No primeiro quadro, temos os seguintes cenários:
a) O cidadão de bem entrega o bandido, que se rende, para a polícia. Para isso, o bandido tem que ter o bom senso de se entregar. Convenhamos, a probabilidade desse cenário é bem pequena;
b) O cidadão de bem mata ou fere gravemente o bandido. Será processado e os advogados do MP farão com que deseje algo tão doce quanto a dor, parafraseando um dos filmes da Marvel;
c) O bandido mata ou fere gravemente o cidadão de bem. Cenário de longe o mais provável, pois o bandido tem o elemento surpresa. Ao contrário da polícia, que existe para isso, o cidadão de bem nunca está preparado para um ataque. Ter uma arma em casa não que dizer de forma alguma que uma pessoa está preparada.
No segundo quadro o cidadão tem grande probabilidade de sobreviver, apenas com alguns pertences subtraídos. Mas dinheiro, diferentemente do tempo, perde-se hoje e ganha-se depois.
Não precisa ser um gênio para saber que mais armas em circulação não são a solução para melhorar nossos índices de homicídio.