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Pensei em postar este tópico no oficial do Move, mas o tópico está meio zoneado e tem muitas opiniões exageradas (de ambos os lados) por isos optei por fazer um novo. O texto é grande, mas quem quiser ler pode até achar legal já que tentei ser o mais imparcial possível :kongpositivo:
Inicialmente achava este negócio de controle de movimento algo sem graça, que só non-gamers curtiriam. Só que fui testar o Wii e vi que este preconceitos está longe de ser verdade, a mistura de originalidade bem aplicada e pura diversão dos jogos casuais me interessou bastante a lai sabia que iria investir em um console do genero.
A ideia era pegar o Wii, mas o fato de usar gráficos SD me deixou um pouco desanimado, não interessa muito se o gráfico é simples ou não, a falta de alta definição me incomoda um pouco se não for algo para jogar uma vez ou outra. Com o tempo fui deixando a ideia um pouco de lado (jogando Wii na casa de colegas) até que a M$ e Sony vieram com o Kinect e Move. Então decidi de vez entrar na onda "rebolista" e coloquei os três a prova para ver qual pegar.
A escolha pelo Move
No tópico não vai ter suspense, escolhi foi o Move mesmo :D
Cheguei a testar relativamente bem todas as opções. A vantagem do Move foi justamente ter uma tecnologia mais avançada que a do Wii (mesmo o plus, que não gosto de ser comparado por não ser padrão e por isso atuar como um divisor de base - poucos jogos irão explora-lo até o fim da vida do console) - graças a sensores exclusivos para ajuste fino e maior preocupação com profundidade de movimento - e por ser algo que as softhouses tem um bom know-how, algo que não acontece com Kinect.
Tudo isso se reflete onde importa: nos jogos atuais.
- O Kinect tem um potencial inigualável, quem fala que o periférico não reconhece movimentos só pode estar de brincadeira, é incrível como ele consegue captar o que você faz na frente da camera (vide comparação com PSeye mais a frente). o lag realmente existe, mas os produtores tem conseguido disfarçar este problema (no ricochete eu perdi muitas bolas por causa do lag, mas só percebi porque estava ativamente medindo lag. Só que entretidas no meio da diversão a maioria das pessoas vão pensar que perderam a bola porque foram 1 segundo mais lentas que deveriam).
A coisa aperta é quando o line-up vai explorar o potencial. Os jogos do Kinect seguem um caminho que não difere muito do que você vê em outras estratégias de movimento, por isso as suas falhas acabam sendo explicitadas e seu potencial subestimado. Muitos vão dizer que isso não é verdade já que no Kinect você movimenta o corpo inteiro, mas aí eu coloco a idéia de movimento inerente: Em um game de dança no Kinect você é obrigado a mover o corpo todo, em um jogo de dança do Wii só precisa mover um braço, este são os movimentos necessários. Só que no meio da diversão, especialmente em jogos "de galera", a pessoa tende a mover o corpo todo em conjunto com o braço, a isso dou o nome de movimento inerente.
Assim Dance Central é muito mais complexo em termos de movimentos necessários, mas os gamers vão dançar com o corpo inteiro (mesmo sem necessidade) no Just Dance, então o que sobra? As musicas mais diversificadas em termos de diversão (Dabce Central é muito sério) e o multiplayer bem mais interessante de Just Dance, não é surpresa este ultimo ser um fenomeno de mercado. A mesma ideia vale para outros jogos como volei ou corrida (TV Super Stars do Move), claro que pode ter um estraga prazeres e ficar só balançando a mão e adeus imersão, mas até o momento não experimentei esta situação (e olha que cheguei a jogar com vários grupos de pessoas totalmente distintas, todas entraram na brincadeira, especialmente os casuais).
comclusão: No momento o Kinect é a melhor tecnologia, quando isso for traduzido em games mais unicos poderá dificultar bem a vida dos concorrentes.
