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Estamos numa realidade alternativa, no ano de 1976.
O mercado de games já estava andando com as próprias pernas, passada a primeira geração de consoles e avançávamos rumo à entrada da segunda geração.
Havia uma desconfiança em relação a nova tecnologia, já que a maior indústria do mundo, que era a de jogos de tabuleiro, se sentia levemente ameaçada, porém não havia nada de concreto.
Nessa época, Tomohiro Nishikado, um jovem desenvolvedor da Taito, trabalhava no projeto de um shooter com temática espacial / alienígena, cuja premissa de jogabilidade era baseada na inteligência artificial, algo que ainda não tínhamos nos games em larga escala, ou então não comercialmente. O nome do projeto? Space Invaders.
O talentoso Tomohiro Nishikado programando o que viria a se tornar Space Invaders, nas instalações da Taito.
Quando saiu a notícia de que o projeto estava em andamento e se aproximando da fase terminal começou todo um movimento na indústria de jogos de tabuleiro, abrangendo desde as empresas, passando por funcionários de fábricas do mundo todo e chegado até o clamor público.
O primeiro impacto foi nas bolsas de valores com a queda massiva das ações das fabricantes de jogos de tabuleiro.
A Hasbro operava com queda de 859% nas ações e anunciava a demissão de 260 mil trabalhadores.
A Mattel se encontrava numa situação ainda pior e entrou imediatamente com pedido de concordata, colapsando o sistema econômico mundial.
O mercado de jogos de tabuleiro, responsável por movimentar 98,9% da economia mundial, estava completamente ameaçado.
Sindicatos de funcionários de montagem de jogos de tabuleiro foram para as ruas protestarem, afinal de contas o segmento estava diante de uma eminente e agonizante morte.
“ESSA TAL DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VAI ACABAR COM TODO O PROLETARIADO”, disse Anna Conda, presidente do sindicato dos dobradores de caixas de papelão dos jogos de tabuleiro.
“COMO ASSIM, AS PESSOAS NÃO JOGARÃO MAIS ENTRE ELAS E SIM COM UMA MÁQUINA?”, questionava Takei Noteuku, diretor do sindicato de japoneses virgens montadores de dados pra jogos de tabuleiro.
Nas ruas eram inúmeros protestos, tanto pelos defensores dos empregos quanto pelos usuários de jogos de tabuleiro, diante da iminência do fim do seu passatempo predileto, ainda que uma grande parte tivesse migrado para os games baseados em I.A, já que não precisava mais de duas pessoas para se divertir.
580 milhões de pessoas foram às ruas protestar contra a ameaça aos jogos de tabuleiro, maior fonte econômica mundial
Porém nem todo esse colapso financeiro e social foi suficiente para barrar a nova e revolucionária onda: Space Invaders foi lançado, sendo o primeiro game a usar IA na história e veio como um meteoro, abalando completamente o sistema econômico mundial e gerando uma crise sem precedentes.
98% da população mundial estava em condição de miséria absoluta, não havia mais circulação econômica com a fim da atividade de jogos de tabuleiro e estávamos praticamente voltando à era das cavernas.
PIB dos EUA foi reduzido a pó, mercados emergentes como Madagascar e Congo entraram em total recesso e o fim da humanidade se aproximava.
Então depois de muitas batalhas e uma ruína sociodemográfica, finalmente, depois da Convenção Universal Pelo Fim da I.A, ocorrida na cidade de Viamão – RS, o jogo Space Invaders foi proibido, bem como os vídeo games de maneira geral e quem ousasse criar um jogo, ter em casa ou até mesmo consumir, era considerado como um criminoso hediondo.
Isso aconteceu a tempo de não sair outro projeto que seria a dizimação da raça humana, de codinome Pac Man. Vazamentos davam conta de que seria um game que elevaria o nível da I.A. e a raça humana não teria a menor chance, pois a principal atividade econômica que eram os jogos de tabuleiro não teriam mais a menor chance.
Convenção Universal Pelo Fim da I.A, em Viamão, RS, no ano de 1981.
Hoje, já no ano de 2058, as pessoas estão felizes debruçadas no seu Monopoly, sorridentes sem a ameaça estarrecedora da I.A.
No Brasil, famílias inteiras jogando Imagem & Ação em frente as suas fogueiras, sem a criminosa e absurda intervenção da “tal da I.A.” que por um momento assolou a humanidade colocando em risco a nossa existência.
E quanto Space Invaders? A Taito reconheceu que estava prestes a cometer um crime contra a humanidade e transformou a ideia em um jogo de tabuleiro, recuperando a economia mundial.
Finalmente o mundo caminha perfeitamente em harmonia, mostrando que as coisas não precisam evoluir e que toda a nova tecnologia e / ou avanço de uma já existente é prejudicial para a humanidade como um todo, sendo o mais prudente ficar na zona de estagnação e ignorando completamente o fato de quando novas vertentes surgem, temos mais oportunidades que ameaças, proporcionalmente.
Enzo Putin Neto jogando Space Invaders no ano de 2058, sem a ameaça da I.A..
Fim.
Moral da história?
