Ford sairá do país ou encolherá?
Desde o ano passado e em especial em 2018, são recorrentes as informações quanto às decisões da Ford para o seu futuro na América Latina. Em fevereiro Coluna obteve documentos indicando definição de encolher a empresa. Causa está em cinco anos seguidos de prejuízos, somando US$ 4,2B no período – a grosso modo perder diariamente R$ 10 milhões. E na situação da matriz, com largos investimentos em mudança de tecnologias em seus produtos, sem margem para desviar recursos e suprir filiais dando prejuízo.
Quarta feira, 2, em seguida à reunião para anúncio do balanço da empresa, Bob Shanks, diretor de finanças, utilizou linguagem florentina para projetar o futuro: “o negócio na região não possui uma forte posição competitiva”; enfatizou “não ter tido retorno apropriado e de um significativo redesenho no modelo de negócio local, onde jogar e como vencer”.
Na prática repetiu as palavras do executivo-chefe Jim Hackett há meses.
A agência econômica Bloomberg divulgou fato e informações de a Ford ter contatado FCA e Volkswagen sobre a possibilidade de venda.
Empresa não tem o que dizer; não apresenta dados; projetos; carros novos ou investimento para o futuro, e isto ficou espelhado no comunicado dirigido à preocupada rede de revendedores. Não assinado pelo presidente, mas por vice e diretor, diz ser incorreta a matéria, contestando-a com a declaração, onde utiliza a ampla imprecisão do termo redesenho, aplicado por Bob Shanks, para dizer da necessidade de rever a operação na América Latina, até onde devem participar e como vencer neste mercado.
Na prática
A meu ver não há dúvidas: a Ford decidiu enxugar a operação na América Latina. Nome pomposo, de prejuízos diários. Operações fechadas na Venezuela; muito dinheiro a receber do ex-companheiro Maduro; prejuízo nos dois países onde restam operações, Argentina e Brasil.
De muita conversa com fontes, gente especializada em mercado, e medidas adotadas pela empresa, Coluna publicou um resumo e projeções: na Argentina, não atualizar o Focus e o Ranger — mudanças apenas as legais e cosméticas. Aqui, em 2019, encerrar a fabricação de caminhões e do Fiesta na tradicional fábrica de São Bernardo do Campo, SP, vendendo a grande área à especulação imobiliária; ter apenas um produto, o Active, a ser feito sobre o recém apresentado Ka FreeStyle encerrando, também o EcoSport; concentrando produção na unidade de Camaçari, BA. Prazo desconhecido, pois há legislação de incentivos envolvida no processo, e a companhia faz lobby para extensão das benesses. Para não deixar sangrar o caixa dos revendedores, promete ampliar a importação de veículos.
À época, consultando o brasileiro mais qualificado na empresa, percebi uma crise em comunicação social ao não receber respostas sólidas.
Mês passado, adensando os cortes, a Ford dispensou quase todos os motoristas e analistas de comportamento de veículos em sua pioneira pista de Tatuí, SP, mostrando falta de produtos em seu futuro. Novamente questionada, empresa saiu-se com uma hipérbole pouco explicativa. Aparentemente pouco há a negar.
O texto da Bloomberg mostrou, as definições estão em curso, e a falta de convencimento na negativa da Ford adensa a teoria do nada haver a ser dito.
Pessoalmente não creio na Companhia deixando Brasil e América Latina. É enorme e promissor mercado. Considero a possibilidade do encolher atividades, porém mantendo o pé na região, esperando a volta do ciclo dos grandes lucros.
No tema, liguei para um dos meus aconselhadores pessoais, homem prático, idoso, criador de bois no Goiás. Não entende de firulas da linguagem, mas da vida. Contei o caso didaticamente, empreguei o termo redesenho citado pelo executivo americano e repetido pela Ford no Brasil. Ouviu, falou pausadamente, concluindo com a objetividade do campo goiano: – Conversa para enganar mãe de moça. Este povo vai vazar ou minguar. (RN)
Fonte: http://www.autoentusiastas.com.br/2018/08/limo-presidencial-putin-e-sua-auris-senat/
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De novo, a mesma situação dos anos 80, a diferença é que poderiam sim melhorar e tem portfólio.
1) Os caras conseguem ser mais burros e piores que a PSA, o pós é considerado horrível entre as quatro grandes, e olha que eles tem um carro bom de venda (o Ka).
2) Erraram a mão no preço e no câmbio dupla embreagem do Focus e acabou com a imagem do carro, o sedan vende tanto quanto o Cruze Hatch, a fabrica da Argentina nem recebeu aval pra fazer nova geração e até hoje teimam em oferecer aquele lixo de câmbio..
3) Tão dormindo em conseguir oferecer o que já deveriam ter feito lá atrás, o Mustang tá vendendo muito mais que o Camaro que tá praticamente apaziguado pelo hiato e provável segurada da GM, prova de que a Ford deveria ter feito isso antes.
4) Estão dormindo no ponto, o Ecosport tá apanhando de todos os concorrentes e eles não tem uma Suv maior na faixa 100k pra concorrer com os outros.
5) Nessa onda Suv vem onda picapista, eles precisam investir em picapes de porte médio como Ranger antiga a F-150/250.