- O Wii tem a melho biblioteca dos três, ponto final. A questão, no meu caso, é que boa parte dos bons games eu já experimentei. Com isso o que sobra é um controle de movimentos com uma tecnologia mais limitada e console bem distante em termos gráficos (e aqui coloco resolução e efeitos), algo que interfere bem nos jogos hardcore com controle de movimentos.
onclusão: Por este motivo descartei o Wii, mas acho que para quem não jogou nada do genero nesta geração o console da Nintendo ainda é a melhor opção (e aque aconselho a comprar :kongpositivo:).
- O Move é realmente surpreendente. De cara pensei que era um clone do Wii, mas isso já começa a deixar de ser verdade quando você pega o controle. Apesar do visual meio estranho ele é bem mais anatomico (sem piadinhas :lol) e tem um peso melhor distribuido, a esfera de luz também adiciona um efeito legal e bem util em vários jogos já que é uma fonte de saida do console (em Funky Lab Rat, por exemplo, ela mostra qual efeito está ativado no momento).
Em termos tecnológicos é uma maravilha e já é bem explorado logo por sua line-up inicial. Um dos melhores jogos para testar é o hard core Heavy Rain, o jogo é capaz de diferenciar uma quantidade enorme de movimentos, tanto em amplitude quanto velocidade, o que aumenta muito a imersão do game, por ter sido feito pensando em controle de movimentos Heavy Rai permite torções, movimentos horizontais, verticais, variações de profundidade tudo de forma semelhante ao movimento que você faria para interagir com o objeto na vida real.
Outros aspectos mais sutis também adicionam muito a diversão. Em Start the Party a camera captura sua imagem e seu grito de guerra, algo simples e que torna o jogo muito mais divertido para o publico casual (ou até publico gamer, a diversão começa antes de jogar, o que é fantástico). Outras sutilezas também agradam, como o Move se transformar em um objeto na tela e você ter que vira-lo de forma adeuqada para, por exemplo, poder acertar a fruta com a parte da lamina da espada (no mini-game de cortar frutas) ou ainda para bater com a parte certa da raquete (no mini-game de matar insetos), tudo isso contribui na parte da imersão que é algo que agrada tanto o publico casual quanto hardcore.
Um game que merce um destaque a parte é o Sports Champions. A capacidade tecnológica misturada a um bom design por parte da Sony tornou este jogo em algo unico. Mesmo tendo uma carga casual típica de coletanea de mini-games de esportes, a jogabilidade do Sports Champion é profunda o suficiente para agradar os jogadores hardcore e ainda ser bem atraente para o publico casual (desde que este curta o esporte em questão, o movimento semelhante ao real garante o interesse). O Move torna o ato de jogar tenis de mesa algo bem próximo ao jogo de verdade, a ponto de ser interessante refletir o modo como você segura a "raquete". É um equilibrio bem interessante entre hardcore e casual, proporcionado pela precisão da tecnologia do controle da Sony, a cereja do bolo vai para o troféu de platina que tem que ser herói para conquistar em Sports Champion.
conclusão: O Move acaba sendo uma opção interessante (mesmo pelo preço salgado, para aproveitar o sistema você precisa de 2 controles Move, 1 camera e, de preferencia, um Navigation Controller, apesar de funcionar legal com Move + DualShock 3. De qualquer forma jogar com Move não sai por menos de U$ 150 para quem só tem o console). Tem uma tecnologia bem interessante e não vai ter um periodo turbulento de produção que deve rolar no Kinect.
Nem tudo é um mar de rosas no reino da Movelandia
Acima mencionei as virtudes que me fizeram optra pelo Move, mas isso não quer dizer que não há problemas.
Primeiramente temos um problema cronico da Sony: algumas decisões comerciais que não fazem sentido algum. Uma delas é o fato do Sports Champion não ter opção on-line, como disse acima ele tem um fator hardcore bem explorado e o game seria muito mais interessante se pudessemos jogar partidas de Tenis de Mesa contra outros usuários. Outro ponto problemático é a distribuição de alguns games, Start the Party é o game de entrada para casuais no sistema, mas a Sony não só esqueceu de fazer marketing como não facilitou em nada sua aquisição (o jogo deveria vir em bundles, deveria estar disponível na PSN para donwload ou deveria pelo menos ter um demo mais completo, a Sony não soube capitalizar um publico que a M$ está mandando ver no Kinect Adventures).