O mercado de games já estava andando com as próprias pernas, passada a primeira geração de consoles e avançávamos rumo à entrada da segunda geração.
Havia uma desconfiança em relação a nova tecnologia, já que a maior indústria do mundo, que era a de jogos de tabuleiro, se sentia levemente ameaçada, porém não havia nada de concreto.
Nessa época, Tomohiro Nishikado, um jovem desenvolvedor da Taito, trabalhava no projeto de um shooter com temática espacial / alienígena, cuja premissa de jogabilidade era baseada na inteligência artificial, algo que ainda não tínhamos nos games em larga escala, ou então não comercialmente. O nome do projeto? Space Invaders.
O talentoso Tomohiro Nishikado programando o que viria a se tornar Space Invaders, nas instalações da Taito.
Quando saiu a notícia de que o projeto estava em andamento e se aproximando da fase terminal começou todo um movimento na indústria de jogos de tabuleiro, abrangendo desde as empresas, passando por funcionários de fábricas do mundo todo e chegado até o clamor público.
O primeiro impacto foi nas bolsas de valores com a queda massiva das ações das fabricantes de jogos de tabuleiro.
A Hasbro operava com queda de 859% nas ações e anunciava a demissão de 260 mil trabalhadores.
A Mattel se encontrava numa situação ainda pior e entrou imediatamente com pedido de concordata, colapsando o sistema econômico mundial.
O mercado de jogos de tabuleiro, responsável por movimentar 98,9% da economia mundial, estava completamente ameaçado.
Sindicatos de funcionários de montagem de jogos de tabuleiro foram para as ruas protestarem, afinal de contas o segmento estava diante de uma eminente e agonizante morte.
“ESSA TAL DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VAI ACABAR COM TODO O PROLETARIADO”, disse Anna Conda, presidente do sindicato dos dobradores de caixas de papelão dos jogos de tabuleiro.
“COMO ASSIM, AS PESSOAS NÃO JOGARÃO MAIS ENTRE ELAS E SIM COM UMA MÁQUINA?”, questionava Takei Noteuku, diretor do sindicato de japoneses virgens montadores de dados pra jogos de tabuleiro.
Nas ruas eram inúmeros protestos, tanto pelos defensores dos empregos quanto pelos usuários de jogos de tabuleiro, diante da iminência do fim do seu passatempo predileto, ainda que uma grande parte tivesse migrado para os games baseados em I.A, já que não precisava mais de duas pessoas para se divertir.
580 milhões de pessoas foram às ruas protestar contra a ameaça aos jogos de tabuleiro, maior fonte econômica mundial
Porém nem todo esse colapso financeiro e social foi suficiente para barrar a nova e revolucionária onda: Space Invaders foi lançado, sendo o primeiro game a usar IA na história e veio como um meteoro, abalando completamente o sistema econômico mundial e gerando uma crise sem precedentes.
98% da população mundial estava em condição de miséria absoluta, não havia mais circulação econômica com a fim da atividade de jogos de tabuleiro e estávamos praticamente voltando à era das cavernas.
PIB dos EUA foi reduzido a pó, mercados emergentes como Madagascar e Congo entraram em total recesso e o fim da humanidade se aproximava.
Então depois de muitas batalhas e uma ruína sociodemográfica, finalmente, depois da Convenção Universal Pelo Fim da I.A, ocorrida na cidade de Viamão – RS, o jogo Space Invaders foi proibido, bem como os vídeo games de maneira geral e quem ousasse criar um jogo, ter em casa ou até mesmo consumir, era considerado como um criminoso hediondo.
Isso aconteceu a tempo de não sair outro projeto que seria a dizimação da raça humana, de codinome Pac Man. Vazamentos davam conta de que seria um game que elevaria o nível da I.A. e a raça humana não teria a menor chance, pois a principal atividade econômica que eram os jogos de tabuleiro não teriam mais a menor chance.
Convenção Universal Pelo Fim da I.A, em Viamão, RS, no ano de 1981.
Hoje, já no ano de 2058, as pessoas estão felizes debruçadas no seu Monopoly, sorridentes sem a ameaça estarrecedora da I.A.
No Brasil, famílias inteiras jogando Imagem & Ação em frente as suas fogueiras, sem a criminosa e absurda intervenção da “tal da I.A.” que por um momento assolou a humanidade colocando em risco a nossa existência.
E quanto Space Invaders? A Taito reconheceu que estava prestes a cometer um crime contra a humanidade e transformou a ideia em um jogo de tabuleiro, recuperando a economia mundial.
Finalmente o mundo caminha perfeitamente em harmonia, mostrando que as coisas não precisam evoluir e que toda a nova tecnologia e / ou avanço de uma já existente é prejudicial para a humanidade como um todo, sendo o mais prudente ficar na zona de estagnação e ignorando completamente o fato de quando novas vertentes surgem, temos mais oportunidades que ameaças, proporcionalmente.
Enzo Putin Neto jogando Space Invaders no ano de 2058, sem a ameaça da I.A..
Fim.
Moral da história?
Nenhuma.
E como sempre, se até aqui tu leu
Teu brioco é meu
