A célebre frase do Dr. Manhattan na minha assinatura já expõe meu pensamento sobre isso....
Esse tópico é bem interessante, e vou colocar aqui um apontamento que fiz em outro tópico há alguns anos...eu tive uma verdadeira epifania existencial. E ela é muito triste e desanimadora.
Em primeiro lugar, na minha concepção pessoal, a experiência mais similar ao que ocorre após a morte é quando nós desmaiamos. A gente não sonha, não pensa, não raciocina. Quando recobramos a consciência, sempre estamos desnorteados, e sequer conseguimos entender ou compreender o que se passou no momento em que apagamos até o despertar. Não houve pensamentos, ideias, sonhos, etc. Nada...absolulamente nada.
É simplesmente um enorme vazio, tudo escuro, negro, sem consciência, apenas...o nada. Desmaiei apenas duas vezes na minha vida, e a última vez que apaguei não faz muito tempo. Estava imerso na mais absoluta escuridão. Não havia nada. Eu acredito que deve ser mais ou menos assim quando morremos.
Por isso, eu penso bastante sobre a morte...e confesso que as vezes me dá um certo pânico...uma sensação de medo...euforia...desespero...por isso essa pesquisa é, na minha opinião, uma besteira. Pois em meu caso, penso e reflito sobre a morte. Sou niilista assumido, entendo e compreendo perfeitamente que a vida não tem sentido. Nascemos e morremos, e como seres vivos, temos a premissa de perpetuar a nossa espécie, por isso o sexo muitas vezes é algo colocado no pedestal, porque no fundo, somos seres instintivos, e temos esse instinto animalesco que nos induz a querer reproduzir. Daí vem a minha observação: nós nascemos, vivemos e morremos. Todo o resto são criações realizadas ao longo do curso da história para preencher o vazio de nossas vidas.
Serve como um meio de nos entreter, de manter nossas cabeças ocupadas, pois a morte é algo iminente, é a única certeza soberana que temos das nossas vidas, e também é a maior justiça que existe: pois a morte atinge a todos sem distinção, independentemente da casta social, do status, cor de pele, crença, ideologia política, etc. Nada disso importa, iremos todos morrer.
É duro admitir, mas é isso mesmo. Não tem sentido, simples. As pessoas se apegam demais, e tentam justificar suas efêmeras existências através de diversas coisas supérfluas, como religião, casamento, estudos, carreira profissional, etc.
Porque a essência básica da vida é nascer, procriar e morrer. Então foi essa a conclusão que cheguei. Todas as outras coisas são invenções humanas criadas para tentar preencher o vazio existencial. Ocupar nossa cabeça para não pensar no destino iminente que nos aguarda: morrer. Porque senão simplesmente enlouqueceríamos.
Por isso, tem certo sentido afirmar que não pensamos na morte e queremos fugir dela, mas não é bem nessa linha que a pesquisa apontou. Boa parte das pessoas simplesmente passam a pensar em outras coisas, para deixar de pensar nesse assunto, ou acabam buscando conforto no intangível, no inexplicável, que é a religião na maioria dos casos.