A Sony também tem que mostrar mais dedicação para com o periférico. Com Sports Champion ela já mostrou que domina muito bem a tecnologia de produção. Então não ha desculpa pela falta de jogos, se a Sony quiser que o Move se torne algo irrecusável tem que lançar mais jogos proprietários, capitalizar a vantagem de know-how que ela tem em cima do Kinect. Não adianta ficar dependendo de patch porque game só fica bom com controle de movimento se for feito para tal, Heavy Rain ficou muito melhor porque já era um jogo de controle de movimento limitado pelo controle clássico, mas o Move deixou o fraco Kung Fu Raider ainda pior.
Além da parte comercial temos alguns problemas de tecnologia. Primeiro temos a questão de calibragem, alguns mencionaram que no Kinect ela demora muito, mas o nível que é feito no Kinect deixa o Move no chinelo. O que pesa para o periferico da Sony é a completa falta de padrão, você pode calibrar o Move na Xbar, mas para nem sabe por que, já que cada vez que entra em um game passa por um processo de calibragem diferente, pior até, em jogos como Sports Champion tem que calibrar toda hora que entra em um jogo diferente (mesmo que não mova um centimetro, está calibrando o que?).
Isso nem é o pior, tem jogo que é um desafio de calibragem, é um tal de ter qu apontar para la, para ca, ter que advinhar qual o numero que o Move deve ter (advinhar porque ninguém avisa que o Move tem que estar na posição 7 para funcionar em alguns games). Outros são ainda piores como Eye Pet, onde você tem que ficar mudando, manualmente, a posição e angulo da camera para ver se uma hora ele consegue identificar o chão (depois perguntam porque o Kinect tem um motor...). Eu sou hardcore e passei 10 minutos para calibrar o Eye Pet, um jogador casual não teria chance. E no Kinect? Ele calibra o ambiente e depois você pode chegar ao ponto de poder entrar e sair do jogo em tempro real, a diferença é simplesmente brutal.
Por fim o grande gargalo do Move: a PSeye é extremamente limitada. Esqueçendo este negócio de espaço (jogo feitos para movimentar precisam de muito espaço, seja Sports Champion, Kinect Sports ou Wii Sports), lembram quando falavam que luz atrapalhava o Kinect? Não atrapalha, mas coloque natural em cima da esfera colorida do Move e adeus jogatina. Lembram que falavam que o Kinect precisa que você precisa tomar cuidado com a cor da roupa para poder jogar? Não precisa, mas se for jogar um game que use a apenas a PSeye a cor da sua roupa é vital, tentei jogar Kung Fu Live no meu quarto com a luz acesa e o game disse que estava muito "escuro", o resultado foi que a minha roupa preta não apareceu no jogo, tive de tirar a camisa para poder jogar (teria de ficar pelado se quisesse ver minhas pernas), e isso porque sou bem palido (não sou lá de tomar muito sol :lol), se fosse negro nem sei o que iria rolar (isso lembra algum tópico passado? ).
Por que isso ocorre? Porque a PSeye trabalha com contraste, ela reconhece aquilo que se destaca em relação ao fundo. Com isso a luz tira o destaque da esfera do Move e cores escuras em um fundo mais escuro tira o destaque do seu corpo. Por isso é preciso ter muito cuidado, o Move tem uma tecnologia top, mas requer um controle de ambiente de jogo muito criterioso e que deve ser observado antes de você comestar a gastar seu dinheiro.
