San Andreas
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7 de Julho de 2018
Izabella Fernandes, de oito anos, ganhou tratamento de um salão da cidade; caso ganhou grande repercussão após a mãe da criança fazer um desabafo nas redes sociais.
Fernanda Taysa diz que recebeu muitos convites de profissionais especialistas em cachos de todo o país para tratar o cabelo de Izabella, após o caso ganhar grande repercussão.
Entenda o caso
Na última segunda-feira (2), Fernada Taysa, mãe da menina Isabella Fernandes, postou um desabafo em uma rede social, que viralizou. Nele, a mulher conta que a namorada do pai da menina cortou e alisou os cabelos da criança sem a autorização dela. Logo após o procedimento a criança se arrependeu do procedimento e ficou com a autoestima baixa, chegando a sofrer com os comentários dos colegas de escola.
"Quando eu cheguei na escola, pedi licença para entrar na sala de aula, aí meus colegas começaram a me zoar, falaram que parecia que eu tinha levado um choque”, contou Izabella ao G1.
https://g1.globo.com/mg/vales-mg/no...i-ganha-tratamento-e-volta-a-ter-cachos.ghtml
A resistência do projeto “Faça Amor, Não Faça Chapinha”
nspiradas pelos ideais de valorizar a beleza real da mulher brasileira e lutar contra os padrões de beleza impostos, jovens pernambucanas criaram o projeto “Faça Amor, Não Faça Chapinha”. A finalidade da inciativa dessas recifenses é convidar as mulheres a assumirem seus cabelos naturais. Torná-las capazes de enxergar que há uma urgente necessidade da mídia nacional se recriar para mostrar a verdadeira imagem das mulheres que vivem no Brasil.
“O movimento começou com a criação de uma página no facebook. A arte foi feita por Letícia Carvalho, a idealizadora e designer do projeto”, conta Amanda Bomfim. Segundo a ativista, a artista fez o desenho inspirada no "Faça Amor, Não Faça a Barba", corrente virtual que fez com que as pessoas vissem com outro olhar homens que usam barba, o que antes era considerado falta de higiene e cuidado.
Padrão de beleza imposto pela mídia
“Tentamos desconstruir a rotulação e o preconceito. Quando alguém reproduz que determinado aspecto é melhor do que outro - formato do corpo, comportamento de acordo com gênero, texturas de cabelos - dá a ideia de que há pessoas melhores do que outras”, pontua Bomfim. A iniciativa pretende fortalecer os ideais de beleza negra que são ocultados pelas imagens midiáticas. “Um povo que se sente inferior a outro não valoriza sua cultura, personalidade e identidade. Além disso, esse sentimento ruim vem sendo passado de geração a geração e acumula enorme opressão sobre as pessoas”, completa a ativista.
A luta declarada pelas meninas através de uma rede social aos poucos ultrapassou as telas do computador e invadiu as ruas do estado de Pernambuco e do Brasil. Em alguns meses de FANFC, apelido atribuído ao projeto, elas criaram camisetas, botons, ecobags e diversos produtos que carregam mensagem de libertação dos cabelos crespos. Elas apareceram na TV, em sites e o movimento cresce mais a cada dia.
“É difícil fazer com que uma pessoa negra, que já possuí sentimento de inferioridade em relação às outras etnias, acreditar em si mesma, defender suas raízes culturais e escolhas”, destaca Bomfim. Ademais, ela acredita ser ainda mais difícil fazer o opressor entender o quanto essa agressão é prejudicial. Por isso, o projeto não pretende enfrentar pessoas que acreditam no conceito de que determinado tipo de cabelo é "ruim”. “Nossa escolha não é explicar para um preconceituoso que ele está errado e sim o inverso: explicar para o aquele que sofre o preconceito que todos são iguais e todas as culturas são belas”, completa.
Discriminação
“Que as crianças são ensinadas pelo exemplo, isso é fato. E também são ensinadas a discriminar”, destaca a ativista. O projeto participou de experiências em escolas estaduais de Pernambuco levando a mensagem da diversidade e do respeito e a beleza encontrada nas diferenças.
