os anos 80 e inicio dos 90, som quase nunca era gravado ambiente, muitas vezes era redublado, quase sempre ficava desincronizado. O atraso era tão aparente, que filmes em inglês dublados pela Herbert Richards pareciam ser mais naturais do que os filmes Brasileiros com língua nativa. Conceitos de mixagem só vieram aparecer na metade dos anos 2000.

As cenas tb não tinham agilidade nenhuma. Alguns filmes tinham cortes abruptos para posições de câmera ou tomadas que não faziam muito sentido dentro da cena.

Outro problema que algumas vezes atrapalhava, era o roteiro que nunca era retrabalhado. A impressão que passava era que os caras filmavam o rascunho ou a ideia primaria do filme. Não era incomum que os 3 atos da estória parecessem um filme diferente cada um. Isso quando o roteiro sequer tinha uma estrutura de atos. Tudo isso com um final tão aberto que vc não sabia se terminou de assistir um filme ou um capitulo de novela.

Com isso o pessoal costumava dizer que era o estilo, que era o tipo de cinema independente-experimental ou sei lá o que. Pra mim era falta de técnica e amadorismo mesmo. Naquele tempo os melhores profissionais trabalhava pra globo. Quem não prestava, fazia filme. Que vi, acho que só Os filmes do Zé do Caixão é que podem se encaixar como independente. Tipo, as filmagens era precarias pq o cara não tinha dinheiro, não pq ele não sabia oq estava fazendo.

Tanto é, que os filmes da Globo não tinham quase que nenhum desses defeitos que falei. Os filmes dos trapalhões eram técnicamente bem parecidos com filmes americanos, com uma diferença técnica de no máximo uns 10 anos.

Mas mesmo assim, não tem como vc assisir "Pichote - A lei do Mais Fraco" ou "O homem da Capa-Preta" e mesmo com todos esses problemas, não enxergar bons filmes. .

Em tempo, Toritama é colado aqui com Caruaru. Era distrito da nossa cidade. Soube da gravação desse documentário, mas nunca o assisti. A produção ficou hospedada aqui em Caruaru. Onde ele está passando??
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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"cinema" brasileiro me parece que sofre do mesmo mal do cinema japones.
Ambos parecem que não perceberam que coisas gravadas com uma camera não precisa ter a mesma infraestrutura de uma peça de teatro, aonde por motivos fisicos, os atores precisavam se extender em algumas coisas, falarem pausados de forma robótica, nunca conversando como 2 seres humanos normais, pra facilitar o entendimento de quem tivesse assistindo a obra de distancias maiores.

Outro problema que me parece semelhante é que, em grande parte das "grandes produções", eles não pegam atores talentosos pra fazer, pegam "atores" que por algum outro motivo, fazem parte da patota mainstream, e até o streaming chegar, a maioria eram produzidos pela mesma empresa. Grande maioria dos "atores globais" são patéticos, quanto mais famoso pior é, parece que t ão la só por favor e não a trabalho.

Só ver que os filmes mais famosos do Brasil não tem esses problemas "de cara de teatro", Tropa de Elite e Cidade de Deus. Ambos da pra comprar que os personagens agem que nem seres humanos nas interações entre si.

Felizmente com o advento da globalização, algumas produções tentam fazer filmes que as pessoas atuam de verdade. Ou documentarios mais "dinamicos" sem ter cara de "Hoje no Globo Reporter". Mas ainda ta engatinhando.
 

Nego_Brown___

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Grande maioria dos "atores globais" são patéticos, quanto mais famoso pior é, parece que t ão la só por favor e não a trabalho.

Eu entendo essa diferença, mas na minha opinião não é tanto ruindade do ator(não que todos sejam acima da média), mas o costume com o formato televisão. Isso acontece com profissionais de parte técnica tb.

O ator de televisão é acostumado com cenas fechadas ou de close, já que novelas são filmadas muito em estúdio e sem muitas tomadas abertas. Termina que ele tem que ser muito canastrão pq o ganha-pão dele é passar emoção com a cara e com movimentos exagerados do corpo, quase que o tempo todo. Eu só notei isso depois que Wagner Moura disse que estaria saindo da TV, mesmo requisitado pela fama. Ele queria poder atuar mais naturalmente sem ter que se escorar nessa escola quase de teatro filmado. Muito embora ele seja um canastrão charmoso.

A mesma coisa na parte técnica. Lembro que assistindo O Cangaceiro e Baile Perfumado, da década de 90, mesmo o filme se passando quase todo pelo sertão, tudo era filmado na altura dos atores em tomadas semi-claustrofóbicas. Eram episódios de novela filmados em película. Os caras não tinham noção de dar mais naturalidade as cenas usando uma grua ou até lentes mais amplas.
 

Nego_Brown___

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Os filmes do Mazzaropi me pareciam bem feitinhos.

Claro que só ele sabia atuar. O resto era tudo raspa do tacho.
Eram, mesmo.
O cinema mundial era bem parelho até metade dos anos 60. Se vc ver, quando falam de diretores clássicos mundiais, como Felini, Godard, Kurosawa, todos fizeram suas melhores obras naquele periodo.

Os Americanos foram avançando as coisas a partir dai, e um ou outro mercado foi acompanhando do jeito que podia.

