https://threadreaderapp.com/thread/1193728496624951296.html
Desmontando a ficção liberal antibolsonarista chamada “acordão” — [Edição de Colecionador]
A anatomia de uma narrativa política falsa é geralmente marcada pela recorrência a um recurso chamado falácia de falsa equivalência.
Exemplos:
“Bolsonaro jantou hoje. Sabe quem também jantava? Hitler!”
“Moro assessorou Rosa Weber. Logo, Moro é próximo do STF”
Percebem o ardil?
Vamos reconstruir os fatos.
Diversos ministros do STF, desde antes do fim das eleições de 2018, vinham propondo um pacto entre poderes por REFORMAS: repactuação federativa, combate ao crime, reformas tributária, previdenciária e desburocratização.
Toffoli, como presidente do STF no 1º ano do próximo presidente e da próxima legislatura, era quem mais falava. Mas não era o único, pois tal entendimento sobre colapso das contas públicas e convulsão social sem reformas estava pacificado no Supremo.
Houve tentativa de formalizar esse pacto. Um pacto EXCLUSIVAMENTE sobre esforço para reformar o Estado brasileiro.
Tanto era apenas sobre REFORMAS que o Centrão esperneou, pois não queria aprovar nada sem toma lá dá cá, como se vê na reportagem a seguir.
Iniciativa pode não encontrar respaldo no STF e foi recebida com desconfiança na Câmara e no Senado
oglobo.globo.com
Essa é a 1ª premissa falsa da tese do “acordão”:
“Toffoli já planejava acordão desde 2018”
Fica demonstrado que o que Toffoli e STF planejavam era que o STF não melasse reformas, pois a esquerda iria impetrar ADCs contra as reformas, especialmente a Previdência. Congresso idem.
A essa 1ª premissa está subordinada uma outra, segundo a qual Toffoli e o STF tinham DEPENDÊNCIA de um acordão pra surrar e mutilar a Lava Jato.
Nada mais CABALMENTE falso. Mas essa ilação é inserida no raciocínio de modo sub-reptício, sorrateiro, para enganar os incautos.
A fonte do poder do STF em atacar a Lava Jato e soltar corruptos é unívoca: GILMAR MENDES.
É ele o “swing vote” que mudou desde 2017, quando a Lava Jato pegou Temer e seus amigos do PSDB. Ele dá a maioria de 6 votos contra a LJ no plenário e de 3 votos na 2ª turma.
O que pode ser conferido aqui:
O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou hoje contra a prisão de condenados em segunda instância — e a posição representa uma mudança no entendimento do ministro. De novo.Em 2009, durante análise de um habeas corp
noticias.uol.com.br
E aqui:
José Dirceu deve ser solto, ex-tesoureiro do PP ficará em liberdade até análise de recursos e busca e apreensão feita em apartamento de Gleisi é anulada
gauchazh.clicrbs.com.br
Mas, mais do que isso, Gilmar Mendes foi o artífice, a mente que arquitetou o maior golpe já sofrido pela Lava Jato: a indicação de Raquel Dodge por Michel Temer.
Com seus olhos claros e sua fala plácida, Dodge atropelou Lava Jato, como quer seu paraninfo, Gilmar, pedindo homologação para apenas uma delação premiada ao relator no STF, Edson Fachin, que a delatou
politica.estadao.com.br
Esses dois fatos são suficientes para colapsar o ardil de “acordão”.
Mas as outras premissas arroladas pelos liberais também são falsas.
A mais notória: diziam que Bolsonaro queria fritar Moro. É claro que é mentira, e Moro é leal e homem honrado.
Ministro da Justiça, antes considerado 'ingrato', agora acumula pontos
www1.folha.uol.com.br
Toffoli tramou com ministros do STF pautar prisão em 2ª instância em setembro de 2018 (!). Com o voto de Minerva de Gilmar contra prisão em 2ª instância, a vitória de Toffoli JÁ ERA CERTA.
Logo, dizer que “acordão permitiu enterrar a Lava Jato” é FALSO.
Prestes a assesumir a presidência do STF, Dias Toffoli planeja pautar prisão em 2ª instância só em 2019. Pior para Lula. Leia na Gazeta do Povo
www.gazetadopovo.com.br
O AGU André Mendonça não foi indicado “por proximidade com Toffoli” PORRA NENHUMA.
Foi indicado pra se opor a aborto e criminalização de homofobia no STF. Para combater o STF, portanto. O fato de ter bom trânsito com Toffoli é pra articular freio ao STF.
Mendonça discute com deputados projeto contra a criminalização da homofobia e pautas que envolvem aborto e a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal
oglobo.globo.com
Ter bom trânsito na instituição em que se atua é fundamental para a eficácia pragmática da atuação jurídica.