“Queremos participar de mais eventos em escolas, ambientes populares, eventos voltados para o diálogo, debate e oficinas. Todo ano acontece o Encrespa, um evento nacional em várias capitais, com movimentos equivalentes reunidos junto com a população para oficinas e debates”, conta Bomfim. Para ela, em um ambiente em que a intolerância é combatida, sobra espaço para as coisas boas como respeito, amor e valorização da cultura. Isso faz com que a criança fique mais sujeita a ter sua personalidade e identidade amadurecida e menos alienada.
A inciativa carioca do projeto Afrobetizar, no Rio de Janeiro, também oferece oficinas e atividades que quebram estereótipos e mostra para as crianças do morro do Cantagalo a importância de valorizar as raízes africanas da cabeça aos pés.
Bonito é ser feliz
O projeto incentiva o questionamento do ideal de "cabelo bonito". Esse padrão leva muitas mulheres a terem vergonha de seus cabelos e não assumir suas verdadeiras identidades. Além da imposição de um único molde de cabelo, mudar a aparência custa caro e faz mal à saúde. Os produtos químicos utilizados no processo de alisamento são agressivos e prejudicam o crescimento e desenvolvimento dos fios de cabelo.
“Você não precisa estar num determinado padrão para ser bonita. A beleza está em ser feliz, e quando isso acontece, o olhar tem mais brilho, o sorriso é verdadeiro”, aconselha Amanda Bomfim. A mensagem deixada pela ativista vale também para os homens que ainda se sentem tímidos para assumir o penteado black ou mesmo tranças rastafári.
http://www.namu.com.br/materias/mulheres-contra-escova-progressiva
Transição capilar: 6 garotas provam que é possível sim recuperar os cachos
https://mdemulher.abril.com.br/cabe...rovam-que-e-possivel-sim-recuperar-os-cachos/
1. Ana Lídia Lopes, do Apenas Ana
2. Nina Gabriella, Youtuber
3. Luciene Batalha, blogueira
4. Katarina Mendes, administradora da página Faça Amor, Não Faça Chapinha
5. Maraisa Fidelis, do Beleza Interior
6. Rayza Nicácio, blogueira e youtuber
Izabella Fernandes, de oito anos, ganhou tratamento de um salão da cidade; caso ganhou grande repercussão após a mãe da criança fazer um desabafo nas redes sociais.
Fernanda Taysa diz que recebeu muitos convites de profissionais especialistas em cachos de todo o país para tratar o cabelo de Izabella, após o caso ganhar grande repercussão.
Entenda o caso
Na última segunda-feira (2), Fernada Taysa, mãe da menina Isabella Fernandes, postou um desabafo em uma rede social, que viralizou. Nele, a mulher conta que a namorada do pai da menina cortou e alisou os cabelos da criança sem a autorização dela. Logo após o procedimento a criança se arrependeu do procedimento e ficou com a autoestima baixa, chegando a sofrer com os comentários dos colegas de escola.
"Quando eu cheguei na escola, pedi licença para entrar na sala de aula, aí meus colegas começaram a me zoar, falaram que parecia que eu tinha levado um choque”, contou Izabella ao G1.
https://g1.globo.com/mg/vales-mg/no...i-ganha-tratamento-e-volta-a-ter-cachos.ghtml
A resistência do projeto “Faça Amor, Não Faça Chapinha”
nspiradas pelos ideais de valorizar a beleza real da mulher brasileira e lutar contra os padrões de beleza impostos, jovens pernambucanas criaram o projeto “Faça Amor, Não Faça Chapinha”. A finalidade da inciativa dessas recifenses é convidar as mulheres a assumirem seus cabelos naturais. Torná-las capazes de enxergar que há uma urgente necessidade da mídia nacional se recriar para mostrar a verdadeira imagem das mulheres que vivem no Brasil.
“O movimento começou com a criação de uma página no facebook. A arte foi feita por Letícia Carvalho, a idealizadora e designer do projeto”, conta Amanda Bomfim. Segundo a ativista, a artista fez o desenho inspirada no "Faça Amor, Não Faça a Barba", corrente virtual que fez com que as pessoas vissem com outro olhar homens que usam barba, o que antes era considerado falta de higiene e cuidado.
