O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


OS Books [+reading now]

Niko

V Has Come To
VIP
Mensagens
6.784
Reações
6.605
Pontos
954
9rpNT9T.jpg


Numa e a ninfa de Afonso Lima Barreto


Por já ter lido 2 livros do Lima Barreto, seus dois principais, e mesmo conhecendo seu estilo literário e crítico, ao pegar esse livro, ao julgá-lo pelo título ainda tinha esperanças de ler um bom romance romântico. Ledo engano, se tem alguma coisa que podemos definir de Lima Barreto é que ele sabe criticar a política brasileira e brasilidade do povo, principalmente em seus anos pós-império. Crítico, satírico e sagaz, o autor não perde a razão ao denunciar e desaprovar a política brasileira mais uma vez.
O romance em questão pesa a mão na escrita rebuscada e dificultosa, não é pra qualquer leitor de primeira viagem, eu mesmo acabei me perdendo várias vezes na sua escrita, mas o tom que o livro tem também não ajuda muito. Por possuir muitíssimos personagens e não focar em nenhum deles a gente acaba se perdendo um pouco, é difícil de memorizar quem são e suas características. A história trabalha com muita política por debaixo dos panos, mostra toda a zona intrínseca do jeitinho brasileiro, de como tudo sempre foi criado e sempre esteve ali enraizado em nossa cultura desde sempre. A alta sociedade política só se preocupa com si mesma, com sua herança, com sua família, e nunca existem preocupações com o que o povo ta sentindo, ta passando ali na base, o foco é apenas sugar tudo das tetas da república, nem que seja preciso o uso da força.

O livro da Penguim e Companhia das letras é muito bem acabado, muito bem estudado pelos estudiosos, com um excelente prefácio, ótimas notas ao final (notas mais gramaticais, pra quem é da área) e possui uma qualidade excelente. Sempre recomendo nesses livros dessa editora a ler a introdução por último, pois pode conter spoilers pelos estudiosos que escrevem o prefácio.

Como disse, não é o livro mais tranquilo de ler, e seu seguimento também se demonstra um pouco complicado, por ter instruções políticas um pouco diferentes das que temos hoje, não há muita compreensão de como funcionava o sistema de eleição daquela época inicial de república, do final do século XIX, e como o autor não explica, por que é subentendido para a época, acabamos nos perdendo um pouco, por mais que haja certa tentativa de elencar o interior dos personagens.
Em minha opinião não é a melhor obra de Lima Barreto, que trouxe um crítica maravilhosa no excelente Clara dos Anjos (1922 e 1948) e uma alegoria muito gostosa em Triste Fim de Policarpo Quaresma (1916). O autor é um de meus favoritos do modernismo e da crítica social e racial brasileira, mas esse livro em questão deixou a desejar. O título do livro também deixa ambíguo seu propósito, pois vemos muito pouco o protagonista (Numa Pompilio) e a Ninfa traz uma imensa obscuridade sobre seu significado, que a meu ver não foi efetivo para a história e o que ela pretendia trazer.
 

extremepower

Lenda da internet
Mensagens
34.353
Reações
47.411
Pontos
1.599
Tenho aqui o primeiro dessa série, gostaria de ler antes de ver os filmes, mas é meio grandinho né? dá um pouco de preguiça pq sempre quando começo a ler quero terminar logo rsrs leio compulsivamente lol
O primeiro é grande sim, mas uma delícia. No começo foi uma leitura meio chata, cheio de termos e nomenclaturas próprias, tem que o olhar o apêndice toda hora, mas logo você acostuma e aí a leitura anda. E te digo, melhor livro que já li até o momento na vida.
 

Asha

Bam-bam-bam
Mensagens
2.434
Reações
7.559
Pontos
453
9788525413789.jpg

Já vi esse livro ser referenciado em milhares de obras da cultura pop (principalmente desenhos animados), mas só fui lê-lo mês passado. Me arrependo muito disso pois é uma excelente leitura.

"Ratos e Homens" ("Of Mice and Men", título baseado num trecho do poema "To a Mouse" - A um Rato - de Robert Burns) se passa durante a Crise de 1929/Grande Depressão dos Estados Unidos e conta a história de George e Lennie, uma dupla que está sempre andando de um lugar para outro devido as confusões que Lennie causa. George é um homem baixinho, ranzinza mas astuto que cuida do alto, forte, gentil porém mentalmente deficiente Lennie. Para raiva de George, a obsessão de Lennie por coisas bonitas e animais fofinhos para "fazer carinho" (que ele sempre acaba matando por não saber medir sua força) e seus ataques de pânico repentinos sempre obrigam os dois a largar seus empregos e fugirem de pessoas furiosas.