Tanto é que Sepúlveda Pertence, ex-presidente do STF, assumiu a defesa de Lula justamente por bom trânsito em cortes superiores.
E o bom trânsito do AGU é bem-sabido. E importante para tentar amansar as feras pró-crime do STF. Foi uma tentativa em vão para pacificar o STF. Mas, ainda assim, válida.
Um AGU beligerante contra o STF jogaria o Supremo no colo do golpismo do Congresso.
'Ministro terrivelmente evangélico' da AGU pode ser um nome para futura vaga na Corte? O presidente especula...
veja.abril.com.br
O fato de terem uma relação civilizada e bom diálogo com Toffoli NUNCA, JAMAIS fez alguém considerar os generais Fernando Azevedo e Silva, e Joaquim Silva e Luna como “contra Lava Jato” ou “pró-acordão”.
Obviamente, o mesmo se aplica ao AGU Mendonça.
Grandes reportagens sobre os principais acontecimentos do Brasil e do mundo.
epoca.globo.com
O PGR Augusto Aras não foi “indicado como parte do acordão”. Foi indicado por Alberto Fraga, antigo líder da Bancada da Bala e amigo de Bolsonaro há décadas, com 4 objetivos: ser pró-armas, pró-negócios, conter o ambientalismo no MP e APOIO A LAVA JATO.
oglobo.globo.com
Diante da ameaça de lulistas do MP como Bonsaglia assumirem a PGR, Deltan Dallagnol defendeu Aras.
Procuradora Monique Cheker disse ver a mensagem do colega com lamento e que a luta pela instituição era pela lista tríplice
oglobo.globo.com
E, mais do que defender Aras, Deltan disse que espera que sua gestão seja “bem melhor” (palavras de Deltan) para a Lava Jato do que a de Raquel Dodge.
Deltan Dallagnol tem dito que Augusto Aras, a menos de dois meses na cadeira de PGR, já deu sinais de que será bem melhor para a turma da Lava-Jat...
blogs.oglobo.globo.com
Nada JAMAIS impediu que o AGU e o PGR mantivessem sua firme postura anticrime e a favor da prisão em 2ª instância, inclusive na frente de Toffoli e Gilmar em julgamento no STF.
Ué, mas não foram indicados por “acordão pra enterrar a Lava Jato”? Ué...
Análise das ações sobre o tema foi retomada nesta quarta (23), com falas de Augusto Aras e André Mendonça, que defendeu 'direito das vítimas'
www1.folha.uol.com.br
Agora, o motivo da TRÉGUA nas críticas a Congresso e STF.
De março a maio, Bolsonaro bateu de frente com a fome do Congresso por cargos e emendas. Isso levou à ameaça de golpe parlamentarista.
Toffoli, com medo das ruas, amansou Maia e Alcolumbre.
Para evitar crise institucional, presidente do STF se encontrou com Maia, Alcolumbre e militares
veja.abril.com.br
Toffoli, ao contrário dos temerários Maia e Alcolumbre, percebeu o óbvio: a manifestação do dia 26 mostrou a força do povo.
Portanto, escolheu PACIFICAR os dois e pedir pra Bolsonaro evitar ataques. Nada de “acordão contra Lava Jato”. NADA.
Em entrevista exclusiva, ministro fala sobre a pauta explosiva do Supremo até o fim do ano, o papel moderador da Corte e os excessos da Lava Jato
veja.abril.com.br
O Congresso não largava o osso na vontade de ter cargos e emendas liberadas como chantagem. Se não tivesse, não votariam a Previdência.
Parlamentares do centrão aumentaram as cobranças ao governo Jair Bolsonaro (PSL) para o pagamento de
economia.uol.com.br
Para evitar mais cobranças de emendas, cargos, nomeações e tentativas de barganha de ministérios e estatais, Bolsonaro decidiu focar na agenda de reformas e parar de expor os absurdos e abusos sem-vergonha do Congresso e do Centrão.
Em live do Simpósio Conservador de Ribeirão Preto na manhã deste sábado, Jair Bolsonaro negou que tenha criticado iniciativa do STF de validar mensagens roubadas da Lava Jato...
www.oantagonista.com
Mesmo com a pacificação e trégua nos ataques a Maia, Congresso e STF, Bolsonaro NÃO ASSINOU o tal do pacto pelas reformas com Judiciário e Legislativo.
Nem isso pode ser forçado como suposto “acordão”.