O bom destes problemas é que, se você tiver cuidado e um pouquinho de paciencia, nenhum deles irá afetar a diversão. São problemas controlados e que por isso não afetam todo mundo (ao contrário da simplicidade atual dos jogos do Kinect ou da falta de gráficos de ponta do Wii). Mesmo neste aspecto ainda credito a vitória ao Move no hands-on comparatório
nota: Agradecimentos ao manolo Arthur do forum. Comprei o Move na mão dele por um preço bem camarada e é um vendedor recomendado :kongpositivo:
Inicialmente achava este negócio de controle de movimento algo sem graça, que só non-gamers curtiriam. Só que fui testar o Wii e vi que este preconceitos está longe de ser verdade, a mistura de originalidade bem aplicada e pura diversão dos jogos casuais me interessou bastante a lai sabia que iria investir em um console do genero.
A ideia era pegar o Wii, mas o fato de usar gráficos SD me deixou um pouco desanimado, não interessa muito se o gráfico é simples ou não, a falta de alta definição me incomoda um pouco se não for algo para jogar uma vez ou outra. Com o tempo fui deixando a ideia um pouco de lado (jogando Wii na casa de colegas) até que a M$ e Sony vieram com o Kinect e Move. Então decidi de vez entrar na onda "rebolista" e coloquei os três a prova para ver qual pegar.
A escolha pelo Move
No tópico não vai ter suspense, escolhi foi o Move mesmo :D
Cheguei a testar relativamente bem todas as opções. A vantagem do Move foi justamente ter uma tecnologia mais avançada que a do Wii (mesmo o plus, que não gosto de ser comparado por não ser padrão e por isso atuar como um divisor de base - poucos jogos irão explora-lo até o fim da vida do console) - graças a sensores exclusivos para ajuste fino e maior preocupação com profundidade de movimento - e por ser algo que as softhouses tem um bom know-how, algo que não acontece com Kinect.
Tudo isso se reflete onde importa: nos jogos atuais.
- O Kinect tem um potencial inigualável, quem fala que o periférico não reconhece movimentos só pode estar de brincadeira, é incrível como ele consegue captar o que você faz na frente da camera (vide comparação com PSeye mais a frente). o lag realmente existe, mas os produtores tem conseguido disfarçar este problema (no ricochete eu perdi muitas bolas por causa do lag, mas só percebi porque estava ativamente medindo lag. Só que entretidas no meio da diversão a maioria das pessoas vão pensar que perderam a bola porque foram 1 segundo mais lentas que deveriam).
A coisa aperta é quando o line-up vai explorar o potencial. Os jogos do Kinect seguem um caminho que não difere muito do que você vê em outras estratégias de movimento, por isso as suas falhas acabam sendo explicitadas e seu potencial subestimado. Muitos vão dizer que isso não é verdade já que no Kinect você movimenta o corpo inteiro, mas aí eu coloco a idéia de movimento inerente: Em um game de dança no Kinect você é obrigado a mover o corpo todo, em um jogo de dança do Wii só precisa mover um braço, este são os movimentos necessários. Só que no meio da diversão, especialmente em jogos "de galera", a pessoa tende a mover o corpo todo em conjunto com o braço, a isso dou o nome de movimento inerente.
Assim Dance Central é muito mais complexo em termos de movimentos necessários, mas os gamers vão dançar com o corpo inteiro (mesmo sem necessidade) no Just Dance, então o que sobra? As musicas mais diversificadas em termos de diversão (Dabce Central é muito sério) e o multiplayer bem mais interessante de Just Dance, não é surpresa este ultimo ser um fenomeno de mercado. A mesma ideia vale para outros jogos como volei ou corrida (TV Super Stars do Move), claro que pode ter um estraga prazeres e ficar só balançando a mão e adeus imersão, mas até o momento não experimentei esta situação (e olha que cheguei a jogar com vários grupos de pessoas totalmente distintas, todas entraram na brincadeira, especialmente os casuais).
comclusão: No momento o Kinect é a melhor tecnologia, quando isso for traduzido em games mais unicos poderá dificultar bem a vida dos concorrentes.
- O Wii tem a melho biblioteca dos três, ponto final. A questão, no meu caso, é que boa parte dos bons games eu já experimentei. Com isso o que sobra é um controle de movimentos com uma tecnologia mais limitada e console bem distante em termos gráficos (e aqui coloco resolução e efeitos), algo que interfere bem nos jogos hardcore com controle de movimentos.
onclusão: Por este motivo descartei o Wii, mas acho que para quem não jogou nada do genero nesta geração o console da Nintendo ainda é a melhor opção (e aque aconselho a comprar :kongpositivo:).
