Retroaholic
Ei mãe, 500 pontos!
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"COMO? COMÓAH? COMóah pó? Como pode você ter esperado tanto pra jogar essa obra prima? VOCÊ NÃO É UM RETROGUEIMER"
Pois é. Lançaram um "remaster" do jogo.
Então basicamente, pra quem ainda não jogou aqui vão minhas humildes impressões.
O jogo é sobre você viver a vida de um rapaz japonês de estatura deveras alta pro padrão japonês no final dos anos 80 e que aparentemente não sabe fazer a barba porque ta sempre com um bandaid na cara. Ele tem um pai que é mestre de artes marciais, coisa que eu nunca encontrei aqui no Brasil porque os japoneses daqui aparentemente eles tinham que trabalhar na lavoura e depois estudar engenharia. Não tinham tempo pra ficar dando soco no ar gritando "Hayaaaaaa" "Hayaaaaa CHUCKY WANGGA". Então esse jogo já não faz muito sentido pra descendentes assim, eu acho.
Aí o pai dele treta com um chinês, porque a visão do Japão dos chineses é tipo paulistano assim quando pensa em Diadema, saca, é "aquela favelinha ali antes de chegar no litoral né?". Uma visão totalmente preconceituosa, mas que por dados geográficos, ainda ganha força.
"Sei."
Sim, o pai dele morre e tal nas mãos desse chinês (sem esforço, diga-se de passagem). Aí você sai nessa jornada em se vingar de um chinês. Eu acho que já vi isso no Grande Dragão Branco VII, lançado somente em Betamax. Lá na academia, que fica do lado da casa, tem um cara que parece aquele pessoal que começa a fazer karatê por causa de desenho japonês, sonha em namorar uma japonesa e tipo usa a postura de videogame pra lutar, quando na verdade numa treta de verdade é quebra-quebra, não tem postura, não tem “base do cavalo”: É dedo no c* e gritaria, voo do morcego é mato. E ele fica lá limpando, capacho, coisa que você, O FILHO, deveria fazer. Provavelmente chamava seu pai de “mestre”, quando mestre de verdade é Jesus né mano.
Enfim, você mora em cima de uma montanha. Metro quadrado mais caro do Japão, provavelmente, com uma empregada véia da casa (que agora deve estar feliz que o velho morreu, por motivos assim, não precisa ser muito perverso pra entender), e ela te dá um grana pra você dar o fora da casa todo dia e tomar um rumo.
Aí que o jogo começa. Você acha que vai sair na rua infestada de tiriças de shortinho jeans e gente mal encarada querendo tretar? Não, aqui não é a Praia Grande em época de temporada nem o Final Fight, aqui é a vida normal no Japão em meados dos anos 80, do Japão antes da bolha estourar, a melhor época do Japão, que ironicamente é a época em que o Japão deixa de ser Japão e passa a ser os Estados Unidos. E isso é a parte boa! Mas nem assim, eu achei que seria mais movimentado. Achei que teria mais japonesas com roupa de executiva, com aqueles dentões um em cima do outro, sorridentes, porque agora liberou, liberou geral, já sei namorar, já sei beijar de língua?
Não, NÃO TEM NADA PRA FAZER. É sério! Você não faz nada nessa *. Você só anda, anda e anda E ANDA DEVAGAR e eventualmente corre em linha reta num bairro que lembra a periferia de Osasco (porque nunca faz sol).
Então você encontra uma menina que ta cuidando de um gatinho numa caixa. Até aí achei legal, porque eu mesmo tenho 12 gatos de rua. Eu sou o velho dos gatos... você acha que voce vai pegar o bichano e levar pra casa e o jogo vai ser tipo um Tamagoshi? NÃO, você deixa ele lá na chuva. VAI TOMAR NO C*! Que tipo de mestre japonês que você é? Que frequenta Seicho no ie/Mahikari e outras seitas pá. Não confio em japonês mais.
Enfim. Até agora, até agora, 3 horas de jogo. NADA ACONTECENDO. De fato o jogo todo até agora envolve você bater na porta das pessoas, tentando achar a casa de alguém, SÓ PRAQUELA PESSOA DIZER NADA que faça sentido. Como se isso fosse útil pra início de conversa “Ow grande, você viu os malucos que mataram meu pai?” “Caral*, sei sim, um mora ali ó”.
