Claro que há. Vale lembrar na década de 50 o esforço que o Brasil fez para conseguir tornar o país viável na produção de soja e como isso foi bastante fruto de pesquisa da cientista Johanna Döbereiner.
A questão, cara, é que, diferente dos EUA que, apesar de ter um agro forte e pulsante, investe pesadamente em tecnologia e ciência, não se deixando ficar refém do comercio exterior, produzindo sua própria tecnologia. Não é à toa que o agronegócio representa menos de 5% do PIB americano e funciona muito mais como uma medida de proteção alimentar diante das adversidades naturais ou de negociações externas do que qualquer outra coisa.
Todo país sério faz reserva de safras em grãos para situações emergenciais. O Brasil supervisona através da Conab, mas no governo Temer, ouve diminuição das reservadas o que aumentou E MUITO a dependência do país em situações críticas do grão estrangeiro. Resultado disso foi que, durantete a pandemia, faltou alimentos como feijão e arroz e Brasil teve recorrer a países estrangeiros, porque tivemos a proeza de negligenciar a reserva.
E até em fertilizantes que éramos independentes nos tornamos dependentes. Agora temos que negociar mais do que nunca com a Rússia para isso.
Se no agro que é carro-chefe do país fazemos cagadas homéricas, imagine em outros setores. Alias, vocês não reclamam tanto na alta do dólar? Isso, em partes, é também intencional, tá, tem muita gente ganhando dinheiro e querendo manter o dólar alto. Eles ganham, nós, todavia, perdemos.
Então, cara, antes de falar besteira, vá pesquisar mais. Somos um país colônia do atraso. A intenção da nossa elite e dos países estrangeiros é manter o país como uma colônia de commodities e produtos agrícolas. Depois vocês ficam se questionando porque tudo aqui é caro e precário e não há desenvolvimento real. Tá aí o resultado de nossas decisões políticas.