Se os eleitores do Amoedo justificam o seu voto pelas ideias modernas de mercado e pelo gerecialismo no serviço público, ao revés, concretamente contra o estatismo desenfreado da esquerda brasileira, por que na atual conjuntura da corrida eleitoral insistem em oferecer seus votos para a soma de um corpo de 3% quando se tem o antipetismo com reais possibilidades de vitória cujo plano econômico é assemelhado a ele?
Qual a finalidade prática deste somatório de votos no que tange aos propósitos institucionais da República do Brasil? Sério. Objetivamente falando. Qual?
Ou seria só para se pagar de gatão ou gatinha moderna e intelectoide, que vota em um político sofisticado? É só para servir como argumento de autoridade de tua intelectualidade política? Quer dizer, só está preocupado com a emulação egoica da tua esfera individual, quando baterá palma para si mesmo de que votou lá em 2018 no Amoedo, numa eventual conversa nos corredores do ensino médio ou nos bancos acadêmicos?
Bem, está tão cego e lambuzado na afirmação pessoal que já não percebeu que estas eleições já se tornaram plebiscitárias: antipetismo x petismo?
Questão de prioridades.
Quem tem saúde mental, pensa. Não é reativo.
Bonito post. Mas entenda, não vou criticar o Bolsonaro, até pq meu voto é nele, mas algumas coisas no seu post são exatamente o que afastam muitos. Uma questão de princípios mesmo.
E eu vejo como conceitos muito errados (minha visão, meus principios). E é direito seu também ter estes conceitos.
As "ideias" de mercado não são "modernas", na verdade são bem antigas. Adam Smith já investigava a causa da riqueza das nações antes da independência dos EUA por exemplo, la para 177x+-.
No período pré-revolução industrial e no período próximo, o intervencionismo e dirigismo na economia era absurdamente menor do que é hoje. O "controle da economia" pelo estado é algo novo, datando do final do seculo XIX e inicio XX.
Podemos tambem verificar pelas datas de criações de bancos centrais, que tambem seguem esse padrão, com exceção do inglês que é de 1670 mais ou menos.
No Brasil podemos citar Getúlio "O petróleo é nosso" Vargas, os militares também (com a criação do banco central em 64) e mais recentemente o fortalecimento desse dirigismo consolidado na constituição de 88.
Então "moderninho" é acreditar num "dirigente magnânimo da economia que resolverá todos os problemas".
Quanto a "finalidade prática deste somatório de votos no que tange aos propósitos institucionais da República do Brasil?" Voce já pensou que podem haver pessoas que, para parecer um intelectual do nivel de Olavo vou enviar um palavrão no meio, CAGAM para os " propósitos institucionais da República do Brasil"?
Eu to preocupado comigo, com minha família, meu vizinho, meus amigos, com o cara que não consegue abrir uma empresa, e com o que não tem trabalho porque o anterior não consegue abrir sua empresa. Estou preocupado com as pessoas, não com o "brasil".
E para defender que eu DEVO me preocupar com isso, deve defender o mesmo que o PT defende, a doutrinação, o fim da liberdade de pensamento, o fim dos direitos individuais, e todo um sistema de controle e eterna vigília das pessoas, do que pensam, falam e fazem.
Quanto a "se pagar de gatão ou gatinha moderna e intelectoide, que vota em um político sofisticado?" Isso não faz sentido, já que aqui está se discutindo em quem votar, propostas, valores, etc. O mais "aceito" seria dizer que vota no Bolsonaro. Que é o que a maioria aceita. E tambem posso fingir e falar que votaria em qualquer um ué.
A unica coisa que vejo, é a tentativa de convencer pelo MEDO as pessoas, a mesma EXATA tática do PT quando dizia que " os monstros do PSDB vão acabar com o bolsa família, buhuuu!!!!".
Ai se alguém fala que os eleitores menos moderados do Bolsonaro se comportam igual aos petista, a galera fica mordida. Mas ta ai, bem claro.
"Prioridades" não existem. ou é prioridade, ou não é.
A MINHA prioridade pode ser diferente da sua. Eu posso considerar que muitos votos no Amoedo mostram o quanto o pensamento mudou. Ou posso pensar outra coisa, e daí?
Quanto a:"Quem tem saúde mental, pensa. Não é reativo"
Mas quem vota por puro MEDO, não está exatamente pensando, está apenas reagindo a um estimulo.
Ah sim, eu tenho intenção de voto ainda no Bolsonaro, mas esse tipo de post dá vontade de responder. Pois é o tipo de post que me impulsiona pro lado do Amoedo de novo.
Não. Você leu o último parágrafo pelo visto e não raciocinou. Julgou com má vontade.
Vamos ser lúcidos e objetivos.
Porque na reta final deste pleito, depois da sucessão de ideias discutidas por todos os candidatos, incluindo o Amoedo, o cenário se findou completamente plebiscitário - de um lado o Bolsonaro e do outro o Haddad. Ou estou sofrendo alucinações?
Ambos são figuras diametralmente opostas que estão eminentemente firmes para ganhar o pleito. Ponto final. Não há como fugir destes dois. Certo?
Portanto, quem vota em Bolsonaro AGORA vota norteado por um dos dois propositos, a saber: ou porque é alinhado aos seus ideais; ou porque eminentemente está imbuído do antipetismo, sob a reflexão racional que fizera: para a saúde institucional do Brasil, antes Bolsonaro do que a CLEPTOCRACIA petista.
Isso é um julgamento OBJETIVAMENTE lúcido e duro. Já não há mais o que questionar.
De modo que votar agora em Amoedo, ou Marina, ou Daciolo, ou Boulos, é puramente um voto egoísta, seja por purismo ideológico, seja por paixões à personalidade, seja por idolatria partidária.
Quer dizer, doa a quem doer, não é um voto conscientemente cidadão, republicano, na acepção mais pura e real das palavras, que é prezar, antes de qualquer sentimento individual e ideológico, pela impossibilidade de qualquer chance de vitória do banditismo petista, em nome da higidez institucional e financeira do país.
Bem, mas se você acha que há um valor subjacente, do qual não enxergo, em compor este eleitorado de 3% do Amoedo, uma vez que seja coletivo e brasileiro, vai fundo, campeão.
E é aqui que novamente o Bolsonaro perde eleitores do Amoedo. Isso tudo é puro coletivismo, resumir um individuo a um "cidadão", um coadjuvante em sua própria vida, que ele não pode fazer o que lhe é natural, pensar em si próprio, na sua família, porque precisa pensar no "país". o "individuo não importa", o que importa é o "contribuinte," o que dá seu trabalho pela beleza do país, mesmo que morra fazendo isso. Não existe "objetivismo" se voce despreza o indivíduo.
Esse é o mesmo problema essencial de toda a esquerda: onde deve-se "
prezar, antes de qualquer sentimento individual e ideológico
, pela impossibilidade de qualquer chance de vitória do banditismo petista, em nome da higidez institucional e financeira do país.
"
Todo esse sistema moderno que falei, intervencionista, dirigista, é baseado nesse coletivismo. O sistema de livre mercado, de liberdade, é individualista, as pessoas COOPERAM e se relacionam, mas não são "COMANDADAS" por uma personalidade.
Esse coletivismo que faz "liberais" pensarem que se a economia não "deslanchar" rapido, pelo "bem do Brasil", o bolsonaro poderia simplesmente mudar todas as regras. Sem dar tempo realmente de ter efeito. Pensando nas proximas eleições.
E quem vota no Amoedo, em muitos casos, é que nem que seja por instinto, percebe que ele não quer ser um "coletivo" e sim um individuo.