Ah sim, tem um FLIPER NO SEU BAIRRO, AÍ SIM. Você pode jogar Super HangOn e Space Harrier, mas isso tudo custa dinheiro. Além disso, quando você está jogando um jogo dentro de outro jogo, você começa a se perguntar o porquê de estar jogando o jogo que o jogo está dentro, e não o próprio jogo jogado, afinal.
Bom, aí você percebe que tinha que estar na hora certa no lugar certo pra certas coisas certamente acontecerem. De repente, em uma viela, aparecem dois magrões vestidos igual ao o Kuwabara de preto, E você sabe que no Japão, quando aparecem dois magrões de preto vestidos igual ao Kuwabara eles não são “du bem”.
E é verdade! Esses caras são muitos suspeitos. Agora a coisa ficou boa. IH! AGORA O SACODE VAI COMEÇÁ!
Mas inacrediTIvelmente você ainda não percebeu que é nesse jogo que surge uma das inovações mais esdrúxulas no ramo dos videogueimes: O botãozinho do Gódofuar.
Cacete. Eu deixei de jogar Gódofuar por causa desses botãozinho que aparece na tela, e esse jogo É O INVENTOR DESSA PARADA. Mil vezes jogar aqueles jogos japoneses em que você tem que excitar a amada pingando cera de vela em seus mamilos (Afinal claramente é assim que se excita uma donzela, dizem).
“Mas pera, não tem parte de porradinha bestetum, sapecaiaiá?” Claro que tem gente boa! Ôôoo
Imagine um Virtua Fighter ripado (que já é ripado). E é isso aí. É tipo um beta daquele jogo Yakuza, só que lá (no Yakuza) a porradaria ocorre em maior frequência e duração, porque aqui dura tipo 30 segundos a cada 5 horas.
Enfim, depois de um tempo fazendo coisas emocionantes como esperar uma barbearia abrir às 10 em plena quinta de manhã ou procurar por MARINHEIROS (e não colegiais vestidas de marinheiro) por toda a cidade, por algum estranho motivo você começa a se interessar pela história, como se a mesma valesse mais que alguns vinténs. Talvez seja o marasmo da vida cotidiana que te faça se identificar com uma jaqueta marrom e calça jeans, que é o que você vai mais ver no jogo. No entanto, mais pra frente você chega numa parte que sim, VOCÊ PRECISA TRABALHAR. Não tem como escapar dessa faceta maléfica da vida.
Você trabalha com empilhadeiras. Imagine você. Imaginaria que levaria anos de evolução nos gráficos e nos videogãmIs até culminar no DreamQUEST pra você rodar uma simulação onde você é empregado no supermercado Atacadão?
Muito bom. É digno de nota que esse jogo custou 70 milhões e alguns dedos mindinhos pra ser feito.
Aí eu joguei até aí.Talvez eu volte e jogue mais. Diz que depois sequestram uma menina e você tem que salvá-la. O jogo poderia ter começado assim né, mas aí ele se chamaria FINAL FIGHT.
E é isso, é um bom jogo pessoal. Pode comprar sem medo!
Nota:
Se Yellow Magic Orchestra é 10, Taeko Ohnuki é 8 (eu não sei como eu sei disso), Eu dou um japonês deslizando de c* de fora na borda da banheira.
Viva o Japão.
Algumas imagens dessa maravilha:
No jogo tem um Away que vende Cachorro quente. “Po* cara, sabe cara… porr* cara… eu sou vagabundo, tenho o coração na sola do pé”
Uma das tiriças mal amadas que você encontra pela rua. Barangona! Chuta é essa tua rabeta “pão de forma” aí. Devia tá é feliz… Quando eu amo eu acho lindo e dou tapinha.
Mas eu sou conhecido XUXU! To sempre ali na barraquinha do Away. Eu sou o SpAIder, o amigo da vizinhança, lindÁ.
c:\Meus Documentos\Hopi Hari\Músicas\123\Must Find Sailors.wmv
AH MEU DEU do céu, uma das coisas legais é seguir os gatinho que aparece na rua. Depois eles vão embora. Ahhhhhhh :(
Ahhh esse é o miau dentro da caixinha. Bichinho, não tem como levar ele pra casa. Não recebeu nota máxima na Famitsu por isso.
E é isso. Comprem o gueime porque se não a Sega vai falir de novo.
Pois é. Lançaram um "remaster" do jogo.
Então basicamente, pra quem ainda não jogou aqui vão minhas humildes impressões.
O jogo é sobre você viver a vida de um rapaz japonês de estatura deveras alta pro padrão japonês no final dos anos 80 e que aparentemente não sabe fazer a barba porque ta sempre com um bandaid na cara. Ele tem um pai que é mestre de artes marciais, coisa que eu nunca encontrei aqui no Brasil porque os japoneses daqui aparentemente eles tinham que trabalhar na lavoura e depois estudar engenharia. Não tinham tempo pra ficar dando soco no ar gritando "Hayaaaaaa" "Hayaaaaa CHUCKY WANGGA". Então esse jogo já não faz muito sentido pra descendentes assim, eu acho.
Aí o pai dele treta com um chinês, porque a visão do Japão dos chineses é tipo paulistano assim quando pensa em Diadema, saca, é "aquela favelinha ali antes de chegar no litoral né?". Uma visão totalmente preconceituosa, mas que por dados geográficos, ainda ganha força.
"Sei."
Sim, o pai dele morre e tal nas mãos desse chinês (sem esforço, diga-se de passagem). Aí você sai nessa jornada em se vingar de um chinês. Eu acho que já vi isso no Grande Dragão Branco VII, lançado somente em Betamax. Lá na academia, que fica do lado da casa, tem um cara que parece aquele pessoal que começa a fazer karatê por causa de desenho japonês, sonha em namorar uma japonesa e tipo usa a postura de videogame pra lutar, quando na verdade numa treta de verdade é quebra-quebra, não tem postura, não tem “base do cavalo”: É dedo no c* e gritaria, voo do morcego é mato. E ele fica lá limpando, capacho, coisa que você, O FILHO, deveria fazer. Provavelmente chamava seu pai de “mestre”, quando mestre de verdade é Jesus né mano.
Enfim, você mora em cima de uma montanha. Metro quadrado mais caro do Japão, provavelmente, com uma empregada véia da casa (que agora deve estar feliz que o velho morreu, por motivos assim, não precisa ser muito perverso pra entender), e ela te dá um grana pra você dar o fora da casa todo dia e tomar um rumo.
Aí que o jogo começa. Você acha que vai sair na rua infestada de tiriças de shortinho jeans e gente mal encarada querendo tretar? Não, aqui não é a Praia Grande em época de temporada nem o Final Fight, aqui é a vida normal no Japão em meados dos anos 80, do Japão antes da bolha estourar, a melhor época do Japão, que ironicamente é a época em que o Japão deixa de ser Japão e passa a ser os Estados Unidos. E isso é a parte boa! Mas nem assim, eu achei que seria mais movimentado. Achei que teria mais japonesas com roupa de executiva, com aqueles dentões um em cima do outro, sorridentes, porque agora liberou, liberou geral, já sei namorar, já sei beijar de língua?
Não, NÃO TEM NADA PRA FAZER. É sério! Você não faz nada nessa *. Você só anda, anda e anda E ANDA DEVAGAR e eventualmente corre em linha reta num bairro que lembra a periferia de Osasco (porque nunca faz sol).
Então você encontra uma menina que ta cuidando de um gatinho numa caixa. Até aí achei legal, porque eu mesmo tenho 12 gatos de rua. Eu sou o velho dos gatos... você acha que voce vai pegar o bichano e levar pra casa e o jogo vai ser tipo um Tamagoshi? NÃO, você deixa ele lá na chuva. VAI TOMAR NO C*! Que tipo de mestre japonês que você é? Que frequenta Seicho no ie/Mahikari e outras seitas pá. Não confio em japonês mais.
Enfim. Até agora, até agora, 3 horas de jogo. NADA ACONTECENDO. De fato o jogo todo até agora envolve você bater na porta das pessoas, tentando achar a casa de alguém, SÓ PRAQUELA PESSOA DIZER NADA que faça sentido. Como se isso fosse útil pra início de conversa “Ow grande, você viu os malucos que mataram meu pai?” “Caral*, sei sim, um mora ali ó”.