- O Move é realmente surpreendente. De cara pensei que era um clone do Wii, mas isso já começa a deixar de ser verdade quando você pega o controle. Apesar do visual meio estranho ele é bem mais anatomico (sem piadinhas :lol) e tem um peso melhor distribuido, a esfera de luz também adiciona um efeito legal e bem util em vários jogos já que é uma fonte de saida do console (em Funky Lab Rat, por exemplo, ela mostra qual efeito está ativado no momento).
Em termos tecnológicos é uma maravilha e já é bem explorado logo por sua line-up inicial. Um dos melhores jogos para testar é o hard core Heavy Rain, o jogo é capaz de diferenciar uma quantidade enorme de movimentos, tanto em amplitude quanto velocidade, o que aumenta muito a imersão do game, por ter sido feito pensando em controle de movimentos Heavy Rai permite torções, movimentos horizontais, verticais, variações de profundidade tudo de forma semelhante ao movimento que você faria para interagir com o objeto na vida real.
Outros aspectos mais sutis também adicionam muito a diversão. Em Start the Party a camera captura sua imagem e seu grito de guerra, algo simples e que torna o jogo muito mais divertido para o publico casual (ou até publico gamer, a diversão começa antes de jogar, o que é fantástico). Outras sutilezas também agradam, como o Move se transformar em um objeto na tela e você ter que vira-lo de forma adeuqada para, por exemplo, poder acertar a fruta com a parte da lamina da espada (no mini-game de cortar frutas) ou ainda para bater com a parte certa da raquete (no mini-game de matar insetos), tudo isso contribui na parte da imersão que é algo que agrada tanto o publico casual quanto hardcore.
Um game que merce um destaque a parte é o Sports Champions. A capacidade tecnológica misturada a um bom design por parte da Sony tornou este jogo em algo unico. Mesmo tendo uma carga casual típica de coletanea de mini-games de esportes, a jogabilidade do Sports Champion é profunda o suficiente para agradar os jogadores hardcore e ainda ser bem atraente para o publico casual (desde que este curta o esporte em questão, o movimento semelhante ao real garante o interesse). O Move torna o ato de jogar tenis de mesa algo bem próximo ao jogo de verdade, a ponto de ser interessante refletir o modo como você segura a "raquete". É um equilibrio bem interessante entre hardcore e casual, proporcionado pela precisão da tecnologia do controle da Sony, a cereja do bolo vai para o troféu de platina que tem que ser herói para conquistar em Sports Champion.
conclusão: O Move acaba sendo uma opção interessante (mesmo pelo preço salgado, para aproveitar o sistema você precisa de 2 controles Move, 1 camera e, de preferencia, um Navigation Controller, apesar de funcionar legal com Move + DualShock 3. De qualquer forma jogar com Move não sai por menos de U$ 150 para quem só tem o console). Tem uma tecnologia bem interessante e não vai ter um periodo turbulento de produção que deve rolar no Kinect.
Nem tudo é um mar de rosas no reino da Movelandia
Acima mencionei as virtudes que me fizeram optra pelo Move, mas isso não quer dizer que não há problemas.
Primeiramente temos um problema cronico da Sony: algumas decisões comerciais que não fazem sentido algum. Uma delas é o fato do Sports Champion não ter opção on-line, como disse acima ele tem um fator hardcore bem explorado e o game seria muito mais interessante se pudessemos jogar partidas de Tenis de Mesa contra outros usuários. Outro ponto problemático é a distribuição de alguns games, Start the Party é o game de entrada para casuais no sistema, mas a Sony não só esqueceu de fazer marketing como não facilitou em nada sua aquisição (o jogo deveria vir em bundles, deveria estar disponível na PSN para donwload ou deveria pelo menos ter um demo mais completo, a Sony não soube capitalizar um publico que a M$ está mandando ver no Kinect Adventures).
