@Oh Dae-su
Acho estranho as pessoas condenarem o homossexual como ''pecado'' mas não sabem o
pq isso é considerado pecado na filosofia tomista-cristã. Não adianta dizer ''condeno pq sou cristão''.. Condenar as coisas sem entender é errado independente da sua crença
Vou dar uma dica; é porque sexo é voltado apenas a reprodução, existe até argumentos como o perverted faculty argument..
veja esse texto
Mesmo assumindo que o PFA seja verdadeiro, não creio que isso seja suficiente para dizer que sexo com fins não reprodutivos seja inerentemente errado. Primeiro porque mesmo considerando o aspecto teleológico da coisa, sexo também serve para demonstrar afeto, por exemplo. Uma analogia importante que podemos fazer aqui é com a linguagem, que inicialmente tinha fins que serviam meramente a nossa sobrevivência. Era importante alguém dizer, "Ei, esse cogumelo me deixou doente, não coma isso!" ou "Ei, tem um tigre bem ali, cuidado!". Hoje, a linguagem acabou tendo um leque de funções espirituais que não possuem relação nenhuma com a sobrevivência. Seria absurdo dizer, por exemplo, que Shakespeare foi imoral por ter escrito Hamlet ao invés de ter dito onde o tigre estava.
O defensor do PFA poderia dizer que o problema não é fazer sexo por afeto e que isso é totalmente aceitável. O problema é você "frustrar" a capacidade reprodutiva. Dois problemas:1)Por que a capacidade reprodutiva tem primazia em relação às outras funções?2)"Frustrar" é um conceito vago.
Sobre o problema "1", é importante notar que, apesar de ser importante que o ser humano como um todo se reproduza, isso não implica necessariamente que todo ser humano deva buscar a reprodução. Voltando à analogia da linguagem, é importante que a espécia humana como um todo use a linguagem para sobreviver (escrevendo artigos médicos e científicos, por exemplo), mas seria absurdo dizer que todo ser humano deva usar a linguagem dessa maneira. Considerando que a população mundial cresceu mais de 10 vezes desde o tempo de Aquino, não parece que a capacidade de reprodução esteja sendo 'frustrada'. Obviamente, um defensor do PFA não teria nenhum problema com o que eu falei aqui -- afinal, o celibato é aceitável e decidirnão utilizar uma funçãoé diferente defrustrar uma função.
Isso nos leva ao problema "2". Analisando apenas em termos do PFA, qual seria a diferença categórica entre sexo homossexual e escrever um livro? O que constitui uma 'frustração' no primeiro caso que não encontramos no segundo? Quando um clérigo resiste a tentação de fazer sexo, por que não dizer que ele está frustrando sua capacidade reprodutiva? Como esses dois exemplos mostram, a divisão entre "não utilizar uma função" e "frustrar uma função" não é tão clara quanto o PFA requer.
Eu não discordo que sexo para fins não reprodutivos pode sim ser problemático de um ponto de vista moral. Precisamos de temperança para evitar a vida de uma besta, assim como deixar de lado a ambição de ter a vida de um deus. Alguém que dedica toda a vida aos valores carnais pode sim ser criticado de um ponto de vista das virtudes (temperança e prudência nesse caso) e até ser considerado, dentro da ética que eu defendo, "defective". Agora, dizer que toda instância do sexo deve ter fins reprodutivos requer uma ponte que eu não consigo ver sendo construída.
Assumindo que o PFA seja verdadeiro, também, não apenas o ato homossexual é imoral, mas também masturbação, etc.. Não creio que os religiosos impliquem tanto com esse desvio do que com o homossexual. Pelo simples motivo que o ultimo virou política.
Sobre o Nando, ele é só um palpiteiro de youtube. Acerta em algumas coisas, mas em outras se considera o senhor da razão pq viu algum vídeo-documentário ou um artigo do Olavo.. Não raro ele já falou besteira. Não é ''conservador cristão''.. Se for, é de uma
péssima qualidade