Após escapar de mais uma encrenca, dando uma parada numa floresta, os dois pegam um ônibus para uma fazenda onde foram chamados a serviço. Nela, os dois pretendem ganhar dinheiro e realizar seu principal sonho: comprar um pedaço de terra onde poderão ficar a vontade, sendo senhores de si mesmos. No entanto, como começarão a ver, essa não será uma tarefa fácil...

images

Durante muito tempo, eu fiquei me perguntando o por quê desse livro ser tão mencionado por desenhos animados e, após ler tudo e ver algumas opiniões, acho que acabei descobrindo o motivo: Aparentemente, Ratos e Homens popularizou pelo menos três tipos de personagens que são bastante vistos neles: "O baixinho enraivecido esperto e o alto, forte mas burro", "O personagem que ama animais mas que acaba os machucando ou matando por ingenuidade", "O gênio e o imbecil". Não há como ver as interações entre George e Lennie e não lembrar de algum cartum. Alguns deles até usam os nomes da dupla!

HENPECKED%2BHOBOES%2B4.png

5da425383f1a39669cb7dd91912f4e97.jpg

PinkyBrain-TakingOverTheWorld-LtdEdCel.jpg


O livro não é muito longo (A edição mais acima totaliza 144 páginas) e corre num ritmo bem rápido, mesmo sendo antigo. Caso queira ler algo bom e mais leve em termos de páginas, recomendo bastante.

PS: Esse é um livro que deve ser lido com sabedoria, separando o joio do trigo, pois possui algumas coisas características de sua época como racismo. Um dos personagens é referido e tratado de maneira extremamente pobre por outros, porém isso é reflexo do ano em que foi publicado (1937), mostrando a realidade daquele tempo.
 
Ultima Edição:

Araknidium

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
269
Reações
970
Pontos
538
514WyjuBgeL.jpg


Terminei de ler Deuses Americanos e gostei da história apesar de não curtir muito esse lance de "fantasia urbana". Mas indicaria tranquilamente pra quem gosta. A próxima leitura será Bilhões e Bilhões do Carl Sagan.
 


Ulisses Seventy Eight

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
4.268
Reações
5.423
Pontos
703
Lendo Nunca Desista de Seus Sonhos de Augusto Cury e Os Quatro Amores de C. S. Lewis (ambos fisicos e depois serão doados ja).

E no Kindle Lendo Mario Persona e sua série o que aprendi com a Biblia.
 

extremepower

Lenda da internet
Mensagens
34.353
Reações
47.411
Pontos
1.599
Bom vinha lendo bastante coisa desde que aderi a esse maravilhoso hobby em julho desse ano, mas esse mês passado tava de férias viajando e dei uma esfriada, voltei essa semana e peguei firme, terminei o segundo livro (da primeira trilogia) de Duna. Achei o livro em si inferior ao primeiro, o que não quer dizer que seja ruim, é que o primeiro é muito fora da curva, mas o final do segundo é do mesmo nível do primeiro livro, IMO.

Agora começando um um pouco diferente dessa linha ficção que vinha lendo:

5126eSrThKL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg
 

Niko

V Has Come To
VIP
Mensagens
6.784
Reações
6.605
Pontos
954
IElsaT1.jpg


O mulato de Aluísio Azevedo

Não estava dando muita coisa pra esse livro não, comecei só porque era o último livro da minha coleção que ainda tava lacrado, tinha comprado há uns dois anos antes. Primeira obra que vejo do Aluísio Azevedo e fiquei simplesmente boquiaberto com o quanto esse cara escreve, é um livro maravilhoso.
A ideia de trazer São Luis do Maranhão como pano de fundo pra se passar a história de inicio não me agradou muito porque prefiro muito mais a corte do Rio de Janeiro daquela época, mas São Luís daquele tempo não tinha muita diferença não, principalmente pela disparidade da família rica com o resto da sociedade. O autor também era maranhense, e conhecia muito bem a cidade e embora de família rica e branco, sempre se encontrou solicito e contra a escravidão e o racismo e esse livro escancara e dá um put* soco na boca do estômago com essa visão de superioridade e que era corriqueira daquela época, que muitos romancistas jamais falaram sobre. A crítica é latente, real e muito necessária para a época em questão que foi lançada, uma verdadeira obra que retrata o racismo de verdade, e na sua forma mais pura, sem as perfumarias e politicagens, ou vitimização e devaneios que existem hoje em dia.