Padrão de beleza imposto pela mídia
“Tentamos desconstruir a rotulação e o preconceito. Quando alguém reproduz que determinado aspecto é melhor do que outro - formato do corpo, comportamento de acordo com gênero, texturas de cabelos - dá a ideia de que há pessoas melhores do que outras”, pontua Bomfim. A iniciativa pretende fortalecer os ideais de beleza negra que são ocultados pelas imagens midiáticas. “Um povo que se sente inferior a outro não valoriza sua cultura, personalidade e identidade. Além disso, esse sentimento ruim vem sendo passado de geração a geração e acumula enorme opressão sobre as pessoas”, completa a ativista.
A luta declarada pelas meninas através de uma rede social aos poucos ultrapassou as telas do computador e invadiu as ruas do estado de Pernambuco e do Brasil. Em alguns meses de FANFC, apelido atribuído ao projeto, elas criaram camisetas, botons, ecobags e diversos produtos que carregam mensagem de libertação dos cabelos crespos. Elas apareceram na TV, em sites e o movimento cresce mais a cada dia.
“É difícil fazer com que uma pessoa negra, que já possuí sentimento de inferioridade em relação às outras etnias, acreditar em si mesma, defender suas raízes culturais e escolhas”, destaca Bomfim. Ademais, ela acredita ser ainda mais difícil fazer o opressor entender o quanto essa agressão é prejudicial. Por isso, o projeto não pretende enfrentar pessoas que acreditam no conceito de que determinado tipo de cabelo é "ruim”. “Nossa escolha não é explicar para um preconceituoso que ele está errado e sim o inverso: explicar para o aquele que sofre o preconceito que todos são iguais e todas as culturas são belas”, completa.
Discriminação
“Que as crianças são ensinadas pelo exemplo, isso é fato. E também são ensinadas a discriminar”, destaca a ativista. O projeto participou de experiências em escolas estaduais de Pernambuco levando a mensagem da diversidade e do respeito e a beleza encontrada nas diferenças.
“Queremos participar de mais eventos em escolas, ambientes populares, eventos voltados para o diálogo, debate e oficinas. Todo ano acontece o Encrespa, um evento nacional em várias capitais, com movimentos equivalentes reunidos junto com a população para oficinas e debates”, conta Bomfim. Para ela, em um ambiente em que a intolerância é combatida, sobra espaço para as coisas boas como respeito, amor e valorização da cultura. Isso faz com que a criança fique mais sujeita a ter sua personalidade e identidade amadurecida e menos alienada.
A inciativa carioca do projeto Afrobetizar, no Rio de Janeiro, também oferece oficinas e atividades que quebram estereótipos e mostra para as crianças do morro do Cantagalo a importância de valorizar as raízes africanas da cabeça aos pés.
Bonito é ser feliz
O projeto incentiva o questionamento do ideal de "cabelo bonito". Esse padrão leva muitas mulheres a terem vergonha de seus cabelos e não assumir suas verdadeiras identidades. Além da imposição de um único molde de cabelo, mudar a aparência custa caro e faz mal à saúde. Os produtos químicos utilizados no processo de alisamento são agressivos e prejudicam o crescimento e desenvolvimento dos fios de cabelo.
“Você não precisa estar num determinado padrão para ser bonita. A beleza está em ser feliz, e quando isso acontece, o olhar tem mais brilho, o sorriso é verdadeiro”, aconselha Amanda Bomfim. A mensagem deixada pela ativista vale também para os homens que ainda se sentem tímidos para assumir o penteado black ou mesmo tranças rastafári.
http://www.namu.com.br/materias/mulheres-contra-escova-progressiva
Transição capilar: 6 garotas provam que é possível sim recuperar os cachos
https://mdemulher.abril.com.br/cabe...rovam-que-e-possivel-sim-recuperar-os-cachos/
1. Ana Lídia Lopes, do Apenas Ana
2. Nina Gabriella, Youtuber
3. Luciene Batalha, blogueira
4. Katarina Mendes, administradora da página Faça Amor, Não Faça Chapinha
5. Maraisa Fidelis, do Beleza Interior
6. Rayza Nicácio, blogueira e youtuber
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