Acho que é sempre interessante lembrar que o propósito de um remake é atualizar uma obra pras novas gerações, mantendo o espírito/ideia/essência do original. Isso envolve liberdade criativa pra alterar e/ou substituir elementos artísticos da obra, o que inclui (e muito frequentemente) a parte de direção de arte (que é só um dos muitos elementos que compõem o que o pessoal chama de "gráficos").
Ainda que eu não duvide de uma liberação do Bird Studio e/ou família do Toriyama, eu particularmente acho que isso não define a qualidade ou essência do jogo em si, especialmente pq no caso de CT, o character design é só um dos muitos elementos característicos do jogo, diferente de, por exemplo, Go Go Ackman, cuja essência é baseada quase que totalmente em ser um jogo "do mini Trunks" por conta do character design do Toriyama carregar a trilogia nas costas.
Como mencionaram ali em cima, a Level 5 tem artistas que estão mais do que capacitados pra participar de um possível remake e entregar um resultado até melhor do que com a arte do Toriyama (pq sim, é icônica, mas não intocável).
Além disso, é muito importante lembrar que num remake, você assume que tá entregando uma nova visão daquela obra. Pega aí o remake do
FF7, que o pessoal gosta tanto. Não dá pra negar que o design do original é icônico (pro bem ou pro mal) pela característica dos moldes SD. Mas não acho que alguém aqui tenha reclamado da nova direção de arte que foi adotada nesses remakes infinitos que têm sido feitos.
Outro exemplo: Link's Awakening. Eu adoro a arte do original, mas não nego que a direção de arte do remake me agrada tanto quanto a do gameboy, mas entendo que um jogo feito hoje, ainda que seja um remake que apela pro público do original, também precisa atender ao público novo, que vai ter seu primeiro contato com essa obra através de uma versão que conversa melhor com essa geração atual, que é tão consumidora quanto nós mais velhos.