Adoro uma boa história de romance da época e o livro em questão sabe focar muito bem nisso, traz personagens auxiliares, como muitos livros desse tempo, mas foca muito bem em seus protagonistas que pra mim é o ponto principal e surge uma linda história de amor que acaba se vendo num fogo cruzado do puro naturalismo brasileiro, muito bem expresso pelo Aluísio Azevedo, com traços de realismo, numa trama crassa, colérica, trágica e muito triste. Consegue trazer à tona a visão da sociedade, a preocupação com sua reputação, as fofocas, o medo da exposição e dos comentários, traz um ponto de vista que eu ainda não tinha experienciado, além é claro do ponto de vista daquele que mais sofre com tudo isso e que leva o título do livro.

A escrita do autor é muito boa, simples, de fácil entendimento, consegue trazer muito carisma aos seus personagens e não traz muita gente à tela, consegue relativamente focar em seu grupo de protagonistas, sendo o destaque mesmo para o casal de protagonistas Raimundo e Ana Rosa. É possível notar que o protagonista masculino ficou bem descrito, mas senti que faltou um pouquinho mais da descrição da Ana Rosa, que ele optou por descrever mais pelas suas emoções do que pela parte física, que prefiro mais e que o Machado de Assis, por exemplo, sabe fazer muito bem. Mas, ainda assim o casal consegue fazer a gente se apaixonar, torcer e se envolver com a história como um todo e por isso pra mim já vale. Também a história é sensacional, digna de 5 estrelas. Não me apaixonava assim por um bom romance há bastante tempo. Fiquei extremamente interessado em mais obras do autor. Vou deixar um trecho da história no spoiler. Livro sensacional, recomendo.


— Mulato!...
...Aquela simples palavra dava-lhe tudo o que ele até aí desejara e negava-lhe tudo ao mesmo tempo, aquela palavra maldita dissolvia as suas dúvidas, justificava o seu passado; mas retirava-lhe a esperança de ser feliz, arrancava-lhe a pátria e a futura família; aquela palavra dizia-lhe brutalmente: “Aqui, desgraçado, nesta miserável terra em que nasceste, só poderás amar uma negra da tua laia! Tua mãe, lembra-te bem, foi escrava! E tu também o foste!”
"Mas, replicava-lhe uma voz interior, que ele mal ouvia na tempestade do seu desespero; a natureza não criou cativos! Tu não tens a menor culpa do que fizeram os outros, e no entanto és castigado e amaldiçoado pelos irmãos daqueles justamente que inventaram a escravidão no Brasil!
E na brancura daquele caráter imaculado brotou, esfervilhando logo, uma ninhada de vermes destruidores, onde vinham o ódio, a vingança, a vergonha, o ressentimento, a inveja, a tristeza e a maldade. E no círculo do seu nojo, implacável e extenso, entrava o seu país, e quem este primeiro povoou, e quem então e agora o governava, e seu pai, que o fizera nascer escravo, e sua mãe, que colaborara nesse crime. “Pois então de nada lhe valia ter sido bem educado e instruído; de nada lhe valia ser bom e honesto?... Pois naquela odiosa província, seus conterrâneos veriam nele, eternamente, uma criatura desprezível, a quem repelem todos do seu seio?..” E vinham-lhe então, nítidas à luz crua do seu desalento, as mais rasteiras perversidades do Maranhão;
 

0am

Novato
Mensagens
19
Reações
39
Pontos
13
Terminei Pluto (ou Um deus chamado dinheiro) do Aristófanes. É um autor que trabalha muito bem com o humor, tirando o sarro de alguns personagens históriocos, bem como a linguagem escrachada que os personagens usam; isso deixa a obra mais leve e mais fácil de ser lida. Porém tem outro aspecto dos textos dele, sempre achei que o Aristófanes pende mais para filosofia do que para a literatura (ou dramaturgia), os problemas que ele colocam não são nada sutis, são todos muito bem expostos, às vezes mais expostos do que em algumas obras filosóficas.

Neste livro em questão, a "bomba" é a relação entre dinheiro e moralidade. Acho que poderia ter abordado de maneira mais profunda, nesse livro ficou muito superficial, não foi muito bem feito como em suas outras obras. Além de que me parece que a história ficou incompleta também, ele não conclui a obra. Por isso acabei achando um texto bem mais fraco que os outros dele. No fim das contas, achei legalzinho.

Fiz umas observaçõezinhas sobre alguns pontos que achei interessantes. Perdão se não me fiz claro, escrevo muito mal e não manjo nada de crítica literária; além de não ter o hábito da leitura.