O problema é que paramos naquele tempo. Só avançamos ao usar película colorida, mas o resto foi 40 anos de atraso.
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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Eu entendo essa diferença, mas na minha opinião não é tanto ruindade do ator(não que todos sejam acima da média), mas o costume com o formato televisão. Isso acontece com profissionais de parte técnica tb.

O ator de televisão é acostumado com cenas fechadas ou de close, já que novelas são filmadas muito em estúdio e sem muitas tomadas abertas. Termina que ele tem que ser muito canastrão pq o ganha-pão dele é passar emoção com a cara e com movimentos exagerados do corpo, quase que o tempo todo. Eu só notei isso depois que Wagner Moura disse que estaria saindo da TV, mesmo requisitado pela fama. Ele queria poder atuar mais naturalmente sem ter que se escorar nessa escola quase de teatro filmado. Muito embora ele seja um canastrão charmoso.

A mesma coisa na parte técnica. Lembro que assistindo O Cangaceiro e Baile Perfumado, da década de 90, mesmo o filme se passando quase todo pelo sertão, tudo era filmado na altura dos atores em tomadas semi-claustrofóbicas. Eram episódios de novela filmados em película. Os caras não tinham noção de dar mais naturalidade as cenas usando uma grua ou até lentes mais amplas.

numa totalidade de novelas e filmes brasileiros "da Globo",
os atores parecem que estão lendo um texto na frente da sala. Não tem muita relação com ambientes abertos e fechados.
Me recordo de uma cena daquele filme da Netflix que o carinha sai atras de uma cabra (animal). Absolutamente todo mundo ali com excessão do protagonista, que o ator até tentava deixar o negócio caricatico propositalmente. Ficava um negócio bizarro, 1 ator sendo caricatico e outro parecendo que ta lendo uma noticia, enquanto fala das pitangas da própria vida, claramente escrita por alguém que tava com preguiça de escrever e foi no template "cliches vida sofrida".
Além do excesso de formalidade na lingua. É facil comprar que algum genio ou alguém que passou a vida estudando, fale com a mesma qualidade gramatical que os personagens dos filmes brasileiros, mas todo mundo? Isso é irreal em qualquer lugar no planeta, nem no Japão que a população tem um nivel de educação exponencialmente maior que o brasileiro e um QI médio bem maior, o povo respeita a gramatica, quando estão conversando entre si informalmente, alguns respeitam mais que outros, mas todo mundo falando exatamente igual?

Que alias, esse é um dos problemas que eu vejo nas dublagens brasileiras também.

Outra que, existem infinitas séries americanas que se passam dentro do mesmo ambiente o tempo todo, e mesmo assim existe jogo de camera, existe uma naturalidade entre os personagens. Imagina um The Office filmado no Brasil? :klolz
Se pá deve ser por isso que Sai de Baixo é inesquecivel para os br's, os personagens ali tem personalidade até na forma de se expressar.
 
Ultima Edição:

PocketCrocodile

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Imagina um The Office filmado no Brasil?
images
 

Nego_Brown___

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Além do excesso de formalidade na lingua.

Isso me deixa muito puto, meu irmão.

E fico assistindo e pensando: quem porra fala desse jeito no Brasil?

os atores parecem que estão lendo um texto na frente da sala. Não tem muita relação com ambientes abertos e fechados.
Me recordo de uma cena daquele filme da Netflix que o carinha sai atras de uma cabra (animal). Absolutamente todo mundo ali com excessão do protagonista, que o ator até tentava deixar o negócio caricatico propositalmente. Ficava um negócio bizarro, 1 ator sendo caricatico e outro parecendo que ta lendo uma noticia, enquanto fala das pitangas da própria vida, claramente escrita por alguém que tava com preguiça de escrever e foi no template "cliches vida sofrida".

Acho que Agora entendi o que vc quis dizer agora e no antigo post. Alem da qualidade da performance do ator, acredito Isso é de roteiro curto e é feito pra cena render. O diretor espera entregar ao montador uma perseguição que durará por baixo uns três minutos, mas que quando tão planejando, não chega em 2. Ai é exposição b*sta e cara de paisagem por segundos a fio. Pq no fim o filme tem que ter No minimo Uma hora e meia.

A alguns anos tava com a namorada assistindo Aquarius, com Sonia Braga. Tem uma hora que ela vai a um baile com as amigas, e a câmera passa uns 5 minutos filmando quatro amigas conversando da vida(sem edição). Lembro que fui no banheiro, na cozinha pegar umas comidas E as mulheres ainda estavam falando. Eu perdi a cena toda e filme continuou com sentido pra mim.
 

Asteriques

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Eram, mesmo.
O cinema mundial era bem parelho até metade dos anos 60. Se vc ver, quando falam de diretores clássicos mundiais, como Felini, Godard, Kurosawa, todos fizeram suas melhores obras naquele periodo.

Os Americanos foram avançando as coisas a partir dai, e um ou outro mercado foi acompanhando do jeito que podia.

O problema é que paramos naquele tempo. Só avançamos ao usar película colorida, mas o resto foi 40 anos de atraso.
Isso é a verdade, cinema brasileiro nos anos 60 era pau a pau com o mundo.

Quem não viu O Pagador de Promessas não sabe o que é cinema brasileiro.
 
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