Death Stranding lida de forma muito bela com o imprevisível, você está debaixo de chuva torrencial, sozinho, num cenário de imaginação descomunal, com um bebê num pod (que coisa maravilhosa), tretando pra conseguir ribar um monte de caixa, e um sem número de mecanismos e possibilidades se abrem, de interações Online assimétricas, a elementos mais clássicos. Você acaba escorregando, e deixando as cargas caírem desfiladeiro abaixo. Nesse ponto, abrem-se inúmeras (muitas, muitas) possibilidades, são soluções muito engenhosas.
Sobre a miríade de mecânicas nos games do Kojima, eu particularmente gosto muito. Com 30 horas de gameplay já extremamente sofisticado, ele dropa um vigésimo oitavo elemento de jogabilidade do nada, exemplo, um Mini Mecha que seu personagem pode montar, que transforma completamente o jogo, abrindo inúmeras possibilidades. E lá vai eu, gastar umas 10 horas estressando os sistemas engenhosos e rebuscados do jogo base, pra tentar ver como essa nova mecânica funciona no limite. Você agora pode fazer boliche com os inimigos, há uma nova maneira de travessia, você pode baitar os adversários, o stealth ganha nova cor, e dá pra você transmutar o gênero inteiro do game num Run N’ Gun 3D de alta octanagem, deslizando pelos cenários e derrubando nêgo com metranca. Tudo perfeitamente balanceado
Claro, quem quiser, pode continuar com a jogatina pudica, mas ver novas coisas tão sofisticadas introduzidas com tantas horas de Main Plot é muito bom.
Aliás, se você está no capítulo 3 de Death Stranding, se prepare, que o Kojima ainda vai apresentar uns 20 elementos de gameplay, o Post e o Late Game vão ficar riquíssimos. Recomendo muito que você tire um tempo pra brincar com cada nova mecânica, pare de seguir o Main Game, e vá improvisar em acampamentos MULE ou no meio do mapa, só pra você se certificar do quão engenhosos são esses sistemas