A história começa com o personagem principal, Crêmilo, tentando curar a cegueira de Pluto - o deus o dinheiro. A ideia é curar a cegueira dele para que ele possa diferenciar as pessoas justas das injustas, para assim recompensar os indivíduos corretos com riquezas. Já começa com uma reflexão: "Por que pessoas ruins são recompensadas com riquezas?"

Logo, de início Crêmilo é questionado pela Pobreza, sim a pobreza em carne e osso, personificada em forma de gente. E ela bate de frente com ele, pois como o plano dele parte do princípio de deixar as pessoas ricas; ele, por consequência lógica, estaria tentando acabar com ela (a pobreza). Seus argumentos giram em torno de que a pobreza mantem as pessoas honestas, então o contato com o dinheiro deixaria as pessoas cegas para isso, sempre fazendo com que desejassem mais e mais; ignorando o que é certo, e passando por cima de qualquer tipo de moral.

O segundo ponto também é interessante, pois ela entra no mérito dos políticos. Dizem que quando eles começam a sua carreira, ainda quando são pobres, eles tendem a ser mais honestos; mas quando conseguem deslanchar e se tornarem grandes legisladores, ocorre aquele problema mencionado acima. Mas o que chama a atenção não é necessariamente a repetição deste argumento, mas o fato da desonestidade ser necessária para o sucesso - ao menos na política. Veja, o político honesto, seguidor de uma boa moral, acaba restringindo seus meios de ação, logo tendo menos poder para iniciar ou sobreviver em sua carreira política. Por outro lado o desonesto, justamente por ser um cretino, pode mentir, enganar, trapacear a roubar à vontade; na verdade, cometer todos estes atos, lhe garante vantagem política, pois ele não restringe seus meios de ação através da moral. Bizarro, neǵocio foi escrito em 500 a.C e já tem um maquiavelismo sendo discutido aqui.

Mas enfim, na história, Pluto recupera a visão, e com isso ele garante riqueza a alguns personagens na história. Daí vem outra crítica por parte do autor, de que as pessoas mudam totalmente quando possuem dinheiro, é nítido a mudança de caratér destes personagens - pessoas que outrora eram boas, mostram sua verdadeira face.
 
Ultima Edição:

SithLord

Mil pontos, LOL!
Mensagens
9.047
Reações
17.305
Pontos
1.024
Screenshot_2023-11-27-11-08-58-177_com.amazon.mShop.android.shopping-edit.jpg
Bom livro, leve e divertido. Li o livro em uma tarde, e narra a história de um doggo que é roubado e tem que sobreviver. Tem um filme baseado no livro, O Chamado da Floresta com Harrison Ford. Mas o filme é bem diferente.


Depois, li O Alquimista, do Paulo Rabbit. Bacana também, ainda mais pela mensagem passada.

Agora, tô em dúvida se começo O Caçador de Pipas ou O Diário de Anne Frank.
 

extremepower

Lenda da internet
Mensagens
34.353
Reações
47.411
Pontos
1.599
Bom vinha lendo bastante coisa desde que aderi a esse maravilhoso hobby em julho desse ano, mas esse mês passado tava de férias viajando e dei uma esfriada, voltei essa semana e peguei firme, terminei o segundo livro (da primeira trilogia) de Duna. Achei o livro em si inferior ao primeiro, o que não quer dizer que seja ruim, é que o primeiro é muito fora da curva, mas o final do segundo é do mesmo nível do primeiro livro, IMO.

Agora começando um um pouco diferente dessa linha ficção que vinha lendo:

5126eSrThKL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg
Esqueci de postar aqui, mas acabei de ler na semana passada. Excelente livro, pesado, com assuntos que te fazem refletir, sentir mal, como liberdade, escravidão, fome, tortura, etc, recomendo muito. A leitura em si é bem tranquila.

Curiosidade inútil, vou levar pra toda vida agora o que é um pint. Kkkkkk
Pra mim era só um estilo de copo de cerveja, mas na verdade é uma medida. Uma personagem pede um pint num bar e certo momento, mas o garçom briga com ele porque só tem copo de meio litro ou de 1 litro e pint da um pouco mais de meio litro. Kkkk inútil, mas legal.

Essa semana vou começar a câmara secreta, uma leitura mais light depois desse soco no estômago. E também pra deixar essa época do ano mais leve. Kkk
 

SithLord

Mil pontos, LOL!
Mensagens
9.047
Reações
17.305
Pontos
1.024
Esqueci de postar aqui, mas acabei de ler na semana passada. Excelente livro, pesado, com assuntos que te fazem refletir, sentir mal, como liberdade, escravidão, fome, tortura, etc, recomendo muito. A leitura em si é bem tranquila.