A Sony também tem que mostrar mais dedicação para com o periférico. Com Sports Champion ela já mostrou que domina muito bem a tecnologia de produção. Então não ha desculpa pela falta de jogos, se a Sony quiser que o Move se torne algo irrecusável tem que lançar mais jogos proprietários, capitalizar a vantagem de know-how que ela tem em cima do Kinect. Não adianta ficar dependendo de patch porque game só fica bom com controle de movimento se for feito para tal, Heavy Rain ficou muito melhor porque já era um jogo de controle de movimento limitado pelo controle clássico, mas o Move deixou o fraco Kung Fu Raider ainda pior.
Além da parte comercial temos alguns problemas de tecnologia. Primeiro temos a questão de calibragem, alguns mencionaram que no Kinect ela demora muito, mas o nível que é feito no Kinect deixa o Move no chinelo. O que pesa para o periferico da Sony é a completa falta de padrão, você pode calibrar o Move na Xbar, mas para nem sabe por que, já que cada vez que entra em um game passa por um processo de calibragem diferente, pior até, em jogos como Sports Champion tem que calibrar toda hora que entra em um jogo diferente (mesmo que não mova um centimetro, está calibrando o que?).
Isso nem é o pior, tem jogo que é um desafio de calibragem, é um tal de ter qu apontar para la, para ca, ter que advinhar qual o numero que o Move deve ter (advinhar porque ninguém avisa que o Move tem que estar na posição 7 para funcionar em alguns games). Outros são ainda piores como Eye Pet, onde você tem que ficar mudando, manualmente, a posição e angulo da camera para ver se uma hora ele consegue identificar o chão (depois perguntam porque o Kinect tem um motor...). Eu sou hardcore e passei 10 minutos para calibrar o Eye Pet, um jogador casual não teria chance. E no Kinect? Ele calibra o ambiente e depois você pode chegar ao ponto de poder entrar e sair do jogo em tempro real, a diferença é simplesmente brutal.
Por fim o grande gargalo do Move: a PSeye é extremamente limitada. Esqueçendo este negócio de espaço (jogo feitos para movimentar precisam de muito espaço, seja Sports Champion, Kinect Sports ou Wii Sports), lembram quando falavam que luz atrapalhava o Kinect? Não atrapalha, mas coloque natural em cima da esfera colorida do Move e adeus jogatina. Lembram que falavam que o Kinect precisa que você precisa tomar cuidado com a cor da roupa para poder jogar? Não precisa, mas se for jogar um game que use a apenas a PSeye a cor da sua roupa é vital, tentei jogar Kung Fu Live no meu quarto com a luz acesa e o game disse que estava muito "escuro", o resultado foi que a minha roupa preta não apareceu no jogo, tive de tirar a camisa para poder jogar (teria de ficar pelado se quisesse ver minhas pernas), e isso porque sou bem palido (não sou lá de tomar muito sol :lol), se fosse negro nem sei o que iria rolar (isso lembra algum tópico passado? ).
Por que isso ocorre? Porque a PSeye trabalha com contraste, ela reconhece aquilo que se destaca em relação ao fundo. Com isso a luz tira o destaque da esfera do Move e cores escuras em um fundo mais escuro tira o destaque do seu corpo. Por isso é preciso ter muito cuidado, o Move tem uma tecnologia top, mas requer um controle de ambiente de jogo muito criterioso e que deve ser observado antes de você comestar a gastar seu dinheiro.
O bom destes problemas é que, se você tiver cuidado e um pouquinho de paciencia, nenhum deles irá afetar a diversão. São problemas controlados e que por isso não afetam todo mundo (ao contrário da simplicidade atual dos jogos do Kinect ou da falta de gráficos de ponta do Wii). Mesmo neste aspecto ainda credito a vitória ao Move no hands-on comparatório
nota: Agradecimentos ao manolo Arthur do forum. Comprei o Move na mão dele por um preço bem camarada e é um vendedor recomendado :kongpositivo: