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https://g1.globo.com/rj/rio-de-jane...conhecido-na-ufrj-posso-ser-quem-eu-sou.ghtml
Esse cool ambulante não tem paul ou bullceta?
"NÃO BINÁRIO"
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"NÃO BINÁRIO"
GLOBO LIXO disse:'Bem do Rio': conheça o 1º aluno não-binário a ter nome social reconhecido na UFRJ: 'Posso ser quem eu sou’
Luc Kuruta não se identifica com um gênero específico. Natural da Bahia, universitário diz que se sentiu 'em casa' no Rio de Janeiro para assumir sua verdadeira identidade.
Por Matheus Rodrigues e Jorge Soares, G1 Rio
26/06/2019 05h00 Atualizado há 5 horas
Infográfico: Fernanda Garrafiel/G1
Bem do Rio: Luc é o primeiro estudante não-binário a ter o nome social reconhecido na UFRJ
G1 RJ
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Bem do Rio: Luc é o primeiro estudante não-binário a ter o nome social reconhecido na UFRJ
Nascido em Cruz das Almas, no interior da Bahia, o universitário Luc Kuruta, de 22 anos, achou no Rio de Janeiro um lugar para chamar de lar e assumir sua verdadeira identidade. O novo "carioca", estudante de gastronomia, foi o primeiro aluno não-binário – que não se identifica com um gênero específico – a ter o nome social reconhecido na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em seu registros na faculdade, na carteirinha e nas listas de chamadas, o nome de batismo como menino – que ele prefere nem divulgar – ficou para trás.
“Desde que eu cheguei na UFRJ, eu venho me chamando de Luc Kuruta e todos os meus colegas assimilaram meu nome automaticamente. Eu não sofri nenhuma represália por isso. Tem pessoas que me chamam de “o” Luc ou “a” Luc, e para mim está correto de toda forma”, diz o estudante.
Na semana em que se comemora o Dia do Orgulho LGBT, celebrado na sexta-feira (28), a história de Luc Kuruta ilustra a segunda reportagem da série "Bem do Rio", que conta histórias de cariocas ou moradores da Região Metropolitana que, de alguma forma, têm uma relação especial com a cidade, com seus bairros e comunidades.
Luc Kuruta em seu quarto no alojamento estudantil da UFRJ — Foto: Jorge Soares/G1
“Sou um baiano bem do interior. Muitas pessoas como eu, às vezes não compreendem como se sentem por falta de informação. Quando eu vim para cá, como eu estava sozinho, foi o momento de dizer assim: ‘Ninguém está aqui para me julgar. Eu posso ser quem eu sou’”, disse o futuro gastrônomo.
Nem a saudade dos outros oito irmãos faz Luc pensar em sair da Cidade Maravilhosa quando terminar a faculdade. Ele diz que “se encontrou” profissionalmente e pessoalmente.
A definição de um gênero não provoca mais dor de cabeça:
“Eu tenho que explicar três termos básicos: o que é o cis, o que é o trans e quem é não-binário. Cis é toda pessoa que nasceu em um gênero e se identifica com o mesmo gênero que ela nasceu. Uma pessoa trans é uma pessoa que nasceu com um gênero, mas se identifica com outro. Uma pessoa não-binária é aquela que nasceu em um gênero e não se identifica com um em específico”, disse Luc.
Natural da Bahia, Luc Kuruta não quer ir embora do Rio de Janeiro — Foto: Jorge Soares/G1
“Dentro dessa classificação, eu entro como uma pessoa trans, mas como uma pessoa trans não-binária. Eu não consigo me identificar o tempo todo como homem e nem o tempo todo como mulher. Eu fico ali fluindo entre um e outro”, explicou.
Se assumir não-binário foi uma conquista pessoal para Luc, mas ele garante que a intensidade foi muito maior ao ser compartilhada com amigos e professores. A maior parte das pessoas, inclusive, nem sabem seu nome registrado em cartório na certidão de nascimento.
Luc tem a gastronomia como uma terapia — Foto: Jorge Soares/G1
“Pouco a pouco, os professores também foram assimilando meu nome. Quando eu consegui a minha identidade social, foi muito feliz compartilhar isso com todo mundo. Parece que a vitória não foi só minha. A vitória foi de todo mundo que estava ali me apoiando”, completou.
Gastronomia terapia
Luc Kuruta tem muitas virtudes: costura suas próprias roupas e faz concertos elétricos no alojamento estudantil onde mora. Em sua lista de vícios, estão a banda japonesa Arashi e o êxtase pela cor roxa, que dá o tom em todos os itens do seu quarto. Mas sua maior paixão é a gastronomia que serve como terapia.
“A cozinha para mim é conversar com si próprio. Eu consigo me expressar pela forma como eu cozinho. Ela é uma terapia, ela faz com que eu possa me sustentar de certa forma, tanto financeiramente quanto psicologicamente.”
Esse cool ambulante não tem paul ou bullceta?
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