Curiosidade inútil, vou levar pra toda vida agora o que é um pint. Kkkkkk
Pra mim era só um estilo de copo de cerveja, mas na verdade é uma medida. Uma personagem pede um pint num bar e certo momento, mas o garçom briga com ele porque só tem copo de meio litro ou de 1 litro e pint da um pouco mais de meio litro. Kkkk inútil, mas legal.

Essa semana vou começar a câmara secreta, uma leitura mais light depois desse soco no estômago. E também pra deixar essa época do ano mais leve. Kkk

Eu comecei a ler O Caçador de Pipas.
Mas abandonei, tem um tema que eu não consigo lidar bem, que é estupro, de criança ainda.

Não vou conseguir ler. Parti pra outro.
 

Crota

Supra-sumo
Mensagens
283
Reações
1.005
Pontos
168
Visualizar anexo 359818
Bom livro, leve e divertido. Li o livro em uma tarde, e narra a história de um doggo que é roubado e tem que sobreviver. Tem um filme baseado no livro, O Chamado da Floresta com Harrison Ford. Mas o filme é bem diferente.


Depois, li O Alquimista, do Paulo Rabbit. Bacana também, ainda mais pela mensagem passada.

Agora, tô em dúvida se começo O Caçador de Pipas ou O Diário de Anne Frank.

Aceita uma sugestão?
Diário de Anne Frank é muito bom, mas o livro É isto um homem?, escrito pelo italo/hebreu, Primo Levi, é simplismente excepcional. Sério, sem forçar a barra, é a melhor obra escrita por um sobrevivente dos campos de extermínio do Terceiro Reich. Cara...ele conta como era feito o saibro (aquela areia vermelha de quadra de tenis) usada para pavimentar o chão da vila de oficiais da SS dentro de Auschwitz, utilizando cinzas de judeus; dantesto! Os travesserios que utilizavam fios de cabelos das criancas executadas e como os cabos e soldados, supervisionados por um segundo sargento, se embreagavam com absinto no crematório (com endosso do dirigente do campo) para anestesiar qualquer lapso de consciência e moralidade. A intenção explícita em desumanização do outro antes de matar que, segundo Levi, é necessario para cometer os atos hediondos; "É isto um homem? ", título do livro, não é uma indagação se os nazi eram humanos, essa pergunta era feita com uma nefasta ironia pelos próprios alemães referente a natureza biológica dos hebreus, eslavos e ciganos.

Não é um livro longo, mas você precisa estar num momento legal da sua vida e ter estômago, é uma narração extremamente detalhista e incômoda. Se você leu Holocausto Brasileiro, livro que narra execuções e maus-tratos dos internos no manicômio da cidade de Barbacena, estará um tanto calejado para essa leitura e, mesmo assim, sentirá um profundo desconforto com a escrita.

É um livro fantástico, mas você precisa estar em um bom momento da sua vida para ler, é uma leitura bem complicada para digerir.
 
Ultima Edição:

KlTKAT395

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
5.517
Reações
12.009
Pontos
503
O Natal de Poirot. Sempre leio esse e a A Aventura do Pidim de Natal nessa época.
 

ovelha1790

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
2.965
Reações
3.736
Pontos
709
Sobre 2023:
7,851 pages read
20 books read
Shortest Book 185 pages
Longest Book 658 pages
Average book length in 2023 392 pages

Meu top 3 do ano:
O problema dos três corpos
Tress e o Mar de esmeralda
A Guerra da Papoula
 

ovelha1790

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
2.965
Reações
3.736
Pontos
709
Vamos lá, aproveitei a primeira semana de janeiro de férias pra ler algumas coisas que eu queria faz muito tempo:
1704816075557.png
5/5 - Favoritado - Achei sensacional. Conta a história de 2 amigos durante 30 anos, eles se tornando desenvolvedores de jogos e tendo sucesso na área.
É um romance mas nem é tanto romance, pois o foco principal é a amizade dos dois e os altos e baixos dessa relação de amizade e profissional.

1704816149081.png
4/5 - Suspense de detetive do King. Primeiro da trilogia. Li em 2 ou 3 dias.
Sou suspeito pra falar pois adoro King, mas achei sensacional e a história me prendeu totalmente, tanto que não conseguia parar de ler.

Agora vou pro segundo da trilogia.
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
Mensagens
35.822
Reações
93.123
Pontos
1.353
8137t6aR6+L._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg

Mickey7

Que livro meus senhores.... que livro!!!!
devorei em 2 dias, 300 e la vai pedradas de paginas, e olha que boa parte do dia eu to trabalhando, ou dormindo, ou fazendo alguma coisa mais importante do gastar tempo lendo algo ficticio.


É uma mistura de SOMA(aquele jogo pirokudo do c***lho que me deixou em choque por dias) com Guerra do Velho. Nesses 2 dias que eu tava devorando cheguei a passar reto numa estação que eu desço todo santo dia pra trocar de trem pra ir trabalhar, eu tava tão vidrado na história que só fui perceber que tinha passado do ponto quando notei a paisagem "familiar mas que eu não deveria estar vendo".
 
Ultima Edição:

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
Mensagens
35.822
Reações
93.123
Pontos
1.353
Vamos lá, aproveitei a primeira semana de janeiro de férias pra ler algumas coisas que eu queria faz muito tempo:
Visualizar anexo 368665
5/5 - Favoritado - Achei sensacional. Conta a história de 2 amigos durante 30 anos, eles se tornando desenvolvedores de jogos e tendo sucesso na área.
É um romance mas nem é tanto romance, pois o foco principal é a amizade dos dois e os altos e baixos dessa relação de amizade e profissional.

Visualizar anexo 368666
4/5 - Suspense de detetive do King. Primeiro da trilogia. Li em 2 ou 3 dias.
Sou suspeito pra falar pois adoro King, mas achei sensacional e a história me prendeu totalmente, tanto que não conseguia parar de ler.

Agora vou pro segundo da trilogia.

se eu fosse recomendar a "eu do passado", eu falaria pra pular o 2. ler o 3 depois Outsiders(é "continuação").
 
Ultima Edição:

Mestre Viril

Mil pontos, LOL!
Mensagens
6.835
Reações
12.556
Pontos
1.089
Visualizar anexo 368666
4/5 - Suspense de detetive do King. Primeiro da trilogia. Li em 2 ou 3 dias.
Sou suspeito pra falar pois adoro King, mas achei sensacional e a história me prendeu totalmente, tanto que não conseguia parar de ler.

Agora vou pro segundo da trilogia.
Não é querendo mijar no seu cereal, o segundo livro é bacaninha, mas é quase como uma outra história. O terceiro livro é a verdadeira sequência de Mr. Mercedes e é ruim de doer o saco, tipo quando alguém pega suas bolas por baixo e torce de ruim. Muitas situações forçadas e uns rolês "sobrenaturais" sem pé nem cabeça.

King já foi muito foda a ponto de ser meus escritor preferido, mas até eu tenho que admitir que o cara já não tem mais a manha. O último livro dele que li foi Joyride, até a metade é muito bom, mas depois desce ladeira abaixo com a força de um cometa, aí dropei o escritor.

Seria melhor se ele largasse mão, pois tá ficando feio.
 

ovelha1790

Ei mãe, 500 pontos!
Mensagens
2.965
Reações
3.736
Pontos
709
Não é querendo mijar no seu cereal, o segundo livro é bacaninha, mas é quase como uma outra história. O terceiro livro é a verdadeira sequência de Mr. Mercedes e é ruim de doer o saco, tipo quando alguém pega suas bolas por baixo e torce de ruim. Muitas situações forçadas e uns rolês "sobrenaturais" sem pé nem cabeça.

King já foi muito foda a ponto de ser meus escritor preferido, mas até eu tenho que admitir que o cara já não tem mais a manha. O último livro dele que li foi Joyride, até a metade é muito bom, mas depois desce ladeira abaixo com a força de um cometa, aí dropei o escritor.

Seria melhor se ele largasse mão, pois tá ficando feio.
A o king sempre foi de altos e baixos.
Como ele tem muito conteúdo, não precisa obrigatoriamente ler as coisas novas dele.
Eu li recentemente muita coisa boa dele, então ainda fica no meu agrado (Novembro de 63, O instituto, Depois, Billy Summers).
É um dos meus favoritos.
 

Niko

V Has Come To
VIP
Mensagens
6.784
Reações
6.605
Pontos
954
vMb3Z7h.jpg


Duna - Livro 1 de Frank Herbert

Esse livro é considerado por muitos um dos melhores livros de ficção científica, um dos melhores livros já escritos, é favorito de muita gente, por isso, minhas expectativas eram bem altas e esperava muito dele. No final, posso concluir que é bom, mas não sei se é tudo isso. O autor tem uma forma bastante simplista de escrever, possui características que nunca tinha visto, como o foco nos pensamentos do personagens de uma forma bastante peculiar e, claro, criou um vasto mundo, fantástico e bem descrito no decorrer do livro.

