deriks
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Quando a Tectoy anunciou, em 2017, que iria fazer um Mega Drive "raiz", eu fiquei pilhado pra comprar. É meu console favorito, e mesmo que meu antigo tenha morrido, ainda tenho alguns cartuchos. Chegou 2017 e então eu levantei a minha sobrancelha, porque ali não era um Mega, mas chegava perto.
Vamos ser justos sobre algo: não tem como fazer um Mega original. As fabricantes não fazem mais os mesmos chips, nosso conceito de placas e etc mudaram... Então sim, é pedir muito por um Mega Drive igual ao de antigamente nos dias de hoje. Porém, existem duas saídas: a primeira é emulação, que há diversas opções para diversos sistemas operacionais e que dá pra rodar em basicamente todo hardware atual; a segunda é de uma fabricante pegar um hardware em particular e adaptar pra ele funcionar usando nas configurações que o Mega original funcionava.
O Mega Drive de 2017 usa a alternativa do hardware ficar mais próximo possível do hardware original, promovendo uma autenticidade maior e não sendo tão demorado pro desenvolvimento. O original basicamente usa dois chips principais, um pra CPU de 7.6MHz e um de áudio e vídeo rodando a 3.58MHz. O problema é que não basta apenas deixar os chips na mesma configuração. Jogos usam variáveis de frequência, principalmente os mais modernos, e isso vale ainda mais pro som, já que é algo que a natureza por si só é variável. De toda forma isso não impediu da Tectoy de lançar o console assim, até porque várias outras empresas mundo afora também fizeram isso. O diferencial ficou pelo fato de que isso pode ser modificado de forma não muito difícil, e a própria empresa garantiu um suporte pra melhoria dessas coisas, o que ela realmente fez
Desde do lançamento, um entusiasta chamado Neto ficou observando certos códigos de ciclos que o Mega Drive de 2017 rodava. Ele percebeu ao longo do tempo que haviam algumas linhas de códigos que mudava a velocidade dos jogos, atrapalhando a reprodução deles. Ele então fez patches durante esse tempo e ofereceu através do portal dele. A Tectoy entrou em contato e agregou como update oficial, unindo a comunidade com o corporativo.
Mesmo com melhorias, o aparelho ainda não dá aquele resultado ideal. Os problemas mais notáveis são do áudio, que às vezes soa agonizante. A comunidade e a própria Tectoy aparentemente pararam de ir atrás de melhorar o console, e agora parece que você só compra mais pra suprir o fator da nostalgia da caixa e da carcaça.
Se você quer jogar seus cartuchos antigos e não se importa tanto com a qualidade, essa vai suprir bem. Se você quer uma alternativa mais próxima do console real e com toque dos tempos atuais, o Mega SG da Analogue é de longe a melhor pedida - e provavelmente a mais cara também. Mas se você quer apenas jogar, melhor comprar um Raspberry Pi, até porque dá pra colocar vários outros emuladores e eles rodam bem.