Biden assina lei anti-inflação que garante investimentos na agenda climática
Internacional
16/08/2022 17:19 - 16/08/2022 19:02
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou a Lei de Redução da Inflação, após mais de um ano de debate sobre custos, impostos, créditos fiscais e regulamentos. A versão final veio mais desidratada do que o pacote de US$ 1,75 trilhão inicialmente anunciado pelo mandatário, chamado de Build Back Better.
"A lei faz tantas coisas por tantos anos e muitos de nós lutaram para que isso acontecesse", disse Biden em declarações na Casa Branca. "Este projeto de lei é o maior avanço sobre as mudanças climáticas de todos os tempos", completou o presidente.
A lei destina US$ 369 bilhões em subsídios para investir em projetos de energia renovável e produzir energia a partir de fontes renováveis - e inclui créditos para ajudar as fábricas a reequipar veículos elétricos ou outros produtos necessários em uma economia de baixa emissão de carbono.
Na área da saúde serão destinados US$ 64 bilhões, com os efeitos mais imediatos da nova medida começando no próximo ano, quando as pessoas dentro do Medicare verão seus custos de insulina limitados a US$ 35 por mês, além dos idosos ficarem elegíveis para receber certas vacinas gratuitamente.
Para conseguir aprovar a lei, Biden abandou algumas medidas do plano Build Back Better, que era o projeto original do presidente, anteriormente orçado em US$ 1,75 trilhão. Após pressões do senador democrata Joe Machin, o presidente desistiu de investimentos em creches e reduções de impostos para a classe média. A nova lei prevê uma taxação mínima de 15% sobre empresas com faturamento acima de US$ 1 bilhão por ano.
Biden reforçou em seu discurso que nenhum republicano votou a favor da nova lei, tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado. A lei foi aprovada na Câmara por 220 votos a favor, ante 207 votos contrários. Já no Senado, houve um empate em 50 votos, desempatado a favor dos democratas pelo voto de minerva da vice-presidente Kamala Harris.