A história em si é muito boa, não tem como negar, atemporal, lúcida e original, a trama desperta muita curiosidade, muitos questionamentos pela parte do leitor, tem um ótimo clima de ação também, tema que raramente leio, mas que gosto bastante principalmente em filmes. Possui um certo tom futurístico distópico e assolador que dá um clima muito gostoso a sua aura. Mas, dito isso, não sei se é realmente esse suprassumo todo que muita gente prega. Minhas dificuldades se concentram principalmente no tom e personalidade de toda a família Atreides e seus associados. Todos, e não posso ser menos enfático que isso, repito, todos os personagens desse núcleo são excepcional e inequivocamente muito bons em praticamente tudo. Tipo, eles são muito fodões e raramente erram, já sabem tudo o que pode ou vai acontecer, já treinaram todo tipo de arte, preveem os pensamentos e as jogadas de todos os outros personagens, ou se não forem tudo isso, são personagens extremamente magnânimos, altruístas, generosos e perfeitos em todas suas artes e personalidades. E o fato do protagonista Paul Muad'dib se tornar o que ele se tornou no livro eleva tudo isso a máxima potência, o cara é simplesmente perfeito demais. Estou bastante curioso pra ver como eles deslocam tudo isso para as telas do cinema, ainda não vi o filme baseado nesse livro, estou bastante empolgado pra ver a adaptação, dizem que o filme é bom e pelo que já vi do elenco e o diretor são um grupo bastante respeitável.

O fato de o autor focar bastante nos pensamentos dos personagens dá um tom muito grosseiro e chinfrim, pois é um pegada bastante de anime e mangá, na qual os personagens pensam desse forma, faço muita conexão com o dragon ball que tinha determinado personagem pensando tipo "nossa, ele é muito forte" ou "como não pude prever esse golpe?", e tudo isso combinado com a perfeição do Paul Atreides como protagonista os personagens parecem mais escritos por um autor muito jovem ou para o público juvenil, tipo harry potter, crepúsculo ou hush-hush. Sei que a trama e os personagens não tem nada a ver com esse tipo de trama, mas a sensação que passa é que os personagens são fodas e perfeitos demais e por serem jovens e de uma casa renomada a única conexão que posso fazer é essa.

O livro também é celebrado por sua adaptação aos temas de sobrevivência em tempos hostis, sua abrangência sobre temas como reaproveitamento de água e ecologia planetária. Não sei até que ponto o autor estudou tais temas ou até que ponto suas criações possuem tons de fidelidade, mas devo dizer que são bastante originais e certamente revolucionárias, acredito que são mais fictícias e difíceis de reproduzir no mundo real, mas mesmo assim muito criativas e dão a trama a fidelidade e originalidade necessária para construir uma boa história.
O tema que abarca a ecologia e planetologia são sem duvidas pontos altos do livro, fascinantes assim como as doutrinas apresentadas, exceto a ultrapassada e até com tons de culto e adoração a uma imagem religiosa, mas as doutrinas bene gesserit, principalmente aquela que ensina sobre o medo, as doutrinas fremem com relação à água, a relação dos Harkonnen com os Sardaukar e a guilda, toda essa parte política ficou muito boa.
A escrita do autor é bastante simples, bem fácil de entender, diria até simples demais e, tirando aquela parte dos pensamentos dos personagens, a escrita parece basicamente um roteiro de filme, pois se distancia de grandes autores literários. Enfim, o livro é muito bom, mas esperava um pouco mais por tudo que falam e divulgam sobre, esperava também que fosse um livro único ou que tivesse no máximo duas sequencias, mas acabei de ver aqui que possui inúmeras sequências, isso desanima um pouco a ler o resto, pois tenho um monte de livro no backlog, pelo menos o próximo livro é curto, mas enfim recomendo, bom livro.
 

Asha

Bam-bam-bam
Mensagens
2.434
Reações
7.559
Pontos
453
719QjnQF8vL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg

"The Machine Stops" ("A Máquina Parou") é um daqueles contos bem antigos estilo "Admirável Mundo Novo" e "1984" que te surpreende por refletir, e muito, o mundo que temos hoje. Ele foi escrito em 1909 mas possuí vários detalhes parecidos com a sociedade atual.

No mundo de "The Machine Stops", os seres humanos vivem totalmente isolados em pequenos quartos, tendo todas as suas necessidades básicas - Descanso, Alimentação, Ar, Divertimento e Socialização - atendidas por uma máquina no qual veneram. O manual de instruções da máquina é tratado como um livro sagrado, as pessoas conversam somente a distância, em busca de "ideias novas" (ou seja, opiniões de outras pessoas. Ninguém pensa por si), enquanto coisas "não-mecânicas" como contato físico, pensamentos independentes, fé e natureza são tratados com gigante desprezo e asco. A humanidade se tornou tão dependente dessa máquina que até o simples ato físico de se pegar um livro do chão se torna inimaginável.