Ah sim, tem um FLIPER NO SEU BAIRRO, AÍ SIM. Você pode jogar Super HangOn e Space Harrier, mas isso tudo custa dinheiro. Além disso, quando você está jogando um jogo dentro de outro jogo, você começa a se perguntar o porquê de estar jogando o jogo que o jogo está dentro, e não o próprio jogo jogado, afinal.
Bom, aí você percebe que tinha que estar na hora certa no lugar certo pra certas coisas certamente acontecerem. De repente, em uma viela, aparecem dois magrões vestidos igual ao o Kuwabara de preto, E você sabe que no Japão, quando aparecem dois magrões de preto vestidos igual ao Kuwabara eles não são “du bem”.
E é verdade! Esses caras são muitos suspeitos. Agora a coisa ficou boa. IH! AGORA O SACODE VAI COMEÇÁ!
Mas inacrediTIvelmente você ainda não percebeu que é nesse jogo que surge uma das inovações mais esdrúxulas no ramo dos videogueimes: O botãozinho do Gódofuar.
Cacete. Eu deixei de jogar Gódofuar por causa desses botãozinho que aparece na tela, e esse jogo É O INVENTOR DESSA PARADA. Mil vezes jogar aqueles jogos japoneses em que você tem que excitar a amada pingando cera de vela em seus mamilos (Afinal claramente é assim que se excita uma donzela, dizem).
“Mas pera, não tem parte de porradinha bestetum, sapecaiaiá?” Claro que tem gente boa! Ôôoo
Imagine um Virtua Fighter ripado (que já é ripado). E é isso aí. É tipo um beta daquele jogo Yakuza, só que lá (no Yakuza) a porradaria ocorre em maior frequência e duração, porque aqui dura tipo 30 segundos a cada 5 horas.
Enfim, depois de um tempo fazendo coisas emocionantes como esperar uma barbearia abrir às 10 em plena quinta de manhã ou procurar por MARINHEIROS (e não colegiais vestidas de marinheiro) por toda a cidade, por algum estranho motivo você começa a se interessar pela história, como se a mesma valesse mais que alguns vinténs. Talvez seja o marasmo da vida cotidiana que te faça se identificar com uma jaqueta marrom e calça jeans, que é o que você vai mais ver no jogo. No entanto, mais pra frente você chega numa parte que sim, VOCÊ PRECISA TRABALHAR. Não tem como escapar dessa faceta maléfica da vida.
Você trabalha com empilhadeiras. Imagine você. Imaginaria que levaria anos de evolução nos gráficos e nos videogãmIs até culminar no DreamQUEST pra você rodar uma simulação onde você é empregado no supermercado Atacadão?
Muito bom. É digno de nota que esse jogo custou 70 milhões e alguns dedos mindinhos pra ser feito.
Aí eu joguei até aí.
E é isso, é um bom jogo pessoal. Pode comprar sem medo!
Nota:
Se Yellow Magic Orchestra é 10, Taeko Ohnuki é 8 (eu não sei como eu sei disso), Eu dou um japonês deslizando de c* de fora na borda da banheira.
Viva o Japão.
Algumas imagens dessa maravilha:
No jogo tem um Away que vende Cachorro quente. “Po* cara, sabe cara… porr* cara… eu sou vagabundo, tenho o coração na sola do pé”
Uma das tiriças mal amadas que você encontra pela rua. Barangona! Chuta é essa tua rabeta “pão de forma” aí. Devia tá é feliz… Quando eu amo eu acho lindo e dou tapinha.
Mas eu sou conhecido XUXU! To sempre ali na barraquinha do Away. Eu sou o SpAIder, o amigo da vizinhança, lindÁ.
c:\Meus Documentos\Hopi Hari\Músicas\123\Must Find Sailors.wmv
AH MEU DEU do céu, uma das coisas legais é seguir os gatinho que aparece na rua. Depois eles vão embora. Ahhhhhhh :(
Ahhh esse é o miau dentro da caixinha. Bichinho, não tem como levar ele pra casa. Não recebeu nota máxima na Famitsu por isso.
E é isso. Comprem o gueime porque se não a Sega vai falir de novo.