Desde o ano passado e em especial em 2018, são recorrentes as informações quanto às decisões da Ford para o seu futuro na América Latina. Em fevereiro Coluna obteve documentos indicando definição de encolher a empresa. Causa está em cinco anos seguidos de prejuízos, somando US$ 4,2B no período – a grosso modo perder diariamente R$ 10 milhões. E na situação da matriz, com largos investimentos em mudança de tecnologias em seus produtos, sem margem para desviar recursos e suprir filiais dando prejuízo.
Quarta feira, 2, em seguida à reunião para anúncio do balanço da empresa, Bob Shanks, diretor de finanças, utilizou linguagem florentina para projetar o futuro: “o negócio na região não possui uma forte posição competitiva”; enfatizou “não ter tido retorno apropriado e de um significativo redesenho no modelo de negócio local, onde jogar e como vencer”.
Na prática repetiu as palavras do executivo-chefe Jim Hackett há meses.
A agência econômica Bloomberg divulgou fato e informações de a Ford ter contatado FCA e Volkswagen sobre a possibilidade de venda.
Empresa não tem o que dizer; não apresenta dados; projetos; carros novos ou investimento para o futuro, e isto ficou espelhado no comunicado dirigido à preocupada rede de revendedores. Não assinado pelo presidente, mas por vice e diretor, diz ser incorreta a matéria, contestando-a com a declaração, onde utiliza a ampla imprecisão do termo redesenho, aplicado por Bob Shanks, para dizer da necessidade de rever a operação na América Latina, até onde devem participar e como vencer neste mercado.
Na prática
A meu ver não há dúvidas: a Ford decidiu enxugar a operação na América Latina. Nome pomposo, de prejuízos diários. Operações fechadas na Venezuela; muito dinheiro a receber do ex-companheiro Maduro; prejuízo nos dois países onde restam operações, Argentina e Brasil.
De muita conversa com fontes, gente especializada em mercado, e medidas adotadas pela empresa, Coluna publicou um resumo e projeções: na Argentina, não atualizar o Focus e o Ranger — mudanças apenas as legais e cosméticas. Aqui, em 2019, encerrar a fabricação de caminhões e do Fiesta na tradicional fábrica de São Bernardo do Campo, SP, vendendo a grande área à especulação imobiliária; ter apenas um produto, o Active, a ser feito sobre o recém apresentado Ka FreeStyle encerrando, também o EcoSport; concentrando produção na unidade de Camaçari, BA. Prazo desconhecido, pois há legislação de incentivos envolvida no processo, e a companhia faz lobby para extensão das benesses. Para não deixar sangrar o caixa dos revendedores, promete ampliar a importação de veículos.
À época, consultando o brasileiro mais qualificado na empresa, percebi uma crise em comunicação social ao não receber respostas sólidas.
Mês passado, adensando os cortes, a Ford dispensou quase todos os motoristas e analistas de comportamento de veículos em sua pioneira pista de Tatuí, SP, mostrando falta de produtos em seu futuro. Novamente questionada, empresa saiu-se com uma hipérbole pouco explicativa. Aparentemente pouco há a negar.
O texto da Bloomberg mostrou, as definições estão em curso, e a falta de convencimento na negativa da Ford adensa a teoria do nada haver a ser dito.
Pessoalmente não creio na Companhia deixando Brasil e América Latina. É enorme e promissor mercado. Considero a possibilidade do encolher atividades, porém mantendo o pé na região, esperando a volta do ciclo dos grandes lucros.
No tema, liguei para um dos meus aconselhadores pessoais, homem prático, idoso, criador de bois no Goiás. Não entende de firulas da linguagem, mas da vida. Contei o caso didaticamente, empreguei o termo redesenho citado pelo executivo americano e repetido pela Ford no Brasil. Ouviu, falou pausadamente, concluindo com a objetividade do campo goiano: – Conversa para enganar mãe de moça. Este povo vai vazar ou minguar. (RN)
Fonte: http://www.autoentusiastas.com.br/2018/08/limo-presidencial-putin-e-sua-auris-senat/
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De novo, a mesma situação dos anos 80, a diferença é que poderiam sim melhorar e tem portfólio.
1) Os caras conseguem ser mais burros e piores que a PSA, o pós é considerado horrível entre as quatro grandes, e olha que eles tem um carro bom de venda (o Ka).
2) Erraram a mão no preço e no câmbio dupla embreagem do Focus e acabou com a imagem do carro, o sedan vende tanto quanto o Cruze Hatch, a fabrica da Argentina nem recebeu aval pra fazer nova geração e até hoje teimam em oferecer aquele lixo de câmbio..
3) Tão dormindo em conseguir oferecer o que já deveriam ter feito lá atrás, o Mustang tá vendendo muito mais que o Camaro que tá praticamente apaziguado pelo hiato e provável segurada da GM, prova de que a Ford deveria ter feito isso antes.
4) Estão dormindo no ponto, o Ecosport tá apanhando de todos os concorrentes e eles não tem uma Suv maior na faixa 100k pra concorrer com os outros.
5) Nessa onda Suv vem onda picapista, eles precisam investir em picapes de porte médio como Ranger antiga a F-150/250.
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