Cerimônia estava marcada para a próxima segunda-feira; não há nova data em vista
veja.abril.com.br
Lá no começo da tentativa de pacto e pacificação, Maia convidou Bolsonaro para um churrasco a sós entre ele, Bolsonaro, Alcolumbre e Toffoli.
O que Bolsonaro fez? O que se espera dele: levou TODOS os seus ministros e foi com Moro DO LADO. Guedes recusou.
Como registramos mais cedo, Jair Bolsonaro se reuniu neste sábado com Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Dias Toffoli na residência do presidente da Câmara para um almoço. O ministro Sergio Moro, que não...
www.oantagonista.com
O Antagonista achou ótimo. A Folha editorializou de modo a sugerir que Bolsonaro ignorar o convite para encontro secreto e levar o tão atacado (por Congresso e STF) ministro Moro foi um recado claro de APOIO a Moro e Lava Jato.
Isso irritou muito o Maia.
Evento busca aproximar relação entre poderes e articular base aliada federal
www1.folha.uol.com.br
Maia, como porta-voz do Centrão, saiu irritadíssimo e cuspindo marimbondos por causa das críticas de Bolsonaro e seus aliados aos abusos do STF.
Presidente da Câmara considerou grave ameaças a ministros do STF após decisão da corte
www1.folha.uol.com.br
Como fica claro, nem acordão e nem pacto aconteceram.
Bolsonaro deu uma trégua a Congresso e Supremo para que a Reforma da Previdência tramitasse com mais celeridade e melhorasse a economia. E a economia de fato reagiu com muita força após o fim dos atritos.
Agora, mais uma obviedade ignorada: o STF, na sua sanha anti-Lava Jato, aproveitou os pedidos da defesa de Flavio para ir anulando VÁRIAS partes da Lava Jato, não só o COAF.
Tanto é que Gilmar usou a decisão do COAF para atacar a Lava Jato do Rio.
Gilmar Mendes se baseou em ordem de Toffoli sobre investigações que usaram dados do Coaf sem autorização judicial. Desta vez, pedido foi feito por ex-coordenador de empreiteira.
g1.globo.com
Mais uma vez: o poder do STF de minar a Lava Jato advém da virada de postura de Gilmar Mendes e da presidência de Toffoli. Eles TÊM A MAIORIA e podem fazer tudo. NUNCA dependeram de acordo pra isso. Planejaram e executaram ataques à Lava Jato antes e depois da trégua do PR.
A principal omissão PROPOSITAL dos liberais que forçam a mentira do “acordão” é essa: ignorar o PODER TOTAL do STF em dilacerar a Lava Jato, desde que Gilmar “virou” o 6º e decisivo voto anti-Lava Jato.
O que Toffoli fez foi mediar uma trégua entre Planalto e Congresso, que NADA TEM A VER com “anular a Lava Jato” — pois o STF já pode anular sozinho.
E, como demonstrado, Toffoli fez isso por um ímpeto reformista. Sentiu o bafo na nuca do povo e temeu por uma convulsão social.
E mais: a provável derrota de Flavio Bolsonaro em seu futuro julgamento do COAF no STF é outro indício forte de que não há SEQUER conluio entre Bolsonaro e Toffoli, quanto mais um suposto “acordão”.
Corte deve julgar uso de dados de órgãos como Coaf, em decisão que afeta investigações contra filho do presidente
www1.folha.uol.com.br
Rosa Weber e Marco Aurélio CERTAMENTE vão derrotar Flavio. Se houvesse acordão, Toffoli JAMAIS pautaria o julgamento, mas enterraria na pauta do Supremo, para que apenas Fux possa desenterrá-lo, quando assumir o STF em setembro.
Ué, mas não era “acordão pra salvar o Flavio”?
A narrativa do “acordão” é uma fraude com método e objetivo.
É como quando o PT chama o impeachment da Dilma de “golpe.” Uma distorção intencional da realidade. Uma distorção com fins políticos: manufaturar uma mentira que amplifique a rejeição de um adversário – Bolsonaro.
E tem beneficiários muito convenientes: todos os liberais envolvidos na amplificação dessa narrativa apostam alto numa alternativa liberal a Bolsonaro.
Todos têm ligação, de uma forma ou de outra, com as duas instituições ponta-de-lança no projeto:
MBL e Instituto Liberal.
O desespero dos mentirosos que inventaram o “acordão” é tão grande que já inventaram que o “acordão” é a culminação do projeto de Toffoli e daquele antigo diálogo de Jucá do “com o Supremo, com tudo”.
Quem “parou a Lava Jato” foram os ídolos dos liberais: Temer, Gilmar e Dodge.
1 – O pacto Toffoli por reformar nada mais é do que a pacificação de ânimos entre os poderes para fazer REFORMAS. Ponto.
O STF já pode destruir a LJ, e apenas a substituição de Celso de Mello e a presidência de Fux, no ano que vem, reverterão isso. O próprio Antagonista admite.
2 – Quem “delimitou e estancou a sangria” foi RAQUEL DODGE
Se um PGR normalzinho tivesse assumido e dado prosseguimento às delações e operações, o Centrão INTEIRO teria suas lideranças na cadeia e a vitória de Bolsonaro teria sido ainda mais avassaladora.
Quadrilhão que o diga.
Mas, falando em PMDB querendo estancar a sangria, vejam só quem saiu em defesa de Temer e Jucá, acusando o PT de “80% dos esforços para atacar a Lava Jato”.
Isso mesmo: o nosso liberal temer-afetivo preferido, na página do MBL e no site oficial do MBL.
Um agente do MBL. Apenas.
Visualizar anexo 94578
Mais uma prova de que o poder absoluto do STF em acabar com a Lava Jato NADA TEM A VER com Bolsonaro ou suposto “acordão”
STF vai julgar suspeição de Moro e TÊM MAIORIA PRA ANULAR SEUS PROCESSOS.
Não importa o que se faça, a maioria do STF é onipotente.
Defesa do ex-presidente busca derrubar a sua condenação e colocá-lo em liberdade
politica.estadao.com.br
A quem interessa colar Bolsonaro em Toffoli e STF?
MBL, IL, Jovem Pan e sua aposta para 2022: Doria.
E também a liberais ressentidos que acharam que iam transformar o Bolsonaro num Temer 2.0.
Ou seja, os mesmos que idolatram Gilmar e IMPLORAVAM por “articulação” com Congre$$o.
Como se vê, o ressentimento com o Bolsonaro é um sentimento poderoso, que aglutina liberais até hoje.
Desde os que achavam que “o governo é nosso” a uma certa figura cheia de ressentimento com o pessoal do Reaçonaria e do Senso Incomum, que agora é Anta.
painel.blogfolha.uol.com.br
Mais: além da ameaça de golpe parlamentarista do Centrão, há também tentativa de golpe de liberais e esquerdistas ao enquadrar o PR em “crime de responsabilidade”.
A raiz da falta de beligerância do presidente com Congresso e STF é essa, e não “acordão”.
Grandes reportagens sobre os principais acontecimentos do Brasil e do mundo.
epoca.globo.com
Respondam: quem adorava Temer e Gilmar, quem fala em “lavajatismo”, quem falava “articular ou se suicidar”?
Não é engraçado que JUSTAMENTE ELES, OS LIBERAIS, do nada, virem “defensores da Lava Jato contra acordão”?
O nome disso é desonestidade. É VALE TUDO contra o Bolsonaro.
Por fim, ressalte-se duas realidades políticas:
1 – A Câmara dos Deputados tem maioria de 2/3 de mais de 320 votos do Centrão. Eles aprovam qualquer PEC sozinhos. Essa maioria, combinada com a esquerda, passa de 400 votos.
2 – O STF faz o que quiser e é blindado por Alcolumbre.
Nenhuma Lava Toga prosperaria porque Alcolumbre barra.
Tendo isso em conta, o que sobra a Bolsonaro?
Foco nas reformas, no crescimento e na geração de empregos. Ou isso, ou enfrentar À TOA Congresso e STF, ser impeachmado À TOA e não fazer nada.
Só há uma única saída contra abusos de Congresso e STF: o povo nas ruas.
Dia 26/05 botou Congresso e STF no seu devido lugar.
E é por isso que vamos às ruas dia 17 pedir o impeachment de Gilmar Mendes.
O resto, como a fábula “acordão” pra bovinos liberais, é conversa fiada.
Mais uma coisa: certos liberais adicionaram à teoria da conspiração do “acordão” a ideia de que o “acordão” envolveria Lula e o PT.
A justificativa deles: o PT mandou não pedirem impeachment de Bolsonaro.
A realidade: o PT morre de medo de Mourão.
Lula mandou o PT abandonar qualquer plano para derrubar Jair Bolsonaro, porque teme o general Hamilton Mourão. O recado já chegou ao STF.
www.oantagonista.com
O PT tem tanto medo do Mourão que criou uma PEC pra evitar que ele assumisse, em caso de impeachment.
O teórico da conspiração do “acordão” que envolveu o PT é do Antagonista e o próprio Antagonista provou que é só medo do PT. Isso que é canalhice TOTAL.
Proposta foi apresentada por dois deputados do PT, que dizem contar com apoio até no PSL de Jair Bolsonaro
oglobo.globo.com