Um dos momentos que mais me chamou atenção nesse livro é esse trecho que toca na parte das ideias "de primeira mão"(deixo em spoiler para caso alguém queira ler o conto totalmente cego), que me lembra demais de como absorvemos informações da mídia e de outras pessoas:

Edit: O spoiler está cortando o parágrafo, então vou deixar só em forma de quote mesmo.

"Cuidado com as ideias de primeira mão!" exclamou um dos mais avançados deles. "Ideias de primeira mão não existem de verdade. Elas são simplesmente impressões físicas produzidas por amor e medo, e nessa fundação vulgar, quem poderia erguer uma filosofia? Deixem suas ideias serem de segunda mão e, se possível, décima mão, pois assim elas serão removidas daquele elemento perturbador - observação direta. Não aprenda nada sobre a minha matéria - a Revolução Francesa. Ao invés disso, aprenda sobre o que eu penso sobre o que Enicharmon pensou que Urizen pensou que Gutch pensou que Ho-Yung pensou que Chi-Bo-Sing pensou que Lafcadio Hearn pensou que Carlyle pensou que Mirabeau disse sobre a Revolução Francesa. Pela mediação dessas dez grandes mentes, o sangue que foi derramado em Paris e as janelas que foram quebradas em Versailles serão clarificadas para uma ideia no qual vocês poderão usar em grande proveito nas suas vidas diárias. Mas tenham certeza de que os intermediários são muitos e variados pois na história uma autoridade existe para contra-atacar outra. Urizen deve contra-atacar o ceticismo de Ho-Yung e Enicharmon, eu mesmo devo contra-atacar a impetuosidade de Gutch. Você que me ouve está em melhor posição para julgar sobre a Revolução Francesa do que estou. Seus descendentes estarão numa posição ainda melhor que a sua pois eles aprenderão o que você pensa que eu penso, e, ainda sim, outro intermediário será adicionado a corrente. E com o tempo" - sua voz se levantou - "virá uma geração que foi além dos fatos, além das impressões, uma geração absolutamente incolor, uma geração 'seráficamente livre da mancha de personalidade' no qual verá a Revolução Francesa não como ela aconteceu, não como eles gostariam que acontecece mas como ela poderia ter acontecido, se ela tivesse se manifestado nos dias da Máquina".

O parágrafo demostra um fenômeno que acontece desde os primórdios da sociedade, porém sinto que não há como observá-lo sem vir a mente a muitas das mudanças que aconteceram de uns anos pra cá graças a evolução da tecnologia, dos meios de comunicação e divulgação de certos valores políticos por pessoas tanto "de cima" quanto "de baixo".

Eu li a história em inglês e enquanto ela possuí uma linguagem um pouquinho arcaica - como mencionei, foi escrita em 1909 - ainda a considero como uma excelente leitura e comida para o pensamento. Recomendo muito para quem gosta de ficção no estilo dos livros que citei no primeiro parágrafo do post.
 
Ultima Edição:

ᴇʟʏsɪᴜᴍ

Zima Blue
VIP
Mensagens
28.660
Reações
57.219
Pontos
1.003
Livros lidos em 2024:

81ibfYk4qmL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg

A obra de J.K. Rowling apresenta uma riqueza de detalhes e um desenvolvimento de personagens mais aprofundado do que a adaptação cinematográfica, mas, no geral, são obras bem similares. O filme é bem fiel ao livro, e como eu não gosto tanto assim do filme e só começo a gostar realmente da franquia Harry Potter a partir do terceiro filme, posso dizer que a sensação foi a mesma aqui. Foi um livro interessante, mas eu não leria outra vez. Minhas expectativas estão baixas para o segundo livro, que comecei a ler, e meu hype está em chegar logo no terceiro.
61Fo3CitEGL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg

O livro traz consigo uma premissa interessante com a escolha da narradora, o que confere ao livro uma atmosfera única desde o início. O ritmo não me agradou tanto, e eu demorei um tempo considerável para terminar, mas o saldo ainda é positivo. A obra oferece uma visão peculiar sobre a condição humana em tempos de desespero.
51mzhH0wXsL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg


Tenta fugir do lugar comum, mas não passa de um Crepúsculo 2.0.

Também li outros, mas são mais "técnicos":

Mentes_Perigosas.png


artworks-kVFtqqLQoEtCJCUw-eL1R4A-t500x500.jpg


 
Ultima Edição:
Topo Fundo